Quando falamos do tratamento de qualquer tipo de câncer, temos de pensar na
intervenção em seu estagio inicial, quando existem maiores probabilidades de recuperação. Para que isso seja possível, o rastreamento torna-se indispensável, devendo ter além de alta especificidade e sensibilidade para a hipótese diagnostica, ser economicamente viável e de fácil realização. No caso do câncer colorretal, o rastreamento é feito na população com critérios de risco, devendo ser realizada a pesquisa de sangue nas fezes (PSO), que tem como principio a detecção de hemoglobina nas fezes. Existem três métodos disponíveis no mercado para esse estudo, o método da o-tolidina-guiáco, o método da heme- porfirina e método imunocromatográfico, sendo esse ultimo o que tem maior confiabilidade. Para nossa pratica laboratorial usamos o método imunocromatográfico. Para isso usamos um cassete (fita), que tem uma membrana de nitrocelulose enclausurada a ele. Esse cassete tem 4 bandas, a primeira é onde colocamos a amostra tamponada, que se move por capilaridade ao longo do cassete; a segunda área possui conjugado anticorpo monoclonal camundongo anti Hb humana e Au coloidal; a terceira é a região (T), com anticorpo monoclonal de camundongo anti Hb humana e a quarta é uma área de controle (C) que contem anticorpo monoclonal de cabra + anti igG camundongo. Para o teste ser considerado valido a banda correspondente a área de controle (C) deve ser corada, considerando que o conjugado não ligado ao antígeno reagira com os reagente ali depositados. Enquanto a presença de coloração na banda (T) configura teste positivo, uma vez que na ausência da globina o conjugado não deveria reagir com os reagentes ali presentes. A amostra de fezes à qual estudamos demonstra-se positiva para o teste imunocromatografico, uma vez que houve coração das bandas T (que positiva o teste) e C (que o valida), demonstrando portanto presença de sangue oculto nas fezes. Esse paciente deve prosseguir com os exames para confirmação de um possível CA colorretal, realizando uma colonoscopia afim de buscar por presença de pólipos.