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Estudos Doutrinarios 1 PDF
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FOLHETO
N.º
1
1948
Preleções feitas no
CENTRO ESPÍRITA “18 DE ABRIL”
(Sistema didático)
1º período
JANEIRO a JUNHO
2º período
AGOSTO a NOVEMBRO
Interpretação da doutrina
Dando ao público espírita este folheto, que é o primeiro fruto do Centro Espírita
“18 de Abril”, centro ainda novo, desejamos que ele tenha alguma utilidade. É o que
esperamos. Está, finalmente, dada a explicação que compete a DIRETORIA DO
CENTRO ESPÍRITA “18 DE ABRIL”.
Deus
Espírito
Matéria
IMEDIATO MEDIATO
Matéria Substância
Em conseqüência , temos:
II
Tema: MATÉRIA
LIVRO DOS ESPÍRITOS (cap. II nº 21, em confronto com A Gênese(cap. VI, nº 3).
Verificando-se que os fenômenos da natureza não se explicam por si mesmos, isto
é, sem um agente responsável, sem uma causa, em suma, como vimos na exposição
anterior, as modificações da matéria, sua solidez, sua compressibilidade, assim como as
diversas propriedades dos corpos dependem de um elemento invisível, força ou energia,
de cuja existência não podemos duvidar, porquanto os efeitos visíveis estão diante de
nós. (Veja-se A Gênese, de Allan Kardec – “Uranografia geral”, cap. VI). Não
percamos de vista este ponto de orientação: as coisas visíveis explicam as invisíveis.
Exemplo: no funcionamento de qualquer máquina, nós vemos os movimentos das peças,
a engrenagem de todas as suas partes, bem ajustadas, bem combinadas, etc.; mas não
vemos a força que produz o movimento, que dirige o ritmo da máquina. Podemos negar
a existência dessa força? Não, porque estamos diante de seus efeitos; ela, portanto,
depende de uma causa; Conclusão: o funcionamento da máquina, que é apenas efeito,
não se explica por si mesmo, mas pela causa de que se origina.
A matéria, portanto não se explica por si mesma. Ela existe porque antes dela
existe uma causa. Essa lei geral tem aplicação as grandes como as mínimas coisas.
Exemplo: temos aqui na mão, um livro; nós vimos esse livro sair da máquina, vimos
como ele foi feito na oficina, etc.; ,as tido isso é efeito, porque a causa do livro não esta
na máquina. Neste caso, qual a verdadeira causa do livro? A inteligência que o
organizou; ela não sairia da máquina já pronto, já na forma definitiva para ser lido, se
não houvesse, antes dele, uma causa invisível, uma inteligência criadora. Logo, o livro
que está em nossa mão é uma coisa que não se explica por si mesma. Conclusão: existe
o livro porque existe a inteligência que o elaborou. Sem inteligência, que é a causa do
livro, não existiria o livro, porque a máquina por si só, não faria a composição da obra.
A máquina, finalmente não poderia ser, ao mesmo tempo, causa e efeito. Resumo da
questão: nós não vemos a inteligência que elaborou o livro, mas sabemos que existe
essa inteligência, porque estamos vendo o efeito. Como? Olhamos para o livro, vemos
sua organização material, sabemos que ela saiu da máquina impressora, mas logo
verificamos que tudo isso, bem feito, bem distribuído, não pode ser obra do acaso, mas
de uma inteligência. Então pelo visível, que é o livro, nós reconhecemos a existência do
invisível, que é a inteligência criadora do livro. Não conhecemos o autor do livro, mas
sabemos que o livro tem autor. A comparação também se aplica, dentro daquela lei
geral, à compreensão do Universo. Se “nenhuma coisa se explica por si mesma”, o
Universo é efeito e não causa. Seguindo a lei de causalidade, vamos chegar a conclusão
de que é Deus a causa do Universo.
A matéria tem sua parte essencial. ( o que ela é por si mesma) e sua parte
acidental(o que é instável, transitória), o que corresponde a substância e fenômeno.
A matéria apresenta, portanto, duas ordens de realidade: a que se vê e a que não
se vê.
Visível................Fenômeno...............Transformação da
matéria
REALIDADE
Invisível.............Substância...............Constituição íntima,
força
A tinta existe porque existem dois elementos: a água e a substância que lhe dá a
cor vermelha.
Logo, a tinta é um efeito cujas causas estão na água e na substância vermelha.
Nós não vimos a água nem o ingrediente misturado, mas sabemos que esses dois
elementos existem. Então, voltemos ao princípio inicial: o conhecido, isto é, a tinta,
explica o desconhecido, a água e a substância. Mas a água e o ingrediente por si
mesmos não formariam a tinta se não houvesse uma inteligência encarregada de fazer a
combinação química.
IV
CRIAÇÃO DO UNIVERSO