Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
T es e
Re¡nte gtaG¡on¡sta
1983.1984
, *g:':
$üili 1J{ü1-@lt:Xi@S
r Íl*itr}J2'jlR@€, ltg4'f ;Xo
g¿r teg
....i""s$..s4d rcl¿* t
E&l-seT$*"fl'
3.4,5
x el tt¿e ,19a 3
/A rplc¡ósoo cAsrno
\i !/ saaa A to ru ñ ¿
cubierta:K(sJnfii:
ISBN: 8 1 "7 1 s2 ' ? 1 7 ' 8
De p ó sitoL e g a l: C - 5 1 9 1 9 8 4
Gráfias do Castro/M0ret- 0 Castro,
Sada, A Comria. 1984
46"/4/a¿ pzlanat f/e uanh"l4o¿
a a*da,tt¿ad" 4/or(, A,
tt4¿ ?/4¿¿e¿
¿" aa¿a6aa-dz4zn/4a dp Mfl,
l
q* á"7" caalut¡,au,t.
l* ¿ /t@n/atub,
III
A cantos Loitaron e sofriron
pala conservación da nosa lingua"
GRATITUDE
TeSe
Re¡nte gl'ac¡on¡sta
1983.1994
Redigida
e exposta
nosPrimeiros
Encontros emjunhode 1983
LReRcR
Publicada
novolume
coletivo
0ueGalego
naEscola?
Sada, 1984
Castro,
CnuruHR
\/
Capa: Programade máo dos PrimeirosEncontrosL¡a¿c¡ 1983.
@ 2015:AntónioGil Hernández
ISBN: XXXXXXXXXXXXX
Depósitolegal:xxxxxxxxx
VI
AovrRrÉruc¡R
Queseráprefácioou prólogo,em que explicarei
o sentidoe características
da
dumtextojá velhoe, paraalém,truncado.
próxima
A páginainicialda nossacolaboragáo,
em nomeda AGAL,ao volumecoletivo
Que Galegona Escola?recolhiaas conferéncias
dosPrimeirosEncontrosLnencn
de
f iunho 1 9 8 3 )E. i - l a :
Nata:
Agradecemos aos or"ganizadores dos Primeiros Ettcontros
Í-ABACA a oportunidade que nos ofrecérom de ampliar e des-
envolver segundo o nosso melhor critério a ponóncia apresen-
tada nos Encontros.
Da sua redacaom somos responsáveis principais, M." das Dores
Arribe, da terceira parte, António Gil, da primeira, e Joám C.
Rábade da segunda.
Agradecemos tamém ás Ediciós do Castro a gentileza de pu-
blicáJa.
Dastréspartesou secAóes,
comoapontavaentáo,apenassou responsável
da
primeira,
quea seguirreproduzoliteralmente,
semcomentários.
VII
Tenhoreiteradamente pensadoredigirumas Memóriasdesmemoriadas, que
decertoseriam(aindanáome pusa elas...nemme parecequeacabeporas ini-
ciar).Náoseráodessascorriqueiras, massériase atédecentes,
tristese descon-
traídase mesmoretranqueiras. Talvezas sementeaos poucosem comentários,
comoos quevou a sarapintar a novaedigáode S/éncioergueito(queperdeo tí-
tulo)ou da confiofazersobrea Iese Reintegracionista.
Sejacomofor,a ré-impressáoonlineda lese Reintegracionista,
da minhares-
ponsabilidade, tantoquejá nemlembroo momento
surgiuinopinadamente, ane-
dótico.Sem embargoda ocasiáo,quandomo propuseram, comeceide a ler e,
coma leitura,mesmome admireide estarentáotáo lúcido,no meioe meiodas
confusóesquena alturanosbatiamem turbilháopertinaz.
Confesso que bastantes
conceitos e mesmocitagóesna lese Reintegracionis-
taforamutilizados
ou aproveitados
em textossubsequentes,em S/éncioergueito
(1996)e em Temasde LinguísticaPolítica(2006),mastambémem artigospubli-
cadosem diferentesrevistas,Nós, O Ensino,Temasde o Ensino,Cadernosdo
Povoou Agália.
Náoo estimonemdesestimo...Achoquea vida,comoos textos,ou os textos,
comoa vida,consistem
em tecerno tempoe maisem destecer
na memória.
Cadatextomeu,pretensamente tecidonovoou atual,derivada lembranga de
textosprecedentes, porvezesdiáfanos,porvezesconfusos, tal alegres,qualtris-
tes,congelados ou descongelados atéparecerfrescos...
segundo acabode repa-
rarno JenaroMarinhas (quese inventouo marda Crunha,ou a Crunhacomoilha
e comobarcocomcapitáoe grumetee marinheiros, todosporjunto)e no Jorge
de Lima(quese inventou um Orfeucomecosde Inésde Castro,a camoniana ea
estranha ao Camóes)a caminharem, ambos,sobreos lusíadascamonianos amo-
ros os . . .
Perplexo,
achei-meentreos douscomoánforacristalinade águasurpreendida,
enquantoas minhasentranhasbuliamem ledicesde gorjeios
voadores.
Eu,feliz,sentia-me
contemplando a cena,a minhacena,a transbordaramores
comoplanetas
rotundos, carnaisa giraremarredordo solespiritual,
incógnito
mas
presente.
Masessaestranhaexperiéncia estáresumidana minhaedigáode lnvengáo do
Mar.Esta7-ese Reintegracionista,
a minhaparticipagáo nela,de entáo,igualmen-
te sofreude rarasimpressóes,
lembrangasdifíceisde narrar...
Digonarrar,porquetodaselas,a exposigáo,
a elaboragáo,
a textificagáo,
as su-
cessivasreagóese náoreagóes, minhase doutros,integramumarara(sic)narra-
tivaque,porsuavez,se constituiria
em textonarrador.
VIII
Paraterminara "adverténcia",
copiode Si/éncioergueifoas últimasreflexóes,
relativas daAGALna altura(1981-1982):
á situagáo
g.-OeruÁo
CníncnsoBRE
os Sussiotos
DAS
lr.¡srlrulgóes
Náo temosaindaexperiéncia.
Passadoo primeiroano, talvezpossamosopinar:
1 . ' S o b re o p o ssívesu
l b s ídioda Excm .uDeputagáoPr ovincial
da Cr unhaaos
prémiosdo concursode guióesradiofónicos, citado.
2 . ' S o b rea co l a b o ra g ádoe Entidades
( náosei bem quais,mas, por exempl o,a
Xunta ao concursode relatofalado).
3.'Sobre o cumprimentoda palavradada peloponentede culturado Concelho
da Crunha(Sr.VázquezPozo) para que a AGAL se encarreguede organizarum
SimpósioGalegode Linguisfas, previstono programaculturaldo Concelhoe subsi-
d i a d oe a d mi n i stra dpoo r e l e .
4.' Sobreo cumprimentoda promessa,feita por Editoras,de dotaremeconomi-
camentea organizagáodos Prémios Nacionaisde Literatura.
5 . 'S o b re a p ro me ssad e Editor aspublicar em
livr os.
de UtilidadePúblicaque se solicitarápara aAGAL.
6." Sobrea Declaragáo
Por outrolado,podemosinformar,sem alarmesdesnecessárias:
1 . " Qu e so mo s ma rg i n a lizados
nos meiosde comunicagáo
galegos,espec i al -
mente na imprensadiária,pelo que atingetanto ás colaboragóes que enviamos
membrosda AGAL,quantomesmoás notíciassobrea Associagom.
Temosde reconhecer,porém,que a rádio(palavrafaladae náo escrita)é menos
parcial,em conjunto.
2.' Que náo se nos convocoua umas reunióespara a concordánciaortográfica
que, supomos,estáoa celebrar-se
entreo ILG e a RAG.
3." Que diretaou indiretamente determinadoinstitutooficial(conhece-sebem,
mas calo o seu nome),como tal e por membrosqualificados, pressionampara que
o assinaladoneste$ 1." náo se efetive.
Dareidadose pormenores,
se foremnecessários.
lgualmente,esses mesmosse negam a apresentar-se
onde e quandohá (cer-
tos) membrosda AGAL,como em mesasredondase outrosatos públicos.
Reconhegoque as últimasafirmagóessáo graves,mas creio sobretudoque se
precisammais que os subsídiose outrasajudasum climade entendimento,
o diá-
logo e intercámbiode opinióese a mantengado pluralismonos aspetosem que
esteé admissível.
No atinenteao galego,em princípioé admissívelfodo o pluralismoque na ver-
d a d equ e i ran o rma l i zaor i d i oma.
Em conjuntoe sobretudona imprensa(lembre-seque um objetivoda AGAL é a
normalizagáo da normativagalegaparaa escrita),pareceque existisseuma conju-
ra, a do sufocamento,quer dizer,a do silenciamento
e tergiversagáo.
IX
Em Temas de Linguística Política afirmo:
2 .1 .2 .2E
. scn l rRr F n ms r unGnllzn
No territórioespanholda Galizaa correlagáoentre a escritae as falasdo porfu-
gués galego está distorcida;dir-se-iaque alteradaquase morbosamente. Acontece
issotambémnumaduplaface que convémassinalar:
2.1.2.2.1.Enquantoa escritaque hoje se alcunhade porfuguesaé, do ponto de
vista histórico,a genuinamentegalega. Porém, aos olhos da maioriados galegos
acha-seestrangeiradaaté ao ponto de náo a valorizaremcomo autóctone.A Nota-
bilidade,a académicae a política,que por espanholadomina e dirige aGaliza, in-
tensificaesse discursoestrangeiradorquer no ámbitodo ensino,quer atravésdos
meiosde comunicagáo social.Destartetal discurso,que a populagáoestimacomo
maisautorizado, está a modelarum certo(senso comum>a implementar-se
a. tanto por desinformarsobre a históriaque, mercé das agóese padecimentos
dos antergos,conformouo estadode cousasdominantena Galiza,
b. quantopor analfabetizar,
com decididaprocura,no próprioidioma(ou no <idi-
oma próprio>>,
<<autonómico> ou regionalizado).
2.1,2.2.2.Enquantoa exaltagáoinstitucionaldo castelhanoem detrimentodo
galego se faz também mediante o procedimentode as lnstituigóesacadémicases-
panholas segregarempara a escrita do galego uma norma, deslocada a respeito
d a s f al a sa tu a i s,q u e o s ó rg áosda Administr agáo,
tambémespanhóis,
utilizamnáo
tanto para o estender,quantopara evitarque na Galizaos cidadáosgalegos,lusó-
fonos,empreguemcom corregáoo idiomaportuguésgalego,seu.Assim, sem te-
mor a errar,pode afirmar-seque as instituigóesespanholas,materializadas na
JdGa, nas Deputagóese até nos Concelhosda ComunidadeAutonómica,procu-
ram,
a. por um lado, que a intercomunicagáoentre a Galizaespanholae os Países /u-
sófonosse torne impossívelou, pelo menos,a-normalpormeio da <lenguapropia>
b. e, por outro,mas simultaneamente,
que a correlagáodiglóssicaentre as falas
e a escritado portuguésgalego,legitimadapela história,fiquedisturbadadefinitiva-
mente.
X
SU}f.A R"IO
PaÍ,.
tsIBLIOGP..AFIA 49
O. INTITODUCOM 57
A. PRCPOSTA DE PLAF{IFICACOM LINGÜÍSTICA. 58
t. CONCESTOS PR.É,VIOS 58
1.1. FALA E ESCRITA: Fri¡nazia da escrita 60
a) Fonto de vista individiial: O grafolec to. 61,
b) Ponto Ce vista social: A ortografia 6T
t.2. PLAhIIF'ICAQCM LI¡{GüÍSTECA ("H.anguage
F1annfurg>) 62
1. Situaqom confiitiva 63
2. Objectivo proposto 63
1.' Dimensorn estri'rarnente lingüística 64
2." Dir-nensomsocial da planificaqorn lingüística. 65
3." Dimensorn política da planificaqom lingüís-
*i
L ru^ ^(¿ ó5
2. DIlViENSOhlg DA PLANEFICAQCIví DO GALEGO. 67
2.I. DIitlEFüSC&{ EST"R.ITAF,IEF,{TELINGüÍST'I-
CA 68
CastelhanizaEom progressiva do gale-
2.1,.1,.
go 69
2 .1.2 . As teses reintegracionistas 7T
a) Fundamentos teóricos 72
1." Pi'esuposto e condicionante. 73
2." Princípios gerais 74
a. Fidelidade á tradigom es-
crita do galego 75
P,jx"
b. Cor;-espc;niénciasuficienie
coas ialas cic galegc
P'i
Eri,qii:cies p'ri:iicas
/
b)
2.I.3. Umhas pAil'.'ras scbre o rDrcccsscnor-
'7':
mativizaccr tt
c. tr stimulnr cs Lisr-t:i::ios
das
língr-ras á mudanga t12
d. ['lct jr¡ar p3l"a a mr.rCanqa
iingüística 113
2." A mudailca dcs discursos:
t\'lelas a ccnseguir' lI4
a. Discurscs da igualdade 114
b. Discui:sos Ca (actuagom>. i 15
2.2.1. DXF,{EI{SO,'1"9
PCLÍTTCA LI6
a) O orcle:ramento jurídico do Esta-
do t20
1." Textos leeais r20
a. ConstituiEom tzc
b. Estatutc de Autcnornia de
Geliza t2I
c . Lei cle \icrmalizagcm Lin-
güística t23
1. ") O s direitos lingüísti-
cos 124
2..) Os usos do galego no
ensrno 129
Decreto sobre normaliza-
qcrn do gaiego no ensino. 130
d. Decreto c1e Normativiza-
qom Lingüística I33
2." Jurisdiqom que estabelecem
as Leis 140
a. (In)competéncia jurídica
efectiva 141
b. Normas legais imperfeitas. r42
1. Sujeitos r42
2. Tema 143
3. Ocasiom 144
b) A proc Lrra cla igr-ralclaCeignorada. r +)
Declanacorn de Famplona 1,46
BIBLIOGRAFIA
49
os dous úitimos tenhem particular importáncia para
o nos-
so caso: Anaiisa-se no primeiro deles a situagom
sociolin-
-no
güística da educaEom nos países cataláns,
País Valenciano. Di o autor. t<€n comptes "rp".i"lm"rrte
de refei-ir_me (i
basar-me en) nocions conegudes, em proposo sobreto t cJ,i,_
trodtúr nocions que sigtrin una base d,operacions a partir
de la qual podrem discutir i progressar,, (p. 131).
Em <Projecte per a una insiitució...o up.*r""ta_se ui:rha
ideia que pode ser beneficiosa e aplicável l Galiza: ol,esfe-
ra d'interés i d'acció de la Institució deurá ésser exactar-nent
la totalítat de la nostra comunitat lingüística val a dir
que la seva jurisdicció territorial será supra-rr:gio:i1l
definició>. É,-:i.
ARACIL, Ll.Y. (1983): <FIistória inédita de la llengua caralana.
Segles XIX-XX", em Canígó (30 aniversari), ñ¿*r. g0ó_g07
(19i26 de mareo de 1933),pp. ZB_31.
ARACIL, Ll.v. (1983): nuna llei cruciar entre el consens i
el
canvi,', em El Mon, i5 de Abrit de lgg3, p. 22.
ASocIACIoNi SOCIC-PEDAGCXICA GALEGA (1980) : orienta-
cións para a escrita cio troso icliotna, ourense.
ASocIAQoM soclo-pEDAGcGICA GALEGA (rgl2): orierúrt-
góns para a escrite do Tzosoid.iorna, Ourense
CALVET, L. {. (1974): Lingttistiqtte et colonialisme. petit
traité
de Glottophagie, payot, parís.
obra ainda vigente em grande medica para entender (e
meQar a pór novas ideias co-
.e projectos de acqorn?) a iit.r"_
gom conflitiva da Gariza. É, citaáa corn proveito por Fran-
ciscc Roclríguez (veja-se mais abaixo). Existe traduEom
panhola. es_
50
Análise pormenorizada das Norms.s ILG-RAG, oficializada-s
polo governo de A.P. na Galiza. Segue a mesma ordem que
as citadas ltlormas e, a.lém de criticar os pontos em que o
reintegracionismo difere das posiEons oficiáis, propom a al-
ternativa adequada para a escrita correcta do galego. O ,Es-
tttdo está redactado para a divulgaEom da concepgom rein-
tegracionista.
FISHMAN, J. (1979): Sociología de| Lenguaie (The Sociology of
Language),Eds. Cátedra, Madrid.
Inclui umha introdugom e um epílogo adequados (?) á si-
tuaEom do E,stado. A traduEom é deficiente por momentos.
O livro em si é um dos clássicos da sociolingüística.
GARCIA COTARELO, R. (1983): ol-os principios fundamentales
de la Constitución de l978rr,em A. de Blas (comp.) Introclttc-
ción aI sistema político españcl, Ed. Teide, Ciencias Sociales,
número 3, Barcelona, pp. 61-86.
GARCIA, C. (1976): ..Interferencias lingüísticas entre gallego y
castellano> em Revista Española de Lingiiística, Ano 6. Fasc.
2. pp. 327-343.ExposiEom das "interferéncias, entre as duas
línguas, a própria da Galiza e a oficial do Estado. Resulta
académica demais e excessivamente aséptica, co perigo (real)
de ocultar a verdadeira razom das "interferéncias" e sobre-
todo o sentido das mesmas.
Recolhe-se parcialrnente em:
GARCIA, C. (1977): Galego ottte, galego lzoxe. Discurso inaugu-
ral iido na solernne apertura Cc cl-irso académico 1977-78,
Universidade de Saniiago de Compostela.
Bastantes dos conceitcs vertidos no discurso (que resulta
programático dos posicionamentos teóricos do ILG) pare-
cem superados na actualidade, apesar do retrccesso que na
estandardizagom do galego supuxéron as N orr,nas I LG-RAG,
de cujos princípios (incluídos na "Introducción") este tra-
balho do Prof. García é um preanúncio.
GARCIA, C. (1983): Recantos da língua, 1982,La Yoz de Galicia,
A Corunha,
Recopilagom de artigos jornalísticos <agrupados tematica-
mente, para que a súa lectura teña unha sucesión lóxica.
Con todo advei'timos qlre, como toda clasificación, esta non
está exenta de arbitrariedade". Constituem umha boa mos-
tra dos argumentos filológicos que se venhem aplicando ao
galego no ILG, de que o Prof. García é presidente desde o
seu nacimento.
HARNECKER, M. (1975): Los conceptos fundamentales del ma-
terialismo histórico, em particular o cap. VI <Estructura
51
icleológica", Siglc X:{I cle Españit Eclitores, NTeCricl,28." ecl.
4." ec1.espanhola.
HAUGEN, E. (1966): "Linguistics and Language Planning' em
BR.IGI-IT, W. (ed.), Socioliltgttistic.s, &{oulon, T'he l{ague, t966,
páginas 50-7i.
Trabalho da autoria de Lim especialista no tema, refericlo so-
bretodo ao caso norlrego; teria de considerar-se cando de
,.planil'icaEom lingüística", em seutido estrito, se fale a res-
peito do galego.
HUDSOI{, R. A. (1980): Sociclhryuistics, Cambridge Llniversity
Press, Carnbridge (E:riste umha traduqcm espanhola).
ErposiEom, por vezes embarulhada, dos principais temas cle
socio-lingüística. Pode utilizar-se proveitosarnente colrto rna-
nual.
IIYNTES, D. H. (1971): ,,Oil Ccmmunicati..'e Competellce>>,em
PRID E , J . B .-H C LMES , J . , ( ec 1 s .,) S c c io liit g t t is t ic s , P en g u i n
Books, Ltd., Harmondsrvorth, L{iCClesex, ];¡979(rcimpressom),
pp. 269-293.
I.L.G. (197i): Galíego 1, [Jniversidad de Saniiago de Cr:mpostela.
I.L.G. (1976): Gelego 3, universidade c1e Santiago cie Cornposte-
l a , 2.' ed.
I.L.G.-R.A.G. (19E2): Nor¡tias ortográt'icas e n'torfoló:;ic:ts clo iclio-
Í?7ogalego, Vigo.
Umha vaioraEom científica, sc beil com intenqons divulgaté-
rias, sobrc est:rs l,iornis.s contétn-se no Esttrclo ci'íticc, p1'e-
paradlc poia Comissom Linsüística cla ACAL c cditado p']r
este AssociaEom Gaiega da Língua. Remetcmos a e1.
LIPEZ-SUEVOS F ERI\trAI'.IDEZ, R. (1933): Dialéctico do desetz'
volt,itnento: iYoqorit, Líttgtn, Ciasses socictis, AGAi-, A Co-
runha.
Obra fundamentai para entender que o reintegracionismo im-
pii:a oLr fcrma paite dc ttmha concepQom nacicnaiista qr-le
liberte á Galiza cia situagcm ncoioniai" r'igente.
LCREI{ZO V AZQUEZ, R. (i98i) : nUnhas cantas re flexións so-
bre o galegoo, ern El ldeul Ga!íego, i8 de Outubro.
ReinciCe nos concei.tcs vcrlidos em trabalhos anteri.ores, co-
mo:
LORE,I{ZO VAZQUEZ, R. (1980): "A língua", em Galicia i950-1980,
Ed. Galáxia, Vigo, p. 25.
IVIOhITEP.O SAI\iTALHA, J. t'f . (1979): Directrices parcr a rein-
tegreció;t littgiiística gafego-portuguesa, Edigom do Autor,
Ferrol.
52
Folhcto prático pera entender um aspecto, o ortográfico, da
proposta reintegracionista. Muito mais ampliado está em:
MOI\TERO SANTALHA, J. ¡'{. (1983):A,Iétcdoprático cle ltugtn
galego-portttgtrcsA,AS-PG/GaLiza E ditora, Ourense.
E,xposiEomrazoada e exequível a todos da tese reintegracio-
nista no aspecto dominante da ortografia, stricto sensu;
acompanha-se de exercícios abtind.antes.
QUEIZAFI, [{.' J, (1977):A n'uúIer en Galicia, E,diciósdo Castro,
Sada-A Corunha.
RODR.IGIJEZ,C. L. (1982): oUna normativa asequibleo (Seceom
Galicia Autottórnica) ern La Voz de Galicia do 7 de Julho.
RODRIGTJEZ,F. (1976-1980): Cont'licto tingiiístico e icleoloxía en
Galicia, Eds. Xistral, Col. Alexandre Bór'eda, Santiago de
Compostela, 1980,2." ed.
..Ao tratar-se cle umha análise das ideologias em relagom co
conflito lingüístico do ncsso país (tonamos da nota inti'c-
dutória á segunda ediEorn), resttlta exemplar comprovar co-
mo algurnhas delas estám hoje em colaboraqom expressa
ccas aiternativas do sistema, por certo bem perigosas, dis-
criminatórias e agressivas, se bem baixo umha nova apa-
réncia. Este concílio vem corroborar, na prática, qlle o subs-
trato ideológico subjacente ei'a o denunciado na análise des-
te livro (ediqom de 1976),al.érn da inviabilidade real da poií-
tíca bilingüÍsta ccmc política normalizadoi:ao.
O livro, de fácil leitura, recomenda-se por si mesmo aincla
que fosse pola sua mensage crítica e inabitual neste país.
ROJO, G. (1981): "ConCuctas y actitudes lingüísticas en Gali-
cia", em Revista Espaltola de Lingiiística, Ano 11. Fasc. 2,
pásinas 269-310.
Estudo analítico da situagorn do galego segundo os estados de
opiniom dominantes e reflexados em diferentes inquéritos. A
conclusom do autor pocle ser iir-istrativa do seu pensamen-
to: oAo meu modc de ver (tracluzo do espanhol), a Galiza
entrou claramente nesta situaEom de diglossia conflitiva
cuja soh-iqom requer ainda Lrrlr bom núrnero de esir-rdos téc-
nicos, cientificamente sólidos, que permitam tomar as medi-
das oportunas a aqueles que tenham de adaptá-las". Reco-
Ihe-se parcialmente ern:
ROJO, G. (L932';:,.La situación lingüística gallega", em Revistct
cle Occide;tte, Extraordinario II, núms. 10-11,pp. 93-110.
Dedica qt-rasca metade do artigo a tratar, com parciaiidaCe
nom sempre dissimulada, o tema da normativa ajeitada pa-
ra o galegc. Salientaria-se deste aspecto a correlagom ql-le
parece estabelecer entre o galego (afastaCo das outras nor-
53
rnas, a trusac a }:rasiieira) e o scfarciit¿r(afastado
ia nornra
c as t c l h a ¡ r ¡ ro f i c i a l ) . V e ja _ sep . l0 g .
Ros s , A . ( 1 9 1 ) : L ó g i ca d e lts í¡ o r n ' tis, Ed . T e cn cs,
tructur¿r,y Func:ión, fuTacrid (Títr-rlooriginário: Directiv;., co r. E s_
Norms). ;r;
R.OVIRA VIñAS, A. (i 9S3): ,.,Lr-¡s clerechos
1, libertades en- la
Constitr-ii:ióncspañcia c1e l97go, em A. de Blas (con-rp.J
trotltrcción sl siste¡'nctpolitico espnñol. Ec. Teic1e, !;;
Ci.".i.,
S oc i a l e s ,i l r i r n - 3 , B ar ce io n a , p p . SZ _ IAS.
RUBI¡{, J. (1977';: tcrr.,ar"clLan.euagepianningo, em
"Attifuilcs
AA.VV., D_islectolcg.i; cncl Socioli¡tgttisriis.'E.ruuu i" "I{o.ro.
of Ka.l F{ampus Dahlsteclt, UfuIEA-.srveclen, pt. rc6-LT4.
Rtiiz OLABi,EIIAGA, J. l. (ciirector) (19g3) : La ltrcha del eL.,-
l:cra en ls ComtuúrJad Atúór;otna Vosca. [Jns enctresta
bási-
ca: Corncitrtetrto, Ltso, actittrcles,Sen'icio Central de p"frii-
cacioncs. pL:partamento de Ia presiCencia, Gasteiz.
SANIC{-IEZCARRION, J. ¡vL. (rggi): Et espacic bitingiie (ilspec-
tcs ettrcLirtgiiísticcsciel bitingiiismo :r tioría lingiiíitica'di
Ícs
esptcias), Eusko fkasl:untza, EuriaCa (l{arrarrá;.
cbra surüti.rnente cricntad.o.a para consegi:ir o que
até o
molnento -se apresenta coirlo trtopia dificilmente exequívei,
isto é, cornpi'eender a ciigniCacieitual dos falantes de
ca.1a
lí ng u a e d c t ¿ i a r ü s t i r ttcio l.ta lin e :tlee m co n se q ü é n cia .
SAI\ITA¡'{ARI}I¡\. A. (19rE0):.rAs outras lingi-ias e.sprrñoias
CcnstituciÓn e ttos E,statutc.scle Ar-rtoncmía,r,em Encrtrci- na
ll.ncta,niir¡. lg, pp. 50-54.
Apesa;: da sua brcr.iclacle.ol-:rece o artigo unha
assisada
expcsigoin da ciesiguaicade, á qlre os te:,,ios iegais
s,rlrn .-
ten: a iínguas coci'iciais cio Esiacc (nas ,.rp".ii..,ou
ccrnu_
nidades Autónomas), coi-no o gaiego.
*sAUSSuP"E,F: de (19i5-r9s2):Cctirs rle Littgiti.stíqircGé¡,_érrúe,
Ecliiio* criiique préparée par T. ce MauroJ p"vot, Farís,
rggt'.
SCFIft4IDT, S--J. (1973): Lin¿aiiísticcte Teoi'itt cía Texto, tr-ivraria
Pioneii-a,Sác Palilo (Br.asii).
VARELA PUñAL, R.. (igsc): Gaíizc¡,tt?Lpcbc, rnúxt lí¡gla, Fc-
llas Novas Eds.
Livro bem aprovei tábei pcr oferecer um testemunho clos e¡;-
tadcs cie opinione dominantes nestes anos tanto no inquérito
inicial coínc na parte da obra eñl que se recoiher¡ afirma-
qons cle pei:soas repi:ese.tali¡,'as cic país sobre o gaiego
e a
sua norlnalizagorn.
vlt3,JtrIR.A, v. (19is.1974;; npol-a ;-cioi-rr;r c:l r:;:tcgraiiao, e;l
Etts:tios e L-cesie-s,Eci. Gelá:lia, rvigo.
54
WRIGHT, G. H. von, (1963); Nortn and Action. A logícal Enquí-
ry, R.outle,Sgeand Kegan Paul, London (Hai versom espa-
nhola).
XUI{TA DE GALICIA (1983): Normativización da Littgua galega
("Lirniar> de José Luis Barreiro Rivas, Conselheiro da Pre-
sidéncia), Servicio central de publicacións, Santiago de Com-
postela.
55
+:
O. NNTRODUCOM
agradecimento
Antes de mais nada, ct-rmpre fazer explícito o nos-
sc reconhecimento á FundaEom LABACA, assi corno
ao Colégio Público LABACA e á Associagom Catóti-
ca de Mestres, pcla ocasiom qlle nos oferecem de
api"esentarmos, num enc*ntro de mestres, a tesé rein-
tegracionista como proposta para a norrnalizagom
do nosso idiorna. Cancio os reintegracionis tas dize'
mos (o nossc idioma", nom temos nengumha dúvi-
da: Estamos a referir-ncs ao galego.
Temos de agradecer (é curioso) a estas entidaCes
de que nlrm Estadc, dito de direito e democrático,
mostrassem a corage de actuar democraticarnente
tentando odar a cada um o seu)). lrlom seria elegan-
te pola nossa parte inclicar q.ue ocrtrcs ncm act:-tá-
rom assi (até o momenio) e que desde os seus pe-
quenos espagos de poder nem sequer se molesiam
em escuitar a todos e em comprovar, sem interme-
diários, os termos da prcposta reintegracionista.
partes da proposta
reintegracionista
A seguir, niimha prirneira parte analisarernos o
processo de normalizaqom do galego na Galiza ou,
se é preferíl,el, a nossa prcposta de planificagom lin-
güística para o galego. l.Ia segunda discutimos al-
guns aspectos da proposta contrária e reafirmamos
os nossos correspondentes, para passar, ne terceira,
a expor sucintamente algr-rmhadas possibilidades de
nrealizarr, por meio de manuais e parecidos, o ga-
lego no ámbito do ensino.
57
A. PR.OPOSTADE N}LANIFICACOfu{I.XNGÜÍSTTCA.
1. CONCEITGS PR.É,VTOS.
58
legais; vern-se tentando mudar as concliqons scciais,
culturais e mesmo poiíticas de modo qle a produ-
Eoirr escrita seja habitual no povo galego (:).
nurmativizaEom
e normalizaEom
Dito por poucas palavras, desde o Rexurdimento
está-se a discutir a formalizagom ajeitada da lín-
gua escrita (norrnativizagom) e as possibilidades
reais ( a conquista de ámtritos de uso ) de esta ser
empregada (normalizagorn).
Arnbos os dous aspectos trata-os o reintegracio-
nisrno cc3 seriedaCe e aprofundamento que na nossa
época permitem a-s ciéncias da linguage. lrlas pági-
nas que seguem resui-nirnos as teses reintegracionis-
tas de modo qlte o leitor poda entender polo direito
e nossa resposta á pergunta plantejada nestes en-
contros: QUE GALEGO NA ESCCLA? O galego que
tem de usar e usa a sociedade galega, segundo certos
critérios de correeorn idicnaática.
normaiizar é
mudar a conduta
I ingiiís tica actr:al
Estabelecer os critérios de correcgom idiomática
ao servigo de uns usos determinaclcs ó, en-l síntese,
f.azer planificagom da líng:.ra ("Language Flanning")
para a normal izar . Iriorrnalizar o galeso, pcrtanto,
(2) Discutir que umha língua sira para certos uscs e nom para
r:utros (ou cle quc seja adequac:r prra Llns e nom per"a outi'os) é ieitc
repetido na histéria da Humanidade. Sobre o galego persoas oficialmente
informadas opinárom todc o opinável: Que é língua poótica e nom ju-
rídica, que é apta para a literatura mas nom para os textos legais...
Confundírom, mais umha vez, o det'er ser (usos possíveis e desejáveis)
do galego co seu existir (uscs efectivos), a que foi reduzido pola situaEom
sócio-poiítica em que se ciesenvoivem os falantes. Como di López-suevos
(que adaptc), a história do galego escrito resuine-se ..na necessária con-
'r'ergéncia cle duas linhas: A corrente que pom o problema político em
üocla a sua Cirnensom e a co¡:rente que, nc plano filológico, consid.era
ineludÍvcl a rctntegraEcnr clo gr-r1cgona area cultural Iuso-brasileira. So-
bera¡úa polítíca mais reintegracionismo, eis a fórmulao da história do
nacionalisnlo na Galiza. CÍ. DLlecticct d,o d.ese¡n;tslvinterztc:Nagoin, Língua,
Clas.;es sociais, AGAL, A Corunha, 1983, p. 85.
59
rlontr consiste enf, r-rsíl-loccmo caCre, sencm em usá-
-lo seguindo norrrras qlle poclem e clevem explici tar-
-se. Estas som em todo o caso normas de conduta
das persoas integrantes cla comunidade lin.eiiística
gaiega. ¿\s nol:mas de conduta novas substituirám as
velhas; destas, umhas ham de potenciar-se, otrtras
em.endar-see as mais, mlrdar-se. Irtrornas delir-nita-
mos neste traba.ihc porr-nsnorizadamentenem rnenos
ainCa as estudamos. Só, inspirando-nos eirr Eina¡:
H:rugen (1966) tentamos precisar o seguinte:
fala e escriia
1) A transcricorn da fala própria implica no (es-
crevente> (e no
"lenteo) urrha específica coi-npetén-
cia que está definicla poios rasgos rrresmos dc pro-
duto gráfico. fuIas a escrita correcta ( ortografia ) fi-
ca deiimitada pclos objectivos prevalentemente iden-
tificadores e unificadores do grllpo social eirl que se
utilize.
planificaqom lingiiística
2) Tais obi ectjvos atingem-se em certas socieda-
Ces ( Estadc ?; nagom ?) ao longo cle urrr tempc bas-
tante extenso; noutras, como na gaiega, onde o idi<¡-
ma dos cidadaos ( da maicria deles) se acha desncr-
malizacio,podern propor-se os citacios objectivos mais
cu menos expiicitamente e planificar tanto a forma-
lizaqorn da língua (nci'mativizaqom) corrto o próprio
processo normalizador cics usos.
Vaiamos pcr partes.
60
Podemos mostrar esta primazia da escrita por
dous caminhos:
6T
3.' E unifor:ne, apesar de que produza varian-
tes textuais por razom de estilo: Leis, Literarura,
,,R.ituaisn,etc.
4." Portanto, univers a\tza a língua; fai-na inteli-
gível a Lrm gi'ancle número de usuárics que d.e outro
jeito se comunicariam com. dificuldades.
E,. HAUGEN (1966,p. 54) explica: O até aqui ex-
posto
"significa que a oriografía comum é até certc
grau independente dcs hábitos orais dos seus uten-
tes; converte-se numha língua de selt, norn num sinr-
ples reflexo da faia. Os que a apreendem tenhem de
superar um duplo problema: A separagom entre fa.
Ia e escrita puramente como técnica codificadora e
a separagom entre os próprics idiclectos e o reflec-
tido na escritao.
Do que antecede tiramos algumhas conseqüen-
cias:
a) A escrita pode gerar certas pecuiiaridad.esnas
falas.
b) Ainda mais, a escrita pode conCuzir á muCai¡-
Ea lingüística como a seguir precisamos.
62
tória, hai lugar para um pr'graína de ptranifice?o'l
da tríngua (.. .) penso que pocemos defrnr-ra ."*o
a
evaluagom da mudanEa tingüística,r.
momentos da
mudanEa lingiiístic:a
Resulta óbvio que tal evaiuagom ha cle fazer_se
sobre os trés momentos principaii e facilmente iclen-
tiiicáveis da mudanEa: o ponto de partida que é a
situaqcm conflitiva; o ponto cie chegá¿u o,, ob3*ctivo
a aicangar, que é a desapariEom do conflito bem
por normalizagom, bern por desapariEcm de umha
Iíngua em litígio; e o caminho a percorrer entre am_
bos os pontos.
É certo tamém que se pod.em emitir evaluagons
diferentes destes trés *ornéntos, entre ou tros moti-
vos porque se considerem aspectos diversos do con_
flito inicial ou porqlre som inconciliáveis os objec-
tivos propostos em distintas planificaeons; ou mes-
mo poreue, coincidinco no ponto de chegada, se dis-
sinta sobre o caminho a seguir, sobre o ritmo nor-
malizador (ou substitutório...).
discrepáncias genéricas
sobre a planificagom
do galego
cinginclo-nos ao caso galego, as discrepáncias ge-
néricas sobre o processo normalizad,or (piscindimo;
da pi'oposta substitutória) estárn bem á vista:
63
Nom é casualidade que o primeiro moclelc se co-
rresponda cos projectos sécio-políticos cics partidos
estatais, mentres qlle a sociedade unilíngtie em ga-
Iego é aspiragom predominante entre os partidcs na-
cionalistas.
3. I\zlaior discussom hai a respeito do caminho a
percorrer até eliminar o conflito porque se discutem
com desigual rteernéncia os critérios e ri tir:os a se-
guir nas dimensons que imediatarnente explicarnos.
climensons da planificaqom da língua
Planificar o galego implica evaiuar, ein cad.a um
dos moilentos antes sinalaCcs, as trés dirnensons em
que o processo de mtidanga lingüística tern de pro-
duzir-se.
64
dam entre os utentes do galego: Ou som analf abe-
tos ou, em caso contrário, nom dominam bem as
normativas propostas ou acham-se perplexos sobre
a adequagom das mesmas.
Contodo, cumpre unificarmos (é objectivo último
irrecusável) as normativas e estendermos o seu co-
nhecimento e prática.
Discutiríamos, porém, tanto a adequagom da nor-
mativa unificada como o caminho a seguir em con-
segui-la.Na segunda parte Co nosso trabalho (B/ Dis-
cussofil de alguns aspectos das Nor¡nas ILGRAG)
tentamos cumprir o primeiro cometido ja que as
Nor¡nas EI-G-F"-AGfórom cficializadas polo governo
Ce A.P. na Galiza, aínClaqlie se imponham como nom
definitivas (art. 1 e 2 clo Decreto de h{ormativíza-
gcm, publicado no DOG de 20 de Abril de 1983). No
ponto 2.1. desta parte apresentamos a nossa proposta
normativizadora.
65
t
66
2. DTMENSONS DA PLANTFICAQOM DO
\! GAI.EGO.
QUADRO 1
duraqom do
processo objectivos
va
1. X. Breve (um a trés Purificagom do
F a n o s ). galego falado nos
'd
t?lass medrc.
2. Falas interferi-
IJ
das polo espa- Descastelhaniza-
nhol. Longa. gom do galego
c o lo q u ia [ .
t. Necessidadedos Necessidadedo
usos do espa- uniiingüísmo
o( l nhol. social galego.
(4
?J)
Impossibilida-
2. Impossibilidade de d<¡ biiin-
ñv) It{édia (umha gera-
do uniiingüísmo gom escolar). güísmo social.
social. Possibilidade
:v)
3 . P o ssi b i l i d a d e (clese.iável):o
única: o bilin- plurilingüísmo
güfsmo social. individual).
a"!
Unilingüísmo Plurilingüís-
.S Eo do Estado.
! mo do Estado,
S = ".i
e .' p* ¡ 7 Bilingüísmo so- ) Unilingüísmo
q,
cial na Galiza... social na Ga-
ci t'Ír lí2a...
67
quem desvirtua o galego?
Di-se por vezes que o cumprirnento das nossas
propostas suporia a deturpagorn do galego' qgmo se
pe*
fóssemos um seu cáncer. Tememos que esses ditos
quern excessivamente de demagogia nom isenta cle
pode
ignoráncia; ttit g,re* informado (imaginamos)
opinar com sei-iedadeque tentemos:
a)Imporoportuguéslisboeta.Nempodemos
impor ttudu (a nossa forga é a razom)' nem menos
Gali-
ainda pretendemos outra ccllsa senom que na
e
za os galegos falem normalmente o seu idioma
o escrevam com correcgorn'
(ortografia
b) Provocar mais outra cligtrossiacoa
lusitanao. Poderíamos negá-lo, rnas nos feitos calquer
modo de escrever a língua (fatada) é digtóssico a res-
peito das variantes orais ( dialectos) ccrrelativas '
bontcdo, a escrita reintegracionj.sta,proci-lrando uni-
forrnizar o galego e apioximá-io do lusc-brasileiro,
corresponde-ie á;"ituaámente coas diferentes falas
do galego.
c ) Incorrer no elitismo, excluinte das carnadas
popuiares. E,nsina, porérn, a experiéncia que os ga-
(ou
i"gt, ( sobretodo os nenos) sorn tam capazes
*áir ) cle apreenCer a escrita coi:¡:ectada sua }íngua
com.o as d.o espanhol ou do inglÓs. Eiitistas som po-
1o contrário, oS qu.e consicie¡arn que oS Seus com-
patriotas noix estám preparados para escrever corn
correcgom o galego, tát que, para ((evitar confli-
"*
tos liigiiísticosr, lhes clam como (:enxebre> a orto-
grafia clo esPanhol.
ó8
a
ff,tiili:,:¡H,'i,"3iil;xF3
..Castellano y gallego han originado, en tg75
dos dialectos paraielos: Castellano agallegado y
gailego chapurrao. Y, si no hay cambio en el sta-
tr¡s de protección a cada una de las ienguas, ilo
estará muy lejos el día en qlre una de eilas haya
absorbido, a costa de algún rasgo morfológico
o sintáctico más, a costa d.e algún préstamo
léxico más, la otra... >.
69
Cúas linguas diferentes> ( p. 21) pcr urnha re iativa-
mente natural evolugorn do sistema lingüístico ga-
lego, diversa do do portugués-mogarábico. se bem
concisamente, o Prof . iU. Alvar (1975, pp. 36-37) ex-
plica o feito com maior Precisom:
70
mento usadas habitualmente; e nom só por falta de
preocupag(}m, entre os autores, de
"estudia-la lingua
que falaban, a súa historia, os textos antigos, a iria
morfoloxía e sintaxe presente e pasad.a, o seu léxi-
co> (C. GARCIA, L977, p. 5T), senom por ..fins prác_
ticcs >, segundo reconhecem as Normas acad.émicas
(1971,p. 6):
7t
mes. Non sucecle esto tendo en conta a foné-
tica, que co'as frequentes variacións tenCe a
esnaquizar a lingoage (o que importa m¿ris ben
sujetar), senón tendc conta da historia. As or-
tograf ías históricas mcstran unha ortografía
unificada por necesidades d'unha cultura que
ten rasgos unitarios t...1 as ortografías histG
ricas son esenciairnente instrur¡renfos prácti-
css e u¡riiicadcr"es,que amplían a eficacia d'u;r-
ha língoa. |.lo ealego dase o mismo casc. O por-
tugués é un fiilc c1ogaiego e entre os dous ilon
hai mais capitahnerte que diferenzas fonéti-
cas que non soil tan grandes quizáis con-lo as
qLie existen entre o andalús e o castelán. Si
nosoutros empregamos a ortograf ía histórlca
galaico-portuguesa teremos salvado a dificulta-
de que separa as Cuas língrras e daremos aa
galego un carácter mais universal, facérdco
accesible ao maior nírmero Ce homeso.
a) FUNIIALEI{TGS TEóR.ICOS.
72
tinentes para o nossc intento, sintetizamc-los a se-
guir num presuposto e em dous princípios gerais,
qlle reproduzimos qltase literalmente do llst¡¡do Crí-
tico, preparado pcla Cornissom Lingüística da AGAL.
,11
IJ
lismo alheio" ( s) e carente de instituigons scciais e
poiíticas próprias ou ajeitadas.
Congruente co antedito, para nós o galego é sin-
gelamente a língua da Galiza, de modo que o proces-
so normalizador do mesmo ha de concordar coa
concepgom da Galiza, do seu território e sociedade,
da sua cultura e história:
1) Considerar que todos os habitantes de Galíza
podem e devem viver em galego, como em USA se
vive em inglés, induz a normativizar o galego de
maneira autónoma, sem forEar o seu sistema em
aras de oevitar conflictos lingüísticos co español> (n).
2) Admitir que em Portugal, Brasil, Angola, Mo-
Eambique... se falam variedades de galego conduz a
elaborar a língua-padrom para a escrita e para a fa-
ia de modo que seja válicla para a Galiza, rnas con-
corde, no possível, cos padrons lingüísticos usados
nesses territórios.
3 ) Potenciar a cultura galega em comunidade
com todas as outras expressons culturais de ociden-
te implica tamém a existéncia de regras de recta es-
crita que nom contradigam, sempre que for possí-
vel, a normativa dos idiomas da nossa área cultural,
em especial a luso-brasileira.
4) Admitir que a história da Galiza é bastante
anterior aos séculos xvill ou xIX obriga a ter em
conla as manifestagons escritas que se dérom duran.
te os séculos anteriores.
74
sicos para a global formalizagom do galego e para
as escolhas normativas particularizadas.
75
|-
b) EXIGÉNCIAS Ptrtu{TICAS.
1 t)
da textos meo.levals.
aa nos Eextos medievais. Assi,
Assl, cantava
cantava e noin canta-
ba; árvore e nom árbore; povo e nom pobo; paiavra
e nom paXabra; gente e nom xente; Janeiro e nom
xaneiro; jeito e nom xeito; cabega e nom cabeza;
constituigom e nom constituizón ou coí!.stit¿lción, etc.
Evidentemente, na maioria dos casos a pronúncia
é a mesma tanto se se utiliza a grafia tradicional co-
rno se se utiliza a castelh anizad.a; contodo, no pri-
meiro suposto o gaiego escrito nom só se aproxima
do portugués e do brasileiro, sencm que com fre-
qüencia conf lui com outras línguas ocidentais ( ca-
talám, italiano, francés...) em bom número de vocá-
bulos.
preferéncia pola
grafia etimológica
4." Nos cultismos, deve preferir-se a forma em-
pregada polo luso-brasileiro na grafia que llr.e co-
rresponcler pola etimolcgia, como costurna fazer-se
nas línguas ocidentais. Assi, Geologra e nom Xeolo-
xía,, geótrogo e nom xeólogo, exigir e norn esixir, etc.
Desta maneira climpre-se a exigéncia 2.^ (mantérn-
-se em todo caso geolog-, por exemplo) e coincide-se
coas línguas da nossa área cultural, ao tempo que se
respeita a pronúncia netamente galega.
i' ¡ iL/^ )
77
cla língUa falada e cla escrita, de maneira que se €m"
preguem com correcgom ajeitada.
Supomos que nom existe vontade, social e políti-
ca, contrária a que o galego oral e escrito, adequa-
damente formalizado, seja de uso habitual na Gali-
zd, se bem trataremos o tema especificamente nos
seguintes apartados (22.1.e 22.2.).
Distinguimos, portanto, ambos os dous tipos de
tl sOS .
78
alfabetizagcm dos
galegos em geral
Logicamente, a alfabetizagom dos galegos, quer
-
dizer, o processo de adquisigom de coápeténcia da
língua escrita, tanto a emissora (escrever) como
a
receptora (Iér) por parte do maior número
de gen-
te possível, necessitaria muito mais tempo; teria
de
ser umha tarefa duradoira e dilatada. Talvez umha
geragom escolar, quer dizer, oito cursos
do E.G.B.,
trés ou catro do B.u.p. ou F.p. poderia prever-se
que havia de estender-se o tempo mínimo para
os
galegos, em quantidade suficiente, .orrr.g.rirem
o
conhecimento ajeitado e a práctica habitual da
nor-
mativa ortográfica a todos os nir,éis de emprego
es-
crito.
79
pla-
tade sccial e pclítica Ce actuar ttlnha aj eitaCa
nificaEom lingüística do galego'
desespanholizaqcrn
do galego coloquial
A cle'r-erminagomdos passos ou etapas intermé-
dias, co ritmo de adquisigom e prática competenciais,
ám-
da actuagom dos mesfflos segundo os diversos
bitcs sócic-culturais fica para melhor ocasiorn. Ir{om
pro-
obstante, está intimame¡te relacionada com um
galego e é
cesso simultáneo aa da norrnalizaqom do
o cla descastelhanizaqom do gaLego coiocluial sobre-
todo. Sem dúvicla, aciivinha-se sumamente lon-
"ét"
go e condicionado por iactores rnui diversos, descie
social
a j,r citad a vontacte política ( institucional ) e
(de grupcs empenhaccs na normalizaEom da socie-
ou de
clade giega¡ ut¿ a efectiva vontade de fala
Iíngua de cada Lln dos cidadaos na Galiza.
oprocessodenormalizaEornd.osLlsosoraisnos
mais doado
rnass media é, apesar de todo, bastante
descastelha-
de levar adiante do que o processc de
nizagomdasfalascogalego:Aquelpartedezerae
ha de po-
só tem d-e construir-se; este nom apenas
aminorados (tt)
tenciar usos do galego cada vez mais
deturpagom
senorn tamém tem de corrigir a própria
dosistemalingüístico,porcertoavangadadeavon.
do.
2.2.DIME.I{SO¡ISNoME,STRITAMENTELIN.
GÜf STICAS"
lingüís-
comegamcs Llrn apartado da planificagorn
tica vidrento demais, quebrad.iqo,obscuro e viscoso'
os ti-
Fundamentalmente teríamos de analisar nel
ga-
pos ce discurso ou (maneiras de f alar" sobre o
i.go, habituais ou dominantes na Galíza. Curiosa-
nlinoritária
( 1 1) Língua de usos aminorados ou Língua em situagom
(ou marginada) éadenomina g o mq u e me lh o rlh e c o rre s p o n d e a o g a ie g o .
80
mente, de modo cada vez mais erplícito
estes pre-
conceitos confruem coas maneiras
á* farar contra o
que se pensa lusisrno.
nlusismoo e
r<antilusismo
>
Poremos exempios, que sempre crarificam
as cou.
sas, e sobre eles sistematizarernos
o nosso propósito.
u-11 coraboragcm de D. Ramon Lorenzo yázquez,
aparecida o 18 de outubro de i981,
domingo, em
EI rdeal GaIIego, resurta paradigmática.
A era per_
tence o seguinte parágrafo (,, qLle
) nos permitimos
esmiuzar ou esquernatizar. Dispomo-ro
a duas coru-
nas: [Jmha recolhe o que se di do Iusismo
e a outra
o que se atribui ao oficialismo; em
redonda reprod.u_
ze-se o que se di explicitamente
e em cursiva o que
deduzimos das afirmaEons sobre
a outra opgom ja
qlre som (posturas totalmente
contrárias, porque a
umha excrui á outra>, segundo confessa
o sr. Loren_
zo Vázquez:
B1
I
QLIADRO 2
e
(13) Cumpriria distinguir, a teor do ja exposto, entre usos orals
acocha talvez outro
escritos c1o galego. Mas na expressoni de R. Lorenzo
tema em litkio, aqui nom tratado directamente, o de escrever cofno se
no ponto 6, o Ce ntaÍnar a
fala, em reláEom com outro que se insi*ua
l ín g u a .
(14) IVlesmo o ILG conscientemente tenta recuperar o que exlstru'
Ou norn fegu-
A q,Jestgm, portanto, noln parece pór-se entre recuperar
perar, senom entre o que se pode e deve recuperar e o que é irrecuperá-
conhe'
vel. Isto é o que se adivinha na <boutacleo de R. Lorenzo: El bem
ce que o que os reintegracionistas tentamcs rccllperar e.ristitt em galego;
polo motivo
o q.," teriá de confessar é que nom lhe parece recuperável,
(mor-
qu; seja, esta ou aqucia forma, ou um ;erto tipo de unidades
foiógicas e léxicas, sobretodo).
(con'
(15) Ter em conta entende-se corng (considerar> ou bem como
ceder valorr. O castelhano tem de ser ccnsíderado para levar adiante um
82
Pondo-de parte os pontos !,, 2.e 6. (no quadro)
que recolhem argumhas desquatificaEotrr
d* D. Ramói
Lore'zo contra os adversá.ior, agrlrpamos os
outros
pontos por temas. cremos que os salientáveis
som:
temas dominantes
sobre o galego?
1." Naturalidade ou carácter congénito
-uá da língua
(galega!). pouco ou nada se deturpé,,
rongo"J;
tempo ( ?); pouco nada pode reformar_se, está
-ou
bem como está. Vejam-se os iontos 4.,5. e g.
Portanto, recordar que os usos da ríngua nom
som
tarn naturais, ainda que recramar que se actue
em
conseqüéncia se venha acusando como falta de
vivén_
cia do galego auténtico (ro).
2." Redugorn da desnormalizagom do galego
desnormalizagorn ortográfica ou pouco ¿¡
mais. vejam_
-se os pontos 4., 7. e g.
Por conseguinte, denunciar o conflito lingüístico
é ,rf azer porÍticar, segundo certos detentad.ores
do
Poder.
3." Restricgom da <questom de escrita correcta>>
á- simples facilidade (désde a espanhola)
no apren_
dizado da mesrna: ponto 10.
Portanto, propor umha formali zagom do galego
nom submetida á espanhola censlrra-sepor
estrangei-
rizante.
4." Elevagom da dialectologia, fonética
e quigá
Iéxica, a critério fundamental puru o estabelecimen_
to da tríngua comum, ou teorizagom das divergén-
cias entre as falas do galego e á, áo- p"rtugués
e
83
e cast:lhano"
afirmagonr clas semelhanqas *-t galegc
Vej am-le os Pontos 3', 11' e 1'Z'
a margi-
sustentar opinions diferentes acarreta
naqom oficial.
SebemenconlralTtosesiestemasnLlmtertocen-
tradosobreaciscussorndaquestomortográficir, de-
j r-rlgamosqlle som fr:nclamentais e reiteraclos llas
galego' Es-
claragons of iciais oll of icialistas sobre o
efectiva
tas, ao rrorro i-., inciclem na arninoragorll
posiEons
da língua da Galiza, ao provocate.T desde
d9t ga-
d; prJstígio e pocler o á"tar*e ideológico
mais gra'
legofalantes. E ; sua incicléncia parece-nos
ve" e perigosa por canto os meios de comunicagom
social recolire* magnificam com exclusividaclequ3-
"
se absoluta este tipo de declaragons'
de
Com efeito, asslstimos á eraltaqom unilateral
sem'
certas 'opinions' acríticas, proferidas e apoiaclas
inge-
pre em contertos ideológi.o¡ q]-le. identificam
co
nllamente nagom e estadó (ula nación españot-u')
do cas-
obiectivo indirbitável de refcrqar, 7 respeito e
telhanc, ola lengua española oficial clel Estado''
e discur-
cle olas otras len.rztlasespañolas,,,conceitos
mas
sos clominantes désde urnha determinada época,
intensificados nos irltimos tempos ( rz) . Poderíamos
con-
acluzir neste respeito testemunhos nllmel'osos;
das
todo, só transci.everemos trés, representativos
'opinions'prevalentesnaGalizasobreogalego'o s
seus usos, a slia forrnalizagom' ' '
exemplo de
'opiniom' oficiosa
oficioso,
1. O primeiro provém c19Llm portalzoz
de klaio d-e
talvez mátgre lui, c1o oficialisrno. o 10
Gaile'go,
1gg3,D. Avélino Abuín atribuía, em El ldeal
comc os
a D. Gonzal0 Torrente Ballester assertos
seguintes:
nengtlm Privilé'
( 1 7 ) osquetemosoutrasopinionsnomprocuramosnenglllilPlrl'IrE. congruente do
^-^.-,'rlo r\ .r,t,.t.imento sério e
g i o ; só julqamosqtleprocecleg.cllmprimentoSerloecon3l-uetiL€uU
.lo 1e7R
de ¿lr- que
1978, de olte nos ocupan-los no pontO 22.2
noS ocupan-los
Constltuigotn
a r t . 9 ." ;./ ' cá"!¿ r \-'
^-,-^L:r.-i^^.¡
(J rr> L 1 L L r r-
4'
usos c1a l íngtta" ' apar t aclo
sob o e p íq ra fe n C .rc i to s fi tncl ementai t
"
84
(As diferencias co pcftr,rg'és
sc', e'-icienremen-
te grandes. A ún galego cóstalle'tanto
' traballo
aprende-ro portugués .omo
o chino. De xeito
que o rusismo paréceme unha
oimislon da per-
sonaricrade galega. o que hai
qo- iu.*, é de-
fende-la troi" personaiidade.
tas, eqr-riribracras,acolrgantes (
1Xr-1s apostilava
D' Ar"elino), as palabras cie
ioi-rente Bailester.
L:3:'f
11,fl:,i#::"""nf;:,"-:#
&1,""T
za a albiscar. ie'e Galicia Uo ;ug;,
zalo!". Dcn Gon-
exenrplo Ce opiniom
quase oficial
2. o segundo testemunho poce
-áu' considerar_se co_
mo decra-ragom definidoru
cial sobre. o galego (do efectiva potitica ofi-
*"r*o modo qlre a colabo-
raqom antes citada de D.
R.amon Lcreizo fazia ex-
plícitas as teses cia ciéncia
oficial). Formu parte de
umha entrevista que D. rvturr,r-l
cedera Fraga Iribarne ccn-
? um jcdaiista
-de ¿" ru R.egióir, em que foi
publicada o 4 Setembro cle 19gi:
8s
vivienclo con el c¿rsiellano en Lin biiii:giiis mo
que nLlnca ha creado problemas. E,sta no sólo
es Llna opinión mía; lc es también de1 ihr:strc
catedrático de Santiagc, Lorenzo, quien ratifica
que el gallegc-rhay' qlle dejarlo como eS, no in-
ventarlo cie rillevo, ni mttcho ¡1enos si csta i¡-
r.ención, rlo sólo llo es fiioiógica, sino también
pclítica. E,n resumen, cuando Llnil persona me
habla en gallego i'o le siglc la conversación en
este iCir-;r'n¿rn.
exemplc cle
opinioi-r oficial
3. O terceiro testemunho é tornado de cleclara-
!-rJnscficiais scbre a valor"agom e razoils clo recur-
so c1e inccns titucicnaiidade contra a l-ei de Ftrorma'
llzacolrs Lingüística {Lei 311983,de 15 de Junhc).
D. Domingo García Sabeli, Delegado do Gover-no
clc Estado, afil-mava eIrI La Yaz de Galicia o 7 de
Cu tubro Ce 1983:
86
explicava que se pretende retirar 'el d.eber,,€nr pri-
meiro lugar, por respeito ao Estatuto de Galiza
e,
(aunque sea una razón formal, estas
tienen en
rnuchas ocasioires contenidos y dimensiones
sustancialese irnportantes.
" Po.que es gallego también cualquier persona
que tiene la vecindad en Galicia y puede
ser el funcionario que logra su destino "sé aquí,
el militar, cualquier otra persona que llega, y
establecer un deber de conocer la lenguá in-
rnediatamente le sitúa en el incumpiimiJnto de
la Ley a aquel que no ra conoce y ;i re sitúa en
esta circunstancia Ie puede abocar a posición
de ilegalidad q'-re le haga acreed.or u ru.rciones,
a diferencias y discriminaciones con repercu-
siones en las propias relaciones privadaso.
;,1,:.
;: ""??';#ilJ.::1
TJ il,"'?;;l:3'ü:,'Ji
forman parte de la cultura de .uáu comuni-
dad, y de España en sll conjunto, y tiene la
máxima comprensión y apo-vo por esa política
de normal izaciónrr.
início de interpretagom
Dados os testemunhos, cumpre sistematizarmos
ajeitadarnente a ncssa proposta. Repararenlos anies
de nacia no alcance dcs m"smos; o iundamento real
em qlle assentam som os discursos ou (lTraneiras de
ccnceber e de falar do galego e cios seus usos)>,vi-
gentes na sociedade garega (e espanhota) e expres-
sos no ordenamento legal. Despois de os e*a*inar-
1itos, propomos possÍveis caminhos de rnudar os ciis-
cursos nurn praza mais cu menos longo, ja
QUe,pen-
87
Samos, de seguirern actuantes, a alienag:om lingüís-
tica e cuiturjl se consumará na Galtza; o processc
cie sr-rbtituigom do gaLego poio espanhol será iri:e-
(
l,ersível, ainda qlte Se mantenham aiguns recantos)
de Lrso.
88
vaiidez de usos e textcs prel'eriCcs em espanhol, a
cilsto de minusvalorar Ltscs c textcs em galego; nor-t-
tros, pollco freqüentes e tilenos estendiclos, som os
usos e textos gale¡los OS primaclo.s e os preterici,--ls
os espanhóis. Ccntodc, a realida.Ce iriporn-se: Os
Llscs do castelhano sentem-se insubstiluíveis, men-
tres que os usos do galego resultam quase sernpi'e
aleatórios ou opcionais. Fica reforqado assi o j oretr
(sLiic) estabelecicloentre o que eKpressa,apesar de
to'lo, a própia iden lidade, o galego, e o que devém
efectivo e operatório, o espanhol.
o tema fr-rndamental:
discursc-s do bilingüísmo
N.iada sucede inocenternente. Hai interesses bem
clefinidos que estám a reconduzir o confLito até re-
soivó-lo na substituigom pura e simples do galego
polo espanhol. A tal fim servem-se dos cliscursos qlle
reforgam e motivam a tntidanqa de hábitcs lingüís-
ticos nesse sentido. O mais evidente destes discur-
sos é o do bilingüísrnc, o que apresenta o bilingiiís-
mo ccrno estado icleai, rníticc, indiscutír'el, pai:a o
indivíduo e para a colectividade ( tr ) . lJrn mito que
B9
ja em 1966 denunciou Lluís V. Aracil com lucidez e
rigor. Como segue a ser de actualidade, permitire-
mo-nos citá-lo com generosidade. ..Nom nos engane-
mos -escrevia-. A tentativa conciliadora, por com'
preensível e satisfactória que for, na realidade nom
conduz a nengures. Pondo de parte o compromisso
prático, fica o mito eue, por umha espécie de rnágia
rrerbal, relaxa a tensom interna e fai que seja possí-
vel um precário equilibrio sujectivo. Ora, ja que a
lógica da realidade nom se conforma necessariamen-
te cos caprichos da fantasia, nom se poCe escamo-
tear o dilema qlte 'saqueia' os símbolos" (ARACIL,
1982,p. 43). Convém precisarmos que o rnito bilin-
güísta osaqueia)>o espaqo simbólico (rg) de umha das
iínguas, o galego, em benefício da outra, o espanhol,
sena se apresentar como alternativa razoável.
irracionalidacle
cio discurso bilingüísta
Com efeito, (¿rs doutrinas bilingüístas som deses-
peradamente inefáveis, evasivas e proteiformes. Na-
da está mais longe da imaginagom bilingüísta que
dizer-nos candidamente em que termos concretos
ccnsiste (ou teria de consistir) o bilingüísmo que
pregoa> (ibidem).
90
eficácia do
discurso bilingüísta
Porém, a operatividade de ditas cloutrinas é rna-
nifesta. Nom se aceita sem grancles discussons a
viabiiidade de umha sociedade bilíngüe? ,..o mito im-
plica com insisténcia que o catalám -continua Ara-
cil referindo-se ao caso valenciano- e c castelhano
soffi compatíveis (por u¡nha banda), mentres que
(pola outra) nom o som e nlrnca ham de estar ao
nlesmo nii'el. A sua reconciliaqorn é hierárquica. Sorn
complenrentares porque nom som iguais. se ncrn
erro, isto é precisamente o quicl da questom. o mi-
to api:esenta corno incliscutível que o nossc bilin-
güísmo é harmonioso, estável e inamovível. Ir{om
obstante, o senticc mesmo dos argumentos é o con-
trário do equiiíbrio, da neutraiiclade, da imparcia-
iidade, da equidade ou da justiga. A inferioridade
absoluta e supostamente intrínsecá c1ocaialám a res-
peito do castelhano dá-se simplesmente pcr feitao
( ibidern ) .
Se relemcs os testemuhos citaclos (e os qlle re-
colhemos no apartadc 12.2.Dimensone potríticai a t,r,
clesta análise, entencleremos melhcr o qr.le está ern
jogc: Os discursos cloninantes reafirmam crLleo cas-
telhano é.,1a lenglra española oficial del Estadoo e
que olas otras ienguaso (o galego em par-ticular) som,
antes de nada, ..españolaso e también oficiales eR
"
Ias respectivas Comunidades Ar,rtónomas )>, rnas ocle
acuerdo con sus Estatutcs> (constituicom de r97g,
art. 3"" 1. e 2.). Pola slla parte, os discurscs extra-
oficiais, ou,e som silenciados ou tergivei-sados cn
malentendidos nos rneios de comunicaqcnn sobreto-
do, mas nom exclusivamente, debatern-se entre o
desmascararnento dos discr-ri:sosdominantes e a ini-
ciagom de umha nova dinárnica, produtora de dis-
clrrsos galeguizadores, afirmadores do espaco sirn-
bólico em que o galego tem qlre clesenvclver-se.
tema-s dos
discurscs em conflito
os temas de uns e de ouii:os cliscursos resurnem-
-se no da contradiqom básica nigrlalclade vs. desigual-
91
dace" (lirigüística e cr:ltlriirl). Ita Galiza {insistirncs)
cle feito prevaleceirr cs cliscurscs cia desigualclade e
os ccri'el¿iiivc-rsdc possibiiismc¡ que a seguii ¿ril¿rli-
satr-losbrevemente.
92
¿r nagom>, está a actuar-se na Galiza por clous ca.
rninhcs, segundo se fixo notar:
1. A inicial e prolongada imposigonr efectiva da
Iíngua 'nacional', isto é, do espanhol, tanto
nos usos como no ensino; e paraleiamente a
preterigom da língua 'regional' ou dialecto.
Nos últimos tempos pudo permitir-se,,,por
Llm jeito de acordo tácito,', o uso e o apren-
dizado do galego, mas submeti.dos, cle mui di-
ferentes modos, aos do espanhol.
2. A circulagorn e anepliagom dos ctriscursos (:r )
da desigüaldade, eminentemente estimativos
ou avaliadores das próprias línguas e dos seus
usos na sociedade em conflito.
Neles ocultam-se, é a norrna, os '"'erdad.eiros
motivos da ciesigualdade e os interesses que
obrigam á unificaqom lingüística da ,,nacióno
e á eliminaQom das línguas nregionaleso ou
dialectos.
93
vos precisos. Nos nosscs cias, na Galiza, indivíduüs,
grupos e Estado servem-se do galego e do castelhano,
mas é o Estaco o que está a sinalar as pautas dos
usos e dos comportamentos lingüísticos:
94
a. Virtualidade estrutural.
1." Descrigor¡l.
95
xico ( clizer, Galiza.. . ) e mesmo na definigom esti'ei-
ta clo sisterna lingüístico galego, con-Io o referente
ao futuro:
(23) Tenho em conta para as citas que segu.em LIm traballo inédito
d e O. padín, S . Fernán d e z e [ d . a V . Ca lv iñ o , in t it u la d o " E l t e m a d e l
gallego en las cartas al director de La Voz cle Galicia", A Corunha, 1980.
96
galtrego. Cada escritor hará la deformación a
su arre. Esta segunda alternativa es la que se
está usando.
(J. ilXanuel Caxada Rivamontes)
2." Estir¡racorrt.
97
me gustaría ver eliminado de mi quericla pa-
tria gallega para siempre: ios estúpidos capri-
chos de la minoría sabihonda que inponen su
voluntad y margina en su.s determinaciones al
pueblo, corno si fuéramos anormaies,r.
98
a
galiego
nom, escreva-se assi ou de outro modo.
99
iíngua ccniluene corii cLiiLcs, apa;:ent,::i:ent': eacbi-e-
cecloi"es,inas no fund"o tam cliscrirninacloi'es (ou rnais)
cic qlle os ja resenhaclcs. Scm aqr-relesqlie atribuein
a3 galegc íis qlla lidacies cia ¡nuiher ( sr:brnetiCa) : A
1ín!:ue g;ilega é suave, c1oce,fu-mii:ina, iírica e ai-no-
r c s a , c r c . A o i -iti' a 1 ílr g u L , p o r ló g ica , é vir il, esfor-
qacia, cLe s ternida, enéi'gir:a e adequada para a epo-
peia... (:+).
b. Viriualidacie ccrnu¡:icatir¿a.
x00
galego : d.ialecto
c-erstelhano_ língua
E,m palavras de FISFIIvIAN (1979, p. 49), ((a lín-
gua é umha designaqorn superordinada; o dialecto
é-a subordinada". Quer dizer:
1. Na dimenscrn estrutural, a língua fica defini-
da como um todo; o clialecto, ccmo conjunto
de diferengas a respeito da língua.
2. Na dimensone funcional, que é a decisiva, a
língtla é a ¡,rnicladeqLie poCe funcionar de ma-
neiras diferentes e em diferentes nivéis; o
dialecto é z\ subunidade cujo funcionamento
quase sempre se acha indifei:enciado.
O espanhoi é conceptuado, a todos os efeitos, cG-
mo lÍngua; o galego, ainda que norn se reconh€Qá,
é considerado como dialecto. C casielhanc, cuja uni-
dade interna ninguém discute, funciona (superorcli-
nadamente>; o galego, dividido em si e sobretcdo a
respeito do luso-brasileiro, funciona só .,subordina-
damente>.
Entenderá-se meihor se colocamos galego e cas-
teihano junto a Ltm terceii'o, o i:rglés, que habitual-
mente é citaCo como a língua universai por excelén-
cia. O seu ámbito é o mundo; o ámbito do espanhol
é o rnundo (quase); o do galego é um recanto do
Estado espanhol. O mundo do inglés é o estrangeiro
(ainda se sente assi); o do espanhol é o próprio, em
qlie a comunicagom se fai sólida e segura (ncom-
preendemo-nos toCos"). O rnundo do galego é o en-
tranhável ou (as montanhas de Lugo"; nel a cornuni-
caqom está perturbada, insegura.
PoCeriam aduzir-se muitcs exemplos, tomacios de
<Cartas al director>, de colaboragons jornalÍsticas,
de entrevistas a persoeiros, de manifestaqons de po-
líticos... Ein todos eles aCverte-seo motivo reitera-
do, co;il que comegávamos este ponto: O espanhol é
língua e funciona como tal; o galego parece língua,
mas a sua capacidade comunicativa é, polo menos,
questionável,
101
Releiarn-se os testernunhos transcritos até este
inomento"
1." Descrigofi!.
t02
2. A análise qualitativa dos mesmos: Quem usa
o galego e com quem; em que circunstáncias e por
que meio (fala ou escrita); sobre que temas.
A reduEom a que nos estamos a referir, se bem
nom segue um ritmo sempre igual, parece, porém,
calculada. Hai-na que relacionar, sem dúvida, coa
voniacle poiítica, cujas formulagcns legais examina-
remos no apartado 22.2, e tem comc conseqüéncia a
diminuigom da competéncia dos usuários do gale-
gc, que devém á sua vez em factor acelerante do
processo redutor dos usos de galego.
redugon da cornpeténcia
e reCugom dos usos
Ambas as duas, a reduqom da competéncia lin-
güística e comunicativa e a reduEom dos usos, le-
r'::m-se adiante mediante:
a. a escassezamesma dos usos, sobretoCo de ga-
lego escrito;
b. o controle efectivo e eficaz dos suj eitos acti-
vos, sobretodo dos (escritores>, e sobre os te-
mas tratados:
1. Nos meios d,e comunicaqom social (impren-
sa diária, empi'esas ecliioras, rádio, TV.
Preferimos norn falar de cine...).
2. IIo ensino ( iivros de texto e material di-
dáctico, autorizados e desautorizaclos; dis-
ciplinas impartidas em gaiego; centros em
que se permite certa galegr-rizagcm... ).
3. I'.Ioutros ánbitcs (Administragom, empre-
sas ¡:úrbiicas e privadas, como Bancos, Cai-
xas...).
103
).; Es fi¡naf ünl"
104
FIai outro tipo ce contrapcsigons qlre cumpre nom
esquecer:
6.' C galego implic;r incie-
pendentismo /
7." O uso dcl galego provoca
o esquecimenio dc espa-
nhol / (ro)
105
2. A conciéncia da ..universalictade" dcs textos,
mesmo orais, emitidos em castelhano, contra a con-
eléncia de (parroquialidade> dos galegos.
A emigragorn sern dúvida jogor,rneste aspecto um
papeI Ceterminante ( foi sobretodo emigragom inte-
rior e a América); mas nom só, os meios de comu-
nicagom, oS papéis, utiiizárorn e utilizam esrnagado-
ramente o espanhol.
a. Discr¡rso da necessidade.
i06
b. Discurso da irnpossibilidade.
{2S) Cf. ..F{istoria inéclita cle la llengria c¿rtalene, segles XIX-}lX", cnl
Canígó, 30 aniversari, Í9126 cle r-narqrr cle 19S3, nirms. g0l,-9C7,p. 30.
Na Galiza tarném se inrocain, e par¿r ccllsas de (mencr'> importancia,
unanrmiriades norn se sabe bem se alq'-imha vez existentes. Dous erernplos
r07
c" Slscurso ctrs r:ossii¡iiisino.
108
ferencia entre los problemas lingüísticos ce las tres
nacionalidades históricas, no es tanto cuestión de
idiosincrasia como de desarrollo histórico, cultural y
político.
t...1
.,Eil cualquier caso, nada garantiza que Ia socie-
dad gailega sea inmune a este tipo de tensiones. Por
una parte, las insiituciones autonórnicas tienen que
pcner la cuestión lingüística sobre el tapete. Pc¡:
otra, es previsible que los distintos grupos naciona-
listas sigan haciendo bandera del idioma y provo-
cancio (los más radicales) Llna actitud de rechazc en
la pobiación, qlle no está dispuesta a que le impon-
gan el gallego a golpe de decreto o imposición dic-
tatorial>.
Daquela, que fazer'? Evidentemente, para evitar
calquer conflito lingüísticc:
109
bie: Galicia es España y forrna parte ctresu co¡nuni-
dad lingüística. (O sublinhado é nosso).
.,La pretensién de entroncar el gallego con el por-
tt-rgi:és,o lleva consigo un pro;,'ecto político inde-
pendentista o iberisia reaiizabie a cortc plazo, o con-
dena a nuestro idioma a ser una reliquia de Uni'¿er-
sidad.
,,En Galicia todavía es posible que la sangre de
las dispu tas idiomáticas no llegue al río y que ei
problema (que al tiempo es riqueza) susci'uadopor
la coexistencia de dos lenguas, Se solvente democrá-
ticamente y sin imposiciones; aunque la tesis bilin-
güista siga sin estar, ni muchc mencs clarar.
O texto reproduzído é nédio: agradecemos a
Carlos Luís Rodríguez a since'riclade da sua visom
do tema. Reilecte com precisom os motivos reitera-
clos para levar adiante a (normalizagom" do galego
segundo o projecto político em marcha. Som os mc-
tivos do discurso possibilista:
1. O bilingüismo é necessário; é impossível su-
por que Galiza chegue a ser unilíngüe em gaiego. Fa-
rá-se o que se puder... E, o que se puder talvez seja
insuficiente, como dizia o Xesus Alonso Montero do
Inforrne ( pp. 148-150
).
2. A partir daí todo é pensável, como o qlre se
di e o que se dá por suposto no escrito de Carlo:;
Luís RodrígLrezi
a. Galiza é Espanha e forma parte da sua ( cc-
munidad lingüísticao; por outras palavras, o:i
galegos som espanhóis, o galego em conse-
qüencia tamén é espanhol.
Outra ccnseqüéncia, ainda: O galego nom é
portugués.. .
b. Para que os reticentes co galego-espanhoi o
aceitem, só basta ter compreensom e tolerán-
cia com eles.
Daí a apelagom constante á boa vontade, co-
mo tamém se ref lecte nos textos legais (nor-
rnalizadores> do galego, até conseguir a una-
110
nimidade total sobre o nproblemaD do idioma
na Galiza...
111
poio
cia do Governr: Basco (::.r),parece impensS"?l
pcr-
c1e agcra neste pl-ís e notrt porque nom nal Ll
soas pi'eparaCas e Capaces Ce o fazer. A anáiise Sc-
ciológlca dc eusl,ara toca estes pontos: 1. O f e| to
social d"o c¡-isliara.-2. As fttngons sociais do euslia-
ra..-3. A clefiiliqcrn da situ.aqom do euskara.- 4- O
pfocessc social clc euskara (p' 1)'
l'asctt,
(2g) G. p. 5., Ia ltLc h a c le l e t is ' ! ¡a rae n la Co mt L t t id a d A t t t ó n o n t a
Sen'icio Central de
LIna enct¿esta básica: Cot'tocintiento, IJSo, Actítudes,
o in q u é rit o f o i r e a l i z a d o
Publicaciones del Gobiei: n o v a s c o , G a s t e iz , 1 9 8 3 '
polo Gabinete d,e Prospección Sociológice, clo que é director José I' Ruiz
javier Yatza e Jitan Manr:el
Olebnénaga. Co!.aboráróm nei Mikel Niarañón,
Fz. Cancelo.
r12
Estimr:rai' á niudanga ringriística
implica, portan-
to, nom só f,ornecer aos o.riigo,
e uor^-;;;;, usuá_
rios o oinstrumento>, que é
a língua, para todos os
usos possíveis, senom tarném
e principalmente in-
centivar os usos mesixos.
o proceder clo concerho de Redondera
mos se suficientemente cr:nsideraclo (nom sabe-
pauta para as actuagons ) pocte ."r"r. de
das instii,(ons p,ioti.ur.
d. R¡lctivar para a rnurianga
lingüística.
ls
:
o processo normarizador do gz-r-rego
pre insistirmos nisto)
algum
-tii*o
Ii'güística. como parte inlegrar,t"
requer (cum-
de ptanificagom
dicionante cra própria normárizacom, au mesma e con_
cindível a forrnaiiiog"* resurta impres_
Iegc escrito, poio ,o",rn, r",-,
em "á.iiativizaqom)
do ga-
grall suficiente. A tín-
oficiar dc Estacioacha-se
Jortemente formariza-
ff1.
De feitc,
gente, inclusive.carquei' formarizagom do garego situa-áp."rr-
á
á galegofalante, na t"situra"de
der o¡'¡tra língua, -a eicrita.
segunclo fixernos notar
em apartados anterioi'es, a língua
escrita é, a todos
os efeitos, outra 'Iíngua; como
veremos no aparato
B / , inclusi'e as Norrnas *..-RAG,
oaseq'ible" ou exequír,el (oi.r",;-po¿" formatizagon
cilmente), requerem um tempo executar fa-
go de aprend.izad.o: sobre excessivamente ron-
as ho.a, dedicadas a me-
morizar as regras de escrita
correcta
nos cursos para mestres cedicavam-se, espanhoras,
oficial, polo menos 180 horas em, horário
e urri*ilu, estas Nor-
mas, feitas ex prof,esso sobre
as do espanhor para f,a-
cilitar o sslr aprenciizado.
. ". Mu:, junto coa necessidade de mudar os hábitos
iciomáticos propriamente ditos,
urge, num processo
de normalizagom, mucrar os
hábiós de comporta-
mento lingüístico: Nom só se
tem de aprender outra
língua, senom que esta ha de
onde antes se
empregava esporadicamente o galego "iu.-r" nom
formaliza-
do (assi) ou ordinariamente o
espanhol. Ambos os
dous tipcs de mudangas impricáil-
um rempo de
r1 3
aprendizad.o, que é de feito umha dimensom do rno-
vimento ou áctividade socializadora. O indivídr-ro
apreenderá a outra língua (se se requer para a co-
municagorn dentro da óomunidade ou se se necessi-
ta para a comunicaEom fóra da comunidade". Dit<¡
por outras palavras: usará-se o galego, falado e es-
crito, cando a gente se veja necessitad'aa usá-lo; can-
do os SeuS ingressos económiccs e o Seu desenvol"-
vimento na soiiedu.l" se vej am condiciollados polo
uso da língua da Galiza,
Esta é a melhor j ustif icaqom funcional para ¿ll-
cangar a normalizagom lingüística na Galíza. Decei'-
to que esta justificáqom prática reclama a justifica-
a justifica-
Aom teórica, ideotógica, política; como
galego e nor-
éo* oúltimao da desnormalizaqom do
malizaqom clo espanhol foi e é tamém política' lV1as
por este caminho adentramo-nos na temática do
apartado 22.2. Fique para esse lugar.
T
mais adequado o prazo de umha geraqom escolar,
I
ü
I
entre caicrze e dezioito anos. Os destinatários, logi-
!
É camente, som os mais novos, os moqcs.'.
a. Discursos da igualdade'
tr4
é, pode acloptar as_Jormas
creiam convenientes, lingüísticas que se
as testernunhadas pora
tradigom sobretocl0, de
maneira que sem vio-
Iéncia nenglrmrra entronque
co sistema lingüís_
tico luso-brasileiro, constituindo-se
trés normas clo mesmo. numha da"s
Os galegos som capazes
de adquirir competén_
cia (oral e escritá) sobre
a
submetimentos ao espanhol. J"u língrra, sern
2' virtualidade comunicativa:
em galego resulta gratificanteA comunicagom
ra da pertenga a urn grupo. e identificado-
A Galiza será sociedaáe
canAo
-Jor*?*utáI
o uso do Ea_
lego arcancea rotarida¿"
tes, nom esteja submetido ;,"":r-
u" espantrot.
o idioma garegopossui virtuaridade
tiva univei"sar,-istoé, para comunica-
referir-se a carquer
tema e para relacionar-se
com sociedades(Es-
tados) no mundo.
3' Aceitabil-idade:o idioma
garego
Ios habitantes da Ga\iza".o.ño é admitido rro_
tidade do indivÍduo e da ri".i^'0"-#;-
socieJade, tarvez o
mais rechamante.
Poi' isto principarmente,
o
,gaiego é efectivo e
válido e é univLrsal. considera-se,
um dos factores que mais po¿"rásamente sem dúvida,
tribui a integrar aos indivíduos con-
povo. galegos em
b. Discursos da <<acÉuagor!!>.
1 . Necessidade: O galego é
língua ,Ceuso necessá-
rio na Galiza.
A forga deste tipo de discursos,
como a do
oposto, terá de ser a legal.
legal que reconheEa ; i*b"nhaUm ordenamento
go na Galiza condigoT o ,rro do gare-
_é
cesso normalizador ,:ir. qua non
-- do pro_
do idioma.
2. fmpossibilidade:- E possível
viver só em galego
na Galiza' rgualmente este
tipo de discurso
r1 5
i:gal qu3 tern cte í-&11-
apoia-Se nü úi'C3i:La¡¡1eillü
dar...
3. Discurso da {iactuaco!i1)>:Hai qlle fazet o que
for. necessái-iopara consegi:ir, primeiro, a mu-
dailga dos discursos sobre o galego e, despois
ou iirnul lanearnente, a normalizaEcm do iclio-
ffi ñ
lllcl,
1983'
(3 0 ) cf. N o rr¡n ti vi :aciótt cle Li;tgtta Gaiega, Xunta clc Galic i a,
p , 9 . IX .
11 ó
cle Derecho que asegure er imperio
de ra rey como
erpresión cle Ia v'oluntad pop,rruro
(preámburo) no
tei'ritório espanhcr. sobre esta
tesitura,'o seu art.
1."r- a constituiqor:l estaberece:<España
se constitu-
I'e en un Estado social y, d.emocrático de
que proplrgna corno valores D..;;i;;
superior.es de su
namiento jurídico ia ribertad, ";;;:
lu justicia, Ia iguar-
dad y el pluralismo políticoo.
Segundo os estucliososdo tema,
por exemplo Ra-
món Gai-cía Cotarelc ( 1983,
p. 65), (os rasgos que
tipificam o Estadc cie'Direito
som basicamente ca-
tro e de carácter formar:
r..) divisom de poderes;
2.") sujeigom de todos eles
ao direito; 3..) igual_
dade de todos os cidadaos
judicial dos direitos ante a lei; e 4.") tutela
e ribercradesfundamentais. Tam-
pouco hai inconveniente
em concruir assegurando que
o vigente texto constitucionar
espanhor garante num_
ha medida razoáver estes
.urio, constitutivos do Es-
tado Ce Direito, (a negrita j
nossa).
Afirma pora sua parte Antoni
p' 94) qlre <todos os direitos Rovira Viñas (r983,
funcamentais (. ..) de-
rivarn de crous grandes varo¡.es
do ordenainento jr-r_
rídico, a libe¡'dace e a igualdade
(...) os outros cii-
reitos declarados som concregons
de argum destes
dous princípios ou de ambos,,
( a negrita é nossa .
Flerdamos (dignamentel?) )
os princípios da Revolu-
Eom Francesa...
direitos fundamentais
e usos da língua
Dos direitos fundan:entais, que
recorhe a consti-
tuigom e que o úrtimo autor
sistem atiza (pp. gr_gs),
salientaros a seguir os pertinentes
que tenham argumha reraEom neste rugar por-
cos usos lingüísticos:
1. conjunto do: direitos garantidores
da integri_
dade física do sujeito.
2' Conjunto dos direitos garantidores
g_ridade psico-sociai oll jtica. da inte-
corresponde ao
Estado tornar seguros:
117
- o direito a nom discriminaEom, especifica-
gom cio princípio de igualclade ( art' 14) :
Por razorn do idic¡ma utilizado polo indiví-
ciuo e pola cornunidacle lingüística?
o direito á eCucagom ( art. 27) : Em galego
e ccm tccias as conseqüéncias?
- o direito á participagom na vida cultural
(art. 11): Tamém na galega?; como indiví-
duo e como grupo?
3. Conjunto Ce direitos garantidores da livre ac-
tuaqom do hcme, mormente no aspecto psico-
-social:
clireito á liberdade de pensamento e opi-
niom, de expressom e de cátedra (art. 20):
Inclusive a respeito do galego, das Normas
oficializadas e do processo de normaliza-
Eom? Fermite o exercício deste direito pro-
por, nos lugares adequados e em igualda-
de de condiqons, apresentar alternativas
gerais ás do Poder?
- direito á liberdade de eleigom cultural (art.
44): Tamén cando se opte razoavelmente
pcr umha linha contrária á oficial da <Xun-
ta de Galicia" e do oConsello da Cultura
Galegao?
d.ireito á liberdade de reuniom ( art. 2l) , de
associaQorn(arts . 22, 28, 34, 36, 52): O exer-
cício deste clireito implica a contrapartida
de represálias ou restrigons económicas,
académicas oll de outra ordem por parte
dos governantes e dos sells assessores?
direito ao livre desenvolvimento histórico,
cultural e artístico ( art. 46) da Galiza: In-
clui-se o relativo á língua canto patrimónjo
cultural?; o seu uso digno?; a sua forma-
lizagorn digna?
4. Conjunto de direitos a promoverem as condi'
gons que garantem o exercício de todos os
118
resenhados ( art. g.".2 e 3; IT 24 25)
, , . Reprodu-
zimos o art. 9." por ser, ao nosso juízo, claro
e diáfano:
.r2. Corresponde a los poderes
públicos pro--ra
mover las condig¡ones para que Ia
li.bertad i
igualdad del individuo y Ae los
se !r,opo, en que
integra seanrearesy efectivai il*or",
obstáculos ros
que impidan o dificuÍten su preni.
tud y facilital Iu párticipación
de todss
dada¡ros en Ia vida poiiti"., económica,los ciu-
ral y social. cultu-
o3' La constitución garantiza
-.ro.mativa,
er principio de
Iegalidad, la jerarquÍá
ra publici-
dad de las normas , lu irretroa.tiíiaua
disposiciones sancionadoras no de las
favorabres o
restrictivas de ros derechos individuares,
guridad, jurídica, Ia responsabilidad ra se-
y Ia in_
terdicción de la arbitraiiedaa
¿á io, poderes
públicoso.
(As negritas som nossas
).
igualCade ou desigualdade reais?
liberdade no processo normal
izador
c{,-ridioma e cultura galegosl
119
qlte antes cicniinciái';rmcs prevalecerenl no Corpo S{F
ci¿rl galego, coa agravante cie qlle a Lei, de um mo-
clo oll d.c oLitro, c scnlilrc co¿rctiva.
os clisci-irsoscla desigi-raldadee dc pcssibi-
fu{r-rcl¿rr
lismo irrplica, nesl,L cimensom, mlidar o ordenar¡en-
to juríciicc, polr-rmenos no qlie atinge aos Lisos clas
i Ínguas.
a) O or{lena¡nento jurícl'ico do E,stado'
Irio apartaclo qlie seglie reproduzimcs, comentan-
clo-os Com certa elitensolri, cS preceiios salientál¡eis
no ci'clenarnentL)j r-rrídico espanhoi sobre usos l in-
gi-líslicos, segttndc a sua hieri-Lrquia;no seguinte, in-
terpretaiTlos o alcance do co;rjunfo dos textos trans-
critos.
1.' Textcs legais.
¿r. Constituiccrn (art.3.'.1. e 2.):
o1. E,l castellano es la lengua españoia oficial
del Es [aclo. Tocos lcs españo1estienen el cle-
ber de colloceria y el derecho a usarla'
,,2. Las clemás lenguas españolas serán iarn-
bién of iciales en las respectivas Comunidades
Autóncmas de acuerdo con sus Estatuics>.
Salientamos o que segue:
1. Corno sinala a oDeclaraqom de Pamplorl&>,
qlte despoi.s reproduzimcs, (o Esiado cita poio seu
'irnpom conlo
no*e o único idioma que arnpara e
oficial, rnentres que relega á indefinigom e inclefen-
som ias otras lengilas españotrasn.
2. A i"espeito do castelhano f am-se expiícitos ne
Constituigom de L97Bos terrnos em qlle é oficiai. A
determinágom dcs límites a teor dos cais olas dernás
lenguas españolas, serám oficiais (en las respectivas
ComuniCades Autónornas)> fica deslocada para os
correspondentes Estatutos; mas estes som tertcs le-
gais C; rango inferior ao constitucional (art. tr'47.".2",
por exemplo). (As negritas som nossas).
120
3. Ainda mais, neste art. 3.. ( l. e Z.) confun,Jem-
-se perigosamente a organizagom administrativa do
Estacio e a definigom cle .^,mhar línguas, .orriiclera-
das por si...Las demás lenguas españoias'parece
referirse ás gllre ei-npregam as comnntticades lingüís-
ticas galega, basca e caialá; mas estas assentam
só
em território espanhol? euer dizer, os usuários cio
galego, do catalám e clo euskar-a, som exciusivarnen-
te crcladaosespanhóis?E dentro da mesrna Espanha,
a comunidade lingüística cataiá, por exemplo, coin-
cide com unrha só cr-¡munidade
"Ltónoma?
b. Estat¿lto de Autonomia de Galiza (art. 5."):
o1. La lengua propia de Garicia es er gairego.
o2. Los idicmas galiegc y castellano son ofi-
ciales en Gaiicia y todos tienen el derecho de
coaocerlos usarlos.
-y
n3. Los poderes públicos de Galicia garantiza-
rán el uso normal y oiicial cie los dos iiiornas
y potenciarán la utilización del gallego en to-
dcs los órdenes cle Ia vida públña, J*ltural e
informativa, !' disponcrán lbs medios necesa-
rics para faciiitar su conocimiento.
n4. ñ{adie poclrá ser discriminado por razón
de ia lenguao
t21
3. Com efeito, o direito de umha persoa usar o
gaiego pode ser interferido em calquer ocasiorn e
ámbito potro direito de outra usar o espanhol.
Norrnal, referido aos usos lingüísticos segundo
norrnas estabelecidas explicitamente, é exclusivamen-
tc o castelhano; .,la utilización del gallego" depende,
em calquer ocasiom e ámbito, da livre (?) decisom
do usuário, como fica especificado na r,ei de Norma-
Iizagorn Lingüística e suficientemente explícito no
parágrafo 4.".
4. Segundo foi denunciado ja na Galiza, este pa-
rágrafo, sob aparéncia de respeitar e proteger os di-
reitos subjectivos tamém do usuário de galego, cum-
pre a funcionalidade de manter a situagorn objecti.
varnente privilegiada dos usuários de espanhol.
Quer dizer, na prática quotidiana o parágrafo 4."
ner:traliza ou simplesmente nega a igtraldade objec-
tiva de todos ante a Lei. com efeito, pode suceder,
suposta a existéncia de umha Lei de NorrnalizaEom
Lingiiística con-qruente co seu nome, que sempre ca-
beria a possibilidade de recorrer ao onadie podrá ser
discriminado por razón de la lenguao para eximir-se
de contribuir ao processo normalizador do gale-
go (rt ).
outro preceito estatutário
sobre a lÍngua
sobre os usos lingüísticos existe outro preceito
estatutário, o contido no art. 27.".20.E, competéncia
exclusiva da Comunidade Autónoma galega
,,La promoción y la enseñanza de la lengua
gallega" (rr).
r22
observaremos unicamente que a comunidade
tónoma, u .,XT.trlu,em particullr, Au_
nom possui a com-
peténcia (explícita) de oficializar
calquer
oriográfica. lrlom obstante, parece ser, normativa
como vere-
mos, o ú'ico <<actod.e goberioo que fixo sobre
ma e que está disposta a revar ádiante, o te-
caia quem
cair...
123
1.') Um é o genérico, referente aos direitos lin-
gul sticos (Título I):
124
activitats professionals, laborals, polítiques i
sindicals, i rebre l'enseyament en catalá.
,r2. Les manifestacions de pensament o de vo-
luntat i els actes orals o escrits, públics o pri-
vats, no poden donar lloc a Catalunya a cap
mena de discriminació si són expressats to-
talment o parcialment en llengua cataiana i
produeixen tcts els seus efectes j urídics igual
corrr si fossin expressats en llengua castellana,
i, per consegüent, pel que fa a llur eficácia, rro
poden ésser objecte de cap mena de dificul-
tat, d'ajornament, de requeriment de tracluc-
ció ni de cap altra exigéncia.
oEn cap cas ningú no pot ésser discriminat
per raó de la llengua oficial que einpra>.
125
(3" Los poCercs pr-lblicosgarantizarán el ejer-
cicio de estos derechcs en ei árrrbito territo*
rial de ia Comunidad Autónoma, a fin de qlle
sean efectivos y realesr.
3. Com articulaCos mais olt menos minucicscs,
estas Leis (pretenCemo normaiizar..las ciernás len-
guas españolaso, mas nos feitos resultarárn simples
declaragons de boa vontade; som expressons dos dis-
cursos (ou pretextos) possibilistas,como se despren-
de das análises que das mesmas tenhem realizado
autoridades tam diversas como fiáveis. Veiamos dous
exemplos.
4. Lluís V. Aracil sinaiava, a respeito da Lei do
Catalám, em El Món (15 de Abril de 1983, p. 22):
.,As insuficiéncias e inconseqüéncias do texto mesmo
revelam ja a falta de poderes coactivos e de recur-
sos organizativos, disfarEada pola falta de ideias e
de vontade de mudanga. Ora: Isto nom quer dizer
que a Lei ha de ser inútil. A Lei produzirá sem clú-
vida desavengas e, em último termo, decepgons e
frustraEons que serám mui positivas se ponhem em
marcha o processo popular que a política de ccn-
senso paralisou no próprio comego de TransiEom.
oA inovaqom mais positiva será um discurso pú-
blico radicalmente diverso do <ti. ja me entendeso da
clandestinidade e da inveterada retórica (renaixen-
tista> e regionalista dos aldraxes e das queixas. Con-
fio em que o estilo e o nivel do novo discurso norn
sejam tam ridículos. A coexisténcia das comunida-
des lingüísticas é umha questom básica (nom ba-
nal) de interesse público. É umha questom de E,sta-
do, precisamente constitucional. Despois c1e todo, é
de um Estado que somos cidadaos ou súbditos. E, é
o Estado que ha de apreender que nom pode tratar"
os idiomas de cidadaos normais como se fossem dia-
Iectos de súbditos subnormais. A democratizacom
deve evidentemente pór firn ao jogo sujo e assegurar
o jogo limpo neste camno. Fica claro que a igualda-
de efectiva das comunidades lins'iísticas norn será
possível nunca, se nom é que decidimos que é neces-
sária por princÍpio".
t26
5. Norn mcnos expiícitos, se bem pertencentes
discursos mui diierentes, som os considerandos a
advogacia do Estado contra a Lei do da
Euskara incluÍ-
dos no correspondente recurso de
inconstitucionari_
dade interposto a instáncias do
!o""r.,o de Madricr-
sobre o art. 5.", transcrito em riba,
di-se (a tra-
dugonr é nossa): <...junto coa
vindicatio pttlstaüs
que fundamenta essa impugnagom
incompeténcia [do art. S..] por
respeitó á" iotatidade do artigo,
ham de questiorur-r" especificamente
as referén-
cias aos poderes púbricos q,r" upareceul
no art.
5.".2.a)e no número 3 desse pieceito.
Tampouco nes-
te caso se discutem os contidos normativos,
senom
a titularidade competerrcial do parramento
basco pa_
ra efectuar regulagons que tenham
como destinatá-
rios a poderes públicos diferentes dos que
integram
a própria Comunidade Autónoma)).
Anteriormente ind.icara-se que (os diferentes
tatutcs habilitam expressamente ás Es-
comunidades
Autónomas para determinadas actuagons
em relagom
coa matéria lingr_iísticao.oMas _engade-se
imedia_
tarnente- tais habilitaqons consignadas
no
Preliminar do Estatuto [basco] .ori"rpondem-seTítulo
com
títulos competenciais nos que nom hai
exclusividade
para a Comunidade Autónóma>.
Est¿ts <argumentagons> jurídico-ideorógicas
dem umha e outra vez sobrá inci-
o fundame'to indiscu_
tido e univocamente interpretado (tarvez
ba outra saída): nom cai-
pr"iisumente a condigom do
castelhano -o...é
língua
:omo comum a toda a Naeom a
que possibilita que se imponha um ¿á"-, á" lo"r."_
cimento do mesmo. por encontrar-se
previsto
titucionalmente tar dever, os poderes púbricos cons-
presumir validamente que podem
todos conhecem o caste-
lhano. conseqüentem"rri", a actuagom
dos poderes
públicos realizada unicamente em
castelha*o (. )
nunca poclerá censl¡rar-se como discrirninatória
sentido do art. r4." da constituigom no
Espanhola. polo
contrário, ao carecer de fundarnento
constitucional
o dever de conhecer carquer outra
ríngua, ,ro*
"abe
t27
p!:esumir validamente que dita língua tenha ctre co-
nhecer-se no territério da Cornunidade Autónoma
onde se estabelecer a sua cooflcialidade, e a actua-
eom dos poderes pirblicos realizada unicamente nes-
sa língua poderá ser estimada como discriminaió-
ria em vuhreragom do art. I4.".
uA conclusom será, pois, que o castelhanc, idio-
ma de uso oficial tamérn no território das Comuni-
dades Autónofiias onde eristir outra língua cooficial,
nunca pode ser excl¡.rído.Com isto nom se priva de
sentiCo o direito de Llsar a língua cooficial. Esse di-
reito sr-rbjectivo, perfeitamente indivj dualizável, en-
contra o seu correlato num dever subjectivo de co-
nhecimento, mas dever imputável aos Poderes pú-
bl.icos como tais e nom aos indivíduos. Nem sequer
a todos e cada um dos servidores públicos; t . . . l a
relagom de supremacia especial da Administragom
e r:espeito dos serls funcionários poderá fundamentar
um ciever inclividual de conhecimento do euskara,
mas isso unicamente nos casos concretos em que
t¿rl dever especial responda a umha justificaqom ra-
zoáveL e respeite exigéncias de proporcionalidadeo
( a negrita é nossa).
cliscurso cla necessidade
con'rra
ciiscurso do possibilismo
Estám-se a emitir assi, assumidos polo próprio exe-
cr-rtivo do E stado, tertos pertencentes aos discursos
da necessidade (antes denunciados), que reforgam os
j a generalizados na sociedade. Deste modo resulta
claro que o uso do castelhano será necessário em
calquer ocasiom e ámbito, mentres que só é possível
o uso clo galego se houver 'boa' vontade nos usuá-
rios, e isto unicarnente em certos ámbitos e oca-
sions...: E se nonr existir (boa) vontade?
A triste realidade é, nom nos enganemos, que es-
tes discursos dominantes estám a mudar-se insensi-
velmente em discursos da impossibilidade fáctica de
usar o galego, polo menos num estado de opiniom
que o dignifique rninimamente.
128
2.") Cl:ii-r asp*ci,..i (jlir cclt.v,éfil ccnsicierarmos
aqui é o tccante ¡.o uso clo galego no ensino
(Títu- i
lo iII da Lei cre lJoi"naatrzaónr-r-ingiiística). 'f
Á va-
guiclacle,por Llirl laclo, e e mecánica recorréncia
ja disposto oficialmente, pcr outro, ao
caracterizam es-
tes pi:eceitos iegais. co*iprcve-se, por exemplo,
nos
ariigos:
t29
(3. As autoridades educativas da Comunidacle
Autónoma garanti zarán que ó remate dcs ci-
clos en que o ensino do galego é obrigatorio,
oS alumnos coñezan este, nos SeuS niveis or¿:I
e escrito, en igualdade co castelán"'
etc. etc.
130
supomos que nom será esta a única reguramen-
tagom da .<Xunta,'neste campo. Mas a estas alturas
pudérom-se_dar ja argumhai orientaEons gerais
vista dos dados, escassos,que tarvez constern á
arquivos nos
da <<Xunta>>.
Por outro lado, perguntamos, que critérios
have-
rám d.e empregar-se para determi.ru, o preiendiclo
equilíbrio? calibrará-sé polo tempo
dedicado a ga-
lego e castelhano (50 o:'aa cad.a um); pora
importán_
cia das discipritas, pola autoridiJe
científica-via
e cu_
rrículo dos professores.. . ? Introduzido
pcta da
casuística (que se introduzírá se
alguém nos Centros
tenta normalizar os usos do galego),
o equitibiio re-
solverá-seem andrómena.
5' comentário
3 parte mereceria a expressom
"Iingua materna>. Meigurhados nesta cerimónia de
confusom, tamém e soüretodo deste
tema nom cabe
senom agardar a sua manipulagom
interessada...
senhores que estám a faier
sejam conseqüentes: se a língua regaricrades,
" "*".rrtar
é <a maior e máis
orixinal creación colectiva doi galegosn;
dadeira forza espiritual que lle se é <(a ver_
¿a unidade interna
á nosa comunidaderr; se nos une (co
pasado do r¡oso
pobo"; se é oregado da identidade
cornún>>,como
mantenhem ainda o conceito r-estritivo
de *t*g.ru
materna"? As negritas som nossas,mas
as citas som
todas do Preámburo da Lei, ."p"iiáu,
atg,rmhus no
Decreto.
6'
.A lÍngua, tamém a que utirizam os meninhos,
nom é materna (só) nem paterna (só);
é ,*"iár. o
homg sempre vive em sociedade; tod.os
os seus hábi_
tos de comportamento, incluídos os
lingüísticos, som
adquiridos e conformados no intercá*uio
social.
Decerto, consegue-se umha certa competéncia
da
Iíngua oral durante os primeiros anos d; vicla (
tal-
vez) sobretodo através da fam ilia; mas a
competén-
cia da língua, em especiar da quase sempre
se alcanga na escora, instituiEom
"..iitu,
sociai, orgunirad,a
segundo o ,,ordenamento> poiitinad.o do poáer
polí-
tico, legislativo e executivol
Por isso, cando um inclividuo carquer
alud.e aos
13 1
Lrsos idioináticos cl;r prinieira iCaCe coit inccncre-
tíssima expressom cie "língr:a lTlaterna>, corn toda
segllranEa tenta escamctear impttncmente a reaii-
clade social desses usos; inas, cando expressons co-
nto a- citac1,ase inclliem ncs tertos legais, aprovaclos
por um Parlamento e promulgados em nome do Rei
por um Presidente ( da <<Xunta>por exemplo), está
a dar-se fr-rndarnento sólido á suspeita de que o ((or-
denarnento jurídicoo clc EstaCo nom é sério coln .,las
oir¿is lenguas españolaso nem procllra a igualdade
efectiva dcs cidadaos nem dos grupos ou comunida-
cles lingüísticas"
7. b{o nPreámblllt " do Decreio I35 1983 reco-
nhece-se que ((a n-lesma Lei arbitra mandatos que
coinportan unha trausforinación dos irábitos lingüís-
ticos, dos indivídr-ros ( si-ipom-se
) no selo da sociecla-
de gaiega.
Desses manCatc¡saté o momento só se pormeno-
rizái'om os qlfe c1eterminam o procedii-¡ento c1e.,dis-
pensa do estudio obrigatoric ( I ) da Língua e Litera-
tllra galegas". Fixo-se poi- Ordem de 23 de Setembro
cíe 1983.trndicará este compcrtamento abundáncia Ce
iCeias e d.e voniaie para mudar os hábitos lingüísti-
cos na Geliza?
B. Por irltircc, lernbr3irlos que noln se cierogci-t
expressamente, portanto segt-leem vigoil, o Decre lo
Bll19S2, d-e 29 de Abril, ,,polo qlte sc regra o ensino
d a Lírrgua Galega nos ni','eis da Educación Preesco-
lar, E Cucación Xerai Básica, Bacharelato e Forma-
ción Proíe sionalr. Referimo-nos ao segundo odecre-
to de biiingiiísmoo. Sem dirvida as autoricl¿rdesda
<Xunta> acr-rdilám a este dccumento cando e como
thes convinher. &{as lembramos tamém que umha
prescrigom de dito texto legal erai
casos nos que o Galego sexa empre-
"l{aqueles
gado como língtia veicular no ensino doutras
inaterias, o horario adicado á ensinanza do Cas-
telán haberá ser axeitadarnente incrernentaLlo>
(art. 2"".2.).
t32
Pensamos que nom vale a pena perguntar
por eu€,
no suposto contrário, nom se previu incrementar.
ajeitadamente tar-nérn,¿ls }loras d c g a le g o ...
l1.t
I JJ
1. Estas apresenianr.-secomo irreversíveis ou por
nom existir hoje na Ga\za classe dorninante galega
ou bem por esta norn ter os aparelhos de poder im-
por tantes.
Mas nos textos em que se sustentam os pontos
anteriores abitnCatn clemais oS eufemismos, aS meias
palavras, as eiipses de modo que se evita:
a. E xplicar aj eitadamente a ruptura de usos no
galego até que passou de desenvoll'er-se numha si-
tuagcm onormalo a outra submetida, rnarginal, arni-
norada
b. Descrever as pecr-rliaridadesdo galego como
uiíngua clo pobo aferrado nc seu pasado e coa olla-
cia nc reino de Castela ou, mais tarde, na corte ma-
drileñao (C. GAR.CIA, 1977,p. 32) quer dizer, como
língua puramente coloqr-riale de usos orais.
c. Afrontar corn corage a mudanEa radical (to)
qLle l,,ai implicada em escrever o galego e em conver-
té-lo em "língua nacional".
Preámbuio do Decreto
cle NormativizaEorn Lingiiística
Este é o género de discurso qlle domina, sob apa-
réncia de moCeragom e objectividade, no preámbuio
e no articulado do Decreto de lüormativizagorn (I73 /
1982,de t7 de lrlovembro, publicado a 20 de Abrii de
19831:
134
desde hai xa máis de cen anos a súa vella con-
dición de língua escrita. pero esta recupera-
ción, sen outra base que a vontad.e espontánea
dos seus cultivadores, non tiña máis referen-
cia orientadora que a da fala, co inevitable po-
limorfismo dialectar que Iies é propio a tócalas
falas. con todo, ó ir afianzá.rdou" o recupera-
ción tamén foi aparecendo a conciencia da súa
necesidade de unificación formal.
uCo tempo, o propio desenvolvemento da
nosa
críitura facía necesaria a regulación normati-
va da língua. A R.eal Academ"ia Galega inicial-
mente, e o Instituto da Língua Garega inme-
diatamente de se constituír, afrontaroñ esa ne-
cesidade pubricando sendas normativas, que
por seren básicamente coincidentes Iograron
en conxunto unha aceptación xerafizada,,
(Preámbulo).
135
E neste joEo todolpa::te, Estadolregiom ha de enten-
cler-seo que dixemcs sobi-e língua e dialecto e o que
estamos a observar sob::e o <acto de gcverno> das
ar-iici:iCadcs i:eprcser-:
tati','as clo E stado que imp+
niicm umhns l{cr;.lr.s o¡toqráiicas i 1íliiri.racia Ccrinu-
niC-aCeAutóncma (:rc) .
Sci:'r'eo Decleio ano iamos o seguinie:
1. A "Xunla cie Gaiicia, pretenCe exeicei: nel um-
ha comp*:téncia dt- quü carece e Corni-inidaCeAutó-
ncrjta. A teor cia legalidaCe vigente (s-r) , só é corn-
p-cteiiie,to tccante ao iciicrna, ein nla promcción _v
err.;ci¿inz¿tcLeia lcirgua gailega" ( Estatuto, art. 27:'.
2tl) . Por lanto, o Decreio é nulo de raiz ao estar cii-
tado por Liin órgac manifestamente incornpetente.
h¿crn cabe reccrrer a que ..ia promcción 3' la en-
señanzao nol-n se efectuai:ám se f altar, coi^no condi-
Qorn prér'ia, urnha noi-mativa ortográfica. Tem de in-
ferii"-se o contrário: Pcr ser cornpetente na promo-
golrl do galego, a ..Xuntii, ncm está legitirrrada para
interferir, com Decretos oll outras r¡eclidas de impc-
sigorn, no prccesso cie norrnalizagorn do gaiego, qlte
exige por definigoin a cciabcragorn Ce toclos os indi-
víCuos e grllpcs sociais.
Frivilegiar a algr-rnscoa exciuscm cle cutrcs, além
de atentai" contra c ai:t. 9.'.2 da Constituiqcrn, mos-
tra umh¿r clara voil taCe desnormalizadora.
2. Hai ccntracli,;om entre o estabelecido no De-
creto cle Nor¡nativizaqom ( art. 1." e 2..) e a Dispo.
136
sigom adicio*ar1 ca Lei ctreNcrrnaliza,gorn sobrc e
ins-
tituigom, Reai Acader,;riaGaiega ou instituto da
Lín-
Sllla Galega, ccinpe ieni e pai"a estabelecer <(o ciiterio
cie ar-rtoi'idadeu(nas cuestións relativas á normativa,
¿rcttralizacióne Liso correcto cla língua galegao (I-ei
cie Füor¡nalizaqorn,Disposiqom adició'¿rl
i
Ainda mais, o próprio Decreto contradi-se cancro
reconhece que a RAG iem autoridade para erabora.,
ju;rto co ILG, a ({ncrma básica para
a uniclarle orto-
gi^írfica c: rnorfclóxica da ríngrü garega, (
art, r."),
T?t nom para preparar o Vocabularió Ortográ.,¡ico
I3ásico cuj o autcr úinico ha ser sornente
- o il_c ( ar-
tículo 3.").
3. Atribuir exclusi'amente á RAG e ao ILG
petérrcia pera estabelecerem a <norma com_
básica para a
unidade oi'tográfica e rnorfcióxca> (art. 1..)
e] ,,pre-
vio accrdo conxunto, elevar(em) á Xunta
cle Galicia
cantas mellcras esiimen convenienie incorporar
ás
normas básicas" (art. 2.") resuita, cernclo
*-"or, gro-
tesco.
com efeito, a F-AG norn é nem de clireito nerrr de
feito, academia ja língua homorogár.,er,por exemplo,
cca espanhcia. Polo contrário, tem como
objectiuor,
segunco os Estatutcs vigentes (art. 1..), ocuiiivar las
Belias l-etras en g"t y principairnente aqi:.:ilcs
estudios que pueden contribuir
-rol al ionccimiertd de la
I{istoria, Antigiiedaces, Literatura y Lengua c1eGali-
c l a>.
. o .ILG, pcl1 sua parte, é instituto uili-r,crsitário;
isto é, a teor dos Estatr-rtosprcvisrii"ios da universi-
da-de (art. B.'), <<centroc1eIñvestigación y ce Espe-
cialización que agmpará al p-.ronál cle uno o varics
Depariarnentos universitarios, así comc el perscnai
necesario para ei cumplimiento cle slls fineso. Estes,
logicamente, tenhem de cingir-se á investigaqom e
especializagom (universitária ), nom á ,ror*ot tviza-
qom e menos ainda a activicades de (governo> (rr).
137
O processc normaiizador do galego exige a ccla,
boragom ajeitada de todos, grupos e indivíduos; o
estabeiecimento de normas de escrita correcta nom
poCe subtrair-se á colaboragom de todos aqueles que
estit'erem comprometidos na normalizaEom da língi-ra
e, rnenos aincla, á dos escritores, investigadores, lin-
güístas, professores, sociólogos, pedagogos, etc., elc.
4. ft,Iais rechamante ainda é a contradiqom de
proclamar o AcorCo ILG-RAG como (norma básica
para a unidade ortográfica e morfolóxica,, (art. 1.'),
melhorável (art. 2.'), e impó-lo como único utilizável
nos livros de texto e material didáctico,,que deban
ser autorizados conforme á normativa vixente> ( ar-
tículo 5."; vej am-se o ó." e o 7.') . Contodo, convém
Iembrar que a normativa vigente <actual íza, dispo-
sigons surgidas na ditaclura; todas elas perseguem
garantir o controle ideológico efectivo de estudantes
e professores através dos livros de texto. Apesar dis-
to, na letra de tais disposigons só se alude a ( apro-
bación pedagógica" e dictamen favorable de la Se-
"
cretaría General de Movimiento y de la Jerarquía
eclesiástica en el ámbito de las respectivas cotxpe-
tenciaso (Decreto 2531/74,de 2A de Julho, art. 3."), e
á fixagom de (precios máximos de venta>>(arts. 4."
e 5.'). Unicamente umha interpretagom perigosamen-
te generosa da legisiagom poderá basear nela a exi-
géncia de um informe lingüístico, prévio á autoriza-
Eom de iivros de texto e material didáctico.
138
5. Parece comc se o legislador na realidade pro-
cllrasse que os galegos, mormente na iclade
continuassernno desconhecimentoda sua história"r.ólur,
ou
polo menos da proposta reintegracionista para a es-
crita correcta do galego; talvez porque .r-iu nom se
concebe a Galiza e o galego como umha parcela da
cultura espanhola, nem necessariamente submetida
a esta.
com efeito, nom se imponhem as l{orrnas ILC-
-rLAG para serem usadas habitualmente nem sequer
no currículo escolar, senom .,exclusivamente> para
serern ensinadas. Di o art. 4." do Decreto:
oAs normas aprobadas polo presente Decreto
son de ensino obrigado en tódolos centros es-
colares de Galicia sobre os que teña ccmpeten-
cia a Comunidade Autónoma e exténdense a
tódalas áreas e actividadesr. (a negrita é nos-
sa).
A incongruéncia na redacAom deste art. 4." ha de
induzir, como está a suceder ja, a todo tipo de irre-
gularidacles, comportarnentos arbitrários e abuso de
poder, coas seqüelas de falta de seguranga jurídica
e de tratamento ciiscriminatório para os cidadaos.
Tentamos mostrar a seguir que a redacaom do
artigo é em particular confusa e incoerente:
139
- Idoi¡ obsrantc, na úr¡ima p*rte do art.
-i." pa-
rece apontar-se alglrm tipo de exclusividade
ncr
seu ens;ino e de obrigatorieclade no seu Liso:
,,exiénden:iea tódalas áreas e activiciadesr.
Alc<m c1e imprecisa (,.áreas e actividades, abran-
ge as picpriarnente e:;cclares?; tainém as
crr-cuür_CS_
cclarr-'s
l; e ¿:s aciivici:iccs iias ApAs.. . ?), a r-e,Jacgom
do irrtigo é con ti'aclitrirra co conrexto
iurícicc eiri
GLtcu pi-eccito he c1eenieilcler_se:
a) segundc cls textos constitiicicnal e estatutá_
t'io, galego é de iivre utilizaqom polos cidadaos
_o es-
parihóis na Gaiiza de modo qn" ninguém pode
. ser
"disci:iniinacic por razón cle lu leng,a,, (E,statuto,
artículo 5.'). Ainda mais, a oXunta,, (ios poderes
Fil_
blicos) iem de adcptarr .,las med.idas oportunas para
que nadie sea discriminado por razón de la
lengua,,
(Lei cle Nor¡nalizagom, art. 3..).
b ) I'ias canclo urn cidadao, mestre ou estuclante,
qui:<ei' iivre¡¡eente usar o galego, vé-se obrigado
a
ernilregai' aquel que a <.Xunta>,impom, scb as res-
pcnsabiiidades que puclerern seguir-séconrra os trans-
gresscres. Isto é: os pode;:es púrblicos, que nom po-
dem ciscriminar por razom ¿u língua, -estám auto-
rizadcs a drscriminar por razoin ca oriografia? Norre
o enienCo. Cu talvez si...
2-" Surisdigoill q*e estar¡elecefil as tr,eis.
|'-
Flniencierncsqlre a oliunta cle Gaiiciar, clacc a ol--
cen¿imento iegat vigente, pc:jslii raui esca.ssa,,j:-lris-
ciiqcm,' p3.ra ncrmai izar suficientemente os rrscsi do
.talego. Pccieria. nom obstailte, reaiiz-ar rirnl;a ajeita-
da planificagom da iíngua, rnas sem conseqüéncias
prátic;,s ccllsidei:/,,',,eis,
seguncio e.ipiicerrrcs a scquii-.
140
a. ( In ) corripeténcia juriclica efectiva.
Ja indicámos qlre a comuniciade Autónorna só é
competente em nla promoción y enseñanza cle la len-
gua gallega" com excil-rsiviclaci"e;
norn tern cle mod.o
explícito capacidace jr-rridicamente estabelecid.a pa-
ra oficializar lrlormas de escrita correcta.
Mas, a respeito da pro"otoqom e do ensino, qlle
cornpeténcia efectiva possui ? opinamcs eüe , sendo
a sujeigorn o correlato da cornpeténcia nom será
irrrpossível chegar a lrmha situagom comc a seguinte:
autcridade cornpetente
rnas sem sr,rieitcs ctas normas
{i ue dite a <<Xuntao
Ern virtude do poder qualificado, hetert-lnomo,ern
interes-sepírblico e non:] transferível, estabelecicLopc-
lo ordenamento legai vigente, a <Xunta>, é compe-
tente para criar regras (Leis, Decretos, actcs acimi-
nistrativcs...), sobre os usos co galego, quc obriguern
a inclivíduos que <<gczande 1¿rcon,lición pclítica cle
galle.goso(Estatuto, art. 3.".1.);mas pode sucecer qlle
ninreuérn seja sujeito cias mesffias, quer dizer, que
nen,surrrhapersoa ccm capacidade pare obral esteja
subrnetida, neste ámbito, á <xuntao segunclo as nor-
mas que clefinern o aica.ncematerial da ccmpeténcia
do Governc autonómico (no) .
Com efeitc, se c Estatutc Art. 5.".?-. e 4.), de acor-
do co art. 3.'.2. da consti.tuigorn, 'prescreve' que <<to-
clos tienen el derecho ce conocer (o gaiego) y usar-
loo e qlle
"nadie pcdrá ser discriminado por razón
111
de Ia lenguáD,existe a probabiiidade nom tam reme-
ta de:
1) Que ningrrém queira fazer Llso do seu direitc-r
a conhecer o galego e a ernpregá-lo; e/or-r ta-
mém,
2) Que todcs se considerem discriminados pcr
razom da língua se os poderes públicos poten-
ciam *la utilización del gallego en todos los
órdenes de la vida pública, cultural e infor-
mativa> (Estatuto, art. 5.".3.).
b. Normas legais imperfeitas.
No Estudo crítico, da autoria da Comissom Lin-
güística da AGAL, analisa-se (nas pp. L9-22) a ,.efec-
tivid.ade" real das Normas ILC-RAG, que canto pres-
crigons, haveriam de ter, no suposto (na data da ela-
boragom do citado Estudo crítico) de que se preten-
dessem oficializar poio governo de Alianza Popular
na Galiza.
Promulgoll-se o Decreto de Nor¡nativizagom da
I-íngua Galega; e a Lei de Nor¡nalizagorn Lingüística,
recorrida poio governo de Madrid como inconstitu-
cional no ponto clecisivo que é o dever de conhecer
o galego. Publicárom-se o Decreto qr-re desenvoive
para o ensino a Lei de Normalizaqorn e a Ordem que,
á sua vez, desenvolve o Decreto. Analisárno-los no
apartado anterior e temos de concluir que som nor-
mas imperfeiüas nom só porque o seu incumprimen-
to nom acarreta nengumha sangom, explícita ou im-
plicitamente directa ou imediata, senom sobretodo
porque, além de poderem ficar sem sujeitos aos que
obriguem (ja o dixemos), nom som suficientemente
precisas nem na formulagom do terna nem na cleter-
minagom das ocasions em que se haveria de execu-
tar o disposto nelas.
1. Os sujeitos das normas legais citadas som, co-
mo se dixo, os galegos, quer dizer, olos ciudadanos
españoles que, de acuerdo con las leyes generales del
Estado, tengan vecindad administrativa en cualquie-
t42
ra de ios municipios cre Galiciao (Esiat*to,
art. 3.".r.).
Tcdos eles tenhern o direito de ,rru,
Llm ou os dous
idiomas oficiais na comunidade Ar-rtónoma,
o garego
e o castelhano, rnas unicamente o dever
cle conhecer
este. Daqr-ri que, em estrita e riterar interpretagom
do estabelecido na legalidade vigente,
nom se poda
impor a ninguém .r".,i no ensino nem fóra
der nem
o aprendizado do galego nenr o seu Llso.
Quer dizer, o ordenamento jurídico referente ao
galego pode ficar sem sujeito.
2. O terna do galego, da sua <normalizagom>
na
Gariza, é, nestas normas regais, sumamente gené-
rico e até vago, salvo na ordem de 23 de setembro
( que especifica a solicitude, tramitagom
e conces-
som ou, no seu caso, denegagom de exengons
do
estudo do galego) e nargurnha parte do
articurad.c
cios outros preceitos legais.
Mais bem, em co'junto tenhem de ser conside-
i'adas, a respeito dos usos do garego, normas
nom
prescritivas, senom permissivas, no sentido
forte de
permissc. Quer d,izer, a Lei d.e Normalizagom
e o
Decreto correspondente e, em certa medida,
o mes-
mo Decreto de NormativizaEom declaram que
se to-
1:ru los galegos utilizarem o idioma próprio da Ga-
Iiza. Para ccnsegui-lo:
r43
L'jC :rlismc nrüLio lel-í:rn:o:; cc eiliu--ncer
-i
o tegna c10
Decre lo ¡1: luci-n:,i iii'i;rr.-q:c;iir:i.il;m
riescre i,e eir nc jr_
glllll mr:inen f o, .senün] sé para
c ensino, o tipo de
Llsc qlle se h¿r cie iazei" cias Fior¡nas
ILG-R{G e rnr_
n c l s a i n c l a a s o ca sicn s Ce u sc.
ccr-licrio, ciisi;;.rgr-rinos cicr,rs grlrilcs de tL-ines
ou-
Ce co¡iiiclcs nes ias itrJi:itti-ls leg:ri :
145
DECI-ARACGRI DE PAn/"qFLClrI¡\
CONSTATAMOS:
r46
gos 1.o, 14.", 149.".1.1.".
(entre outros) as esnaquiza e
avilta especificamente no artigo 3.", em que ó Esta-
do cita polo seu nome o único id.ioma que ampara
e
impom como oficiai, mentres que reiega á iniefini-
gom e indefensom .,las demás lenguas españolaso. o
contraste entre o idiorna enfaticarnente proclamado
€ os idiomas vergonhentarnente inominávéis noirr fai
senom declarar coa sliprema hierarquia ideológica e
legal as regras fundarnentais da cieJigualdade
!r."r-
tabelecida. o escándalo é que se tentJ legitimar assi,
com rnodos dernocráticos, um princípio radicalmen-
te antidemocrático, e que se apresente corno solugom
inovadora a discriminaqcrn mesrna que constituía o
problerna inveterado. por poucas palavras: Fecha-se
em circulo vicioso o futuro que se tentava abrir.
4. Esta situagom, portanto, tem a mesma coe_
réncia e inércia da situagorn anterior, segundo obser-
vamos nas noi:mas legais e ciecisons administr.ativas
a todos os nivéis, ditadas num marco que consagra
a hegemonia inquestionável cle único idioma oficial
do E,stado e correlativamente centrifuga, bloqueia e
degrada idiomas eLrropeLlsnomeados catalám, bur.o
e galego. E,ncaixai' arbitrariamente as relagons en-
tre as comunidades lingüísticas clestaspartes de Eu_
ropa dentro do esquerna hierárquico nEstad.o sobera-
no / regions autónomas> é negár de raiz o princípicl
mesmo da igualdade democr ática. Esta legalizagom
do abuso contrasta ominosamente coa legalizagorrr
dos direitos das comunidades lingüísticas J* países
como Bélgica, suíga e Jugoslávia, ond.e conflitós lin-
güísticos parecidos acs nossos fórom tratad.os
e di-
rimidos livre, leal e democraticamente.
5. Efeito da centrifugagom e prova da coeréncia
global do sistema é que os idiomas
regionalizados e
desintegrados por um Estado que persiste
e,,r nom
os reconhecer como iguais soi-n *u.gi.rados
e abaixa_
cÍos dentro d.os pr'óprios territórios. Agora
como an-
tes (e de facto mais que nunca) é singelamente
possível viver corfl nor¡naliclade e dignldaoe im-
efil ga-
Iego, em basco e e{n catalám. .A,desigualdade
é hoje
147
mais g!:ande clo que l]ullca ja qree se tenhern acelena'
Co os processos de eli:¡rinaqsni e Se tern claiisurado
for¡'¡aalnae¡rte o acesso a urrl fuüuro ¡:lais justo.
COhICLTJIMOS:
l''1''
( .11) Firi:ranr a D,?t'i¿ ; rit c o ¡rtd C ? L ! ¡it p o L t iGL iu í s v . A ra c il, J gs ó
( -f'xiiliri-
Sán.:hcz C¡,i,-ión, S¿ri:l"liric Aictl: n, .íui;ó i-. Ai';:lr¡z Enpar:rtlz:r
d e g i) , K ike A niinarriz, A n t o n i A rt ig u e s , E s ih e r B o n e t , I ñ a k i L a rr a ñ a g a ,
Teiesa l,,{arb), Kcntxcsi Pcclroarcna, An'conina Tugcres, António Gil Hcr-
ná n clcz, eic. Foi ¡:;Lrbiicacla c il 3 9 , S c g ¡c , E g , i: t , A l* I o s a T e rra , c t c .
E,m Lleida, durante os d ia s 2 9 , 3 0 e 3 i d c Cu t u b ro e 1 d e No v e m b r o
deste ano 1933, ccniinuárolri-se as Jornaclas de Sociolingiiísias de Pam-
pLona. Deias surgírom e nadurecérom o projecio cle associagom interna-
ciol¿rl galega, l-.asca c celal.i (inicialmcnic) c os prcper:tti.'-os de utnh¿l
oConferéncia Internacional de Língr-ras errl siluagom aminoi'ada".
A seguinte reuniom de Sccioiingüístas terá lugar na Galiza, durante
o m és de margo.
148
3. A MODO DE CGNCLUSONS.
149
ce ctreterminaco,é a priineira das ccndiEons para
planificar e normalizar os usos do galego.
l.lem é conflito (ortográfico" nern deriva do re-
curso de inconstitucionalidade contra unha Lei do
Parlamento galego. E, anterior e muito mais grave e
extenso corno ficou clito.
Mal se porle empreencLera normalizaqorn cia lín-
gua se sincerameiite se afirrna:
150
parece porqlle desaparece urnha das parte s cla l¡-rita
dos falantes e nos falantes; elimina-se o gatego. 2) O
que instaura o galego como língrra oficial única da
Galiza. Nete suposto implica-se a mudanEa dos há-
bitos lingüísticos vigentes na conduta dos cidadaos
galegos.
Nom cabe umha ierceira via: O bilingiiísmc, por
mui equilibrado q.ue se pretenda, será sempi-e dese-
quilibrado a favor da língua do mais fcrte. Conhe-
ce-se bem qlre na Galiza o mais forte nom é o (po-
dero galego, senom o poder clo Estado; este (nom o
esqLlegamcs ) expressa-seem espanhol.
Haverá decerto quem creia possível ou goste de
alcangar o "bilingüísmo equilibrado" (na Galiza!;
nom em Nladrid); mas nem as crenqas nem os gos-
tos som sempre razoáveis. Opinamos, porém, razoa'
r¡elrnente que com muita dificuldade, tanta que se-
rá impossibilidade, se permitirá a igualdade plena
nos usos de galego e castelhano: Parte-se da sua si-
tuaEom desigualitária; sustenta-se, como vimos, cri-
térios desigualitários a. respeito dos usos lingüís ti-
cos e, portanto, privilegiam-se os usos da língua ofi-
cial a custo dos da língr,ra própria da Galiza. Com
estes supostos, alcangará-seo nbilingüísmc equitribra-
do, ?
151
e. I{a de optar-se por u¡?l dos projecfos.
A opgom que se fag;r por uuiha das pr"opostasse-
rá conseqiiéncia lógica clo rnc¡inento antei'ioi', isto é,
de as evaluar. Contr-,do,a e'*raluagome a c1ecisolll,que
ja se está¡n a execniar, obeciecem a motivaqons po-
Iíticas e ideológicas mais do que a posicionamentos
" cientíiicos o ou <teóricoso fundados na Lins-iiística
estrita.
De feito, ccrno \.ii:ros, b:iralham-se cpinions sobre
o saiego e cs seus uscri, baseaCasein preccnceitcs
conic (nol-i-lse pcde de cutra maneiran, ,ré necessá-
rir¡ ec'tu¿ri'assir, ..(agente ncm está preparaaLa,r,(esse
caminirc leva-ncs á pcrtugi-resizacomo,etc.
ItJom obstante, perece mais racional opiar por
urnha cu outra propc-rta despois de anaiisar a fundo
as ciuas e, inclusive, expet'irnentá-lascom objectivi-
dade e imparcialidade. A opgorn {é certo) nom será
unánime; sempre caberá rnatizarem, Llns e outros,
o projecto elegico. &'{as da discussom livre e sosse-
gaCa no seic da socieCad-egalega surgirá urn projec-
to de norrnalizaEom colectivo, factível no seu con-
jr-rnio e.assumívei pola grancle maioria.
Está a suceder, desgraqadarnente,todo o contrá-
rio: |dem se opta pcr critérics de racionalidade e ob-
jectividade nem se escclhe um projecto aglutinador,
senoln ( parece polos feitos ) deciCidarnente agudizc*
dor de parciaiiCaCes e exclusons e, em últirno ter-
mo, do próprio conflito.
f. Llrge a insÉrurneílta,gcra legal adequada.
No fr-rnCoda quesiom acha-se umha só realidade
triste e insoiente: Cs que poderiam (?) pór ern mo-
vimento o processo normalizador do galego ncm
querem que se faga a planiiicagom da lÍngua ou,
talvez, nom disponhem de rneios ajeitados para fa-
zé-Ia com garantias mínimas de éxito.
A situaEom agrava-se mais cada dia. O marco le-
gal, a presom social e os correlativos comportamen-
tcs e fins pclíticos estám a favorecer o uso exclusivo
152
cio crstelhano: i ) ;\ co:r:itiir-riqcme ü Est:rruic .le
Ar,iicncmia nJrn pe rin !ir:l¡l crutra colls¿l.Z) A socie-
c,a.-legalega ncnr e:<ige(pci'qr-rencm cré necessária?)
a noi-i-naiizagorndo gaicgo. 3 ) Em corresponcéncia"
cs pai:ticlosdcrninan[es, Alianza Fcptriar, ocbntristas,r,
Partido socialista obrero Españcl, som escassamen-
te galegos, talvez pcr umha só razom, poique a (pru-
céncia" ncs usos do gaiego lhes garante a conser-
vaQom oli a conquista dos iugares hegernónicos ,ca
política (estatal!) na Gaiiza.
153
7
ApCndice
'Amaneira
dexustificación"
"Pescudas
o remata-los
encontros"
:. 5?!:
4 F.'-?+'L
loixifrjil@Jr jrR@.s
42tfL@'2@ixi(D.S -ltdltÉá<¿::
A M,ANEIRA DE XUSTIFICACION
31i