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SAUDADE E BOAS LEMBRANÇAS

Autor: Daniel Jaremenko.

Eu tinha apenas 1 ano quando vovô (opa) Frederick morreu, vovó (oma) Bárbara
faleceu eu já tinha 11 anos. Não posso dizer que tive ou tenho “saudade” dele, nossa
convivência foi muito breve, mas senti uma profunda tristeza quando ela se foi.

Eu já tinha 28 anos quando senti novamente essa mesma emoção, quando papai
faleceu. Eu era muito apegado a ele e até hoje sinto sua falta. Falta de seus cuidados,
de sua proteção, de seus conselhos e direção.

Voltei a sentir a dor da falta de alguém quando minha querida tia Carlota, a “tante
Lotte” foi, como ela dizia, para “os eternos campos de caça”, era assim como ela se
referia ao mundo após a morte.

Com o passar do tempo, esse sentimento, ao qual chamo “saudade”, torna-se mais
leve. Quando percebo, surpreendo-me sentindo algo agradável ao falar deles. É
quando percebo que a “saudade” foi substituída por “boas lembranças”.

Quando falo do “opa”, lembro de estar em seu colo e ele me mostrar a lua. “Das ist der
Mond!” (Essa é a Lua!), ele dizia. Na verdade, tenho essa lembrança porque sempre
me mostravam uma foto com ele me segurando no colo e contando como ele me
mostrava o satélite da Terra.

Essa “saudade” é diferente da “saudade” que, por exemplo, sinto de minha querida
mãe (mama). Vimo-nos pessoalmente pela última vez em 2010. Matamos essa
“saudade” quando nos falamos por telefone aos domingos, ela ainda não aderiu ao
celular. Sonho com o dia em que estaremos juntos compartilhando “boas lembranças”.

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