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O processo de decodificação das dimensões inerentes à forma como a história se apresenta no

interior de uma obra é um exercício de análise do qual se ocupam especialistas em semiótica e


análise do discurso.

Uma obra cinematográfica narra uma história aos espectadores, e essa história é contada de
uma forma particular. Essa forma direciona o olhar e impacta na maneira como a história é
compreendida e apreendida por quem a assiste. Por isso, o entendimento de como assistir
uma obra fílmica impacta na compreensão histórica partilhada pelos sujeitos, não pode
abdicar de compreender as implicações que a linguagem fílmica traz.

Não se trata do estudo da recepção fílmica. Mas ter em conta que há certa complexidade na
relação entre os sujeitos e as mensagens transmitidas pelo filme é essencial, para que não se
incorra em simplificações analíticas e erros de avaliação.

Além disso, o cinema pode ser qualificado como discurso, quando transmite sentidos que vão
muito além do que a aparente transparência da história narrada supõe. Dessa forma, um filme
possui duas características essenciais: 1. Trata-se de uma linguagem artística baseada na
reprodução da realidade; 2. Possui a capacidade de reconstruir a realidade de modo
inteiramente original. A originalidade do cinema ao reconstruir a realidade marca a sua
especificidade como linguagem (MOSCARIELO, 1985).

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