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São Carlos – SP
2012
Artur Valadares de Freitas Santos
São Carlos – SP
2012
RESUMO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 9
4. RESULTADOS ...................................................................................... 50
1. INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
basicamente de quatro tipos: (i) uma pastilha de material cerâmico; (ii) fibras de
seção circular, também chamado de AFC (Active Fiber Composite); fibras de seção
quadrada, também chamado de MFC (Macro Fiber Composite); (iv) ou ainda fibras
circulares bem finas, também chamado de PFC (Piezo Fiber Composite). A Figura 3
apresenta cada uma destas configurações.
Figura 8 – Conceito de MFC desenvolvido pela NASA. Adaptado de Wilkie et al. (2000).
Figura 9 – Piezocompósito MFC d31. Adaptado de Smart Material Macro Fiber Composite
(MFC) Brochure (2011).
Figura 10 – Piezocompósito MFC d33. Adaptado de Smart Material Macro Fiber Composite
(MFC) Brochure (2011).
16
Figura 11 – Transdutor do tipo MFC com eletrodos interdigitais (IDE) desenvolvido pela
NASA. Wilkie et al. (2000).
A utilização dos chamados MFCs tem sido cada vez maior, uma vez que eles
combinam a conformabilidade da matriz de epóxi com as propriedades de
acoplamento eletromecânico das fibras de material piezocerâmico. Por este motivo,
é cada vez mais importante se ter um conhecimento detalhado das propriedades
destes materiais, para que possam ser desenvolvidos modelos numéricos precisos
das estruturas e componentes onde eles são utilizados.
1.2. Objetivos
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O efeito piezelétrico foi descoberto em 1880 por Pierre e Jacques Curie, que
notaram que uma carga de superfície pode ser medida quando uma força mecânica
é aplicada a certos cristais. No entanto, os irmãos Curie não conseguiram prever o
efeito inverso, isto é, obter uma saída mecânica a partir de uma forma elétrica como
entrada. Entretanto, em 1881, Gabriel Lippmann provou matematicamente a
existência do efeito inverso, o que levou os irmãos Curie a realizarem experimentos
que provaram fisicamente a existência do efeito inverso.
deslocamento elétrico. Este acoplamento é descrito por coeficientes que serão mais
bem detalhados na Seção 2.2.
As equações constitutivas para materiais PZT podem ser obtidas através das
relações mecânicas e dielétricas, em conjunto com os termos referentes ao
acoplamento piezelétrico. Quando um material ativo é submetido a uma tensão
mecânica ( ⁄ ), o mesmo produz um deslocamento elétrico ( ⁄ ). A
relação entre tensão mecânica e deslocamento elétrico pode ser descrita pela
relação , onde ( ⁄ ) é o coeficiente de acoplamento piezelétrico direto.
(1)
{ } [ ] { }
(2)
{ } [ ] { }
(3)
{ } { }
(4)
{ } { }
21
(5)
[ ]
(6)
[ ]
[ ] (7)
[ ] (8)
[ ] (9)
22
[ ] (10)
{ } { }
{ } [ ] { } (11)
{ } { }
{ } { }
{ } [ ] { } (12)
{ } { }
(13)
{ } [ ] { }
ou também:
23
(14)
{ } [ ] { }
(15)
∫ (16)
∫ (17)
∫ (18)
∫ (19)
Esses valores médios foram aproximados no Ansys® como uma soma dos
valores médios em cada elemento multiplicados pelo volume do respectivo elemento
dividido pelo volume total do VER, da seguinte maneira:
( ) ( )
∑
(20)
∑ ( )
26
( ) ( )
∑
(21)
∑ ( )
( ) ( )
∑
(22)
∑ ( )
( ) ( )
∑
(23)
∑ ( )
Com esses valores médios e com as Equações (13) e (14), foi possível
calcular os coeficientes efetivos para o piezocompósito MFC d 31 e, a partir destes,
suas propriedades homogêneas equivalentes.
Figura 15 – Modelo de VER para o MFC d31 utilizado para a obtenção das Regras de
Mistura. Adaptado de Deraemaeker et al. (2009).
(24)
{ } [ ]{ }
(25)
{ } { }
(26)
{ } { }
̅ (27)
̅ (28)
̅ (29)
̅ (30)
̅ (31)
̅ ( ) (32)
̅ ( ) (33)
̅ ( ) (34)
̅ ( ) (35)
̅ ( ) (36)
̅̅̅ (37)
̅̅̅ ( ) (38)
(39)
{ } { }
em que:
( )
(40)
[ ]
̅
̅
̅
( ) (41)
̅
̅
{̅̅̅} { } { }
̅
̅
̅
̅ ( ) (42)
̅
̅
{̅̅̅} { } { }
Além disso, através das Equações (27) a (31) e da Equação (37), tem-se que:
̅ ( ) (43)
( ) (44)
(45)
( ) (46)
(47)
( ) (48)
30
(49)
(50)
( ) (51)
( ) (52)
3. METODOLOGIA UTILIZADA
Figura 16 – Camadas do modelo de VER (com acrílico) para o MFC d31. Adaptado de
Trindade e Benjeddou (2011).
32
Figura 17 – Camadas superiores do modelo de VER (com acrílico) para o MFC d31.
Adaptado de Novakova e Mokry (2011).
Figura 18 – Camadas do modelo de VER (sem acrílico) para o MFC d31. Adaptado de
Deraemaeker et al. (2009).
Figura 20 – Dimensões de cada fase para a camada ativa do MFC d31, constituída de PZT
(azul) e epóxi (roxo).
34
Figura 21 – Dimensões de cada fase para a camada do eletrodo do MFC d31, constituída de
cobre (vermelho) e epóxi (roxo).
Figura 22 – Modelo no Ansys® do VER da camada ativa para o MFC d31, constituído de
epóxi (roxo) e PZT (azul).
Figura 23 – Modelo no Ansys® do VER de três camadas para o MFC d31, constituído de
epóxi (roxo), PZT (azul) e cobre (vermelho).
36
Figura 24 – Modelo no Ansys® do VER de cinco camadas para o MFC d31, constituído de
epóxi (roxo), PZT (azul), cobre (vermelho) e Kapton (verde).
⁄ ⁄
⁄
37
definidos como iguais, isto é, os graus de liberdade de deslocamento destes nós são
acoplados de uma forma simétrica. Isto garante que as deformações sejam nulas
nas duas direções restantes.
3.3.1. Problema 1
nós localizados nas faces opostas Y-/Y+ e Z-/Z+ são definidos como sendo iguais,
isto é, são acoplados de maneira simétrica. O potencial elétrico é fixado como sendo
zero em todas as superfícies do modelo e os graus de liberdade de potencial elétrico
dos nós presentes nas faces opostas X-/X+ e Y-/Y+ são acoplados de maneira
simétrica. Na Figura 25 é possível ver uma representação esquemática deste
problema local.
̅
(53)
̅
̅
(54)
̅
̅
(55)
̅
40
3.3.2. Problema 2
̅
(56)
̅
41
̅
(57)
̅
3.3.3. Problema 3
̅
(58)
̅
42
3.3.4. Problema 4
Os deslocamentos normais dos nós localizados nas faces opostas X-/X+ são
acoplados de maneira simétrica. O potencial elétrico é fixado como sendo zero em
todas as superfícies do modelo e os graus de liberdade de potencial elétrico dos nós
presentes nas faces opostas X-/X+ e Y-/Y+ são acoplados de maneira simétrica. Na
Figura 28 é possível ver uma representação esquemática deste problema local.
̅
(59)
̅
43
3.3.5. Problema 5
Os deslocamentos normais dos nós localizados nas faces opostas Y-/Y+ são
acoplados de maneira simétrica. O potencial elétrico é fixado como sendo zero em
todas as superfícies do modelo e os graus de liberdade de potencial elétrico dos nós
presentes nas faces opostas X-/X+ e Y-/Y+ são acoplados de maneira simétrica. Na
Figura 29 é possível ver uma representação esquemática deste problema local.
̅
(60)
̅
44
3.3.6. Problema 6
Os deslocamentos normais dos nós localizados nas faces opostas Z-/Z+ são
acoplados de maneira simétrica. O potencial elétrico é fixado como sendo zero em
todas as superfícies do modelo e os graus de liberdade de potencial elétrico dos nós
presentes nas faces opostas X-/X+ e Y-/Y+ são acoplados de maneira simétrica. Na
Figura 30 é possível ver uma representação esquemática deste problema local.
̅
(61)
̅
45
3.3.7. Problema 7
̅
(62)
̅̅̅
̅
(63)
̅̅̅
46
̅̅̅
(64)
̅̅̅
̅
1
̅
̅
2
̅
̅
3
̅
̅
4
̅
̅
5
̅
̅
6
̅
̅
̅̅̅
- - - ̅
7
̅̅̅
̅̅̅
̅̅̅
(65)
(66)
[ ]
(67)
4. RESULTADOS
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
5. CONCLUSÃO
5.1. Conclusões
Neste trabalho, foi utilizado o Método dos Elementos Finitos aliado à técnica
de Homogeneização Periódica para um compósito do tipo MFC (Macro Fiber
Composite) atuando no modo transversal (d31), com o intuito de se obter as
propriedades homogêneas equivalentes para este material. A fim de analisar a
dependência destas propriedades com a fração volumétrica de fibra ( ) da camada
ativa (epóxi + PZT), foi feita uma análise paramétrica variando-se o valor de entre
0 e 1, com um incremento de 0,1. Em especial, foi feita também uma análise para
, pois de acordo com Deraemaeker e Nasser (2010) este valor corresponde
aproximadamente à fração volumétrica encontrada nos transdutores MFC d31
comercializados pela Smart Material.
menos rígidas, o que pode ser um indicativo de uma melhor aplicabilidade deste tipo
de transdutor como sensor em detrimento da aplicação como atuador.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WILKIE, W. K.; BRYANT, G. R.; HIGH, J. W.; FOX, R. L.; HELLBAUM, R. F.;
JALINK, A.; LITTLE, B. D.; MIRICK, P. H. Low-cost piezocomposite actuator for
structural control applications. Proceedings… 7th Annual International Symposium
on Smart Structures Materials, Newport Beach, USA, 2000.