Metabolismo dos AGVs

Butírico: 90% desse AGV é utilizado pela parede do rúmen, estimula o crescimento de suas
papilas.
Propiônico: é utilizado tanto pela parede do rúmen quanto pelo fígado. No rúmen ele é
convertido em lático e no fígado convertido em glicose. Origina de 50 a 75% da glicose do
organismo. Ele não consegue ser convertido em ácidos graxos pois vacas não possuem um tipo
de enzima. Para que o propiônico seja convertido em glicose ele precisa de Co/B¹²
Acético: é o AGV que chega aos tecidos periféricos, ele pode ser convertido em ácidos graxos,
mas nunca em glicose. Quando degradado gera corpos cetônicos.

“Aquecimento” das vacas secas

Em vacas no período pré-parto a alimentação fornecida é rica em butírico para que a
quantidade de papilas no rúmen seja máxima e com isso o aproveitamento do alimento
fornecido durante a lactação seja máximo.

Metabolismo em vacas recém-paridas

Em vacas recém paridas, devido ao estímulo do BST (hormônio de crescimento), existe a
mobilização de ácidos graxos presente no tecido adiposo que serão convertidos em corpos
cetônicos no fígado e o propionato será convertido no fígado em glicose que na glândula
mamária será utilizada na síntese de lactose.

Metabolismo em vacas avançadas

Em vacas avançadas, devido ao estímulo da insulina, propionato e glicose e acético serão
transformados em ácidos graxos, para formar reservas de gordura para a próxima gestação.

Teorias envolvidas na queda do % de gordura no leite

-Teoria da falta do acético: quando existe excesso de concentrado em relação ao volumoso
ocorre redução do pH, o que prejudica a quebra de fibras e consequentemente existe menor
formação de acético e maior formação de propiônico.
-Teoria da insulina:
-Teoria dos ácidos graxos trans: quando o pH do rúmen diminui ocorre maior formação de
ácidos graxos trans, que reduzem a formação de gordura no leite.
-Teoria do Co/Cianocobalamina: a falta desses componentes (que formam a vitamina B¹²)
impedem que o propiônico seja convertido em glicose e consequentemente em lactose.