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BNCC e currículo Pautas

_percurso formativo Int introdutórias BNCC e o currículo

_ Como os aspectos em questão


aparecem na BNCC-EI

Foco no planejamento intencional de Eixos estruturantes das práticas


atividades, considerando os direitos pedagógicas: (…) de acordo com as DCNEI,
e os objetivos de aprendizagem e em seu Artigo 9o, os eixos estruturantes das
desenvolvimento: ”Tendo em vista os eixos práticas pedagógicas dessa etapa da Educação
estruturantes das práticas pedagógicas e Básica são as interações e a brincadeira,
as competências gerais da Educação Básica experiências nas quais as crianças podem
propostas pela BNCC, seis direitos de construir e apropriar-se de conhecimentos
aprendizagem e desenvolvimento asseguram, por meio de suas ações e interações
na Educação Infantil, as condições para que com seus pares e com os adultos, o que
as crianças aprendam em situações nas quais possibilita aprendizagens, desenvolvimento
possam desempenhar um papel ativo em e socialização.” (p. 35)
ambientes que as convidem a vivenciar desafios
e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas
quais possam construir significados sobre si, Divisão por grupos etários: ”Reconhecendo
os outros e o mundo social e natural. (...) Essa as especificidades dos diferentes grupos etários
concepção de criança como ser que observa, que constituem a etapa da Educação Infantil, os
questiona, levanta hipóteses, conclui, faz objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
julgamentos e assimila valores e que constrói estão sequencialmente organizados em três
conhecimentos e se apropria do conhecimento grupos por faixa etária, que correspondem,
sistematizado por meio da ação e nas interações aproximadamente, às possibilidades de
com o mundo físico e social não deve resultar aprendizagem e às características do
no confinamento dessas aprendizagens a desenvolvimento das crianças, conforme
um processo de desenvolvimento natural ou indicado na figura a seguir. Todavia, esses
espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade grupos não podem ser considerados de
de imprimir intencionalidade educativa às forma rígida, já que há diferenças de ritmo
práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na aprendizagem e no desenvolvimento das
na creche quanto na pré-escola.” (p. 37 e 38) crianças que precisam ser consideradas na
prática pedagógica.” (p. 44)
“Na Educação Infantil, as aprendizagens
essenciais compreendem tanto
comportamentos, habilidades e conhecimentos As diferentes formas de organização
quanto vivências que promovem aprendizagem do grupo, dos espaços e materiais e a
e desenvolvimento nos diversos campos de documentação pedagógica: ”Parte do
experiências, sempre tomando as interações trabalho do educador é refletir, selecionar,
e a brincadeira como eixos estruturantes. organizar, planejar, mediar e monitorar o
Essas aprendizagens, portanto, conjunto das práticas e interações, garantindo
constituem-se como objetivos de a pluralidade de situações que promovam o
aprendizagem e desenvolvimento.” (p. 44) desenvolvimento pleno das crianças.
Ainda, é preciso acompanhar tanto essas
Campos de experiências: ”Os campos de práticas quanto as aprendizagens das crianças,
experiências constituem um arranjo curricular realizando a observação da trajetória de cada
que acolhe as situações e as experiências criança e de todo o grupo – suas conquistas,
concretas da vida cotidiana das crianças e seus avanços, possibilidades e aprendizagens. Por
saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos meio de diversos registros, feitos em diferentes
que fazem parte do patrimônio cultural.” (p. 40) momentos tanto pelos professores quanto
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pelas crianças (como relatórios, portfólios,


fotografias, desenhos e textos), é possível
evidenciar a progressão ocorrida durante o
período observado, sem intenção de seleção,
promoção ou classificação de crianças em
“aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não
prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se
de reunir elementos para reorganizar tempos,
espaços e situações que garantam os direitos
de aprendizagem de todas as crianças.” (p. 39)

Educação integral: ”Nesse contexto, a BNCC


afirma, de maneira explícita, o seu compromisso
com a educação integral. Reconhece, assim, que
a Educação Básica deve visar à formação e ao
desenvolvimento humano global, o que implica
compreender a complexidade e a não linearidade
desse desenvolvimento, rompendo com visões
reducionistas que privilegiam ou a dimensão
intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva.
Significa, ainda, assumir uma visão plural,
singular e integral da criança, do adolescente,
do jovem e do adulto – considerando-os
como sujeitos de aprendizagem – e promover
uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno,
nas suas singularidades e diversidades. Além
disso, a escola, como espaço de aprendizagem
e de democracia inclusiva, deve se fortalecer
na prática coercitiva de não discriminação,
não preconceito e respeito às diferenças e
diversidades.” (p. 14)

Trabalho com as culturas plurais,


dialogando com a riqueza/diversidade
cultural das famílias e da comunidade:
“para potencializar as aprendizagens e o
desenvolvimento das crianças, a prática
do diálogo e o compartilhamento de
responsabilidades entre a instituição de
Educação Infantil e a família são essenciais.
Além disso, a instituição precisa conhecer e
trabalhar com as culturas plurais, dialogando
com a riqueza/diversidade cultural das famílias
e da comunidade.” (p. 36 e 37). ≈
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aparecem na BNCC-EF

Articulação com experiências da Educação Anos finais - “(...) também é importante


Infantil (valorização das situações fortalecer a autonomia desses adolescentes,
lúdicas): ”A BNCC do Ensino Fundamental – oferecendo-lhes condições e ferramentas para
Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas acessar e interagir criticamente com diferentes
de aprendizagem, aponta para a necessária conhecimentos e fontes de informação.” (p. 60)
articulação com as experiências vivenciadas
na Educação Infantil. Tal articulação precisa
prever tanto a progressiva sistematização Prática escolar coerente com
dessas experiências quanto o desenvolvimento, desenvolvimento: ”Ao longo do Ensino
pelos alunos, de novas formas de relação com Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do
o mundo, novas possibilidades de ler e formular conhecimento ocorre pela consolidação das
hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, aprendizagens anteriores e pela ampliação das
de refutá--las, de elaborar conclusões, em uma práticas de linguagem e da experiência estética
atitude ativa na construção de conhecimentos.” e intercultural das crianças, considerando tanto
(p. 57 e 58) seus interesses e suas expectativas quanto
o que ainda precisam aprender. Ampliam-se
a autonomia intelectual, a compreensão de
Progressão do conhecimento e ampliação normas e os interesses pela vida social, o que
das práticas: ”Ao longo do Ensino Fundamental lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos,
– Anos Iniciais, a progressão do conhecimento que dizem respeito às relações dos sujeitos entre
ocorre pela consolidação das aprendizagens si, com a natureza, com a história, com a cultura,
anteriores e pela ampliação das práticas com as tecnologias e com o ambiente.” (p. 59)
de linguagem e da experiência estética e “Os estudantes dessa fase [Ensino Fundamental
intercultural das crianças, considerando tanto – Anos finais] inserem-se em uma faixa etária
seus interesses e suas expectativas quanto que corresponde à transição entre infância e
o que ainda precisam aprender. Ampliam-se adolescência, marcada por intensas mudanças
a autonomia intelectual, a compreensão de decorrentes de transformações biológicas,
normas e os interesses pela vida social, o que psicológicas, sociais e emocionais. Nesse período
lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, de vida, como bem aponta o Parecer CNE/CEB
que dizem respeito às relações dos sujeitos entre nº 11/2010, ampliam-se os vínculos sociais e
si, com a natureza, com a história, com a cultura, os laços afetivos, as possibilidades intelectuais
com as tecnologias e com o ambiente.” (p. 59) e a capacidade de raciocínios mais abstratos.
Os estudantes tornam-se mais capazes de ver
e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro,
Autonomia: Anos iniciais - ”Nesse
exercendo a capacidade de descentração,
período da vida, as crianças estão vivendo
“importante na construção da autonomia e na
mudanças importantes em seu processo de
aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL,
desenvolvimento que repercutem em suas
2010). As mudanças próprias dessa fase da vida
relações consigo mesmas, com os outros e
implicam a compreensão do adolescente como
com o mundo. Como destacam as DCN, a
sujeito em desenvolvimento, com singularidades
maior desenvoltura e a maior autonomia nos
e formações identitárias e culturais próprias,
movimentos e deslocamentos ampliam suas
que demandam práticas escolares diferenciadas,
interações com o espaço;” (p. 58)
capazes de contemplar suas necessidades e
diferentes modos de inserção social.” (p. 60)
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Linguagens midiáticas e digitais: Educação integral: ”Nesse contexto, a BNCC


“É importante que a instituição escolar afirma, de maneira explícita, o seu compromisso
preserve seu compromisso de estimular a com a educação integral. Reconhece, assim, que
reflexão e a análise aprofundada e contribua a Educação Básica deve visar à formação e ao
para o desenvolvimento, no estudante, de desenvolvimento humano global, o que implica
uma atitude crítica em relação ao conteúdo compreender a complexidade e a não linearidade
e à multiplicidade de ofertas midiáticas e desse desenvolvimento, rompendo com visões
digitais. Contudo, também é imprescindível reducionistas que privilegiam ou a dimensão
que a escola compreenda e incorpore intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva.
mais as novas linguagens e seus modos de Significa, ainda, assumir uma visão plural,
funcionamento, desvendando possibilidades singular e integral da criança, do adolescente,
de comunicação (e também de manipulação), do jovem e do adulto – considerando-os
e que eduque para usos mais democráticos como sujeitos de aprendizagem – e promover
das tecnologias e para uma participação mais uma educação voltada ao seu acolhimento,
consciente na cultura digital. Ao aproveitar reconhecimento e desenvolvimento pleno,
o potencial de comunicação do universo nas suas singularidades e diversidades. Além
digital, a escola pode instituir novos modos disso, a escola, como espaço de aprendizagem
de promover a aprendizagem, a interação e e de democracia inclusiva, deve se fortalecer
o compartilhamento de significados entre na prática coercitiva de não discriminação,
professores e estudantes.” (p. 61) não preconceito e respeito às diferenças e
diversidades.” (p. 14) ≈

Formação integral balizada pelos direitos


humanos e princípios democráticos/
Diálogo entre as diferentes culturas
presentes na comunidade e na escola:
“Além disso, e tendo por base o compromisso
da escola de propiciar uma formação integral,
balizada pelos direitos humanos e princípios
democráticos, é preciso considerar a
necessidade de desnaturalizar qualquer forma
de violência nas sociedades contemporâneas,
incluindo a violência simbólica de grupos sociais
que impõem normas, valores e conhecimentos
tidos como universais e que não estabelecem
diálogo entre as diferentes culturas presentes
na comunidade e na escola.” (p. 61)

Projeto de vida: ”Nessa direção, no Ensino


Fundamental – Anos Finais, a escola pode
contribuir para o delineamento do projeto
de vida dos estudantes, ao estabelecer uma
articulação não somente com os anseios
desses jovens em relação ao seu futuro, como
também com a continuidade dos estudos
no Ensino Médio. Esse processo de reflexão
sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e
de planejamento de ações para construir esse
futuro, pode representar mais uma possibilidade
de desenvolvimento pessoal e social.” (p. 62)

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