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c1P-Brasil Camara fo e Estado — Portugal 2. Educacio — Por- sbastiio José de Ca Melo, Marqués de, 1699-1782 4. Ref tugal’ I 74534 Indices para ci 1. Portugal : Edueapio : Histéria 370.9469 2. Portugal: Instrugio 469 3. Reformas pombalinas : Instruso péblica : Portugal 379.468 Assessor edit Capa e dliagra Produpto ar Os Indice Prefécio Prélogo Capitulo 1 — Capitulo IF — Capitulo I — lo IV — 1 u Iuminismo ¢ Pombalismo ...........0066 25) ‘A Reforma dos Estudos Menores ¢ a Defesa do Regalismo 59 Desenvolvimento da Reforma dos Estudos Menores 99 As Diretrizes da Reforma Universitéria de 1772 ‘i 141 189 193, 231 vil 5 8 Capitulo 11 A Reforma dos Estudos Menores e a Defesa do Regalismo Se trabalhos havia sobre 0 modo de en- uguesa, nem por i850 0 gover sinar as humanidades a0 criar as aulas dificuldades que adviriam 0 inteiro alcance das s do regime. Antes iros sinais precursores do programa de renovacao estivas paginas que o Prof. Hemani Cidade de estudo da reacdo conira o form tanto iloséfico como na esfera dos problemas inteligéncia portuguesa horizontes mais sem procurar diminuir o significado destes manifestagbes, pro remos analisar, dentro dos propésites deste trabalho, dois aconteci- mentos de grande importincia para a reforma dos estudos 1 publicago do Verdadeiro Método de Estudar, de Luiz Antoni lo Novo Método d Latina, da Congregagio do Oratério, Tanto o livo Verney como a nova gramética provocaram uma intensa polémica de que so testemunhos os numerosos trabslhos que, a propésito de jum e de outro livro, entio se escreveram, Verney, especialmente, pelo seu destino singular, ¢ sobretudo pela universalidade do plano de reformagdo pedagégica que tragou e procurou realizar, ocupa nos acontecimentos da vida cultural do século XVII portugués um lugar de merecida distinct. sas, tT s6fica, OB ‘10 dominio’ literrio, as co feetual 6 a hist6ria de um “drama gue talvez encontre agora 0 biégrafo minucioso na apreciacdo dos fatos, justo, com- preensivo e erudito, de que tanto necessita a investig teressada na objetiva apreciago dos fatos referentes ina do século XVIM?, Numa carta ao Pe, Joaquim ivulgada por Inocéncio, alude 0 Barbadinho aos seus ago portuguesa, Toda a sua vida é, ssante de renovagio port fica de que ima do fem seus livros € em sua correspondén- que pretendia escrever, ou que foram e faltou, na hora exata, o apoio finan Embora teham parcialmente sobreviveram entretanto de Foyos, planos de neste sentido, um esforgo guesa, como orgculo® de uma pc que beneticis tas ¢ dest ceiro ¢ moral de qu malogrado os seus propésitos as suas idéias, como, por exemplo, Azevedo Fortes e Jacob de Castro Sarmento; outros mais profundos © sfbios nas suas criticas, como Ribeiro Sanches e 0 Bispo Manuel do Cenéculo Villas Boas; outros ainda mais crteriosos ¢ eruditos no trato de questdes especiais, como An~ tonio Pereira de Figueiredo, Sachetti Barbosa, Domingos Vandel Joo Pereira Ramos de Azevedo Coutinho; ‘nenhum, entretanto, rsalidade do plano concebido © todo de Eztudar, Prot. A. Salgado de Luiz Antonio Verney. As nola éncia, pelo biderafo, na reedigio do i definir a vida inteleen tlaboradas com bene fe Mendonga, pigs. 323 a 408. patério destas ‘ltimas cartas, quase no verdor dos anos. B neste sen ‘Antonio Vemey 6 um pedagogo e, enqu na medida em que o iluminismo é uma forma ccomum de homens que, em atitudes diversas de pensamen- procur! erfei programa de uma reforma sobre os estudos; hé ai da necessidade do desdobramento de uma tarefa pedagégica, reali- zando na ordem prética as diretrizes que o conhecimento das re verdadeiramente a nag Quando apareceu 0 Verdadeiro Método de Es para ser a Reptiblica e @ Igreja: proporcionado ao estilo ¢ necessidade tas pelo RP. +++ ‘0 da Congregagéo de Itdlia ao R.R.P. +++ Doutor da jersidade de Coimbra‘, logo acotreram de todos os ados, indo ot contestando as idéias nele apresentadas, todos os que, ‘ou por simples manifestacio pessoal, ou talvez movidos por ordens superiores, se julgaram obrigados a entrar numa polémica, que se tornon calorosa, e a opor, &s razfies do Barbadinho, as contestagées, que thes pareceram mais justas, Multiplicaram-se os escritos em Portugal e Espanha e somente agora comecaram a aparecer as pri- héis e mais de quarenta escritos, de referéncias em cbras publicadas, cat 0s pormenorizados estudos de questdes trata todo de Estudar®. a repercusso de uma obra por testemunha 0 profundo abalo por cla provocado, Nas dezesseis cartas do Ve Verney, com 0 propésito di zio dos estudos, tanto menores como maiores: as tuguesa ¢ lat afi ‘um vasto programa pedagégico de mostrar 0s prejuizos © defeitos Go até entio existente € de indicar as soluctes ¢ di -onselhiveis, Estas cartas destinavam-se @ propor 0 novo método de estudos que as nagdes mais cultas da Europa praticavam. isco de Pina, em cart ao Marqués de Abrantes, escrevia, em 1752, na Balanca Intelect ‘“Recebemos com um gosto inexplicével as modas de Franca, d lo nos resolvemos a tomar a moda de seus estudos. Somos como o rebanho, que no vai para onde deve ir, senio para onde o levam: e assim entramos nas escolas mais com a semel Foi exatamente aciocinio", amparado pelas luzes da nova que Ver- el a sua vocacdo pedagégica, procurou introduzir em Portuga Método de Estudlar, E todo 2s que apresentou, nenhuma teve, se teferiram ao estudo termédio da lingua ver Jesu / De Ih i Tres* — reformada depois pelo Pe. Antonio Vellez, era redi- 6. Cl. A. Alberto de Andrade, “Bibliografi fases, 2/3, 1949, pgs. 210 Bes da Polémica; ver loc. ¢ rancisco de ‘Real, Lisboa, Oficina de Manuel da Silva, 1752 as portugues ida nos fins do soul XVI, ela se manteve como para o estudo do latim, sem modificagSes outras que nfo as que foram introduzi e. , por todo o século seguinte, As eriticas de Verney & Gramética do Pe, Alvarez exprimem, antes de tudo, uma caracteristica forma de conceber 0 idade. De um modo ger Je se reduzem, Nos seus aspectos essenc de problemas, int es pedag6gicas, peito & peculiar i a opor-se & concepgio que presidiu a feitura da gramética jesultica De ordem pedagogica slo as sugestdes no sentido de que o Latim seja ensinado por intermédio da lingua portuguesa. Fazendo seu 0 que no mesmo sentido precon , no Traité des Etudes, admirou-se Verney da persisténcia de uma pritica que todos as homens de bom juizo condenam: “E coisa digna de admi- ragiio que muitos homens deste reino m_aprender francés, tudesco, italiano, de uma sorte, ¢ o latim de outra muito dife- rente, Aprendem aquelas linguas com um mestre que as fala am- que conhecem, ido, seguir diregio diferente da inguas vivas. Sob certo aspecto, a sugestio de Verney i wecimento do estado de maioridade da lingua por bastante significat por intermédio da lingua formou num dos postes fundamentals de reforma p ores, fora preconizado pelos pedagogos fr Para maiores esclarecimentos, confrontar os passes do Verdadeiro Método de Estudar com as wanserigSes do referido Trait, fetes por A. Sale do Ir, CE. Verdadeiro Método de red, A. Sslgado Jr, Texto ¢ notas 34, 35, 36 ( vol. 1) © pags, 139/40 (carta segunda, Verdadeiro Método de Est Jr, vol. I, PAB. 11, 64 de qi dade. tingue como expresso de conscié lingua, pela forca de seus escritores m dade que a Repiien manistas, n de proble: que soube recor perfeigao das inguas, purgadas pelo passedo, n quadra, Esta vai forma da I E embora aprovasse a adog: deixou entretanto de reprovar tom nem som de vozes estrangeiras endo outras portuguesas tZo boas guas tém indole pr6pri purgando até atingic a perfeicdo, © argumento dos que erigem como regra de vern que se encontra nos ant Porque tratando-se gadas pelo passado, mas que na perfeigo), ¢ desta (da qual no nosso tempo ay “oq Yio teve Verney di- icido conhecimento da la- fos seus escritos de mil pa- te para parecerem erudi- de palavras estrangeiras, no muitos fazem; servir-se sem avras _purament ente Iatinas, 12, Tudo isto porque as e disciplinam & medida que se vio ‘Nesse sentido, vale muito pouco (que ssa idade se vam pur jo reduzindo recen primeira am os velhos, mas ha a re- idade proposta por Luiz Antonio Verney. Do ponto de vista pedagégico, uma das razies que acot havam uma nova orientagdo no estudo do latim era, sem diivida, a redugio dos anos gua ver- nécula, nas condigdes existentes, em tal situagdo, exercia uma fungio dis; \de dos que se destin ie8o Titeréria ©, correlati © estudo da escolas de ‘208 cargos: servia de grau ersitérios, aos quais se reservavam os postos mais elevados da administrags le eclesi estudo lo Jr, vol. Y, pag. 99 65 do latim, por intermédio da lingua portuguesa, reviar a natureza e a duragio dos trabs hoje possa parecer estranho, 0 métedo De Re Logica que, a semelhanga do que se praticava com as I S, ptetendia ensinar uma lingua desconhecida por interr uma lingua conbecids, dentro de sua época, encontra razdes ia simplificar e Ainda que Nao é fora de propésito das instituigbes. edu dos conhecimentos doutos ia de uma formagio, até entio sem deixat ser ttil, atendia aos reclamos de wa que mio alcan- gara ainda 0 Amago das contradig6es da crise a que foi langada, deixava de ser a lingua iquecer-se como ma- De Iingua das escolas que fora ivamente escoléstica de Iingua douta que passou a ser na époc smo, o Iatim se transformou, na consciéncia de um programa es fi a visto dos latina, na su a expressio histérica. Até et gal, como de resto em toda a Europa, o latim era um ins: estudo do letrado, ssofo ¢ do tedlogo. Com Verney seguiram, 0 latim se transformou no ideal de abreviada nos seus processas ¢ adequada na 11a As necessidades novas da cultura lusitana, Nao é sem ropésito que Verney orienta as suas criticas no s 10 ortogréfico, de uma gran do canonist eos que Ih © que, partic tolar © da elogiiénci sista sobre os problemas di sacra, Esta concepgio encont no Verdadeiro Método de Estudar fo, na forma por que o Barbadinho seu ‘anos, a Arte do le com os progressos na vida das escolas portuguesas. Embora sem ser 0 primeiro, 0 golpe de Verney provocou um estrondo igual a um desabar de rui- narias. As paixdes que a sua obra provocou néo per coevos 2 aprecia¢do justa da concepedo que nortecu, dos estudos icos, as suas ctiticas. Entre a época do Pe. Al 0 Método de Estud de progressos se ado: € em nome dk io Verney er} a sua idéia de | ‘0 mundo, las letras humanas ie podemos fixar nos pr da imprensa no meio do dito século) até o fim do século XVI, néo tiveram os ho- mens tempo de cuider em dar método proprio as letras e ci Nio fizeram pouco aqueles primeiros doutos em procurar manusci tos © imprimir as obras dos 38 autores, o mais corretamente que pudesse ser. Achamos alguns no fim do XV ¢ XVI gue for idos & forca de estudo, mas néio de método”¥. Ora, € nente em nome do Método que Luiz At Verney critica a Arte do Pe. Alvarez e 0s demais livros por que se explicavam as diversas partes de seu texto, ao mesmo tempo que, a breve e significativa exposicho de cardter hist6rico, sugere a na nova gramética. Para Verney, foram os graméti- cos do século XVII que verdadeiramente descobriram as causas € igo das partes do discurso, Seguindo as Linguae Latinae, Francisco Sanches, em 1587, no Minerva, realizou o que antes geria 0 seu ilustre predecessor. “Este livro encontrou em Salam: ca, e trouxe pata Roma, nos principios do século passado, o famoso Gaspar Scidppio, Conde de Claravale, de nagio tudesca, aquele mem em letras sagradas e profanas, ¢ que empregou jos gramiticos. O livro de Sanches fez todo 0 efeito que podia esperar-se. Scipio (que nfo costumava dizer bbem daquilo que o nfo merecia, antes pelos seus inimigos ¢ taxado como censor desumano), eedendo A evidéncin das razbes, prosse- fe Sanches: ilustrou ¢ reformou a sua dou- 14. Idem, carta segunda, pig. 50; ed. A, Salgado Jr, vol. 1, pig. 145. 67 trina, © compés a primeira gramética que aparecen segundo os tais, ( 1moso Gerardo Joo Véssio, em mnas e sagradas, explicou ido Sanches e Scidppio, todo, tio encarecido por Verney, se distingue do al- varista pelo manifesto cuidado de simplificar as regras da sintaxe, buscando razBes para ex; por intermédio de prin- de preceitos: “1.9 guas tém a mesma ordem natural de sintaxe; 2.° que a diversi- dade das linguas na sintaxe 6 acidental, ¢ consiste em ocultar algu- mas palavras por elipse, ou em transpé-las por hipérbato, ou em aumenté-las por pleonasmo, e, algumas vezes em suprir com 86 vor virias idéias, ow inventar novas pa versos casos; 3.° que todas as regras gerais ¢ essenciais latina”. Foi esta simplificago que os graméticos do Novo Mé- todo procuraram realizar. Enquanto na Gramética do Pe. Alvarez se contavam 247 regras de sintaxe, Scidppio, na sua Gramdtica Filoséfiea, nfio dé mais do que 115 regras “de sintax excegio nenhuma”", Uma gramética concebida nestes terms, espojada dos versos mneménicos ¢ redigida em port enormemente o estudo do latim. E permitiria a0 a sua inteligéncia d as complicagtes_grama acesso no mundo da latinidade, preocupagio bisica de Verney © dos reformadores que se Ihe seguiram. I por este motivo q tereeira, recomenda 0 Barbadinho, como disci 20 bom entendimento do dade grega ¢ romana, jemey (nfo digo com toda a per porque ro Método de Es ionados por referida m0 no Verdede ioe da nasio, gua morta ndo se chega a saber bem, mas sabé-lo do melhor modo possivel), sem alguma noticia da geografia ¢ cronologia e das antigiiidades, em que entram os costumes, a fébula ete. Quer-nos parecer que esta reforma se compadecia melhor com ligdes sociais da vida portuguesa. A simplificagio do est pela reduedo mais I6gica dos principios de sua gra- nimero 0 ingresso nos que, pela extensdo de seus dominios e tanto necessitava de homens a altura dos seus servigos, nfo seria sem propésito uma reforma que pudesse favorecer a renovacdo de seus quadros, pelo aproveitamente, em maior escala, dos letrados que safssem de suas escolas, Foram estes props organizada pelos padres da Congregacio do Oratério. Iati- u “Na reforma dos estudos em Portugal, diz Teéfilo Braga na sua Histéria da Universidade de Coimbra, os padres da Congre- gacio do Oratério representam um papel andlogo ao dos padres de Port-Royal em Franga; aqui acharam-se em frente dos jesuitas, lutando com vantagem e opondo & Gramdrica do Pe. Alvarez 0 Novo Método da Gramética Latina do Pe. Antonio Percica de Fi- gueiredo, imitada de Lancelot” !, Realmente, foram os oratorianos que, pelas suas escolas, contribuiram poderosamente para solapar © imenso prestigio que, hé quase dois séculos, gozavam os je nos dominios do ensino portugués. Foi nos seus cursos, aos quais comparecia a nobreza sequiosa de novidade e até o préprio rei D. Joo V, que a filosofia moderna encontrou abrigo com uma aula de fisica experimental; foram destes mesmos cursos que surgiram a nova. grat de Figueiredo ¢ a 16 reformada 18. Verne 10; ed. A. Sal 69 vos foram os esforgos e tio meritérios os seus thos que, jd em 1708, obtinha a escola, mantida gregados de Sao Felipe Nery, um privilégio real de que até enti 86 gozavam 0s jesuites: 0 de dispensa dos exames de seus no Colégio das Artes de Coimbra®’, Em 31 de outubro de 1716, confirmava 0 Rei este privilégio que, pela p vez, restringia (© monopélio exercido pelos inacianos: “Eu el-Rei, como Protetor que sou da Universidade de Coimbra etc... Hei por bem escusar do exame de aos estudantes filésofos da dita Congregacio constando por certidio jurada ao Pe. Perfeito da mesma Congre- gagio que foram examinados na forma dos Estatutos da Univer dade, que se haverio por verificados com a dita cestidio, a qu servird pelo se requete para serem admitidos nas Esco- Jas maiores”#, Entretanto, em 17 de outubro de 1724, revogava © Rei, por provisto, esta disposicfo, para, logo a seguir, tomar a soncedé-la, ¢ de uma maneira mais ampla ainda: “E: como Protetor que sou da Universidade de Coimbra etc... Hei por bem declarar que a provisio que mandei expedir em dezessete de outu- bro do ano passado a respeito dos exames de lat compreende os estudantes seculares da Congregagio dos suplican tes (refere-se 8 Congregagdo do Oratério) desta cidade, os quais, porém, fario examinar os ditos estudantes em latim e légica, além de todos os mais exames que costumam fazer por dois Mestres, os quais passardo certid®es juradas da suficiéncia dos examinados, elas referidas certid®es serdo admitidos na sobredita Universidade sem que sejam obrigados a fazer segundo exame, como ordenava na dita provisio”**, E em 27 de novembro de 1725, estendia- se ainda mais a forca desta regalia, por intermédio da proviséo na qual se dispensavam os portadores de certidées de latim € Idgica, passadas pelos padres da Congregacio, de um ano do curso de . MM, pag. 274 lo Braga, ob. cit, pigs. 276 a 278. sofia da Universidade. J4 no reinado de D. José, ¢ de} I entre oratorianos e jesuitas, id escolas oratorianas do Porto ¢ Brag da Congregacio de Sio Felipe Nery, ameacasse seriamente os inte resses da Companhia de Jes ‘monopolizava o en: portugués, E polémica em torno da gramética latina organizada pelos oratorianos. 10 arduo e caloroso foi esse debate que nele viu o historiador Lucio de Azevedo o fator decisive das ulteriores reformas realiz das pelo Marqués de Pombal®. Quando surgiu 0 Novo Método da Gramdtica Latins Dividida em Duas Partes, para Uso das Escolas da Congregagiio do Oratério na Real Casa de Nossa Senhora das Necessidades, os seus autores, no Prélogo, compendiavam cento e vinte erros nas edigies Lisbonense e Eborense da Arte do Pe. Ma- Alv A que pelo “que pertence ar algumas regras ¢ apontar a causa de construcées, tenham entendido os leitores, que se em alguns destes dojs pontos nos apartamos do Pe. Manuel Alvarez, é porque nos parece melhor a dowtrina de Francisco Sanches, de Gaspar SciSppio, de Gerardo Joao Véssio, do Pe. Joao Luiz de La Cerda, de Claudio Laneellote na Arte de Porto Real, e de Técome Peris6nio, ilustrador de Sanches: todos seis graméticos de primeira plang, © nem na cigncia nem na estimago piiblica inferiores a0 Pe, Manuel Alvarez ™. Nao compreenderam da mesma forma as inovagdes os padres da Companhia de Jesus e logo multiplicaram-se os escritos polé- micos em que, a todo transe, procuravam resguardar a autoridade {IIL pégs, 278 « 280, nas ra n0 Registro de Cartas e' Alva se repro- , de ITAL a 1798, da Torre do. Tombo, 24. De acordo com J. Licio de Azevedo, a reforma dos estudos simples ‘conseqilncia de uma querela entze ordens CLO M le a sun Epoca, 2 ed,, Rio-Lishoa, Anvétio do. Bras 922, Cap. X, t. Wl, pigs. 338/42, Em (Boletim LXVIT da Faculdade de i AMP - FE - BIBLIOTECA © © prestigio do insigne mestre quinhe "bes do Prélogo © contestando os erros nele apontados, foram aparecendo contra os me /ersos tons: Sesstio dirigido aos estu- te na Dieta Gramdtica, na sessio terceira se consultou e determinou sobre 2 Novo Método da Gramdtica Latina, que para uso das escolas io, por Philiarco Phe- As novas declinagies; Adverténcias necessérias para a inte- ligéncia do Prélogo; Dejensa Apologética a Arte do Pe Alvarez: Progresso da Academia Gramatical; Papel de me que se passaram envoltas em pretas ldgrimas de penoso to os sentidissimos ais ¢ dolorosos gritos da senhora D. sobre as conclusses as que no Hospital real da Corte se defen deram aos 30 de abril deste ano de 1752. Dado ao piiblico por Papirio Mata Castanho; prezado Teal amante da mesma senkora; ¢, finalmente, 0 mais importante destes documentos, 0 Anti-Prélogo critico, e apologético, no qual & luz das mais claras razdes se mos- tram desvanecidos os erros, descuidos e faltas notdveis, que no in- signe Padre Manuel Alvarez presumiram descobrir os R.R. autores do Novo Método da Gramética Latina, dirigido aos mesmos reve- rendos padres. Nio tardou, porém, a contestagio. Em 1754, sob o pseud6- nimo de Francisco Sanches, aparecia a Defensa do Novo Método da Gramética Latina contra 0 Anti-Prélogo Critico, de autoria do Pe, Antonio Pereira de Figueiredo. Nesta extensa resposta, preva- Jece 0 exame das questOes gramaticais, tratado por uma dialética, na qual o seu autor ora se serve da Gramética do padte jesuita Anto- nio Vellez, para mostrar as lacunas da Arte alvarista, e ora se serve de ambas para, juntamente com os autores mais’ modernos, contestar as razées apresentadas pelos apologistas. Nada se encom. tra, entretanto, neste documento que nos autorize a admitir tenha sido impugnado 0 Novo Método preconizado pelos oratorianos. Ora, € precisamente este método que, do ponto de vista pedagégico, o Yinico aliés que diretamente se relaciona com as preccupacies deste trabalho, marca o aspecto mais expressive deste. primeiro episédio cultural precursor das reformas pombalinas Nao duvidam os metodistas da autoridade do Pe. Manuel Alvarez @ nem mesmo do ilustre reformador da Arte lisbonense, 0 72 tre os livros congéneres do tempo em que foi assim, por deixar de acom; jo do século poster na velha Arte, Que a Companhia de Jesus compreen ymente a necessidade da at icagio da ‘bre gramética, provam-no muito bem os apelos da Congrega- do Provincial de 1603, is se solicitava 20 Geral que se su- escolas 0s versos, a néo ser os referentes A qui bas, que o Pe. Antonio Vellez introduzira na Arte na Congregacio de 1606 era sugerido um exeme de acordo com a no- jos dew o Pe, Francisco Rodrigues, jf se espa- ldade em aprender os preceitos da Arte, fugissem os estudantes para se até que homens igradava a multidio & Régio os seus repa- Apesar das recomendacGes do Geral, que atendiam em boa parte a estes reclamos, nada de pritica se fez que reparasse defci- tos to patentes. E nas escolas portuguesas continuaram a circular as Artes Grande © Pequena do Pe. Manuel Alvarez, na adaptacio pelo Pe, Antonio Vellez. Ora, convenhamos que nfo seria fécil tarefa a defesa de w ra qual jé se tinham levantado as vozes dos prépri idres_ da Companhia em duas congregagSes provinc Tarefa io tendo que defender se- e sua gramética, poderia, em nome deste método e des izar, a0 lado dos autores recentes, 0s préprios Padres lez, nem sempre concordes em suas opinides, contra o que alegavam os apologistas do insigne gramético da posigtio dos metodistas dev: © vantagem sobre os scus comtendores e permitiu-lhes reto: 1.1, vol. I 26, Francisco Rodrigues S. J, ob, ei 2, pigs. 57/58. 73 de que 0 Pe. as expressbes. Figueiredo, di Feijoo ser Portugal te que antes dela ew para a noticia da de sor nds to alheid da indo essa afirmagGo, lembra 0 autor da Te jea os nomes dos autores de Graméticas Latinas que es- creveram antes do aparecimento da Arte jesuitica Ieiro (impressa em Lisboa, em 1516), D. Maximo de Souza (Coim- bra, 1535), Nic jenargo (Braga, 1538), Jerénimo Cardoso (Lisboa, 1557), Fernando Soares (Coimbra, 1557) *, sem propésito lembrar que, na época do Pe, M tradigiio dos estudos latinos em Portugal io das Artes, antes d de Rezende, Jerénimo O: io de Moraes, Diogo Mendes de Vascon- ‘© outros muitos insignes portugueses, uns c outros mais antigos que o Pe, Al Era esta tradico que 0 novo procurado restabelecer por intermédio de um uma informagio mais ampla e re! Néo foi esta a primeira oca: Gramdtica Lisbonense, em contestagbes. O autor 10 da Carta Exortardvia aria de Jesus da Provincia de Portugal 4g6es, pois quando safra em Lisboa, em 1636, Frutuoso Pra, monge bene 7 Gregério de Argaes na Perla de Cal . 464, § 156. "Or iciera escurecer todas tas artes desta matr.*, si no huviera la opo= sicién de la imbidia, y del interes” *, Tdéntica reagio softera 0 mos capazes de sust 29. Kem, née, Exortaidrig oot Coimbra, ed, por M de Tesus da Pro Imp, da Universi ras, dividido em do em 1729, con- irés livros, de Manuel Coelho de Sou tra o qual, de acordo com Barbosa Machado, na Gramatical, de Antonio Fri Feijoo Manuel Monteiro, de 1746, e preservativo da corrupedo da feita com a passada grandeza rese Mais violenta e profunda, porém, por Embora meramente gramatical no seu aspecto extrinseco, a po- em tomo da Gran organizada Real Casa de Nossa Senhora das Necessidades, mal disfarcava a preo- cupagio de conduzir 0 exame das questées em discussio para a erudita esfera em que se debstem os problemas relacionados com © humanismo. Em seu A: fogo afirmaram os apologistas que “neste tempo se no deve reputar por bérbaro © nome Mavors; visto que usando dele freqitentemente Ihe deram foro de Cidadio Romano 0s Poetas do século passado XVII, e presente XVIII. Mas nao assim no século XVI, em que escrevia o Pe, Alvarez ¢ em que mui raro © uso de apreciar as a deixar de causar estupe- que, preocupados com a verdade dos manus. com a cortecio das edi dos problemas da latinidade. dos gra- cos”, que nas suas In TV, Cap. I, § 4, Barbosa Machado, Bi igs. 222/23; ef, ainda jo. de Morais Ma fo Franco”, vl. I, hoje escre causou aquela afi ©, por mais genial que seja, tem suficiente forga para ditar leis ou dar prop: palae vras de uma £ por isso que se impée a0 estudioso da latinidade um seguro e ex porque somente podem dar foro de lat Nio é de estra nna apreciacio da prop! to a autoridade dos as alegacdes ticos moderna: sdade de te lo a todo momen- 108 escritores e, a0 mesmo tempo, seus contendores, provar, tais como V nos exe io, Vavasseur, am os fins propostos se se amparassem © sempre renovada dos progressos © das con quistas da invest de presum tatios do Pe. ado a wi Ivo as emend: z, permanecia quase tal como o d autor. Unicamente © exclusivo zelo apolog: ‘0 pela autoridade exp para os Depois do apareci bonense e Eborens critos de autores cl res de Cicero em q pode saber se eles so genuinos ou viciados intigos nfo hé razdo bastante para The Acerca das edigées foram ta do Novo Método, pi 14 ie. 11 76 que os ct: nos nfo engan fio por que o Pe. Alvarez organizara lca e, por este motivo, nfio causa surpresa 0 estarreci- provocou entre os adeptos da Novo Método: “agora er — dizia, a propé: mnio Pereira de Figueiredo — que obrar em o publicarem com o nome do guarda de Santo Antéo, lum tosco ¢ rude entendimento se faziam sotriveis ta mento que el acabo de ent © quase esquecidos da antiga emu-| mhos proveitos trouxe para os cursos da Companhia os adversirios do Novo Método resistiram, com t no pais as Iuzes de um condigées da cul a fazer do ago intelectual que, por intermédio dos autores clissicos, acomodados 20s i se aos olhos do estudante os horizontes it cultura que se transformara no ideal de uma pedagog todo o Ocider og com 0 nome de Manuel Mendes Muniz, que cra guarda dos no Real Colé Cr. Inoctacio, Dicion cisco Duarte’ 1a foram transformadas, criada com a expulsfio dos jesuitas, nos principios 0 politica pombalina em relagio aos estudos menores. io cristae da sociedade civil justificou o gal estudantes a grandes canseiras. Q método alvarista exigia, para a a adogio de uma pedagogia destinada a substituir as tiplicagio das glosas ¢ comentérios préticas por métodos mais condizentes com as razdes de ul ara pasmo *. Eo judicioso Fran- tica que procurava, dentro da ordem crista, alcancar os objetivos Melo poderia queixar-se dos sete anos perdidos da sociedade civil em que os interesses seculares encontraram, pela cisco de Pina € nas classes de lat dew talvez aquela necessidade primeira vez, quem os traduzisse em termos que melhor se compa- que 0 levou a estudé-lo sem mestre ®, Os comentérios & Arte do deciam com o progresso da cultura e com os fins de v Padre Alvarez por si sés eram suficientes para causar desfinimo a0 civil consciente de seus direitos. Ao suprimir o ensino dos jes so ignrou, sem divide, 0 govern 0 sigifedo do deme en de Bartolomen Rodrigues Chorto, as Anotacées aos Géneros e Pre- que se langou. Jé se faziam ser 8, a8 Anotagdes da Rudimenta Grammaticae, as Margens da res exyuiam na defesa dos interesses pro- acaes Latinas, do Pe. ios de um ensino a secvico da vida paisana, José Soares, © Prontudrio, do Pe. Antonio Franco, e 0s quatro conheceu, em suas raizes remotas ¢ em seus motivos tomos da Arte Explicada, de Too Moraes de Madureira Feijoo, € todo um desdobrar inacabivel de glosas & Gramética do insigne 2. compreensivel que tio imensas dificldades s6 servissem para afastar os estudantes da cogitagio dos problemas mais cleva- dos da latinidade, io — porque a sua l6gica foi das situagbes presentes, que 2 “experi vaco cultural, pelos excessos reaciondrios que provocow, historica- mente, justificava. A ordem civil pombalina, quando be i na totalidade de seus aspectos, € tio distante do ideal como do cismontano: ¢ um cosmos politico que, & sombra do direito civil e canénico vigentes, procura encontrar a equa lo Novo Método tima que melhor corresponda as suas necessidades de sobrevivéncia yenas simples consequléncia das as de reno- 38. Reinos, © via quantidade de cartapicios € Brego © retérica artes que eram necessérias para estudar somente a Gramiética, fiquei pasmado, muito bem o que dissemos. Enganar-se-ia 0 historiador que nela bro que the toquet este ponto, ¢ visse a primeira ou uma das primeiras manifestagbes de Sei ave, silos de nomes e verbos; © nk ria segunda, ed. 1747, pig. 48; ed. A. Salgado Jr. vol. I, pigs : que se abrira na vida educacional portuguesa, Em substincia, i nas classes sete anos © a Alvara de 28 de junho de 1759 nfo tem outro significado tol dels mn casa 9 este: 0 de manter a continuidade de um trabalho pedagégico qu ‘ “ a expulsio dos jesuit ‘a comprometer. insofeivel trabalho de aprend de co 78 79 tradigio desaparecida com o advento do ensino da Cor Jesus. O método para o ensino do lati mesmo recomendado por Vei do Oratério, é fato por si s6 ilustra o sign A reorganizagio das classes de latim, grego ¢ do 0 temeroso cuidado do governo ao afastar das prov qualquer suspeita de uma inovacio, ainda que fosse na esfera de problemas que s6 acidentalmente poderiam ferir os interesses da £8 religiosa, Na I6gica do gabinete de D. J © a experigncia do passado tém forga pat nistrativos. Quo distantes estavam estes homens do pensar politico! Na instituigo dos novos buscar 0 modelo de outros povos diretrizes que a expei 6 recentes parecia justificar. 505, nfio foram eles adiantados, mas sim as portuguesa remota ¢ dos fatos Depois de um predmbulo em que se recapitulam episédios da 8 08 ji alvaré uma geral reforma, mediante a qual se restitua 0 reduzido aos termas simples, claros e de © praticam as nagdes polidas da Europa professor ensinar, por intermédio da nominative até a construcio inclusive, s agora se fez com reprovado e pre rentes classes, se con as obrigagées que, embora a reforma ten com a expulsio dos jesuftas, a ela nfo foram estranhos os prop de uma politica de qualidade, ada a cottigir abusos que 4 ria 0 cargo es, e determina dessas provi- far, sem licenga No que se refere aos livros escolares, recomenda o alvaré gra- aquele que usar serd logo preso para ser dores desta gramética: os de Antonio Franco, J José Soares e, especialmente, 0 comentitio de \ os demais cartapécios utilizados pelos professores. Finalmente, Be 0 alvard que todos os professores gozario dos py nobres, incorporados ne especial julo — De professoribus et med mo Alvard de 28 de junho ivo que norteou a reforma. Nas Instrugdes que acompa de 1759, transparece A preocupagio basica é que os alunos possam e de uma forma que em os que aprendem um desejo de passarem as ciéncias maiores. © método de ensino deve ser breve, claro e faci seja estudado p der os preceitos da tar aprender uma cionam as Instr Rollin, Lamy ¢ Walche. Os alunos se servirdo das graméticas de Antonio Pereita de Figueiredo, enquanto os professores, ao lado de outros livros, devem usar cisco Sanches, a fim de “suprirem na ex; los og preceitos de que Ihe tiver jf dado uma sreviado por que devem aprender”, E em retanto, quando os alunos estiverem adi dos livros condenados. De modo especial, insistem as Insirugdes na uti Para que os estudantes percebendo € til que (5 professores Ihes vio’ dando uma nocio da portuguesa, advertin- 40 41 es para os Professores de 85. Latina, § 4 81 do-thes tudo aquilo, em que tem com a especialmente Ihes ensinario a distinguir os nomes, os verbos, © as s, por que se podem dar a conhecer os casos” #2, Somente depois de conhecidos os preceitos gramaticais, permitira 0 professor fa leitura dos autores clissicos, tendo o cuidado, todavia, de dar aos alunos trechos escolhidos e faceis. Nesse sentido, recomenda a Seleta de Heuzet, professor do Colégio de Beauvais. “Mas como se nfo pode confiar em tais obras tanto como na dos Escritores fantigos que escreveram na sua propria lingua; deve [o professor] preferir a excelente colecio feita em Paris no ano de 1752 por Chompré para uso da mocidade que logo no primeiro tomo recebe de um autor (Suplicio Severo) latino, puro, € catélico, os prinefpios da histéria da religigo em estilo claro € corrente”**, A irtude desta Seleta reside no fato de permitit, & medida que os alu- nos gradativamente vio percocrendo as suas paginas, pasando dos textos mais simples para os mais complexos, que se possam emen- dar as expresses menos latinas, porventura encontradicas nas suas fginas iniciais, pelas mais puras de que se servem os escritores is categorizados. A outra virtude desta cole¢do consiste na possi- lade que ela oferece ao estudante de reconhecer nos trechos, metodicamente escolhidos, os preceitos gramaticais aprendidos nas classes anteriores. A idéia da Seleta de Chompré jé fora preconi- zada por R¢ ‘ama, Cellirio e Walshio. De acordo com as igdes, esta Sel ia ser publicada para uso das escolas vantagens de que colegSes de tal natureza noticia da e da histéria, Todavi em fornecer aos, lunos grande miimero de t través dos textos, o conhe z&los. O que, al ‘e muitos homens do: o estudo d s, depois de terem r ivessem em. < 2 86. 43. Idem, § 8, 0 livro de Chompré & a Sel plaria, 44, Idem, 8 9, 82 bbém se recomenda com Estas pre: lo. metodicam: mentos mais co ela composicio progressiva e io as mesmas que, nas Instrupdes, justificaram a proibi- jo, temas aos alunos, Estes temas devem jimas ‘iteis aos bons costumes, is alternados, para compor em dagio’ dos mesmos seri em classe, Bastante signifi dir a corrupeio da recomenda o alvarii, no deve 0 pois $6 desta for n foi 0 cuidado que teve o legislador (ina, No inicio dos estudos, fessor falar o latim nas classes, de i ‘Todavia, nas classes mais adiantadas, stim sobre temas previamente logos de Luiz Vives, na colegio de pala- vvras familiares portuguesas ¢ latinas, feita por Antonio Pereira de Figueiredo e nos Exercicios da Lingua Latina e Portuguesa, orga- nizados pela Congrega¢o do Oratér Recomendam as instrugées, além das Seletas de Heuzet e de Chompré ¢ as gramiticas de Antonio Pereira de Figueiredo ¢ Anto- nio Felix Mendes, a Ortogratia de Luiz Antonio Verney aos alunos, ¢, aos professores, as obras de Cellério, Dausquio, Aldo Manticio, Schurtzfleischio — “todos, ou —e 08 Diciondrios de Fabro. Tal como decidiram a respeito da Gra- sus comentadores, profbem as Instrugdes “pelo perigo que hé de se imprimir logo nos_primei cheia”**, Do & 1) que a reforma dos estudos grama destinado a pre com a supressio das escolas jesu! 2) que a reforms, toda’ iza como um pro- ina aberta 6g além de procurar suprir quantitative 45, Idem, § 12. 83 essivo desta politica é a jente suubordinado & Coroa res. Este ritos da vida portuguesa, porque representava um deliber no sentido de reviver a bela tradiczo humanista do q que 0 advento das escolas jesuiticas — de acordo coi inguagem do alvaré — ompera, a impos, ao gabinete de D. José I, a © a ttadigdo © a moder- u, dew-lhe 0 necessidade de uma r. nidade, em todos os setores por inicial de uma politica pedagdgic como um program deste momento, foi aos poucos se enriquecendo, po: digdes advindas da nova situacio econémico-social & \de portugues; ‘ tagdo peda jomens de 0s, a refor isava a form: moderada ordem civil, 0 de langar cos, a fim de fazer prevalecer os direitos recusava, 84 8, foi deter- i encontramos apenas e Antor gio pelo a abrevi fator desti do I ado e alcance, exi devidamente apreciado — um amadurecimento nos estudos, ordem que as inteligé ivres dos embaracos de uma cultura formalistica, pudessem aplicar-se a assuntos riais steis, Um dos ivos aspectos da ci XVII, ou melhor, do iluminismo, é vo apogo a de objetivos pr las menores, os tanto necessitay que se praticava € beneficios da Igreja; médico, nos lugares de fi , nos cargos da may irurgido-mor, comissério e dietor 85 Compre outros motivos, m método de gi estava para tazer far as vocacSes para os est tanta forca qui profunda dos ¢: renovacao fo as preocupacd inidade € coisa substincia, 0 objetivo conscientemen inteliggncia dos estudantes para enfr farf de 28 de junho de 1759. teologia, neces: , desde que cons el a0s estudos no s6 do tet ista e do médico. “O test cs Professores de Grego e Hi todo em grego. Os Santos Padres, ‘orpo do Direito no. A filosofia, a elo- mm na Grécia” , Atendendo 4 de 28 de junho que, mento das aulas de de ter um ano levado n todos os concursos ‘areg0, os em conta na das quatro Faculd No estudo do gi a ler primeiro, distingu m os professores ensinar aos alunos as das letras como das sflabas e 46. 7 86 A construgio, Nessa altura, os alu io Lucas, ou os Atos dos Apéstolos ou alguns dos los de Herédoto, de Xenofonte, de Lu- Como livro, recomendam as Inst Royal, traduzi , “onde tem as regras ais claras ¢ mais s m outro qualquer™®, Os izario 0 Dicionério Manual de Screvélio ¢ 0s professores ais copiasos” de Escipula, Carlos Estevio, io, além do Método ss, Xenofonte e Tui 0 latim © portugu fo, Aos mais adi Royal e das melhores dides. Os alunos fardo as no aby Completados estes estudos, passario os alunos as classes de Na reforma dos estudos menores, 0 curso de elogiién: comhecera nas escolas até entio Verne eas que portuguesa, particularmente do pilpito. do mau gosto que imperava na clabor ricos, em todas as suas modalidades. O cuidado de Verney se mani- fe: na critica aos a7 4, 4 idem, 4” $8, se emendare Falo somente do « obras, nas quais se reconhece a vei ididos que a elogiiéncia consiste na afeta e, por esta regra, querendo ser clog afetados nas palavras, pésito nas aplicagdes"® ar, restabelec elogiiéncia a ordem de u B preciso restabelecer esta ‘que © mau método dos estudos das letras humanas ia material dos tropos e figuras, que so ou a sua mi , OW a que merece Pouca consideragio”®, © que, todavia, melhor caractetiza o objetivo deste estudo sem diivida, 0 conceito amplo que da elogiigncia fizeram os legis ladores. J4 Verney, ap © restrito. conceito das cétedras. A a necessidade de nko s6 na vida pil relagées que os homens entre si mantém no trato quotidiano. “Co: fesso, diz V que nos pilpitos e cadeiras faz a retériea gala de todos 0s seus ornamentos; mas nfo se Lamy, se insurgira contra te exclusiva do pilpito e a corresponde adequ: is generalizada da Quintitiano. s, Liv. I, § 15, discute 0 ret6rico latino as s gregos © romanos e ter= 51. Insurupdes para os Professores 52. Verney, ob, do Je, volo, pa. 5 1 ou L'Art de Parler do Pe, ido Ir. Ver Verney, ob. cit, ‘que de savoir persuader. Cet de au si est ipsa bene dicendi scientia, finis ejus et si bene dicere” Foi esta doutrina que prevaleceu nas 1 sores de Retérica: “EB pois a ret6ri mércio dos homens, e no s6 no plllpito ¢ n agina. Nos discursos familiares; nos negécios pi is; em toda ocasiio em que se trata com os homens, 6 preciso conciliarlhes a vontade; ¢ fazer nflo s6 que entendam o que se Ihes diz; mas que se persuadam do que se thes diz ¢ 0 apro- vem", Transparecem aqui aquelas preocupagdes de pér os estu- dos a servigo das utilida indo 0s prejuizos de uma concep- fo destinada a formar nos los 0 gosto formalistico pelas coisas da vida ptiblica e literdria, A setérica deve ser ensinada, deter preceitos das Instituigies de Quintiliano, adaptadas por Lamy a0 uso das escolas. Ao lado deste livro “admirdvel", recomendam-se ainda a Retérica de Aristételes, as obras retéricas de Cicero, 0 Tra- tado do Sublime de Longino e 0s livros dos mwWernos — Véssio, Rollin, Frei Luiz de Granada e outros autores de merecimento *, Depois de explicar os preceitos com clareza e brevidade, passardo 8 professores & andlise das obras dos autores clissicos, servindo-se, nesse sentido, de oragdes escolhidas de Cicero e de Tito Li tal modo que gam os tis géneros de clogiiéncia, ard ainda o professor os diversos est icas, panegfticos, excelente livro de parmente se cos, nas dispu im as Instrugdes, pelos idéncia ue se ensinava nas classes pelos de Soates, de Pomey, © de outrot sociedade dos mesmos 89 Ac lologia devem inspirar a0 professor grandes cui dados. As preocupagées por uma reforma dos fundamentos do es- do da Tatinidade, tio significativas nas obras de Verney e de Antonio Pereira de Figueire: las pedag6, destinadas a amainar 0 possivel entusiasmo que a critica e a filolo no espicito dos estudantes. Estas du lo, que 0 professor ha de diante dos olhos. pirando somente Je todo 0 espitito de contradi¢fo, e maledicéncia” *. “As compo- portugués ¢ lati sobre elogios das grandes figuras e sobre discursos no género de- iberativo e judicial, no que os alunos utilizardo os bons autores e, fessor de fazer ver aos alunos os seus eros, por intermédio do contronto destas composi- ges com 0 modelo utilizado. Nas disputas, zelard o professor pela civilidade que entre si devem guardar os disputantes. Finalmente, deve © professor dar acs alunos “as melhores regras da poesia que com a elogiiéncia, mostrando os exemplos dela em io, Horicio ¢ outros: sem contudo obrigar a fazer vversos, senfio Aqueles em que conhecer gosto ¢ genio para os fazer” *, v A reforma pombalina dos estudos menores, no seu significado soci "rou em Antonio Nunes Ribeiro Sanches nfo s6 0 oréeulo de suas inteng6es, como pretendeu Cemilo®, mas também o intérprete, talvez inconveniente, do plano de secularizagéo das escolas, entio deeretado. Quando Ribeiro Sanches entregou, em Paris, a0 Monsenhor Pedro da Costa de / ‘opiniso pessoal sobre 0 Alvaré de 28 de junho de 1759, sabia pro- quis de Pe 60, Te6filo Braga, na His de Ribeiro Sanches foram enviadas a de Almeids, dicetor geral dos estudos; ef, Teéfilo Braga, ob. cit, pig. 343 90 vavelmente que as conseqiléncias a que chegara nfio poderiam ser ymens que, no governo portugués, hé quase um decénio, iniciaram a politica de recuperacio econdmico-cultural des- tinada a restituir & gente lusitana e grandeza pretérita, Na menta- lidade de Ribeiro Sanches, & situagio de fo que jul aos portugueses. ‘mos compreender que uma obra de tamanho aleance tico como as Cartas sobre a Educagdo da Mocidade, da qual se tirou apenas reduzidissima edicSo de 50 exemplares, toda cla posta nas mfos do embaixador portugués em Paris, pudesse encontrar eco num cuja consciéncia nfio se libertara ainda, como nfo se libertou te o perfodo da administracio pombwlina, da censura dos tri- is sempre prontos a advertir nos escritos os primeiros sinais de “ransigencia” que ferisse, ainda que inadvertidamente, os inte- ‘ou do absolutismo. Embora nfo se conhecam documen- qualquer afinidade entre o pensa- nista das cartas de Ribeiro Sanches © a orienta- Go doutrinaria do pombalismo, ainda que seja nos anos mais dra- miticos da disputa com 0s jesuitas, 0 certo € que estas cartas no eixaram de ter repercussio, pois a cria¢o do Colégio dos Nobres, por élas preconizada, logo encontrou o firme apoio do gabinete de D, José Ninguém melhor do que Ribeiro Sanches soube, no periodo pombalino, justificar os direitos majestéticos da realeza e os inte- esses da otdem civil concebida, nfo sem alguma dose de utopia, como uma sociedade de homens na qual, invocando a divindade, soberano € stiditos, mum corpo civil e sagrado, fizessem um jura- mento de jidelidade. A propésito da extingZo das aulas dos jesuitas e da criagio das classes régins, estende-se Ribeiro Sanches numa série de considera- ias a mostrar o significado da reforma institufda no de junho de 1759*, Apoiado nas obras de Fleury, de ma esses di est das Cart fica que acompasha a edi Almeida ¢ Sa de 1922, a Monte (CE, Does, as. 23 ¢ 24, as pis. 34 Esta faculdade pareceu a Ribeiro Sanches a expresso de um Jegt- imo direito do governo secular ¢ a indagacéo das origens do poder sobre as escolas tiveram os Pont ‘Porque até agora © Jus da Maje mente, a procuran- escolas roma ises, como um i , Tanga ordem civil que ndo repousa sobre 0 nas, agora, 5 fundamentos de um damento € 0 consentimento dos povos e zano, “Mas continua Ribeiro Sanches, © que prometem; cumprizem” ®, Lembrando os antecedentes portugueses que leva- ram a aclamagio de D. Afonso Henriques, no campo de Ourique, e Maximiano Lemos, & tambés Educapio da Mocidade, nov Lemos, Coimbra, Imp. da Ui Cartas sobre a Ee in Cartas sobre « ia © prefaciada pelo Dr. Maximiano CE ob. ¢ los. cit, do mestre de Aviz, em Coimbra, insinua, no sem cautela , médico ilustre que as duas refraga so: “Que a conservacio do Estado civil é a pri 1e cada stidito est4 obrigado a obrar co cle quisera que obrassem com ele”, Desde que se fez este con- sentimento miituo, ou pacto, ficou “na mio do sob poder dos stiditos’ para obrar agtes G0 regré-las por leis, preve ficou no seu poder castigé-les como achasse convenien- te para a sua conservacio” , Nesta ordenacéo racional da ordem politica, 20 stidito se reservaram. os 1) de proptiedade, com obrigasio de entregar ao Estado parte de su: 3 2): da © mundo possa observar visivelmente” “. Dos princfpios de um estado politico assim constituide decorrem ide de todos os tos e a subord istrados™. Ci de um Estado € que en a diversidade, uns com obrigagéo de obedecer, e outros absolutes; uns sujeitos as jus- tigas, e outros sem nenbum Império” . Como sio complexos ¢ os os encargos que pel imp6e-se uma divisfo do trabalho, na qual este jus, sem perda de sua legitimidade, € delegado aos que, no exervicio de fungdes deter nadas, cumprem, numa esfera mais resrta, os deveres de que for a disting ascend dade 93 E dentro desta ordem, ¢ em nome dela, que Ribeiro Sanches no Alvaré de 28 de junho de 1759, o primeiro esforgo no sea- da secularizagfo das escolas portuguesas. Pareceulhe que Ye um ensino, ditigido e mantido pelo poder secular, poderia corresponder cabalmente aos fins da ordem civil. Nos pardgrafos iais de suas cartas, procura o autor demonstrar “que toda a edu- cago que teve a mocidade portuguesa, desde que no reino se fun- daram escolas ¢ universidades, foi meramente eclesiéstica, ou co! forme os ditames dos eclesifstico; e que todo o seu fim foi, ow para conservar o estado eclesidstico, ou para aumenté-lo” %*, Com- preendendo bem o si wefas que a vida social a da época impunha como imperativo da conservagio e do progresso da ordem civil, procura Ribeiro Sanches, em diversos passos Ga sua obra, demonstrar os inconvenientes advindos do fato de esta- rem as escolas sob a tutela do poder religioso ou de serem reguladas tunidades de vida que, terminado o curso, encontraré, percebe logo que mais Util Ihe seré diplomar-se no curso de efinones, pois as suas este Ihe dardo direito aos cargos de magistrado, aos beneficios das ordens militares e dos cabidos, mediante concurso, aos Iugares de pregador, vigirio geral, provisor, promotor de algum bis- ica, para Ribeiro imero dos canonistas é servi-la, e aumenti-la. O Estado serve-se deles porque todas as suas leis esto restritas pelas Leis do Decreto, das Decre~ fe mesmo das Clementinas” . Todavia, o que caracteriza ainda mais o predominio dos interesses religiosos sobre 0s civis, sio as inquirigbes de limpeza de sangue a que estavam sujeitos todos os praduados na Universidade que pretendessem aleancar um cargo pol Nao € apenas 0 ensino maior, na opinido do disci Wve, que esti a servico dos interesses e dos fins dam 94 permitiriam obter 2 monfstica conce- eram tio grandes que a propria nacdo, governada por lei ais express é © com a lembranga das perseguigdes ¢ humilhagdes softidas pelos cristdéos novos, Ribeiro Sanches on razies e invoca autoridades para demonstrar os pi veriam prevalecer na racional reforma de uma ordem civil desti- nada a reforgar 0 tico e, conseqiientemente, 2 dis plinar as aspiragbes seculares da sociedade, de t tudo correspondesse decidamente aos fins do tral e da indistria, 10, do comércio No pensamento politico de Ribeiro Sanches a monarquia por- tuguesa fora até entio “fundada e conservada com a espada”®. Este regime, a seu ver, correspondeu as necessidades do periodo das conquistas, das lutas que se fizeram necessérias a instituigio © con- solidago do reino, mas nfo poderia satis is As condigdes decorrentes do imperative de conservagiio das coldnias © do pro- gresso econémico da monarquia. No lugar da monarquia da espada era preciso pér o Estado do trabalho e da indistrin: “o Estado que tem terras e Iargos dot a Ribeiro Sanches, ¢ que deles hé de tirar a si decretar leis para promover o trabalho e a indéstria, e derrogar ou ab-rogar aquelas dard & familia, e poraue toda com honra e cabedais. igs. 85/6, 7B. Ver, nesses ches, ob cit, pgs. 83 ¢ segs. 80. Idem, pig. 80. 95 que se estabeleceram mister, portanto, ci 10 tempo que adquiriam com a espada”®, a educagio de que necessita 0 novo Estado. ‘Nenhuma coisa, observa Ribeiro Sanches, faz os homens mais anos ¢ mais déceis, © interesse: 0 coméreio traz consigo 2 ordem e a liber m 08 meios ¢ 0 sao ai ervar as conquistas que temos. as mais indissoldveis forgas para sus tado: mas esta vida de lavradores, de nheiros ¢ soldados nfo sé conserva com ‘gos, com imunidades e jurisdigdo civil dos eclesifsticos, com a es- cravidio e a intok Conseqiiente com esta concep- G0, desenvolve 0 autor do Método para Estudar a Me sistema no qual se fazem sent reocupacao predor 0s cuidados de uma reform: escola as condiges novas da vida social e pol que recomenda — 0 ensino de um catecismo rages © das sumérias regras para escrituragio das contas, tudo isto nas escolas de ler e escrever, assim como a redugio do nimero de classes de latim ¢ humanidades, a criagio de um colégio para a nobreza ¢ a reforma da Universidade, que & sugerida nestas pigi- nas — demonstram, de mancira inequivoca, os fins regalistas pot (que distarcava sua concepcio iluminista e burguesa do Estado ¢ da educagéo. Ao Estado, que tem no comércio e na indisttia o fun- damento de sua conservagao e progresso, deve corresponder necessa- riamente um plano de educagio, por intermédio do qual serio for- mados 0s homens capazes de conduzir as forcas do trabalho para os objetivos que melhor satisfacam o interesse do pais. Nao se conser- va o Estado, diz Ribeiro Sanches, “com a educagio de saber ler ¢ eserever, as quatro regras da aritméti por toda a ciéncia do catecismo da doutris 10 (sic) 6cio, dissolugio, montar a cav a caga: 6 necesséria jé outra educago, porqu jor necessidade de stditos instruidos em outro jd no necessita em todos eles aquele animo altivo, gu rando sempre a ser nobre e distinguido, até ser ca sistico” *, a espada preta, jé 0 Fstado tem ihecimentos: BL. Idem, pie. 86, 82. Idem, pis, 100, 83. Idem, pigs. 100/1 traduz, em muitos dos seus passos, opi dos homens que, 0 for 10 do poder real, 0 io esto ais proximas da concepgto teo- jgica dos iluministas do que do teologismo regalista Pereira de Figueiredo, nte o significado do resentes as sugestes eras que Pombal e seus homens encontraram neste livro e trans wram em normas de aco. Se Pombal foi, como pretende An nio Sérgio, o homem de aco da elite estrangeita', Ribeiro Sanches foi talvez quem melho as diretrizes da ideologia iluminista que a situagio portuguesa reclamava. © programa pedagégico de Verney ¢ 0 Novo Método de Gra- Latina dos padres do Oratério forneceram as bases sobre as quais se fez a Reforma dos estudos de 1759. A simplificasio dos estudos do latim, a renovagio do ensino da latinidade e da retérica, fem que pesem os méritos dos esforgos precursores de Verney e dos oratorianos, no se integratiam adequadamente na paisagem lusitana se thes faltassem as oportunas sugestfes de Antonio Ribeiro Sanches. © objetivo do insigne médico nfio era indicar as melhores ugbes para o estudo das Iinguas latina e grega e das hur dades mas “somente de mostrar qual deve ser o fim dessas escol como devem ser dirigidas para serem de utilidade ao Estado’ seus conselhos, como veremos, nfo deixaram de ser ouvidos. M deles constituem, sem diivida, elementos preciosos para a compreen- so adequada das medidas postas em execugio pelo diretor geral dos eda, 84, Antonto Sérgio, Histéria de Portugal, trad, de Barcelona-Buenos Aires,’ Labor, 1929, pg. 156. 85. Cartas para a Educatio da’ Mocidade, pig. 124 Moneva y Puyol, 97

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