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E AMARRAS
APOSTILA DE NÓS E AMARRAS
ASSOCIAÇÃO AMAZÔNIA OCIDENTAL
2ª COORDENAÇÃO DE DESBRAVADORES
APRESENTAÇÃO
Sempre MARANATA!
Renilson Gomes
Líder de Desbravadores
Amarrar o sapato, colocar o avental ou a gravata são exemplos do quanto utilizamos os nós
no dia-a-dia.
Um nó nada mais é que um enlaçamento de uma ou mais cordas formando uma massa
uniforme. Quanto mais apertado o nó, mais peso ele poderá suportar.
A corda consiste em um conjunto de fibras torcidas ou trançadas entre si. Ela é usada
principalmente para acampamentos, navegação construção e muitas outras atividades.
2. Tipos de Corda
A corda recebe o nome da espécie da fibra empregada na sua fabricação, podendo ser de
origem animal, vegetal ou sintética.
2.1 - Fibras de Origem Animal: seda, crina e couro.
2.2 - Fibras de Origem Vegetal: sisal, cânhamo, coco, algodão e juta.
2.3 - Fibras de Origem Sintética: náilon, polipropileno e polietileno.
As cordas de origem animal são raras e de uso limitado. As de fibra vegetal são comum e
muito utilizadas. As melhores cordas são feitas de cânhamo, que não é abundante na natureza.
Por isso boa parte das cordas encontradas no mercado é de juta. As cordas de fibras naturais
apresentam algumas desvantagens: quando molhadas, incham, dificultando o desate do nó, além
da tendência de ficarem muito quebradiças, apodrecerem com facilidade, bem como sofrerem a
ação da água do mar. Sol forte e produtos químicos também desgastam esse tipo de corda. Já as
de fibras sintéticas tem alta resistência a tração à tração e boa capacidade de carga; elas
absorvem choques, são resistentes a danos químicos e à co0rrosão provocada por óleos, petróleo
e pela maioria dos solventes. Além disso, por absorverem menos água que as de fibras naturais,
sua resistência tende a ser constante quando molhadas. A principal desvantagens das cordas
sintéticas, porém, é o fato de ser tão lisas que alguns nós se desfazem. Assim, é preciso firmá-
los com uma meia-volta ou dobras adicionais.
Lembre-se: Não use cordas de fibras diferentes juntas, pois somente a mais resistente
funcionará sob tensão.
3.1 - Meada – Passar a corda alternadamente sob os pés e por cima dos joelhos, sempre
no mesmo sentido. Enrolar os dois últimos metros em torno dos anéis de um dos extremos e
arrematar com um nó.
3.2 - Feixe – Seguir o mesmo procedimento da meada, só que no final, deixar corda
suficiente para envolver os anéis de um extremo ao outro. É possível fazer uma alça para
transporte.
3.3 - Anel ou Coroa – Enrolar do mesmo moda que a meada; no final, reservar
aproximadamente dois metros de corda para envolver os anéis em espiral e arrematar com um
nó.
4. Classificação
A palavra nó vem do latim nodos que significa unir. As roupas, na antiguidade, eram presas
por nós até que surgiram os botões, os zíperes e os velcros. Muitos dos nós que hoje utilizamos
já eram usados pelos gregos e romanos, e seu formato tem se preservado em jóias e esculturas.
Apenas para facilitar a compreensão, os nós estão classificados em oito tipos diferentes.
4.1 - NÓS DE PONTAS DE CORDAS: São usados para evitar que a ponta de uma corda
deslize por um orifício ou para amarrar a ponta de um cabo a fim de evitar que ele se desfie.
4.3 - NÓS ENCURTADORES: São usados principalmente para encurtar cabos longos,
também podem ser usados para isolar uma parte do cabo que esteja danificada.
4.5 - VOLTAS: Usadas quando se quer prender uma corda ou um gancho a um poste. Por
suportarem bem a tensão lateral, são utilizadas para atracação e amarração de embarcações.
4.6 - ALÇAS: São semelhantes as voltas, só que as alças são feitas para ser colocadas
sobre um objeto, acompanhando sua forma.
4.7 - EMENDAS: Como o nome já diz serve para emendar as pontas de duas cordas a fim
de formar uma mais longa. Para se obter maior segurança, é preferível que o diâmetro e o tipo
das cordas sejam idênticos.
4.8 - AMARRAS: Apropriadas para se unir barras ou haste. Muito utilizadas para
construir moveis de acampamento.
5.1 - SIMPLES: É empregado para dar nó em ponta de corda, assim evitando que ela se
destorça ou para iniciar outros nós.
5.2 - OITO: É usado para evitar que a corda corra através de um laço, argola ou toro,
razão porque é muito usado a bordo dos navios.
5.3 - NÓ CORREDIÇO: Por ser fácil de se ajustar, esse nó é muito utilizado para
amarrar pacotes e quando se deseja prender amarrar animais a um poste, por exemplo. Pode ser
feito no meio da corda ou na ponta, e quanto mais tensionado for, mais apertado ficará o laço.
5.5 - LAÍS DE GUIA DE CORRER: É usado para içar alguma coisa na água, pois não
solta com o solavanco do barco nem com o balanço da água.
5.6 - CATAU: Empregado para isolar uma parte da corda que esteja danificada, para
encurtar ou esticar um cabo frouxo, ou para isolar numa argola.
5.8 -NÓ DE SANGUE: Tem grande resistência, por isso é usado para unir cordas de
náilon.
5.9 - TURLE: Serve para prender mosca com óleo ao tipé. Não é adequado para anzol
com olhal.
5.11 - CIRURGIÂO PARA PESCA: Útil para unir linhas de tamanho diferente,
aumentando sua resistência.
5.13 - NÓ ÚNICO PARA UNIR LINHAS: É um modo eficiente de ligar as duas partes
de um leader ou tippet. Usado pelos pescadores para pegar grandes peixes com pequenas iscas.
5.14 - VOLTA DO FIEL: Empregado para firmar uma corda no ponto de amarração.
Serve para amarrar as cordas da barraca e para ligar uma estaca a outra.
5.15 - VOLTA DA RIBEIRA: Usado para içar objetos cilíndricos e iniciar a amarra
diagonal
5.17 - FATEIXA: Feito para firmar um cabo numa barra, num arganéu, para amarrações
firmes, para atar as cordas da barraca nas suas estacas, atracar barcos ao caís, etc.
5.19 - PRÚSIK: É empregado para fixar uma ou mais cordas em um cabo. Esse nó pode
escapar se a corda estiver molhada ou congelada.
5.25 - LAÍS DE GUIA DUPLO: Serve para prender o homem do meio numa escalada
onde tem três ou mais pessoas na corda.
5.26 - CADEIRA DE BOMBEIRO: Usado para puxar uma pessoa de dentro de um poço
ou lugar semelhante.
5.27 - DIREITO: Empregado para unir cordas de mesmo diâmetro. Não escorrega e não
aperta facilmente. É muito fácil de desatar. Usamos para amarrar bandagens em primeiros
socorros.
5.35 - MEIA VOLTA MORDIDA: Serve para içar objetos leves numa manobra rápida.
5.36 - GANCHO: Serve para prender com presteza um cabo a qualquer gato fixo ou
aparelho de içar.
5.44 - BALSO DOBRADO: Serve para descer um homem a um paiol invadido pelo fumo,
sendo que ele desmaie pode ser içado com segurança.
5.45 - PUNHO DE ADRIÇA SINGELO: Serve para fixar o chicote de um cabo a uma
amarração fixa.
5.48 - NÓ DE SALTEADOR DUPLO: Utilizado para dar mais segurança que o salteador.
5.49 - OLHO DE PESCADOR: Executa-se dando com o seio duas voltas redondas de
sentidos contrários, que, depois de ligeiramente sobrepostas, se vai passar o seio pela
interseção das voltas e, depois, socá-la convenientemente. Usado para fazer uma alça.
5.50 - VOLTA SINGELA: Serve para segurar um mastro ou antena ao alto, escapelando
no topo do mastro a parte central e servindo de plumas os ramos e os chicotes os quais são
amarrados no convés em distância e direção convenientes.
5.51 - VOLTA DA RIBEIRA E COTE: Útil para segurar um madeiro que se reboca.
5.61 - NÓ DE ARNÊS: Começa-se com um cote direito e faz com que o chicote passe
por baixo dele.
5.62 - BALSO PELO SEIO: Utiliza-se para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho
em uma corda.
5.64 - NÓ TREVO: Este é um nó decorativo, sendo uma variação do nó amor-perfeito. Este não é
um nó seguro, e não suporta nenhuma tensão e desmancha-se com facilidade.
5.66 - NÓ BOCA DE LOBO: Utiliza-se para o içamento de fardos, sacos, barris, etc.
Pode ser feito com alças entrelaçadas.
5.67 - NÓ PATA DE GATO: É usado para fixar um cabo a um gancho, para fazer-se
uma alça provisória em uma corda enganchada.
5.71 - NÓ DE AJUSTE: Serve para unir duas cordas grossas. Se faz como o nó bobo
porém, se arremata a ponta dos cabos com outra corda extra.
5.73 - NÓ DE ESTACHA: Usado para unir cordas grossas. Quanto maior for o número
de cotes maior a resistência. Os cabos são arrematados com cordas mais finas.
5.74 - NÓ DE CAPUCHINHO: É útil para segurar uma corda sem queimar as mãos ou
para facilitar a subida de uma pessoa em um só cabo.
5.77 - NÓ DE CANHÃO: Para segurar fortemente uma corda; se ajusta bem tanto a um
poste como a uma argola; tem grande resistência a tração e não desliza nem afrouxa.
5.78 - VOLTA DO PESCADOR: Se ajusta bem a uma argola tem grande resistência a
tração.
5.79 - NÓ DE ÂNCORA: Serve para atar uma corda ao olho de uma âncora ou às argolas
das barracas.
5.85 - NÓ DIREITO ANDINO: Utiliza-se mais frequentemente para unir duas cordas
da mesma espessura, amarrar ataduras, terminar algumas amarras, etc, por ser um nó fácil de
ser feito.
5.86 - AMARRA QUADRADA: Usada sempre que for necessário unir duas hastes ou
galhos cruzados a um ângulo de 90 graus. Inicie com o volta do fiel.
5.87 - AMARRA DIAGONAL: Usado quando precisa unir duas hastes que estão se
cruzando no formato de um “X” . inicie com o volta da ribeira.
5.88 - AMARRA CONTINUA: Usada para unir uma haste menor a uma haste maior em
ângulo reto. Muito útil para fazer moveis de acampamento.
5.89 – AMARRA PARALELA: Usada para unir vigas paralelas e formar pernas de
sustentação.