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DIREITO ADMINISTRATIVO II

PROF. MARCELO PORTELLA

LEI 8.666/93

O QUE É LICITAÇÃO PÚBLICA?

“É o procedimento administrativo formal, realizado sob redime de direito público,


prévio a uma contratação, pelo qual a Administração seleciona com que contratar e
define as condições de direito e de fato que regularão essa relação jurídica futura.”
(Marçal Justen Filho)

Regra geral: licitação busca o melhor preço, mas também pode buscar a melhor técnica
pelo melhor preço.

Natureza jurídica das licitações: UM PROCEDIMENTO – [...] antecedente e


fundamento a uma decisão administrativa [...]

O QUE LICITAR? DEFINIÇÕES ART. 6º LEI 8.666/93

OBRAS, SERVIÇOS , COMPRAS, ALIENAÇÕES,

CONCESSÕES, PERMISSÕES, LOCAÇÕES.

ART. 37 inc. XXI da CF/88

Art. 2º, Lei 8.666/93

PRINCÍPIOS constitucionais

ISONOMIA – tratar igual os iguais

SELEÇÃO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA

LEGALIDADE, LEI 8666 REGRAS GERAIS – limitação ao adm q garante aos


indivíduos abusos de conduta

IMPESSOALIDADE, NÃO PODE INDIVIDUALIZAR, BENEFICIAR CERTAS


PESSOAS, o adm deve dispensar o mesmo tratamento a todos os envolvidos. A
Comissão de licitações deve subordinar-se à critérios de rigorosa imparcialidade. Não se
deve dar margem à discricionariedade.

MORALIDADE, o adm deve se pautar em conceitos éticos. Atributo de qlq pessoa que
lidade com verba pública.
IGUALDADE,

PUBLICIDADE, atos da licitação são públicos. Garante que o princípio licitatório da


COMPETITIVIDADE restará observado; objetiva assegurar a certeza do objeto licitado
e conhecimento das exigências constantes no ato convocatório; possibilita aos
participantes do certame a elaboração adequada de suas propostas, bem como viabiliza a
elaboração de recursos administrativos.

E DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA.

EFICIÊNCIA. Dever da administração público. Todo agente público tem a obrigação


de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional; exige
resultados positivos para o serviço público e satisfatório ao atendimento das
necessidades da Administração.

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS

VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO (depois de começar o jogo


não se pode mais mudar as regras)

PRESERVAR ISONOMIA DE TRATAMENTO DE FORMA A NÃO AFETAR A


COMPETITIVDADE

JULGAMENTO OBJETIVO

SELEÇÃO DA PROPOSTA MAIS vantajosa

PROBIDADE ADMINISTRATIVA

OBS.: SUB-CONTRATAÇÃO DEVE TER PREVISÃO NO EDITAL.

NÃO PODE HAVER MISTURA DE PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS


(EX.: CONCORRÊNCIA + CARTA CONVITE + TOMADA DE PREÇOS)

A REVOGAÇÃO DEVE SER FUNDAMENTADA E RESPEITADO LAPSO


TEMPORAL ENTRE O ENCERRAMENTO E A ABERTURA DE OUTRA.

NÃO SE PODE DIRECIONAR A LICITAÇÃO A UM FORNECEDOR COM


EXIGÊNCIAS EDITALÍCIAS.

MODALIDADES DE LICITAÇÕES

CONCORRÊNCIA – obras de maior valor;

TOMADA DE PREÇOS -
CONCURSOS

LEILÕES -

CONVITES –

PREGÕES

EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS ART. 7º

Projeto básico + projeto executivo

AULA 10-03-2015

MODALIDADES LICITATÓRIAS:

CONCORRÊNCIA, TOMADA DE PREÇOS, CONVITE

MODALID. OBRAS COMPRAS E PRAZO


SERVIÇOS SERVIÇOS
ENGENHARIA
CONCORRÊNCIA +1.500.000,00 +650.000,00 45 DIAS MELHOR
TÉCNICA E
MELHOR PREÇO
DEMAIS - 30
DIAS
TOMADA ATÉ 1.500.000,00 ATÉ 650.000,00 30 DIAS MELHOR
PREÇOS TÉC E PREÇO
DEMAIS 15 DIAS

DISPENSA ATÉ 15.000,00 ATÉ 8.000,00


CONVITE ATÉ 150.000,00 ATÉ 80.000,00 5 DIAS
PREGÃO REGRA GERAL SIM. COMPRAS E Não publica edital.
NÃO poderia pq SERVIÇOS
envolve contratação COMUNS LEI
com capacidade 10.520/02
técnica, pois
demanda valores e
exigências maiores.
Exceção: alguns
julgados admitem.

CONCORRÊNCIA – ART. 21 §1º E §2º


Se se tratar de empreitada integral, melhor técnica ou melhor técnica e preço, o edital
deve ser publicado com no mínimo 45 dias de antecedência. PUBLICIDADE REGRA
GERAL 30 DIAS.

PUBLICAÇÃO NA MODALIDADE CONCORRÊNCIA - Municipal, Estadual


e Federal.

Capacidade técnica – a empresa deve comprovar que já realizou obras com as


exigências requeridas.

Quem pode e como participar? §1º Art. 22

CONCORRÊNCIA – Qualquer pessoa física ou jurídica que preencha os


requisitos do edital. (Capital social de tanto, tantos funcionários, etc.)

TOMADA DE PREÇOS – Quem estiver cadastrado no Município


(Atualizado – conforme requisitos do edital) e aquelas que preencherem o
Cadastro até o 3º dia anterior a data de recebimento dos envelopes.

CONVITE – é a modalidade entre interessados cadastrados ou não,


escolhidos e convidados em no mínimo de 3. (não publica o edital)

*A Administração deve cuidar para não repetir o convite as


mesmas empresas.

*Se só tiver duas empresas na região: questão doutrinária


divergente: 1) Diz que pode por não afetar a concorrência; 2) Diz que não pode
fazer.

CASOS DE DISPENSA DE LICITAÇÃO – ART. 24, I E II – ROL TAXATIVO –

É INDISPENSÁVEL, JUSTIFICATIVA COM FUNDAMENTAÇÃO E


LEVANTAMENTO DE PREÇOS.

A Lei concede autorização para em alguns casos não utilizar dos


procedimentos licitatórios, tais como:

1º) OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA ATÉ 10% NA ALÍNEA A ...


DESDE QUE NÃO SE;

2º) PARA OUTROS SERVIÇOS E OBRAS ATÉ 10%;

DISPENSADO APENAS DE FAZER O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO


PARA A CONTRATAÇÃO. Mas é necessário fazer levantamento de preços do que se
almeja comprar.
3º) NOS CASOS DE GUERRA OU GRAVA PERTURBAÇÃO DA ORDEM;
(Art. 84CF, 137CF);

4º) EMERGÊNCIA, CALAMIDADE PÚBLICA, ETC... (ATO


ADMINISTRATIVO – justificativa – provar risco, provar emergência, provar situação
calamitosa... ) – 180 dias.

5º) QUANDO NÃO ACUDIREM A LICITAÇÃO ANTERIOR À ESTA –


JUSTIFICADAMENTE em caso de LICITAÇÃO DESERTA – Não apareceu
ninguém! – INCISO V ART. 24

Duas saídas – Reabrir o processo licitatório ou contratar sem a exigência


de licitação. MAS A CONTRATADA DEVE ATENDER AS EXIGÊNCIAS
EDITALÍCIAS DO PRIMEIRO EDITAL.

6º) QUANDO A UNIÃO TIVER QUE INTERVIR NO DOMÍNIO


ECONÔMICO PARA REGULAR PREÇOS OU NORMALIZAR O
ABASTECIMENTO;

7º) VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços


manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis
com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo
único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta
dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos
serviços; 

§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas


forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de
oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras
propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso
de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. 

Se todos continuam acima, a Administração pode fazer a contratação


direta.

8º) VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens
produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração
Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência
desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) EXEMPLO DA GRÁFICA MUNICIPAL.
ANTES DA LEI* - EM RELAÇÃO SOMENTE À UNIÃO.

9º) IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança


nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o
Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento)
10º) X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das
finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado,
segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) – EXEMPLO DA
MUDANÇA DA GUARDA MUNICIPAL

11º) XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em


conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da
licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor,
inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; LEMBRAR DESSA
POSSIBILIDADE NO CASO DA GARE, PISTA DOS SKATISTAS;

12º) XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis,


no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes,
realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)

XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou


estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de
instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;(Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional


específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem
manifestamente vantajosas para o Poder Público;   (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)

XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos,


de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades
do órgão ou entidade.

XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da


administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que
integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;(Incluído pela Lei
nº 8.883, de 1994)

XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou


estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de
garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela
Lei nº 8.883, de 1994) – PARA NÃO PERDER A GARANTIA DO PRODUTO –
SEMPRE JUSTIFICADAMENTE. REVISÕES DE CARROS.

XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios,


embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em
estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de
suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a
exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das
operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso
II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de


materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e
terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº
8.883, de 1994)

XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins


lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº
8.883, de 1994)

XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à


pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela
Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas
pelo CNPq para esse fim específico; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás


natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da
legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) -

XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia


mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens,
prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível
com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as


organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou


por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de
direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de
2004)

XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com


entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de
forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em
convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de


resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de
coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder
público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação
dada pela Lei nº 11.445, de 2007).

XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no


País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa
nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade
máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).

XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos


contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de
paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei
nº 11.783, de 2008).

XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou


sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão
rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na
Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.   (Incluído pela Lei
nº 12.188, de 2.010)  Vigência

XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts.


3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios
gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos


estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19
de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS,
inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção
tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

 XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a


implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para
consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa
renda atingidas pela seca ou falta regular de água.  (Incluído pela Medida Provisória nº
619, de 2013)       (Vide Decreto nº 8.038, de 2013)

INEXIGIBILIDADE – FALTA ALGO – A COMPETITIVIDADE

Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de


competição, em especial:

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só


possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta


Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela
crítica especializada ou pela opinião pública.

AULA DIA 17-03-2015

FASES DA LICITAÇÃO

1- FASE INTERNA – levantamento de necessidades (jusitificativa);


a) Abertura de processo administrativo;
b) Autorização para licitar (decisão administrativa – conveniência e necessidade);
c) Indicação do objeto;
d) Indicação do recurso financeiro (Lei de Responsabilidade Fiscal).

2- FASE EXTERNA
a) Realização edital ou convite (minuta contrato e demais anexos);
b) Publicação do edital ou remessa do convite;
c) Habilitação dos participantes (habilitação jurídica, qualificação técnica,
qualificação econômica-financeira, regularidade fiscal, observância do disposto
no inciso XXXIII, art. 7º da CF/88)
d) Classificação das propostas;
e) Homologação;
f) Adjudicação.

Art. 27 da Habilitação:

Art. 27.  Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados,


exclusivamente, documentação relativa a:

I - habilitação jurídica;

II - qualificação técnica;

III - qualificação econômico-financeira;

IV – regularidade fiscal e trabalhista;     (Redação dada pela Lei nº


12.440, de 2011)   (Vigência)

V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da


Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)

Art. 28.  A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o


caso, consistirá em:
I - cédula de identidade;

II - registro comercial, no caso de empresa individual;

III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente


registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades
por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;

IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada


de prova de diretoria em exercício;

V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade


estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para
funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o
exigir.

Art. 29.  A documentação relativa à regularidade fiscal e trabalhista,


conforme o caso, consistirá em:      (Redação dada pela Lei nº 12.440, de
2011)   (Vigência)

I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro


Geral de Contribuintes (CGC);

II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se


houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de
atividade e compatível com o objeto contratual;

III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal


do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;

IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de


Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei
nº 8.883, de 1994)

V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do


Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título
VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
no 5.452, de 1o de maio de 1943.      (Incluído pela Lei nº 12.440, de
2011)   (Vigência)

Art. 30.  A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:


(DEMONSTRAR A CAPACIDADE DE EXECUTAR O SERVIÇO
DETERMINADO) a capacidade técnica deve ser da pessoa jurídica e
não só do profissional responsável tecnicamente.

I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;

II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e


compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da
licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico
adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como
da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se
responsabilizará pelos trabalhos;

III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os


documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações
objeto da licitação;

IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for


o caso.

§ 1o  A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo,


no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados
fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente
registrados nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências
a: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em


seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta,
profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela
entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica por
execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas estas
exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do
objeto da licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos
máximos;  (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o  As parcelas de maior relevância técnica e de valor significativo,


mencionadas no parágrafo anterior, serão definidas no instrumento
convocatório. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 3o  Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de certidões ou


atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e
operacional equivalente ou superior.

§ 4o  Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão,


quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos por pessoa
jurídica de direito público ou privado.

§ 5o  É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com


limitações de tempo ou de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer
outras não previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação.

§ 6o  As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas,


equipamentos e pessoal técnico especializado, considerados essenciais para o
cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresentação
de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as
penas cabíveis, vedada as exigências de propriedade e de localização prévia.

§ 7o (VETADO)

§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

I - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)


§ 8o  No caso de obras, serviços e compras de grande vulto, de alta
complexidade técnica, poderá a Administração exigir dos licitantes a
metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua aceitação ou não,
antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por
critérios objetivos.

§ 9o  Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que


envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a
execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a
continuidade da prestação de serviços públicos essenciais.

§ 10.  Os profissionais indicados pelo licitante para fins de comprovação da


capacitação técnico-profissional de que trata o inciso I do § 1o deste artigo
deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a
substituição por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde
que aprovada pela administração. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 31.  A documentação relativa à qualificação econômico-financeira


limitar-se-á a:

I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social,


já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação
financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços
provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há
mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta;

II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da


sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio
da pessoa física;

III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e


§ 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do
objeto da contratação.

§ 1o  A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade


financeira do licitante com vistas aos compromissos que terá que assumir
caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de valores mínimos
de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 2o  A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de


obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da
licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou
ainda as garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como dado objetivo
de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para
efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.

§ 3o  O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o


parágrafo anterior não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor
estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à
data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para
esta data através de índices oficiais.
§ 4o  Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo
licitante que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de
disponibilidade financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido
atualizado e sua capacidade de rotação.

§ 5o  A comprovação de boa situação financeira da empresa será feita de


forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e
devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha
dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não
usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira suficiente
ao cumprimento das obrigaões decorrentes da licitação. (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

PROCEDIMENTOS

1- HABILITAÇÃO, visa demonstrar que a licitante preenche os requisitos para


continuar participando do certame;>

Na fase de habilitação, caso tenha inúmeros participantes, a Comissão irá


receber os envelopes, abrindo-os e após a rubrica em todos os documentos pelos
presentes, a Comissão irá encerrar a presente sessão. Após a análise dos envelopes
publicará no diário oficial a lista dos habilitados. Se alguma empresa restar inabilitada a
Comissão deverá solicitar se o representante da empresa manifesta desejo de recorrer no
prazo de 5 dias. Em caso de prazo in albis, procede-se a abertura dos envelopes de
preços em outra data a ser designada.

2- CLASSIFICAÇÃO, após aberto os envelopes nº 2, contendo as propostas de


preços, as licitantes serão classificadas em ordem crescente conforme a proposta
de preço ofertada.
a. Obs.: Se a empresa foi inabilitada anteriormente, o envelope nº 2 da
empresa será devolvido a esta ainda na fase de habilitação, portanto, não
será conhecida a sua proposta na fase de classificação.
b. Os valores acima do constante no edital serão DESCLASSIFICADO
(CONSTANDO EM ATA);
c. Se todos os licitantes apresentarem preço acima do valor editalício,
conceder-se-á 8 dias para readequarem as propostas;
d. Se o licitante apresentar valor ínfimo, deverá se comprovar a
inexequibilidade para que não seja adjudicado o procedimento à este
licitante.

Na classificação se encerra o trabalho da Comissão de Licitações, pois,


classificadas as propostas, a Comissão encontrou as empresas que preenchem os
requisitos do edital e o melhor preço para contratar com a Administração
Pública.
Após este trâmite os autos do processo licitatório devem ser encaminhados à
autoridade máxima, para proceder à homologação..

3- HOMOLOGAÇÃO – A autoridade máxima (administrador) deverá avaliar


todo o procedimento em busca de vícios de legalidade e, estando conforme a
legislação, irá aprovar o processo através da homologaç ão.
a. Em caso de falha irá anular o procedimento por ilegalidade. (Revoga-se
por inconveniência e interesse público – FATO SUPERVENIENTE FAZ
QUE A ADM PERCA O INTERESSE NA CONTRATAÇÃO.) Não
gerando direito indenizatório à empresa licitante, pois não gerou
expectativa de direito em relação à contratação.

UMA VEZ HOMOLOGAÇÃO GERA-SE A EXPECTATIVA DE DIREITO


DE CONTRATAR (ADJUDICAÇÃO)

4- ADJUDICAÇÃO - A autoridade competente só pode anular por vício de


legalidade e mesmo assim gera direito à indenização à licitante.
a. O QUE é? A Entrega do objeto licitado à empresa classificada em 1º
lugar para que esta cumpra com as obrigações contratuais. Efetivação
contratual entre a licitante vencedora e a administração pública.

TIPOS DE LICITAÇÃO

1- MENOR PREÇO (regra geral);


2- MELHOR TÉCNICA
a. Se verifica a melhor qualificação técnica e a empresa licitante tem que
anuir com o menor preço;
3- TÉCNICA E PREÇO – edital prevê a técnica mínima e o melhor preço.
4- MAIOR LANCE OU OFERTA

ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO

ANULAÇÃO

ILEGALIDADE do ato administrativo ou do procedimento licitatório;

Não produz efeito válido entre as partes;

REVOGAÇÃO

Por motivação.....

AULA 24-03-2015
PREGÃO ELETRÔNICO – LEI 10.520/02.

Trâmite inicial igual as demais modalidades de licitação (processo interno até


chegar no edital). A única diferença se dá que o órgão julgado deixa de ser a Comissão
de Licitações e passa a ser o PREGOEIRO.

Por um critério de moralidade e prevenção o pregoeiro deve ser modificado.

O objetivo do pregão é que o maior número possível de licitantes venham


participar do processo licitatório e que a Administração contrate a melhor proposta,
além de reduzir a possibilidade de fraudes.

OBJETOS DE LICITAÇÃO:

AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS COMUNS – parágrafo único,


consideram-se aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definido no edital por meio de especificações usuais no mercado.

Decreto SP 3555 – definindo bens e serviços comuns – revogado – todo e


qualquer bem de consumo.

Art. 3º fase interna de preparação para o pregão. Definir o objeto -> autos
encaminhados com justificativa para autorização orçamentária -> designar o pregoeiro
-> avaliação de custos (registro de preços, orçamentos).

VANTAGEM DO PREGÃO -> lances dados por itens.

ORDEM INVERSA NA ABERTURA DOS ENVELOPES, PRIMEIRO


PREÇO E DEPOIS ENVELOPE COM A DOCUMENTAÇÃO PARA
HABILITAÇÃO.

PREGÃO, PROCEDIMENTO:

1. PUBLICA-SE O EDITAL – mínimo 8 dias antecedência


(dependendo do valor jornais de circulação nacional, estadual
ou municipal, SITE DOS MUNICÍPIOS) – é vedado se fazer
cobrança para se ter acesso ao edital, nem taxa para as licitantes
participar do pregão, de forma a se dar liberdade de acesso ao
procedimento licitatório – em caso de dúvidas, aplica-se,
subsidiariamente, a Lei 8.666/93;
2. NO DIA MARCADO, até 48 horas antes, as licitantes devem
encaminhar os documentos escaneados para o site do ente;
3. NA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS (LANCES), a
regra geral é que somente as empresas classificadas com 10%
acima do preço mínimo passarão para a fase de habilitação.
(CLASSIFICAÇÃO); até a proclamação do vencedor.
4. VERIFICA SE OS CLASSIFICADOS SERÃO
HABILITADOS (FASE DE HABILITAÇÃO);
5. ADJUDICAÇÃO E DEPOIS HOMOLOGAÇÃO.

Art. 4º inciso VIII e IV. – classificação até 10% ou mais do que 10, chama as 3 para dar
lance até 10% maior que o mínimo... proposta inexequível deve ser fundamentada pelo
pregoeiro e desclassificada.

VALIDADE DAS PROPOSTAS – 60 DIAS.

AULA 07-04-2015

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

MATERIAL – FOLHA

RESPONSABILIDADE NA ÓTICA CIVILISTA – quem causa dano tem o


dever de indenizar. Responsabilidade vinculada a um ato ilícito.

RESPONSABILIDADE DO ESTADO – decorre de ato ilícito ou lícito.

1. EVOLUÇÃO

INÍCIO SÉC. XIX – O ESTADO ERA INTOCÁVEL, SER SUPREMO, AGENTES


EM NOME DO ESTADO NÃO ERAM RESPONSABILIZADOS, não era
responsabilizado.

EVOLUI PARA A TEORIA DA RESPONSABILIDADE COM CULPA. – ato de


gestão e ato de império.

Esta teoria previa que se o ato era ato de império do Estado não havia
responsabilidade. Contudo, se fosse ato de gestão, de administração, era necessário
demonstrar a culpa do agente para se haver um certo dever restrito de indenizar.

EVOLUI PARA A TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA

– o Cidadão lesado deveria provar a culpa por parte da administração. Ex.: nos
casos de serviços públicos prestados de forma indevida. Ainda há a presença da
irresponsabilidade do Estado nos casos de exercícios de ato de império.

EVOLUI PARA TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO


– ATUAL, POR ENQUANTO.
O ESTADO RESPONDE OBJETIVAMENTE PELOS ATOS
PRATICADOS PELOS SEUS AGENTES

ART. 37 §6º CF. – SE BASEIA NA TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.

TEORIA DO RISCO SOCIAL – todo e qualquer violação ao interesse coletivo


deve ser indenizado. Ex. marcapasso. Sergipe. Falta de segurança. Etc.

TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO – Limita o dever de indenizar em


função da participação da vítima.

2. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA DO ESTADO

O ESTADO ASSUME A RESPONSABILIDADE, mas as circunstâncias do


fato, de acordo com a teoria do risco administrativo, serão considerados para
aferir a quantidade desta responsabilização.

ENTIDADES SOCIAIS – Se entidade está vinculada monetariamente com


algum Ente Público, recebendo valores dos cofres públicos para prestar serviços,
esta entidade está sob a égide da responsabilidade objetiva e deve indenizar. Se não
recebe, não está obrigada a indenizar.

ESTADO – RESPONSABILIDADE OBJETIVA

AGENTE – RESPONSABILIDADE SUBJETIVA – deve ser provado o dolo ou


a culpa do agente.

CAUSAS EXCLUDENTES: culpa exclusiva da vítima, culpa de terceiros, caso


fortuito ou força maior, exercício regular de um direito, e a culpa concorrente.

3. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS


ADMINISTRATIVOS, LEGISLATIVOS E JUDICIAIS

EM REGRA: NÃO CABE O DEVER DE INDENIZAR. EXCETO SE GERAR


PREJUÍZO PARA ALGUÉM. DEMAIS exceções no material.

LEGISLATIVOS: Exceções: a) leis declaradas inconstitucionais que geram


prejuízos impõem responsabilidade do Estado; Lei em vigor, gera prejuízo a alguém e
depois é declarada inconstitucional, gera direito para o prejudicado.
b) as leis de efeito concreto, também geram; quando alguma classe de pessoas é
prejudicada *.

c) o mandado de injunção que reconhece a omissão legislativa também gera


responsabilidade. Mandado de injunção cabe quando há direito constitucional não
regulamentado pelo Estado.

JUDICIAIS: Exceções: a) preso ficar preso preventivamente e depois ser absolvido


gera o direito à indenização; b) preso ficar mais tempo do que condenado também gera
direito. C) sempre que ficar demonstrado que o juiz agiu com dolo ou culpa e gerou
prejuízo à parte.

4. ELEMENTOS CONFIGURADORES DO DEVER DE INDENIZAR

- provar o ato lesivo;

- dano - comprovar que foi praticado por agente público ou na qualidade de prestador no
exercício da função pública;

- nexo de causalidade. – consequência da atuação do Estado.

Ajuizar ação contra o agente e o ente responsável, podendo ser posto também o
concessionário.

5. A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR ATOS ESTRANHO


A ELE
 Presidiário fugitivo que causa homicídio; O Estado deve indenizar.
 Bala perdida; o Estado responde.
 Professora que é lesionada no braço quando separa uma briga de alunos; O
Estado deve indenizar a professora, pois esta está a trabalho.
 Queda de goleira durante a aula de educação física que ocasiona morte do
aluno. O Estado deve indenizar.

6. INDENIZAÇÃO

É cabível a ação de regresso do Estado contra o agente público causador do dano


material ou moral se restar comprovado que este agiu com dolo ou culpa. Pode ainda
ocorrer de o Estado não conseguir identificar o agente público causador do dano, caso
em que não poderá ingressar com ação de regresso. E, ação de regresso não elimina a
via administrativa (sindicância para apuração dos fatos ocorridos).
AULAS 2º BIMESTRE

TRABALHO – PROCESSO ADMINISTRATIVO – Para dia 16 de Junho

AULA 12/05/2015

MANDADO DE SEGURANÇA – LEI 12.016/2009

Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências.

Art. 1º Conceder-se-á o mandado de segurança para proteger


direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver
justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

CF. ART. 5º

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito


líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data",
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;

CABIMENTO

Para proteger líquido e certo (muito se discute). Todo direito líquido e certo que
não tenha relação com direito à locomoção (habeas corpus) e de informação (habeas
data).

Sempre que ilegalmente ou com abuso de poder – Há uma crítica doutrinária


no sentido de quais seriam atos passíveis do mandado de segurança? Todos os atos
ilegais, uma vez que o abuso de poder também é uma ilegalidade.

Não cabe mandado de segurança em questões administrativas interna corporis.

Mandado de segurança preventivo e mandado de segurança repressivo.

AUTORIDADE COATORA – todo aquele que estiver investido de função pública.

CONCEITO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO

Trata-se de noção bastante controvertida. O fato do qual se funda o direito deve


ser líquido e certo, pois o direito sempre será líquido e certo.
Entende-se que direito líquido e certo é aquele que pode ser comprovado de
plano. Permite ao autor da ação desde logo produzir a certeza e a liquidez do seu direito.

MACETE PARA SABER SE O DIREITO É LÍQUIDO E CERTO:

É necessário produzir prova desse direito? Ou já tenho toda a prova em mãos?

No processo que visa garantir direito líquido e certo não é necessário produzir
prova.

COMPETÊNCIA

Art. 2º da Lei 12.016/2009

DIREITO DO TERCEIRIZADO INTERPELA MANDADO DE SEGURANÇA


NO LUGAR DO TITULAR DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO – única exceção.

Art. 3º Lei 12.016/2009 – devido a inércia do titular após transcorridos 30 dias a contar
da data da notificação do ato infrator de direito líquido e certo. Ex.: Licitação.
Terceirização. Inércia da empresa licitante vencedora. Direito do terceirizado impetrar
mandado de segurança.

PRAZO PARA IMPETRAR MANDADO DE SEGURANÇA – 120 DIAS – ART


23 DA LEI.

HIPÓTESES DE NÃO CABIMENTO

Art. 5º

I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,


independentemente de caução;

Entretanto, cabe mandado de segurança após transcorrido o


prazo de recurso administrativo (5 dias por exemplo).
“Unirecorribilidade simultânea” (não podem ocorrer dois
recursos correndo ao mesmo tempo em esferas diferentes).

II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

III – da decisão judicial transitada em julgado.


NÃO EXISTE EMENDA DE INICIAL EM MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei
processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a
primeira reproduzidas na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa
jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.

- 2 vias da petição com TODOS OS DOCUMENTOS PROBATÓRIOS. + via


sem documentos para o órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada.
(Art. 7º, II)

- a quem se endereça? A quem tem poder de decisão. Sempre a autoridade


máxima.

- a autoridade NÃO CONTESTA, ela PRESTA ESCLARECIMENTOS OU


INFORMAÇÕES EM JUÍZO;

- em caso de erro no endereçamento este restará sanado se o superior hierárquico


receber o mandado e se manifestar...

DOCUMENTO EM POSSE DA AUTORIDADE COOATORA

ART. 6º §1º:

No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou


estabelecimento publico ou em poder de autoridade que se recuse a fornece-lo por
certidão ou de terceiro, o juiz ordenara, preliminarmente, por oficio, a exibição desse
documento em original ou em cópia autentica e marcará, para o cumprimento da ordem,
o prazo de 10 dias. O escrivão extrairá copias do documento para junta-las a segunda
via da petição.

PEDIDO

A concessão da ORDEM.

RENOVAÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 6º §6º - O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo
decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito.

NOTIFICAÇÃO DA AUTORIDADE COATORA


Art. 7º I – no prazo de 10 dias para esclarecer os fatos.

II - 1 via para a Procuradoria Geral do Município – afim de preservar o


patrimônio público.

III – antecipação de tutela: demonstrar o direito(fumus boni iuris) e o perigo da demora;

Não se concede MS quando tratar de aumento de remuneração. Pois o servidor


não terá como devolver os valores recebidos. De igual modo em relação à tributos etc...
sob o pretexto de preservar o patrimônio público.

RECURSOS

Art. 7º §1º - Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar
caberá agravo de instrumento.

HIPÓTESES DE PEREMPÇÃO OU CADUCIDADE DE MEDIDA LIMINAR = +


de 3 dias úteis

Art. 8º

DA DECISÃO QUE CONCEDE OU DENEGA O MANDADO CABE


APELAÇÃO.

OBS. Os juízes e desembargadores têm solicitado que seja dado ciência da impetração
de mandado de segurança aos potenciais interessados/prejudicados com a concessão da
ordem de segurança. (Que possam vir a sofrer consequências da concessão da medida).

AULA 19-05-2015

MANDADO DE SEGURANÇA

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO – ART. 21 LEI 12.016/09

Art. 21.  O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por


partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa
de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à
finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe
ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo
menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da
totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma
dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial. 

Parágrafo único.  Os direitos protegidos pelo mandado de segurança


coletivo podem ser: 

I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os


transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou
categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por
uma relação jurídica básica; 

II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei,


os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação
específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do
impetrante. 

NÃO FAZ COISA JULGADA PARA TODAS AS PESSOAS QUE TIVERAM


DIREITO LESADO – ART 22

Art. 22.  No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa


julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria
substituídos pelo impetrante. 

DETALHE:

§ 1o  O mandado de segurança coletivo não induz litispendência


para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a
desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta)
dias a contar da ciência comprovada da impetração da
segurança coletiva. 

A doutrina critica o §1º, pois dever ser possibilitado a suspensão


do trâmite processual da ação individual enquanto o mandado de
segurança coletivo tramita. Para tornar possível a reativação

§ 2o  No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser


concedida após a audiência do representante judicial da pessoa
jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72
(setenta e duas) horas. 

PRAZO PARA INTERPOR MS

Art. 23 – 120 dias da ciência (publicação do ato administrativo, edital, notificação


pessoal, etc);

Contam-se dias corridos úteis e não úteis.

Protocolo de pedido de reconsideração não interrompe o prazo.


HABEAS DATA

Art. 5º, LXXII, CF/88: CONCEDER-SE-Á HABEAS DATA:

A) Para assegurar o CONHECIMENTO DE INFORMAÇÕES relativas à


pessoa do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
B) Para RETIFICAÇÃO DE DADOS quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LEI 9.507/97 – REGULAMENTAÇÃO PROCEDIMENTO HABEAS DATA

Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas


data.

CABIMENTO

- TOMAR CONHECIMENTO DA INFORMAÇÃO;

- RETIFICAR DADOS DA INFORMAÇÃO;

- ACRESCENTAR JUSTIFICATIVA À INFORMAÇÃO.

REQUISITOS PARA CABIMENTO:

Parágrafo único art. 1º Lei 9.507/97 – caráter público do banco de dados ou do


registro que contenha informações do impetrante.

1 – Banco de dados é de acesso público? (Cadastro de inadimplentes,

2 – Informação pessoal;

3 – Negativa da informação obtida via pedido administrativo. (Art. 2º,


requerimento ao órgão que possui a informação no prazo de 48 horas). A decisão deve
ser comunicada em 24 horas. A cópia deste indeferimento deve ser anexada junto à
petição inicial.

JUSTIFICAÇÃO VIA HABEAS DATA – FUNDAMENTO NO ART.4º, §2º LEI.


9.507/97
ELEMENTO ESSENCIAL – TER A RECUSA ADMINISTRATIVA DA
PRESTEZA DAS INFORMAÇÕES SOLICITADAS.

NÃO HÁ PRAZO DECADENCIAL DE 120 DIAS PARA INGRESSAR COM


HABEAS DATA.

COMPETÊNCIA PARA JULGAR, ART. 20

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