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ABR 1992 NBR 12214


Projeto de sistema de bombeamento de
água para abastecimento público
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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CEP 20003 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
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EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA Procedimento

Origem: Projeto 02:009.30-004/1989


CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:009.30 - Comissão de Estudo de Projeto de Sistema de Abastecimento
de Água
NBR 12214 - Public water supply systems - Pumping system - Procedure
Descriptors: Water. Water supply system
Copyright © 1990, Esta Norma substitui a NB-590/1977
ABNT–Associação Brasileira Reimpressão da NB-590, MAR 1990
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Abastecimento de água. Água 15 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 12215 - Elaboração de projetos de sistemas de


1 Objetivo adução de água para abastecimento público - Proce-
2 Documentos complementares dimento
3 Definições
4 Desenvolvimento do projeto 3 Definições
5 Condições gerais
ANEXO A - Cálculo do NPSH disponível Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
ANEXO B - Perdas de carga singulares de 3.1 e 3.2.

1 Objetivo 3.1 Barrilete

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração Conjunto de tubulações que une a saída das bombas
de projeto de sistema de bombeamento de água para associadas em paralelo à tubulação de recalque.
abastecimento público.
3.2 Curvas características estáveis
2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: Curvas nas quais a cada valor da carga manométrica cor-
responde uma só vazão.
NBR 5432 - Máquina elétrica girante - Dimensões e
potências nominais - Padronização 4 Desenvolvimento do projeto

NBR 8160 - Instalações prediais de esgotos sanitá- 4.1 Elementos necessários


rios - Procedimento
Para elaboração do projeto de sistema de bombeamento,
NBR 10152 - Níveis de ruídos para conforto acústi- são necessários:
co - Procedimento
a) estudo de concepção elaborado conforme a
NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais - NBR 12211;
Procedimento
b) definição das etapas de construção;
NBR 12211 - Estudo de concepção de sistemas pú-
blicos de abastecimento de água - Procedimento
c) localização e definição da área necessária para sua
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implantação; instalações de combate a incêndio, drenagem e


outros;
d) levantamento planialtimétrico cadastral da área de
implantação; o) elaboração dos seguintes documentos,

e) sondagens de reconhecimento do subsolo da área - especificações de serviços, materiais e equipa-


de implantação; mentos;

f) características físico-químicas e biológicas da água - memorial descritivo e justificativo;


a ser recalcada;
- listas de materiais e equipamentos;
g) cotas dos níveis de água de montante e de jusante;
- orçamento;
h) disponibilidade de energia.

4.2 Atividades necessárias - manual de operação.

A elaboração do projeto do sistema de bombeamento 5 Condições gerais


compreende as seguintes atividades:
5.1 Determinação das vazões de projeto
a) determinação das vazões de projeto do sistema de
bombeamento, levando em conta as condições As vazões a recalcar devem ser determinadas a partir da
operacionais do sistema de abastecimento; concepção básica do sistema de abastecimento, confor-
me prescrito na NBR 12211, da fixação das várias etapas
b) definição do tipo e arranjo físico da elevatória; para a implantação das obras e do regime de operação
previsto para as elevatórias.
c) definição do traçado das canalizações de sucção e
recalque; 5.2 Relação das características hidráulicas e
morfológicas
d) fixação preliminar das características hidráulicas
do sistema de bombeamento; Devem ser levantadas as características hidráulicas e
morfológicas das instalações existentes e projetadas.
e) escolha do tipo e número dos conjuntos motor-
bomba, e definição do sistema operacional;
5.2.1 Em captação à margem de mananciais, devem ser
conhecidos:
f) dimensionamento e seleção do material das cana-
lizações de sucção e recalque;
a) número, forma, dimensões e material dos canais ou
condutos;
g) dimensionamento do poço de sucção;

h) estudo dos efeitos dos transientes hidráulicos e b) cota do fundo dos canais ou condutos na entrada
seleção do dispositivo de proteção do sistema; do poço de sucção;

i) seleção final dos conjuntos motor-bomba; c) níveis máximo e mínimo da água nos canais à en-
trada do poço de sucção;
j) definição dos sistemas de acionamento, medição e
controle; d) características da água, condicionantes ou neces-
sárias à seleção dos equipamentos.
k) seleção de equipamentos de movimentação e ser-
viços auxiliares; 5.2.2 Em captação direta no manancial, devem ser co-
nhecidos:
l) dimensionamento da sala de bombas;
a) perfis de fundo do manancial no local da captação,
m) elaboração das especificações dos equipamentos através de no mínimo três seções batimétricas,
principais e canalizações; distanciadas de no máximo 20 m entre si;

n) elaboração dos projetos de, b) níveis máximo e mínimo da água;

- arquitetura, urbanização e sistema viário;


c) velocidade da água no local da captação;
- fundações e superestrutura;
d) obras complementares projetadas;
- eletricidade;
e) características da água, condicionantes ou neces-
- iluminação, ventilação e acústica; sárias à seleção dos equipamentos.

- drenagem pluvial, água potável, águas servidas, 5.2.3 Para sucção em reservatório, devem ser conhecidas:
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a) características gerais do reservatório: tipo, materi- segundo os seguintes critérios:


al, forma, dimensões e número de células;
a) número mínimo de bombas igual a duas unidades;
b) cotas geométricas e operacionais do reservatório,
e cotas do terreno; b) previsão de uma ou mais unidades de reserva para
o caso em que a parada de uma das bombas não
c) características da água, condicionantes ou neces- permita recalcar a vazão máxima ou transferir o
sárias à seleção do equipamento. volume total diário previsto em projeto;

5.2.4 Em caso de “booster”, devem ser conhecidos: c) bombas de mesmo tipo e, de preferência, de mes-
ma vazão ou de vazões múltiplas entre si;
a) material e dimensões dos condutos de montante e
de jusante; d) implantação em etapas sucessivas, visando a redu-
zir a ociosidade do sistema de bombeamento;
b) cota da soleira do conduto na sucção da bomba;
e) conjunto de bombas capaz de atender às exigênci-
c) pressão de entrada na sucção da bomba; as operacionais em toda a faixa prevista de vazão,
sem prejuízo apreciável do rendimento de cada
d) características da água, condicionantes ou neces- unidade;
sárias à seleção do equipamento.
f) consideração do efeito regularizador de reservatório
5.2.5 Devem ser conhecidas as cotas piezométricas má- a jusante;
xima e mínima na extremidade de jusante da adutora, da-
das pelo projeto ou pelo cadastro do elemento da unidade g) redução da soma dos custos a valor presente, re-
de inserção. lativos a implantação, despesas financeiras e des-
pesas de exploração.
5.3 Localização da elevatória e determinação do número
de bombas 5.4 Seleção dos conjuntos motor-bomba

5.3.1 Para a determinação do local adequado à implantação 5.4.1 Para a seleção dos conjuntos motor-bomba, os se-
da estação elevatória, devem ser levados em consideração guintes fatores devem ser considerados:
os seguintes fatores, de importância ponderada em função
das condições técnicas e econômicas de cada projeto: a) faixa de operação, decorrente das interseções en-
tre as curvas características do sistema e das bom-
a) desnível geométrico; bas, consideradas as variações de vazão e dos ní-
veis de água, ou cargas piezométricas, de montan-
b) traçado da tubulação de recalque, conforme pres- te e de jusante, bem como o envelhecimento dos
crições da NBR 12215; tubos;

c) desapropriação; b) características da água a ser recalcada;

d) acessos permanentes; c) disponibilidade de bombas no mercado;

e) proteções contra inundações e enxurradas; d) economia e facilidade de operação e manutenção;

f) estabilidade contra erosão; e) padronização com equipamentos de outras eleva-


tórias existentes.
g) atendimento das condições presentes e futuras;
5.4.2 As seguintes condições devem ser observadas na
h) disponibilidade de energia elétrica; escolha dos conjuntos motor-bomba:

i) remanejamento de interferências; a) as curvas características devem ser do tipo estável,


para bombas instaladas em paralelo;
j) métodos construtivos e obras para implantação de
fundações e estruturas; b) em caso de grandes variações de vazão, pode ser
utilizado sistema de acionamento de velocidade
k) instalação das bombas junta à tomada de água; variável;

l) segurança contra assoreamento; c) os pontos de operação das bombas, nas diversas


situações possíveis, devem estar situados na faixa
m) NPSH disponível; adequada de rendimento;

n) possibilidade de carga para sucção positiva. d) o NPSH disponível, calculado segundo o Anexo A,
deve superar em 20% e no mínimo em 0,50 m o
5.3.2 No planejamento da casa de bombas, o número e a NPSH requerido pela bomba em todos os pontos
vazão das unidades de bombeamento devem ser fixados de operação;
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e) a potência nominal dos motores de acionamento 5.5.1.6 Para o cálculo das perdas de carga singulares, em
deve ser escolhida entre os valores padronizados toda a instalação de bombeamento, deve ser utilizada a
da NBR 5432. seguinte equação:
V2
5.5 Tubulações de sucção e recalque hs = Ks
2g
5.5.1 No dimensionamento das tubulações de sucção e Onde:
recalque devem ser observados os seguintes critérios:

5.5.1.1 Na tubulação de sucção, as velocidades não devem


Ks = coeficiente de perda de carga singular, adi-
mensional
exceder os valores constantes da Tabela 1.
V = velocidade média na seção, em m/s
Tabela 1 - Velocidade máxima de sucção
hs = perda de carga singular, em m
Diâmetro nominal Velocidade
(DN) (m/s) g = aceleração da gravidade, em m/s2

50 0,70 5.5.1.7 Para as singularidades usuais, os coeficientes de


perda de carga singular Ks são os constantes do Anexo B.
75 0,80
5.5.2 A disposição das tubulações internas e seleção dos
100 0,90 demais elementos hidráulicos complementares devem
obededer às seguintes recomendações:
150 1,00
5.5.2.1 Elementos adjacentes à bomba:
200 1,10
a) quando a bomba situada em poço seco opera afo-
250 1,20 gada, deve ser instalado registro na tubulação de
sucção;
300 1,40
b) somente em casos tecnicamente justificados, as
¯ 400 1,50 instalações de bombeamento podem prescindir de
registro e válvula de retenção na tubulação de re-
Nota: Para bombas afogadas, as velocidades da Tabela 1 podem calque;
ser excedidas, desde que isto seja devidamente justificado.
c) a disposição dos elementos conectados à bomba
deve permitir montagem, desmontagem e opera-
5.5.1.2 Na tubulação de sucção, a velocidade mínima deve ção da instalação, sem transmissão de esforços à
ser limitada aos valores constantes da Tabela 2. bomba, peças adjacentes e estrutura da casa de
bombas;
Tabela 2 - Velocidade mínima de sucção
d) devem ser evitados estrangulamentos ou alarga-
Tipo de material transportado Velocidade (m/s) mentos bruscos;

Matéria orgânica 0,30 e) a tubulação de sucção deve ser a mais curta pos-
sível, sempre ascendente, até atingir a bomba,
Suspensões siltosas 0,30 reduzindo o número de peças especiais;

Suspensões arenosas 0,45 f) em instalações normalmente afogadas, com volu-


me de água superior a 100 L, retido nas bombas e
passível de eventual esgotamento, deve ser previs-
5.5.1.3 No barrilete, quando de aço ou ferro fundido, a ta uma tubulação de drenagem, de tal forma que
velocidade máxima recomendada é de 3,00 m/s; para cada unidade possa ser esgotada separadamente;
valores maiores, deve ser estudado o problema de cavita-
ção nos aparelhos a jusante da bomba, nas diversas g) deve ser prevista drenagem para possíveis vaza-
condições de operação. Para outros materiais, as mentos nas caixas de gaxeta ou selos mecânicos
velocidades máximas são as recomendadas pelos das bombas;
fabricantes dos tubos.
h) quando necessário, deve ser previsto sistema de
5.5.1.4 No barrilete, a velocidade mínima é de 0,60 m/s. escorva das bombas, com preferência para ejetor
ou linha derivada da tubulação de recalque.
5.5.1.5 O cálculo da perda de carga distribuída ao longo da
tubulação de sucção, do barrilete e da tubulação de 5.5.2.2 Tubulações internas:
recalque deve obedecer ao critério geral estabelecido na
NBR 12215. a) as tubulações devem ser dispostas com espaço
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para inspeção, manutenção, montagem e desmon- tubulação deve ser maior que 2,5 d e nunca inferior
tagem de peças e equipamentos; a 0,50 m;

b) as travessias de parede devem ser detalhadas e b) a folga entre o fundo do poço e a parte inferior do
justificadas no projeto, particularmente em caso de crivo ou da seção de entrada, na ausência deste,
compartimentos úmidos, a fim de evitar infiltração deve ser fixada de 1,0 d a 1,5 d, e nunca inferior a
e vazamento. 0,20 m;

5.5.2.3 Válvulas:
c) a distância mínima entre a parede da tubulação de
sucção e qualquer parede lateral do poço de suc-
ção deve ser de 1,0 d e nunca inferior a 0,30 m;
a) para fechamento e controle de vazão em condutos
forçados, devem ser usadas válvulas criteriosa- d) devem ser evitadas zonas mortas do escoamento e
mente selecionadas de acordo com sua função, formação de vórtices mediante configuração geo-
freqüência de operação e necessidade de estan- métrica apropriada do poço de sucção e, se neces-
queidade; sário, utilizando também dispositivos antivórtices;

b) as válvulas devem ter indicação clara de posição e) nas cortinas que separam compartimentos de suc-
aberta e fechada; ção, um conjunto de bombas dispostas ortogonal-
mente à corrente líquida deve medir mais de 3 d na
c) as válvulas que, isoladamente ou formando conjun- direção da corrente, a partir do eixo da tubulação;
to, são operadas mais de dez vezes por mês, ou
cujo torque para acionamento ultrapasse 100 N.m, f) os perfis das bordas de ataque das cortinas e dos
devem ser acionadas eletricamente ou por meio de defletores devem ser arredondados;
sistema pneumático ou hidropneumático;
g) o escoamento na entrada do poço deve ser regular,
d) as válvulas devem ser instaladas em locais com sem deslocamento e zonas de velocidades eleva-
facilidade de remoção; das. A velocidade de aproximação da água na
seção de entrada da câmara de sucção não deve
e) as válvulas intercaladas em tubulações devem ser exceder 0,60 m/s;
removíveis, sem necessidade de retirar mais de
h) o comprimento e a largura devem ser compatíveis
duas peças consecutivas;
com a instalação dos conjuntos motor-bomba
selecionados, bem como da tubulação de sucção
f) a abertura para acesso e remoção de válvula insta-
e respectivos órgãos acessórios, respeitando-se
lada abaixo do piso deve permitir sua passagem
as folgas necessárias para a montagem, instala-
sem desmontagem; em caso de válvula com mas-
ções complementares e circulação de pessoal;
sa superior a 30 kg, a abertura deve situar-se, pre-
deve haver também completa independência das
ferencialmente, sobre ela.
tomadas de sucção sem interferência entre elas,
observando sempre as recomendações estipula-
5.5.2.4 Comportas:
das pelo fabricante das bombas;
a) para fechamento de condutos livres e isolamento i) quando o fundo do canal de chegada e o do poço de
de poços de sucção, podem ser usadas comportas sucção se acham em cotas diferentes, a concor-
montadas em guias completas permanentes, com- dância entre ambos deve ser feita por plano inclina-
portas livres ou comportas segmentadas; do de no máximo 45° em relação à horizontal.

b) deve ser usada comporta montada em guias com- 5.6.2 Os poços de sucção podem apresentar formas e di-
pletas permanentes, em caso de operações fre- mensões distintas das recomendações de 5.6.1, desde
qüentes e quando não interfiram com o trânsito de que devidamente justificadas.
pessoas;
5.7 Estudo dos efeitos do golpe de aríete
c) deve ser usada comporta livre, em caso de opera-
5.7.1 O cálculo do escoamento em regime variável, bem
ções pouco freqüentes ou quando não possa ser
usada comporta montada em guias permanentes; como a recomendação de dispositivos de proteção do sis-
tema, deve ser feito de acordo com a NBR 12215.
d) deve ser usada comporta segmentada, em caso de 5.7.2 Do projeto da estação elevatória devem constar in-
operações pouco freqüentes ou quando sua loca-
formações sobre o momento polar de inércia das partes gi-
lização não permita a remoção ou movimentação
rantes e as limitações dos conjuntos motor-bomba quan-
de comporta livre.
to à máxima rotação reversa, entre outras.
5.6 Dimensionamento do poço de sucção 5.8 Definição do sistema de medição, operação e
controle
5.6.1 Sendo "d" o diâmetro interno da tubulação de suc-
ção, devem ser obedecidas as seguintes especifica- 5.8.1 Deve ser previsto sistema de medição da vazão re-
ções (ver Figura 1): calcada, salvo com medição feita em outro ponto do sis-
tema de abastecimento de água ou, quando justificado, for
a) a submergência mínima da seção de entrada da proposto processo expedido de avaliação da vazão.
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Figura 1 - Poço de sucção


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5.8.2 Em instalações de importância, o sistema de medição 5.12 Projetos complementares


deve fornecer a vazão instantânea, registro e totalização
ao longo do tempo. 5.12.1 Água potável

5.8.3 Os dispositivos de operação, controle e alarme devem


Deve ser previsto um reservatório para suprir as necessi-
proporcionar a indicação visual e sonora de condição po- dades de água potável da estação, com alimentação direta
tencial de perigo e, em situação crítica, porém ainda se- da rede externa ou através de fonte especial.
gura, interromper o funcionamento do sistema.
5.12.2 Esgotos
5.8.4 Deve ser prevista instalação de manômetro no recalque
e, conforme o caso, de manômetro ou vacuômetro na
sucção. O sistema coletor de esgoto sanitário e das águas servidas
da estação deve ser projetado segundo a NBR 8160.
5.9 Equipamentos de movimentação
5.12.3 Drenagem dos pisos
5.9.1 A capacidade de carga dos equipamentos de mo-
vimentação deve atender ao elemento de maior massa As águas de lavagem ou de vazamentos devem ser enca-
que possa ser transportado isoladamente; o curso destes minhadas a um ou mais poços de drenagem, através de
equipamentos deve permitir a retirada, movimentação e canaletas ou de declividades suaves dos pisos da estação;
reposição das peças constituintes da elevatória. não sendo possível o esgotamento por gravidade, os po-
ços devem ser equipados com bombas acionadas auto-
5.9.2 Para a instalação dos equipamentos de movimenta- maticamente pelo nível do líquido.
ção, devem ser previstas vigas e aberturas com vistas à li-
vre movimentação e manutenção dos elementos instalados. 5.12.4 Drenagem de águas pluviais

5.10 Dimensionamento da sala de bombas


O sistema de drenagem de águas pluviais deve ser proje-
tado segundo a NBR 10844.
5.10.1 A sala de bombas deve abrigar os conjuntos ele-
vatórios, incluindo os elementos de montagem, hidráulicos
e eletromecânicos complementares, os dispositivos de 5.13 Segurança
serviço para manobra e movimentação das unidades, bem
como permitir facilidade de locomoção, manutenção, mon- As condições mínimas de higiene e segurança do trabalho
tagem, desmontagem, entrada e saída de equipamentos. apresentadas a seguir, complementadas pelas normas
brasileiras e de outras instituições nacionais e internacio-
5.10.1.1 O arranjo dos conjuntos motor-bomba deve permi- nais, devem ser observadas no projeto da estação elevató-
tir facilidade de operação e manutenção, obedecendo às ria, visando a eliminar riscos de acidentes na operação de
recomendações do fabricante. equipamentos, máquinas, circuitos elétricos e na circulação
de pessoas.
5.10.1.2 O acesso à sala de bombas deve estar situado
acima da cota de máxima enchente para não comprometer 5.13.1 Devem existir guarda-corpos de proteção em locais
a operação. de circulação com altura superior a 2,00 m e em locais com
altura menor, porém, potencialmente perigosos em casos
5.10.1.3 Em caso de piso da sala de bombas, situado abai- de queda.
xo do nível máximo de água no poço de sucção, o assen-
tamento das bombas deve ser feito como para instalação 5.13.1.1 Os guarda-corpos devem ser construídos de
sujeita a afogamento, com sistema de drenagem. material rígido, capaz de resistir a esforço horizontal de
800 N/m, aplicado no ponto mais desfavorável, e ter al-
5.11 Projetos de iluminação, ventilação e acústica tura mínima de 0,90 m, acima do nível do piso.

5.11.1 A iluminação da estação elevatória deve ser ade- 5.13.1.2 Em estações elevatórias passíveis de visitação
quada, com luz natural ou artificial. pública, as partes vazadas dos guarda-corpos devem ser
seguidas.
5.11.2 A ventilação pode ser natural ou forçada, propor-
cionando condições de conforto da operação.
5.13.1.3 Os espaços livres, deixados nos guarda-corpos
para a instalação de escadas de mão, devem ser fecha-
5.11.2.1 Recintos onde possa ocorrer atmosfera prejudicial
dos por uma corrente com gancho de mola.
à saúde devem ter sistema de exaustão.

5.11.2.2 Compartimentos fechados, visitáveis, abaixo do 5.13.2 Os locais de trabalho não devem ter piso com sa-
nível do terreno, devem ter ventilação forçada que promo- liência ou depressão que possa causar acidentes, durante
va, no mínimo, seis mudanças completas de ar por hora, a circulação de pessoas ou movimentação de materiais e
quando contínua, e trinta, quando intermitente. equipamentos.

5.11.3 Devem ser previstos dispositivos e equipamentos 5.13.2.1 Os pisos, escadas, rampas, corredores e passa-
que limitem o nível de intensidade sonora, no interior da diços, que ofereçam condições de escorregamento, devem
elevatória e na vizinhança, a valores recomendados na ser de material antiderrapante ou executados por processo
NBR 10152. com resultados semelhantes.
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5.13.2.2 Os pisos e os passadiços devem ter as aberturas devem ser fixados firmemente à máquina, ao equipamento,
protegidas por grades metálicas, para impedir acidentes ao piso ou a qualquer outra parte fixa, por dispositivo que,
com pessoas ou passagem de objetos que ponham em em caso de necessidade, permita sua retirada e recolocação
risco a segurança das instalações. imediata.

5.13.3 As máquinas e os equipamentos devem ter as trans- 5.13.4 Devem ser previstos extintores de incêndio próximo
missões de força enclausuradas em sua estrutura ou a locais onde possa ocorrer início de incêndio, em número
devidamente isoladas por protetores adequados que e tipo adequados, atendendo às prescrições do Corpo de
Bombeiros.

/ANEXOS
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ANEXO A - Cálculo do NPSH disponível

A-1 O cálculo do NPSH disponível é feito mediante a Pv = tensão máxima de vapor à temperatura de
seguinte expressão: bombeamento

hf = perdas de carga na tubulação de sucção para a


NPSHd = ± Z + Pa - Pv - hf (Pa)
vazão de bombeamento
Onde: Pv = tensão máxima de vapor à temperatura de bom-
beamento
Z = altura estática de sucção positiva, quando a
bomba está afogada, e negativa, em caso hf = perdas de carga na tubulação de sucção para a
contrário vazão de bombeamento

A-2 Todos os termos devem estar reduzidos à unidade


Pa = pressão atmosférica no local pascal (Pa)(1).

/ANEXO B


10 kPa = 1 m.c.a.
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ANEXO B - Perdas de carga singulares

- ALARGAMENTOS BRUSCOS.

VALORES DE Ks

D1
D2 ~ 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
V 1 (m /s)

0,60 1,00 1,00 0,96 0,86 0,74 0,60 0,44 0,29 0,15 0,04
1,50 0,96 0,95 0,89 0,80 0,69 0,56 0,41 0,27 0,14 0,04
3,00 0,93 0,91 0,86 0,77 0,67 0,54 0,40 0,26 0,13 0,04
6,00 0,86 0,84 0,80 0,72 0,62 0,50 0,37 0,24 0,12 0,04
12,00 0,81 0,80 0,75 0,68 0,58 0,47 0,35 0,22 0,11 0,03

Para entrada brusca de um conduto num reservatório, K = 1.

- ALARGAMENTOS SUAVES.

VALORES DE Ks

Ângulo de abertura do cone: θ


D2
D1 2° 4° 6° 8° 10° 15° 20° 25° 30° 35° 40° 45° 50° 60°

1,1 0,01 0,01 0,01 0,02 0,03 0,05 0,10 0,13 0,16 0,18 0,19 0,20 0,21 0,23
1,2 02 02 02 03 04 09 16 21 25 29 31 33 35 37
1,4 02 03 03 04 06 12 23 30 36 41 44 47 50 53
1,6 03 03 04 05 07 14 26 35 42 47 51 54 57 61
1,8 03 04 04 05 07 15 28 37 44 50 54 58 61 65
2,0 03 04 04 05 07 16 29 38 46 52 56 60 63 68
2,5 03 04 04 05 08 16 30 39 48 54 58 62 65 70
3,0 03 04 04 05 08 16 31 40 48 55 59 63 66 71
>3 03 04 05 06 08 16 31 40 49 56 60 64 67 72

- ESTREITAMENTOS BRUSCOS.

VALORES DE Ks

S3
0,01 0,10 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
a) S3 = S2 S1
2
Sc Dc 0,60 0,61 0,62 0,65 0,70 0,77 1,00
m= = 2
S2 D2

K 0,49 0,45 0,42 0,33 0,22 0,13 0,0

S3
b) S3 < S2
S2 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,80 1,000

m 0,616 0,614 0,612 0,610 0,607 0,605 0,601 0,596

K 232 51 18 9,6 5,3 3,1 1,2 (0,48)

Passagem de um reservatório para um conduto: brusca - K = 0,5; arredondada - K = 0,23; bem


desenhada - K ~
= 0.
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NBR 12214/1992 11

- VÁLVULAS PARCIALMENTE ABERTAS. VALORES DE Ks

(V é a velocidade média na seção normal da canalização)

a) Válvulas de gaveta em conduto circular

x x x x
Ks Ks Ks Ks
D D D D

0,181 41,21 0,250 22,68 0,417 6,33 0,583 1,55

0,194 35,36 0,333 11,89 0,458 4,57 0,667 0,77

0,208 31,35 0,375 8,63 0,500 3,27 1,000 0

b) Válvulas de gaveta em conduto retangular

S0 K S0 K S0 K S0 K
S S S S

0,1 193,- 0,4 8,12 0,7 0,95 0,9 0,09

0,2 44,5 0,5 4,02 0,8 0,39 1,0 0,00

0,3 17,8 0,6 2,08

c) Válvulas esféricas

θ° K θ° K θ° K θ° K

0 0 20 1,56 40 17,3 60 206,-

5 0,05 25 3,10 45 31,2 65 486,-

10 0,29 30 5,47 50 52,6 82 ×

15 0,75 35 9,68 55 106,-

d) Válvulas de borboleta

θ° K θ° K θ° K θ° K

0 ~0 20 1,54 40 10,8 60 118,-

5 0,24 25 2,51 45 18,7 65 256,-

10 0,52 30 3,91 50 32,6 70 750,-

15 0,90 35 6,22 55 58,8 90 ×

e) Válvulas de retenção ( S0
S
= 0,535
)
α° K α° K α° K α° K

15 90 30 30 45 9,5 60 3,2

20 62 35 20 50 6,6 65 2,3

25 42 40 14 55 4,6 70 1,7
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12 NBR 12214/1992

- CURVAS A 90º, DE SEÇÃO CIRCULAR. VALORES DE k3

Só aconselhável para pequenos diâmetros (D -0,50 m)


R = Raio da curva em relação ao eixo do conduto
V = Velocidade média

V
m s-1
R 0,60 0,90 1,20 1,50 1,80 2,10 2,40 3,00 3,65 4,60 6,10 9,15 12,20
metros

0,00 1,03 1,14 1,23 1,30 1,36 1,42 1,46 1,54 1,62 1,71 1,84 2,03 2,18
0,08 0,46 0,51 0,55 0,58 0,60 0,63 0,65 0,69 0,72 0,76 0,82 0,90 0,97
0,15 0,31 0,34 0,36 0,38 0,40 0,42 0,43 0,46 0,49 0,51 0,54 0,60 0,65
0,30 0,21 0,23 0,25 0,26 0,28 0,29 0,30 0,31 0,33 0,35 0,37 0,41 0,44
0,60 0,19 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 0,26 0,28 0,29 0,31 0,33 0,36 0,39

0,90 0,18 0,20 0,22 0,23 0,24 0,25 0,26 0,27 0,29 0,30 0,33 0,36 0,39
1,20 0,18 0,20 0,21 0,23 0,23 0,25 0,26 0,27 0,28 0,30 0,32 0,35 0,38
1,50 0,18 0,20 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 0,27 0,28 0,29 0,32 0,35 0,38
1,80 0,18 0,19 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 0,26 0,28 0,29 0,31 0,35 0,37
2,10 0,19 0,21 0,22 0,23 0,24 0,25 0,26 0,28 0,29 0,31 0,33 0,36 0,39

2,40 0,21 0,23 0,25 0,26 0,27 0,28 0,29 0,31 0,32 0,34 0,37 0,41 0,44
3,00 0,26 0,29 0,31 0,32 0,34 0,35 0,36 0,38 0,40 0,42 0,46 0,50 0,54
4,60 0,37 0,41 0,43 0,46 0,48 0,50 0,52 0,55 0,57 0,61 0,65 0,72 0,77
6,10 0,45 0,51 0,54 0,57 0,60 0,62 0,64 0,68 0,72 0,75 0,81 0,90 0,97
7,60 0,50 0,56 0,59 0,63 0,65 0,69 0,71 0,75 0,79 0,83 0,89 0,99 1,06

- CURVAS COM ÂNGULO DIFERENTE DE 90º. VALORES DE Ks PARA TUBOS LISOS E


R~= 2,25 x 105 (NÚMERO DE REYNOLDS)

(Os valores de Ks para R < 1 não são confiáveis.)


D

- FATORES CORRETIVOS PARA APLICAR POR MULTIPLICAÇÃO AOS FATORES DA TABELA ANTERIOR, NO CASO
DE ÂNGULOS DIFERENTES DE 90º

Ângulo: 0° 10° 20° 30° 40° 50° 60° 70° 80° 90° 100° 110° 120°
Fator corretivo 0 0,20 0,38 0,50 0,62 0,73 0,81 0,89 0,95 1,00 1,04 1,09 1,12
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NBR 12214/1992
- CURVAS A 90º, DE SEÇÃO CIRCULAR. VALORES DE Ks

a) Para Re > 2,2 x 105 b) Para 105 < Re < 2,2 x 105

Nota: Os valores de K, para valores de R : D < 1 não são confiáveis. As linhas a cheio representam valores; as linhas a tracejado são resultado de uma interpolação. Os traços verticais cheios representam
os afastamentos médios.

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14 NBR 12214/1992

- CURVAS ESPECIAIS. VALORES DE Ks

Curva
Re a) b) c)

0,5 x 105 0,195 0,140 0,080


0,75 x 105 0,205 0,145 0,115
5
1,0 x 10 0,215 0,165 0,130
1,5 x 105 0,225 0,185 0,135
5
2,0 x 10 0,230 0,190 0,140
2,5 x 105 0,230 0,195 0,140

- CURVAS EM CANTO VIVO. VALORES DE Ks

Ks1 - Coeficiente para tubos lisos


Re = 2,25 x 105
Ks2 - Coeficiente para tubos rugosos (rugosidade relativa igual a 0,0022)

α 5° 10° 15° 22,5° 30° 45° 60° 90°

Ks1 0,016 0,034 0,042 0,066 0,130 0,236 0,471 1,129


Ks2 0,024 0,044 0,062 0,154 0,165 0,320 0,684 1,265

a/D 0,71 0,943 1,174 1,42 1,86 2,56 3,14 4,89 5,59

Ks1 0,507 0,350 0,333 0,261 0,289 0,356 0,346 0,389 0,392
Ks2 0,510 0,415 0,384 0,377 0,390 0,429 0,426 0,455 0,444

a/D 1,186 1,40 1,68 1,86 2,33 2,91 3,49 4,65 6,05

Ks1 0,120 0,125 0,124 0,117 0,096 0,108 0,130 0,148 0,142
Ks2 0,294 0,252 0,266 0,272 0,317 0,317 0,318 0,310 0,313

a/D 1,23 1,44 1,67 1,91 2,37 2,96 4,11 4,70 6,10

Ks1 0,195 0,196 0,150 0,154 0,167 0,172 0,190 0,192 0,201
Ks2 0,347 0,320 0,300 0,300 0,337 0,342 0,354 0,360 0,360

a/D Ks1 Ks2 α a/D Ks1 Ks2

1,23 0,157 0,300 22,5° 1,17 0,112 0,284


1,67 0,156 0,378 30° 1,23 0,150 0,268
2,37 0,143 0,264
3,77 0,160 0,242

Ks1 = 0,108 Ks1 = 0,188 Ks1 = 0,202 Ks1 = 0,400 Ks1 = 0,400
Ks2 = 0,236 Ks2 = 0,320 Ks2 = 0,323 Ks2 = 0,534 Ks2 = 0,601
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- EQUIPAMENTOS. VALORES DE Ks PARA D ¯ 100 mm

Conexões Ks Conexões Ks Conexões Ks


ou Nome Valores ou Nome Valores ou Nome Valores
equipamento extremos equipamento extremos equipamento extremos

Válvula 2,1 Válvula 5,2 Curva a 0,55


de de 45° normal
ângulo 3,1 globo 10,3 com rosca 0,9

Válvula Válvula 0,05 Curva a 90° 0,22


2,9 de em raio grande
em “Y” gaveta 0,19 com rosca 0,60

Válvula Válvula 0,6 Curva a 90° 0,21


de ~
= 15 de normal com
pé retenção 2,3 flange 0,30

Válvula
União 0,02 de 8 Curva a 90° 0,14
retenção
com de de raio grande
0,07 impulso 12 0,23
rosca horizontal com flange

Redução 0,05 Válvula Curva a 45° 0,30


de 65 normal
com (1)
retenção com 0,42
rosca 2,0 esférica 70 rosca

(1) Válidos quando usados como reduções. Multiplicá-los por 1,4 em alargamentos.

Conexões Nome Ks Conexões Nome Ks


ou Valores ou Valores
equipamento extremos equipamento extremos

Entrada 0,62 Curva a 45º de 0,18


(2)
saliente raio grande com 0,20
1,0 flange

T, normal Da linha 0,85 Curva de 0,75


com rosca para retorno
o ramal 1,3 standard 2,2

(3)
Curva de
Do ramal 0,92 retorno 0,38
(4)
para composta
a linha 2,15 por duas curvas 0,25

T, de raio Da linha 0,37 Entrada 0,04


longo para
com rosca o ramal 0,80 arredondada 0,05

Do ramal 0,50 Entrada 0,47


para em aresta
a linha 0,52 viva 0,56

(2) Ks diminui quando aumenta a espessura e se arredondam as extremidades.


(3) Curvas de 90°, normais.
(4) Curvas de 90°, de raio grande.

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