Você está na página 1de 148
SISTEMA COC DE ENSINO Diregéo-Geral: Sandro Bonds Direcdo Pedagégica: Zelci C. de Oliveira Direcdo Editorial: Roger Trimer Geréncia pedagégica: Juliano de Melo Costa Geréncia Editorial: Osvaldo Govone Geréncia de Relacionamento: Giovanna Tofano Ouvidoria: Regina Gimenes Conselho Editorial: Juliano de Melo Costa, Osvaldo Govone, Sandro Bonds e Zelci C. de Oliveira PRODUCAO EDITORIAL ‘Autoria: Luiz Eduardo G. Dias Editoria: Ciro Nakashima, Luiz M. Luz, Fabio M. Agostinho tente editorial: Luzia H. Favero F. Lopez fente Administrativo: George R. Baldim Projeto grafico e direcao de arte: Matheus C. Sisdeli Preparacdo de originais: Marisa A. dos Santos e Silva e Sebastido S. Rodrigues Neto Ieonografia e licenciamento de texto: Cristian N. Zaramella, Marcela Pelizaro e Paula de Oliveira Quirino Diagramagao: Adilindia Ribeiro, Daniela E. Oliveira, Edgar M. Oliveira, Lidiane AA, Ribeiro e Rosana C. dos Santos Ilustra¢o: Adiléndia Ribeiro, Saulo Michelin e BFS bureau digital Revisao: Paula G. de Barros Rodrigues, Fabiana Cosenza, Fernanda R. B. Simon, Flavia P. Cruz, Flavio R. Santos, José S. Lara, Leda G. de Almeida e Maria Cecilia R. D. B. Ribeiro Capa: Pedro Gentile Conferéncia e fechamento: Juan M. Baldelomar [ SISTEMA DE ENSINO | aE via Posen Keno, 225 ~ Te (18 32386500 CEP 14065210 Legh ibd Peto SP wotensse conde ario Z Sum CAPITULO 01 + REACOES ORGANICAS Introdugao Alcanos Aromaticos Alcenos Alcadienos ou diolefinas Alcinos Ciclanos Reacées de eliminagao |. Reagdes de oxidagao 10. Reagdes de esterificagéo 11, Reagdo de saponificagéo 12. Reagdo de transesterificacdo ou alcodlise CAPITULO 02 + BIOQUIMICA 1. Lipides ou lipideos 2. Proteinas 3. Carboidratos CAPITULO 03 * POLIMEROS 1. Classificagao 2. Polimeros por adicéo 3. Polimeros por condensacao SeNaakene CAPITULO 04 ¢ PETROLEO 1. Fracionamento 2. Aplicagdes das fragdes do petrdleo 3. Indice de octanos 4. Cracking 5. Hulha CAPITULO 05 * RADIOATIVIDADE Introdugo Descoberta da radioatividade natural Emissées radioativas Leis da radioatividade Cinética das radiagdes Transmutagao nuclear Energia nuclear Soeeenp x 10 13 14 15 18 20 23 29 30 32 34 34 35 35 40 40 a 43 43 44 44 45 45 47 47 47 47 49 49 50 51 EXERCICIOS PROPOSTOS Capitulo 01 Capitulo 02 Capitulo 03 Capitulo 04 Capitulo 05 GABARITO 53 55 93 98 106 113 125 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 1. Introdugdo ‘As substancias orgénicas sofrem processos de transformacao quimica da mesma forma que aquelas classificadas como inorganicas, ou seja, também requerem a quebra ou ci- so das ligacOes existentes nos reagentes ea formacao de novas ligagSes quimicas, geran- do os produtos. Assim, um reagente deter- minado (chamado de “atacante”) atuaré na parte mais instavel do composto organico, causando a quebra da(s) sua(s) ligacdo(des) e formando um novo composto. Logo, de- pendendo da estrutura organica, uma rea- 80 quimica apresentaré um caminho, que & denominado mecanismo de reacao, que melhor e mais rapidamente promoverd o aparecimento de novas substancias. A. Cisées homolitica e heterolitica Os reagentes “atacantes” se comportam numa reagdo de maneira que facilitam a interacdo com o respectivo composto organico. Desse jeito, o mecanismo proposto pode ocorrer se- gundo duas estratégias: + Cisdo homolitica (homélise) — a liga~ 0 quimica do atacante se rompe exatamente “no meio”, promovendo a formacao de duas estruturas neutras denominadas radicais livres. Esses ra- dicais livres, por apresentarem elétrons desemparelhados, atacam estruturas organicas estaveis e, principalmente, saturadas e apolares. Gein) Hee Plow Radical livre Radical livre + Cisdo heterolitica (heterdlise) — a liga- 80 quimica do atacante nao se rompe “no meio”, promovendo a formacio de duas estruturas carregadas eletri- camente, denominadas reagente ele- tréfilo (positive) e reagente nucleéfilo (negativo). Esses reagentes, por apre- Quimica CAPITULO 01 + REAGOES ORGANICAS wi sentarem cargas elétricas, atacam es- truturas organicas que possuem pola- ridade ou mesmo partes estruturais de elevada densidade eletrénica (ligagdes duplas ou triplas). Hee va) ta Reagente | Reagente eletréfilo | nucledfilo, 2. Alcanos 0s alcanos sao hidrocarbonetos alifaticos satu- rados de formula geral: C,H,,.2. S40 conhecidos como parafinas (do latim parum affinis, “pouca afinidade’”, isto é, pouco reativo), porque apre- sentam fraca tendéncia a se combinarem gra- 28 a sua elevada apolaridade. Nos alcanos, existem apenas ligages covalen- tes C-CeC-H, a estrutura dos carbonos é tetraédrica e os Angulos de ligagdo sdo todos de 109°28’, caracteristicas que Ihe conferem grande estabilidade. Vamos recordar alguns alcanos. cH, H,C—CH, Metano Etano (g4s dos pantanos) H,C—CH,—CH, Propano H,C—CH, Butano H H,C—C—CH, Metil-propano on {isobutano) cH, c-¢—¢—cH—cH, du,” OH, 2,2,4-trimetil-pentano {isooctano) Quimica A, Propriedades fisicas dos alcanos O ponto de ebulico aumenta de 20 a 30 °C para cada carbono adicionado & cadeia. Em condigdes ambientes, verificam-se os trés es- tados fisicos: gases (de 1 a 4 carbonos), liqui- dos (de 5a 18 carbonos) e sélidos (mais de 18 carbonos) No caso dos alcanos isémeros, quanto mais ra- mificada a cadeia, mais baixo 0 ponto de ebuli- o, em virtude da diminuigao da superficie de contato entre as moléculas. O ponto de fuso também aumenta com o tamanho da cadeia carbénica, porém esse aumento nao é muito regular como o ponto de ebuligao. Para a densidade, valem praticamente as mes- mas consideragGes feitas para o PE, porém, quanto mais ramificada a cadeia, maior 6 a densidade. Os alcanos so menos densos que a gua, j que as interacdes entre as moléculas so mais fracas, ocasionando maior distancia- mento intermolecular. Sao soliiveis em solven- tes apolares (sdo hidrofébicos), dissolvendo-se em substratos como 0 benzeno, 0 CCl, 0 CS, 0 éter etc. Assim, respeitam a regra basica de solubilidade “semelhante dissolve semelhan- te”, sendo que, nesse caso especifico, pode-se aplicar: apolar dissolve apolar. B. Fontes naturais de alcanos Petréleo Definido como sendo uma mistura de hidro- carbonetos, 0 petréleo é, com certeza, a maior fonte natural de alcanos, caracterizando-se como um liquide escuro, oleoso, constituido de uma variedade muito grande de compostos orginicos, predominando hidrocarbonetos de 1.2 30 (ou até 40) atomos de carbono. Gas natural E outra fonte de alcanos. Sua composi¢ao varia conforme o lugar onde se forma. £ constituido principalmente do CH, (metano). Desprende-se da crosta terrestre nas regides petroliferas, sendo a maior fonte natural de metano. O metano também aparece em pe- quenas quantidades nas minas de carvéo, 0 que constitui sério perigo, pois a sua mistura com 0 ar (chamada grisu), em dada propor- 40, & explosiva, sendo responsavel por ex- plosées catastréficas que, de vez em quando, acontecem em jazidas de carvéo. Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade metano faz parte dos gases intestinais, es- pecialmente dos herbivoros, pois resulta de decomposicao da celulose. C. Reagdes Por apresentarem elevada estabilidade, os alcanos participam de poucas reagées. Ainda assim, elas ocorrem somente em condigées ri- gorosas e normalmente resultam de misturas de produtos. Em virtude, sobretudo, da estrutura da cadeia carb6nica (um “esqueleto” de carbonos rode- ado por dtomos de hidrogénios), as reacdes dos alcanos ocorrem por meio de um ataque via radical livre. No final da reac3o, obtém-se produtos da substituicdo de dtomos de hidro- g6nio do alcano por outros étomos ou grupos de dtomos. E importante observar que o hidrogénio mais facilmente substituvel é 0 ligado ao carbono terciério, e o mais dificilmente substituivel é 0 ligado ao metano. Temos, portanto, a seguinte ordem decres- cente a partir da facilidade de substituicso do hidrogénio: Cuwciio > Crcnsro > Cormiio > CHa Observacdo Com a saida de hidrogénio, verifica-se a for- magao de radicais, que séo derivados de um alcano. A estabilidade de um radical esta re- lacionada com o alcano que 0 originou. Se a facilidade da retirada de dtomos de hidrogénio se coloca pela ordem: terciério > secundério > primério > CH,, da mesma maneira, também se deve colocar a ordem de facilidade de for- mago dos radicais: tercidrio > secundario > primario > - CH, Portanto, quanto mais estavel for um radical, mais facilmente ele seré formado. C.1. Reagao de halogenacao E uma reago de substituicao que, neste caso, ocorre entre alcanos e halogénios, principal- mente cloro e bromo. Verificam-se reagdes com 0 fiior, desde que este se encontre dilul- do com um gés inerte; 0 iodo néo reage. Na reacdo de mono-halogenago com alcanos menores (1 e 2 carbonos na cadeia), pode-se Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica prever o aparecimento de um Unico tipo de produto orgénico. A seguir, é apresentado o meca- nismo completo de substitui¢ao via radical livre durante a cloracao (halogenacao) do metano: +c UM 2 ¢4 - cist homolitica 1 etapa: Cr 28 etapa: HC “|+H+- Cf = H,C ++ Hor 3? etapa: C+ OF-|-Ck = H,C—c8 cre O radical livre Cé - formado na 3? etapa reage com o hidrocarboneto, conforme descrito na tapa. Se for aumentada a proporcao de halogénios, forma-se mistura de mono, di, tr... poli halogénios em alcanos. Na rea¢do com metano e cloro, por exemplo, formar-se-4 uma mistura de derivados clorados do metano. H H | uv, _| Monocloragdo do H—C— H+ cro Me—¢— crs Hey metano | i t Monocloracio do )—G—eH—C— + He cloro metano | H © Monoclorago do dicloro metano ¢ t Monocloragio do. C2—C—\H + CC] —» C2 —C—Cr+ HCE tricloro metano om d Avelocidade das reagdes de halogenacao pode aumentar na presenca de luz solar ou ultravioleta. Jé os alcanos com trés ou mais dtomos de carbono sofrem esta reaco, fornecendo uma mistura de compostos e ocorrendo em maior quantidade a reagio que aconteceu no carbono mais reativo. Exemplos 3 uy lcloro-propano 2-cloro propane HCH) +c, Ye H,C—CH,— CH, + H,C— CH—CH, ST asec | oa) ce oe 45% 55% (produto principal) (formado em maior proporsao) cH, cH, cH, ea_e@ uv I | H,ccH —cH, +00, Hc—cH—cH, + H,C—C—CH, : I I £ o co 36% 64% 1-cloro-2-metil-propano (produto principal) 2-cloro-2 metil-propano 9 coe Quimica C.2, Reagao de nitrac3o Reac3o de alcanos com acido nitrico (HNO, ou HO —NO,). f 1 Laaee ‘° H—C—G-C—H+HO—-NO—*HOH + H,C-C—CH, Pip I Hana 4 2-nitropropano 3. Aromaticos Introdugao Os hidrocarbonetos arométicos sao classifica- dos pela presenca do anel aromatico, sendo 0 benzeno seu representante mais famoso. Seus derivados e outros compostos que a ele se as- semelham também tém suas cadeias caracte- rizadas como aromaticas. Alguns arométicos importantes: © cH, O Benzeno Metil-benzeno (Tolueno) Naftaleno: Antraceno Aestrutura do anel aromatico é apolar (trata- -se de um hidrocarboneto), o que sugestiona- ria um mecanismo de ataque via radical livre. Porém, em funcéo da geometria planar do i clo de seis carbonos (hexdgono plano) e, prin- cipalmente, da ressondncia (os trés pares de elétrons pi conjugados ndo possuem posicbes fixas, movimentando-se livremente ao redor do ciclo), a caracteristica quimica do nucleo aromatico séo as reagdes de substituicdo ele- tr6fila aromética, que consistem na substitui- do de hidrogénio por outros dtomos ou gru- pos de atomos: Cisdo heterolitica Ataque eletrofilo 10 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade A. Reacées A.1. Halogenacao do benzeno O.cloro e 0 bromo na presenga de A/C¢; como catalisador d3o reaco de substitui¢do com © benzeno, sendo que o iodo nao reage com esse hidrocarboneto. H Of seo MEG Mone Benzeno Clorobenzeno (cloreto de fenila) A.2. Nitragdo do benzeno Os hidrocarbonetos aromaticos reagem com mistura sulfonitrica de HNO; (HNO; concentra- do e H,SO, concentrado), formando nitroderi- vados aromaticos. 4 H,S0, No, +Ho—No, “250... 2+ 0 Benzeno Ac. nitrico Nitrobenzeno A.3. Sulfonacéio do benzeno Os hidrocarbonetos arométicos reagem com H,SO, fumegante, com ligeiro aquecimento por meio de reagdo de substituigSo. 4 50, OY Ho 50,4 2 G)-soy+ 0 Acido benzeno sulfénico A.4. Alquilaglo (reacSo de Friedel-Crafts) So reagbes que ocorrem envolvendo hidro- carbonetos aromaticos e haletos orgénicos. Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade AS. Acilago (reago de Friedel-Crafts) Sao reagdes que ocorrem envolvendo hidro- carbonetos aromiticos e haletos de dcido. ° c—cH, +HCE B. Grupamentos dirigentes Quando um composto aromatico sofre o pri- meiro ataque de um agente eletréfilo, devido 2 sua simetria, qualquer uma das seis posicdes gera um Unico e exclusivo produto, e nao ist meros de posicao. Porém, com a presenca de um grupamento substituinte, 0 anel aromati co passa a contar com uma referéncia para as préximas substituigdes que, em funcSo de sua prépria caracteristica estrutural, “dirigira” a en- trada de um préximo grupamento substituinte. Isso se dd em razdo de uma polarizaco das cargas dos atomos do anel em funcao da pre- senca desse grupamento. Assim, cada carbo- no do ciclo apresentard uma caracteristica positiva ou negativa e, como o ataque ocorre via eletréfilo (grupamento positivo), a substi- tuigdo ocorrerd na posi¢ao "negativa" do anel. Dessa maneira, o grupamento organico que estiver ligado ao anel aromatico é quem dirige a entrada de um novo grupamento e recebe 0 nome de grupamento dirigente. Os radicais dirigentes podem ser agrupados em duas classes: B.1, Grupamentos orto-para dirigentes Sao grupamentos que, quando ligados ao ane! aromatico, orientam as substituigées exclusi- vamente para as posi¢des orto (posicdo 2 em relacao ao dirigente) e para (posicao 4 em re- lacdo ao dirigente). Isso ocorre pois os grupamentos dirigentes so preferencialmente estruturas saturadas, situagao que polariza o ciclo, deixando cargas negativas nas posigdes 2, 4 € 6. Quimica Assim, representando os grupamentos dirigen- tes por X, pode ser feita a seguinte exemplifi cacao: ® ® & “© +2a-8—| + +2HB A ® sO) Em termos préticos, os principais grupamen- tos orto--para dirigentes (saturados) sao: -NH; -OH; -R; x grupamentos Halogénios organicos Exemplos a. Monocloragao do tolueno (metil-ben- zeno) Mistura de orto e para clorotalueno b. Mononitragao do tolueno c cH ch, No, 2(G)+2HO — No, —~ + NO, Mistura de orto e para nitrolueno +2H0 Observacao A trinitragao do tolueno produz o trinitroto- lueno (TNT), utilizado como explosivo. cH. cH. No, #50, ON. +3 H,0 +3 HO — No, "0s, NO, nD Quimica Reages organicas, bioquimica e radioatividade 8.2. Grupamentos meta dirigentes Assim, representando os grupamentos diri- So grupamentos que, quando ligados ao anel_ Br ntes Por ¥, pode ser feita a seguinte exem- aromatico, orientam as substituicdes exclusi-. Pi"'“*5#°: vamente para a posigao meta (posicao 3 em ® @ relagdo ao dirigente). +a—8—-(O)] +n ee mann sume OP — OL so preferencialmente estruturas insaturadas, situaco que polariza 0 ciclo, deixando cargas negativas nas posicdes 3 e 5. Em termos praticos, os principais grupamen- tos meta dirigentes (insaturados) sao: eo =No; —S0,4; —c% j-c “Son Exemplo Monocloragao do nitrobenzeno No, No, ACE, O}te-@ SS C. Outras reacées dos aromaticos substituidos C.1. Hidrogenacgao Em razo da grande estabilidade do anel aromatico e da baixa reatividade do reagente, essa reaco é lenta e necessita de elevadas temperatura e pressao para ser realizada. Ainda assim, apresenta baixo rendimento. Catalisadores metélicos finamente divididos, como o niquel, so necessérios para realizar a adsorc3o do gas hidrogénio, facilitando o ataque do reagente. Ni om +3H, co A Metilbenzeno Metilcicloexano Exemplo C.2. Oxidagaio A utilizagao de agentes oxidantes como 0 permanganato em meio Acido (KMn0,/H,S0,) ou di- cromato em meio acido (K,Cr.0,/H,S0,) a quente provoca a oxidacao da cadeia lateral, mas néo afeta 0 anel aromético. A oxidago sempre acorre no carbono ligado ao anel (carbono a). Por meio dessa reacdo, podem ser sintetizados acidos carboxilicos arométicos. Exemplos gig ee Moun", +HC— 7 Hy gH, Se Nou Propilbenzeno Acido benzoico Acido acético cH, 5 0 | Ht a ctc-cH, nou c+ HC-c- cH, HEH? A \ I 2 ‘OH ° Isobutilbenzeno Acido benzoico Acetona coe R Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade C3. Subs ituico na cadeia lateral Os aromaticos substituidos podem sofrer di- ferentes processos de substituigdo em fungao das condigdes de reacdo e da presenca ou ndo de catalisadores apropriados. : : GG Y 4. Alcenos Sao hidrocarbonetos alifaticos insaturados por uma dupla-ligaco e que apresentam férmu- la geral C,H,,. Sdo também conhecidos como olefinas. O alceno mais importante é o eteno (etileno): HW” A. Propriedades fisicas Assemelham-se aos alcanos, sendo insoliveis em solventes polares, so menos densos que a dgua e apresentam baixo ponto de fusio e ebulicao. B. Propriedades quimicas ‘A quimica dos alcenos é a da ligacéo dupla Como a ligagdo dupla consiste em uma liga- Go forte (ligagao sigma) e uma ligagao fraca (ligagdo pi), as reagdes envolvem a quebra da ligagdo fraca. Dessa maneira, os reativos ata- cam preferencialmente tal ligacio, devendo, portanto, apresentar caracteristica positiva (ataque eletréfilo). Consequentemente, seréo abertas duas valéncias, uma em cada carbono da dupla-ligacdo. Assim, as duas partes do rea- gente serdo inseridas na estrutura do compos- to organico e, com isso, essa espécie de reaco 6 denominada reacao de adicio eletrofilica Quimica C. Reagdes C.1, Hidrogenacao catalitica (método de Sabatier-Senderens) E a rea¢do com H,;, na presenca de Ni ou Pd como catalisador. Exemplo HOH eS wi tL cH, +H-H Nc — cH, Eteno 4 Etano € uma adic em que o ataque se dé a0 mes- mo tempo e de um mesmo lado (CIs). .2, Halogenago em alcenos Os alcenos adicionam halogénios, formando di-haletos vicinais. co oF rit HC—¢ = CH, + — ce > HC—C— CH, i H H Propeno 1,2-dicloro-propano Os produtos das reacdes de alcenos com halo- génios sdo de consisténcia oleosa, dai o nome olefina dado a esses hidrocarbonetos. C3, Adi¢&o de halogenidretos (HX) em alcenos Qs alcenos adicionam halogenidretos (HC¢, HBr, HI, HF), formando haletos de alquila. Para © primeiro alceno da série (eteno), segue-se 0 mecanismo tradicional. o i] H,C-=CH, + HOE—~ H,C — CH, Nas estruturas maiores (com 3 ou mais car- bonos na cadeia principal), deve-se utilizar as regras a seguir. a. Regra de Markovnikov Nas reagées de adicéo, a porcao posit va (H") a adicionar dirige-se para o car- bono mais hidrogenado da insaturaco. Exemplo co 4,¢=¢— ch, +H —- Hye C— cH, A i Propeno 2-cloro-propano Quimica b. Regra de Kharasch-Mayo Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Exclusivamente na reago de adi¢o do halogenidreto HBr e na presenca de peréxido or- ganico (R-O-O-R'), ocorre inversao da regra de Markovnikov. Exemplo H,C—C = CH, +H — Br 4 C.4. Hidratagao de alcenos R-0-O-R" H,C—C—C—Br H, 4 L-bromo-propano Sdo reagdes que envolvem um alceno e égua na presenca de catalisador e em meio dcido. ou cH cH, + HoH MH cy, — dy, cH, = CH — CH, + HOH S88" He 5. Alcadienos ou diolefinas So hidrocarbonetos aliféticos insaturados por duas duplas-ligacées, de formula geral C,Ho»-2 S80 também denominados de dienos ou dio- lefinas. A. Classificagao Os alcadienos sao classificados conforme a po- sigdo das duplas-ligagdes. A.1, Alcadienos acumulados Quando as duas duplas esto no mesmo car- bono. Exemplos H,C = C= CH, Propadieno (aleno) H;C =C=CH — CH; Buta-1,2-dieno A.2. Alcadienos conjugados Quando as duas duplas estéo separadas por uma ligacao simples. Exemplos HC=C—C=CH, Buta-t, HOA leno (eritreno) C= CH, 2metbuta-13-en (sopreno) cH, A.3. Alcadienos isolados Quando as duas duplas esto separadas por ‘mais de uma ligagao simples. Ty oH CH, — CH — CH, (Markovnikow) Exemplos H,C= CH — CH, — CH=CH, Penta~ H,C=CH — CH, — CH, — CH=CH, Hexa-1,5-dieno Observaco Os mais importantes alcadienos sao os conju- gados, porque possuem maior estabilidade e grande importancia industrial nO B, Propriedades quimicas dos alcadienos A exemplo dos alcenos, aqui também ocorre reacdo de adicdo eletrofilica. Evidentemente, tendo duas duplas-ligacdes, os dienos daro essas reagées em dobro (parcial e total) quan- do comparadas com os alcenos, sendo a rea- do mais interessante, contudo, a que ocorre com os dienos conjugados através de dois pos- siveis mecanismos, as adigdes 1-2 e 1-4. ae ig ® @ @® @ Aatigio12ndotem nada de extraordindrio, correndo de acordo ‘tradicional de adicdo eletrofica Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica Agrande novidade é o aparecimento da adi¢o 1,4, em que os bromos se ligam nas extremidades ea dupla “pula” para a posigo central. A adi¢ao 1,4 é tipica dos alcadienos conjugados. Porém, 6 claro que a adicao de mais bromo a reacdo sera de adigo total. Exemplo Br Br Br Br H, H, #2Br, > H,C—C—C—CH, HOw Mecanismo da adi¢o 1,4 Eum mecanismo idnico do tipo adicao eletrofilica. Desse modo, a reagdo entre o H,C=CH — CH=CH, @ 0 bromo seré assim explicada: ®@ ® (etapa) r++ br ME Br a CH=CH, +8° = He cH CH @ Ea *- tor HE Br Aqui surge a novidade: os carbonos (3) e (4) tem um excesso de elétrons que é representado pela ligacdo dupla (orbital x). Eles podem, entdo, ceder esse excesso de elétrons em socorro ao carbo- no (2) que ficou positivo (ion de carbénio ou carbocation) e essa movimentacdo da dupla-ligaco denomina-se ressonancia. H.C — CH 7 CH= CH,+—» CH, — CH=CH — CH, i @ \ ® Br Br Com isso, a dupla-ligacdo “pula” para o centro da molécula e o carbono (4) fica positivo. Vocé poderia perguntar: qual a vantagem disso? ‘A vantagem 6 que agora o énus da carga positiva (que nenhum carbono tolera) esté sendo dividido entre os carbonos (2) ¢ (4) e, desse modo, 0 conjunto (hibrido de ressonancia) fica mais estavel. H.C — CH=CH — CH, + Br” —=H,C—CH=CH—CH, i i T Br Br Br 6. Alcinos Sao hidrocarbonetos alifaticos insaturados por uma tripla-ligagdio e que apresentam férmula ge- ral C,Hpy-2- S40 também conhecidos como hidrocarbonetos acetilénicos, por ser o acetileno (eti- no) o alcino de maior importancia comercial. H-C -H Vé além Os alcinos podem ser obtidos de varias maneiras, sendo a mais importante a produgio a partir do ace- tileno (etino) que, por sua vez, é preparado do petrdleo, do gas natural ou do carvao, calcario e dgua. Esse ultimo pracesso (calcario e agua) é especialmente importante por se tornar uma alternativa, dado a0 alto custo operacional de se obté-lo a partir do petréleo. 15 coe Quimica caco,—4~ca9 + cof CaO +3 C+ CaC, + CO ‘al Gna tue (aC, +2 HO —-| cele fale Como 0 acetileno ¢ um combustivel muito exo- ‘térmico, essa ultima reacdo é muito uti espelidlogos, quando eles realizam expedicdes em cavernas. Um pouco de carbureto (carbeto de calcio slido) em contato com a dgua produz grande quantidade do gés combustivel que, ca- nalizado, acende a lanterna acoplada ao capace- te (dai o nome "carburetei H—C=C—H sezlra + Ca(OH), A. Propriedades fisicas Assemelham-se aos alcanos e alcenos, sendo insoluveis em solventes polares, sfo menos densos que a gua e, como as outras classes de hidrocarbonetos, apresentam baixo ponto de fusdo e ebulicdo, tendo aumentado esse valor em razdo do aumento do nimero de ato- mos de carbono na cadeia B, Propriedades quimicas A quimica dos alcinos é a quimica da ligacdo tripla. Aqui, a ligagdo tripla é estruturada por uma ligac3o forte (direcionada, chamada de ligacdo sigma — 8) e duas ligacées fracas (per- pendiculares ao plano e denominadas pi - 7), @, assim, suas reacdes envolvem a quebra des- sas ligagdes mais fracas. Dessa maneira, os al- cinos apresentam maior densidade eletrénica, sendo, portanto, mais reativos que os alcenos correspondentes. Como nos alcenos e nos die- Nos, 0s reativos atacam preferencialmente tais ligag6es, devendo, portanto, apresentar ca- racteristica positiva (ataque eletréfilo). Assim, so abertas duas ou quatro valéncias, depen- dendo da estequiometria da reagio. Com isso, 16 Reages organicas, bioquimica e radioatividade as partes dos reagentes serdo inseridas na estrutura do composto organico e, portanto, esse modelo de reaco também é denomina- do reacao de adicao eletrofilica. 4A—a —= Sec: cae +A—a—=30- 1 habe iene 12adigso—* C. Classificacio Qs alcinos, e consequentemente muitas de suas propriedades, sio dependentes da po- sigdo da ligaco tripla na cadeia carbénica e, em decorréncia disso, séo apresentadas duas classificagées. C.1. Alcinos falsos Nessa classificacao, a ligac3o tripla esté situa- da no interior da cadeia, ou seja, a insaturacdo nunca estaré presente no carbono ntimero 1. Isso acarreta um comportamento tradicional para a ligagdo tripla, isto 6, a estrutura assume um comportamento semelhante ao dos alce- nos nos processos de reacdo de adicao. Exemplos H.C — C= C—CH; But-2-ino H.C -—C=C—C—CH, Hy Pent-2-ino C.2. Alcinos verdadeiros Esse tipo de alcino apresenta a ligaco tri- pla ligada diretamente no carbono situado na extremidade da cadeia (posi¢ao 1). Além do comportamento normal da ligac3o tripla, esse posicionamento acarretaré também um carater acido a estrutura decorrente do fato da existéncia de um dtomo de hidrogénio no mesmo carbono da insaturacdo. Isso explica por que estes alcinos, além da reaco de adi- Gao, também realizam reacdes de substituicio do étomo de hidrogénio terminal Exemplos H-C=C—-H H,C—C=C—H Acetileno Propino H-C=C—C—CH, He But-1-ino Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica D. Reagdes D.1. Hidrogenagdo Ea reacdo com hidrogénio, na presenca de catalisadores. A hidrogenac3o pode ser parcial, pro- duzindo alceno (adigdo cis) ou total, em condigées mais enérgicas, saturando por completo a estrutura, gerando o alcano correspondente. How Ni i Hocac-H +H, Nie H—cac—H ie H—G—CH HH HH Acetileno Etileno Etano D.2. Halogenacao Devido a grande reatividade dos halogénios F,, Cf,, Br, € |; (em razao de sua grande eletronegativi- dade), a adicao desses reagentes deve ser feita com cuidado, pois é dificil de ser controlada. oo med HC HCH CH oe é-C-H ae tino 12-dicloro-eteno 1,1, 2, 2-tetracloro-etano D.3. Adicio de halogenidretos - HX (HC¢, HBr, HI) Essa reacdo desenvolve-se através de duas etapas e, como os radiais (eletr6filo e nucledfilo) sao diferentes, a adigo de haletos com hidrogénio segue a regra de Markovnikov, produzindo no final di-haletos gmeos (os halogénios so adicionados no mesmo carbono). HBr H HAC-C=CH + He Hc-c cH, Hi 6 dc, de he Propino 2-bromo-propeno _2,2-dibromo-propano 0.4, Adigdo de agua Os alcinos reagem com agua na presenca de H;S0., que torna o meio muito acido em fungao da grande disponibilidade de ions H’. Essa reaco daré como produto primario um enol, que, por apre- sentar grande instabilidade, por tautomeria produzird o correspondente composto carbonilico. Essa reacdo também obedece & regra de Markovnikov. + 2 Propino Isopropenol_ _Propanoma (enol) {cetona) Observagao Em decorréncia da regra de Markovnikoy, alcinos verdadeiros ou falsos produzirao cetona, sendo que apenas o acetileno produzira aldeido. E notavel a importancia industrial dessa reacdo, pois a adico de agua no acetileno para a forma- 80 de acetaldefdo (etanal) é 0 primeiro estgio para a produgiio de dcido acético em decorrén- cia de uma segunda etapa de reaco (oxidacao) H—C=C—H + HOH Etino {acetileno) v7 coe Quimica D.5. Rego de substituicso em alcinos verdadeiros Os alcinos verdadeiros reagem com metais fortemente eletropositivos (principalmente 0 sédio metélico) através da reaco de des- locamento do dtomo de hidrogénio radicalar, produzindo derivado do acetileno com extre- midades iGnicas. H.C—C=C—H+Na? > H.C—C=CNa'+%H, Propino Metil-acetileno de sédio Cabe ressaltar que, em funcdo da auséncia do atomo de hidrogénio no carbono da tripla ligago, os alcinos falsos no respondem ao ataque de reagentes metélicos, como o sédio, situagio que constitui um método rapido de identificagao de alcinos verdadeiros. HsC — C = C — CH, + Na® — Nao reage. Alcino falso 7. Ciclanos Os ciclanos, ou cicloalcanos so hidrocarbo- netos ciclicos saturados, cuja férmula geral é C,H:,, também conhecidos como cicloparafi- nas. Os mais importantes ciclanos sao: Ciclopropano Ciclobutano CH, UH, ney MEO weedy me. Ciclopentano Cicloexano Embora a cadeia carbénica seja saturada, os carbonos em cadeia menores ndo apresen- tam a mesma estabilidade encontrada nos correspondentes carbonos saturados dos presentes em cadeia aberta. Isso acarreta comportamentos anémalos em se tratando de reacdes quimicas, situagées que podem ser explicadas por meio da teoria das ten- sdes de Bayer. 18 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade A. Teoria das tensdes de Bayer Em 1885, Adolf von Bayer propés uma teoria para tentar explicar 0 comportamento quimi- co diferente para os ciclanos. Jé era conhecido que 0 Angulo formado por ligagdes simples (carbono saturado) podia ser determinado matematicamente e apresenta- va valor 109°28', estrutura que distribula os quatro ligantes do carbono numa geometria tetraédrica. | 109°28"| -crN CH rNi41 c i Angulo de estabilidade total entre as ligagdes Considerando, entéo, uma estrutura ciclica sa- turada de 3 dtomos de carbono, a disposi¢so espacial em forma de triangulo equildtero pro- pGe um Angulo de ligacdo de 60°. cH. Lo é » HC “CCH, Existe, portanto, uma grande tenso no ciclo e sua tendéncia é de abrir. Assim, pode-se concluir que existe maior facilidade de ocorréncia de uma teago de adigao devido & ruptura do ciclo. Num ciclo de 4 dtomos de carbono saturados, © Angulo formado entre as ligagdes do ciclo & de 90°. H,C-CH, Voc} H,c-"cH, Nesse caso, a tensao é menor e a estabilidade é um pouco maior que a do ciclopropano. Mas a tenso do ciclo continua, o que resulta tam- bém na sua ruptura, fazendo com que 0 ciclo- butano realize reagdo de adiclo. J& num ciclo de 5 étomos de carbono, o angulo formado entre as ligagées internas é de 108°. cH, H.C CH, Vn Hic— cH, Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Praticamente nao ha tensdo no ciclo, dai entao sua grande estabilidade. Porém, mesmo com essa minima tensio, ainda pode ocorrer reacao de adicéo com a ruptura do ciclo em condigées mais energéticas. Nesse caso, as reagdes de substituigSo so mais comuns. Entretanto, a teoria das tenses nao foi satisfa- t6ria para explicar a grande estabilidade dos ci- clos de 6 ou mais dtomos carbono, porque ad- mitia que todos os carbonos do ciclo estavam em um mesmo plano. Sendo assim, haveria com certeza grande instabilidade na estrutura, Assim, no cicloexano, se os seis atomos esti- vessem no mesmo plano, o angulo formado entre as ligacdes internas seria de 120° e, nor- malmente, haveria grande tensao no ciclo, 0 que resultaria em reaco de adi¢o com ruptu- ra da cadeia fechada. A partir do ciclo de 6 atomos de carbono, a medida que aumentasse 0 ntimero de dtomos de carbono no ciclo, deveria diminuir sua esta- bilidade, pois aumentaria a tensdo, o que esta em desacordo com o verificado na pratica, pois estes ciclos apresentam-se de forma mui- to estdvel, realizando reagdes de substituigdo. B. Teoria de Sachse-Mohr Em 1890, Sachse admitiu que, nos ciclos de 6, 7 ou mais dtomos de carbonos saturados, es- ses nao esto dispostos em um mesmo plano e, sendo assim, o ciclo pode ser constituido sem tenses. De fato, com 0 auxilio dos mode- los de atomos de carbono, podem-se construir hexaciclos, heptaciclos etc., e verificar que os dtomos de carbono se distribuem em diversos planos e o ciclo no apresenta tensdo alguma Sachse admitiu em sua teoria que, num ciclo com seis dtomos de carbono, os dtomos po- dem se dispor espacialmente de duas formas diferentes, sempre respeitando a distancia de 109°28'entre as ligacBes. mB cicloexano nas duas formas: barco e cadeira bq Barco Cadeira 19 Quimica Com a teoria de Sachse, aventou-se a possi- bililidade das duas formas apresentadas se- rem na verdade dois compostos diferentes, fazendo papéis de isémeros de cadeia. Mas, experimentalmente, 0 cicloexano nao apre- sentava variagdes em suas propriedades em decorréncia das formas espacias propostas pela teoria Mohr, com 0 auxilio de modelos atémicos, conseguiu provar que as formas de barco e ca- deira se interconvertem facilmente através de uma torcdo no ciclo. Assim, foi admitido que, no cicloexano, as moléculas dispostadas na forma cadeira esto continuamente se conver- tendo na forma barco, e vice-versa, impossibi litando 0 isolamento de uma das formas, que seria um isémero. Portanto, os ciclos saturados com 6 ou mais carbonos sao muito estdveis, nao existindo rup- tura de seu ciclo em funco da nao existéncia de tenses entre as ligagdes internas. Dai, seus compostos realizarem exclusivamente reagbes de substituigao. cH, ho H ne Sl I 1 ce Hel CH, cK; Cicloexano Cloro ciclo hexano C. Reagées C.1. Hidrogenagao Devido a sua grande instabilidade, os cicla- nos com trés dtomos de carbono no ciclo adicionam hidrogénio em temperaturas re- lativamente baixas (120 °C) na presenga de niquel como catalisador. Os ciclos com quatro e cinco étomos de carbono também adicio- nam hidrogénio, na presenca de néquel, em temperaturas um pouco mais altas devido a suas maiores estabilidades (200 °C e 300 °C, respectivamente). Porém, os ciclanos com 6 ou mais atomos de carbono nao adicionam hidrogénio em suas estruturas, pois reagem preferencialmente por substitui¢do. Quimica Reages organicas, bioquimica e radioatividade Exemplos C.3. Reago com halogenidretos ete om H.C-cH, +H Ciclopropano HC = CH, 2 Look + He H.C — CH, oH Br Ciclobutano cH HC TH+ HBr a ee Hie—ch, Ho-GH th Nao ocorre, i ea Ciclopentano Pentano + HBr——= Nao ocorre. cH, He* cH, f |) + H—H —— Nao ocorre. & HCL CH, cH, maiores so mais estaveis, essas reades nao ocorrerdo, pois os haloge- nidretos sofrem cisdo heterogénea, produzin- do agentes eletréfilos e nucledfilos. £ como os Essas reagdes seguem 0 mesmo mecanismo — ciclanos com muitos atomos de carbono sdo das reacdes de hidrogenacao (ocorrem adi- _estruturas estaveis (cadelas saturadas, muito g6es dos halogénios em razdo da ruptura do _apolares e angulacdo de 109°28"), sdo neces- Ciclo). $6 que, nesse caso, também os ciclos _sérios radicais livres para a ocorréncia das rea- maiores responderdo positivamente ao ata- des de substituicdo. que dos radicais livres em razdo da grande rea- tividade dos halogénios, porém, sendo substi g. Reacdes de eliminacao tuidos, e nao adicionados. €.2. Halogenacao As reagdes de eliminacdo ocorrem a partir da perda de parte da estrutura do compos- to orgénico em funcao da forte interacao que ocorre intermolecularmente ou mesmo den- tro da prépria molécula. Os casos mais co- muns ocorrem com dlcoois, haletos organicos € dcidos carboxilicos. A. Desidratacao de Alcoois Por apresentar em sua estrutura um grupa- ‘mento OH, os dlcoois podem sofrer dois tipos de desidratacao. A.1. Desidratago intramolecular Nesse processo, ocorre a saida de uma molé- cula de agua a partir de uma nica molécula de dlcool, onde o grupo ~ OH se une a um hi drogénio vicinal, gerando duas valéncias livres que, para serem estabilizadas, se unem, pro- movendo a formacao de um alceno. Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica Esse processo necessita de catalisadores fortemente higroscépicos (H,S0, ou A/,0,) que ajudam na saida da molécula de gua, de aquecimento de até 170°C. Exemplo Em dlcoois de cadeias carbénicas maiores, a facilidade de desidratagio sera maior nos élcoois tercidrios, depois nos secundérios e, por ultimo, nos primarios. Isso se deve a uma maior estabili- dade do carbocation formado na cisao heterolitica que ocorre no carbono que possuia a hidroxila (-OH). Estruturalmente, se 0 carbono do grupo funcional for tercidrio, o numero de grupos alquila pre- sentes ao seu redor é maior, situaco que possibilita maior capacidade de doacao de elétrons, 0 que dispersa sua carga, tornando 0 carbocation de um carbono tercidrio mais estavel Aico! tercidrio > alcool secundario > dlcool primario Observacdo Os dlcovis sd0 classificados conforme o tipo de carbono no qual estd ligado 0 grupo funcional (OH). Assim, um alcool primdrio tem seu grupo funcional ligado em carbono primério, um 4lcool secundario tem seu grupo funcional ligado em carbono secundério e um alcool tercidrio tem seu grupo funcional ligado em carbono terciario. Quando houver a possibilidade de formar mais de um alceno, seré mais estavel o isémero que se forma em maior quantidade. Essa determinacdo de estabilidade é feita levando-se em consi deracdo 0 maior niimero de radicais organicos ligados aos atomos de carbono da dupla-ligacao. Rif CR, > R:C = CHR > R,C= CH, > RCH = CHR > RCH= CH, Estabilidade dos alcenos Exemplo cH. H,SO, - CH—CH— CH, —2—*~ CH,—CH = CH —CH, + CH,— CH,— CH= CH, + H,O L. | 7 100°C ow ADH Produto principal Saytzeff propés a seguinte regra para as desidratacdes intramoleculares ~ "Na desidratago intra- molecular de um Alcool, formar-se-4 o alceno mais estvel" Mas, podemos reproduzi-la da seguinte maneira: Na desidratacao intramolecular de um alcool, retira-se o hidrogénio do tomo de carbono vicinal menos hidrogenado. Exemplo CH= CH—CH, + H,0 Carbono menos hidrogenado 21 coe Quimica Reages organicas, bioquimica e radioatividade A.2. Desidratagao intermolecular Aqui, ocorre a saida de uma molécula de gua a partir da relac3o entre duas moléculas de 4lcool, pois, nesse caso, levam-se em consideracao as fortes interacdes intermoleculares do tipo liga- a0 de hidrogénio. A presenca de catalisadores fortemente higroscépicos (H,SO, ou Af,0;) ajuda na saida da molécula de 4gua, ocorrendo um aquecimento menor (140 °C) que o imposto nas desidratages intramoleculares. Sugestdo: logicamente, para uma eliminago intermolecular de Alcovis, a ordem de reatividade se inverte, assim: dlcool primério > secundario > tercidrio Da unigo de duas moléculas de élcool, hé formacao de uma molécula de éter. Exemplo \ OH’ H,SO, + t+ H,0 + H,c—c—0—c—cH H,c—C—oH 1aoec” 2° * H.C~E OCH, aes h hb g Etéxi-etano Resumidamente Desidratagao intramolecular “alceno Desidratacio intermolecular “éter B. Eliminac3o de HC/, HBr e HI de haletos organicos (desidrohalogenacao) Sdo reagées de eliminacao de grupos atémicos que ocorrem intramolecularmente, quando ha- letos organicos so solubilizados em solugao alcodlica de KOH. Essas reacdes, como nos dlcoois, produzem duas valéncias livres em carbonos vizinhos, o que faz com que sejam produzidos os correspondentes alcenos em razio da formacao de uma dupla-ligacao. KOH, isle CH= CH,+ HBr Para cadeias carb6nicas maiores, situagdes em que se pode obter mais de um alceno, ser respei- tada a regra de Saytzeff, ou seja, 0 hidrogénio tercidrio tem prioridade sobre os demais tipos de hidrogénio. Em seguida, temos o hidrogénio secundério e o primério nessa ordem. Exemplo KOH, Wel CH.—CH=CH—CH,+ HBr Carbono menos hidrogenado C. Desidratacao de acidos carboxilicos Existem fortes relacdes intermoleculares entre os cidos carboxilicos (ligagdes de hidrogénio), 0 que possibilita, em razdo da presenca de desidratantes, como HzSO., HsPOx ou P:Os, a formacao de anidridos de dcido pela saida de uma molécula de agua. Exemplo HO, P CCH, H,0 + HCC, I ,0 + H,C—C yo lo acético HC—G eoe 2 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica 9. Reagées de oxidagao ‘As reacGes de oxidacao na quimica organica seguem os mesmos conceitos aplicados na fisico-qui- mica, ou seja, so processos que se desenvolvem verificando-se a variagao do nimero de oxidaco de alguns elementos quimicos, sendo que, nesse caso, séo evidenciados pelo elemento carbono. Na oxidagdo, a variacaio do ntimero de oxida¢ao se dé em razSo da perda e do consequente ganho de elétrons. Dessa forma, quando um elemento perde elétron, tem aumentado seu numero de oxi- dago. Na quimica organica, podemos generalizar dizendo que a entrada de dtomos de oxigénio (ou mesmo o aumento do ntimero de ligacao de oxigénio com a cadeia) na cadeia serve como sindnimo de reagdo de oxidacao do carbono envolvido e, consequentemente, de toda a estrutura. Exemplo. Hc H, + H,0—=H,C —CH,—OH 2? Oxidaga0 @ rebra das ligagdes Pi) A. Oxidagdo em alcenos A.1. Oxidacao branda de alcenos Os alcenos so oxidados pelo KMnO, (permanganato de potéssio) em meio basico (NaHCO; ou Na,CO,) ou em meio neutro, formando didlcoois vicinais denominados glicdis. O oxidante brando mais usado é o KMnO,/NaHCO;, conhecido como reativo de Bayer. Em meio alcalino, o KMnO, é um oxidante brando, dando-se a seguinte reagio: Base 2KMn0, + H,0 895° ~ 2 kMn0, + 2 KOH + 3 [0] Oxigénio nascente ou atémico que faz a oxidagio. Exemplo de oxidacdo branda de alcenos: OH OH kwno, ff cH, + [0] +HOH —__*. H.C — CH, Eteno HCO, Etanodiol (etileno) (glicol comum) Importante Em funcdo da cor violeta da solugéo de KMnO,, a reacao de Bayer pode ser aplicada para se dis- tinguir um alceno do ciclano isémero; com KMnO, em meio alcalino, o ciclano ndo reage. me Descorando = Propeno (Wolets) Ngo descorando —» Ciclopropano Propeno ou ciclopropano A.2. OzonGlise de alcenos E areacdo com oz6nio (0s), formando ozonetos ou ozonideos, seguida por hidrdlise (quebra pela 4gua) do ozoneto formado, o que permite a obtencdo de aldeido e/ou cetona com formacao de peréxido de hidrogénio. 0 produto obtido depende do tipo de cada carbono que faz a ligacao dupla + Se ambos os carbonos que fazem a ligagao dupla forem primérios ou secundérios, obtere- mos apenas aldeidos. + Se ambos os carbonos que fazem a ligacdo dupla forem tercidrios, obteremos apenas cetonas. * Se um dos carbonos que fazem a ligaco dupla for primario ou secundério e 0 outro tercidrio, obteremos uma mistura de aldeido e cetona. 23 eoe Quimica Reages organicas, bioquimica e radioatividade Veja os exemplos abaixo. Exemplo 1. Ozondlise do 2-metil-but- eno (produz uma mistura de aldeido e cetona). 0-0 727 enc = emo, k oy ° Here of cen Bence? ene—t oye, ene , es Ozoneto” Aldeido (etanal) Cetona (propanona) Exemplo 2. Ozondlise do but-2-eno (produz apenas aldeido) H,0 o CH CH= CH—CH,#0,-2 + 2CH-C + H,0, IS bt Osan HQ THO Exemplo 3. Ozondlise do 2,3-dimetil-but-2-eno (produz apenas cetona). Observacao Para se evitar a oxidagdo do aldefdo pela dgua oxigenada, deve-se utilizar zinco na reagéo. A oz0- nélise caracteriza-se pela seletividade de nao produzir dcidos carboxilicos. Aplicagao da ozonélise Além de ser um método muito utilizado para a produgio de aldefdos e cetonas, a ozondlise pode ser utilizada para a determinacdo da posi¢3o da dupla-ligacdo na molécula do alceno. Para isso, basta proceder da seguinte maneira: Eliminam-se os dtomos de oxigénio das duas moléculas resultantes e unem-se os carbonos dos respectivos grupos funcionais das estruturas por meio de uma dupla-ligacao. Alceno “70NO™S® yc sie ye wt Ozonélise Ci -£-01,sH9, Sw da, VY Oalceno é, portanto: H,C — © —CH, 2-metil-2-buteno i HCH, A.3. Oxidacao enérgica de alcenos (quebra das ligades sigma e pi) Na oxidago enérgica de alcenos, sao utilizados como agentes oxidantes: KMnO,/H,SO, ou K,Cr,0,/H,SO,. Esses dois sais, em presenca de dcido sulfurico concentrado, produzem oxigénio nascente [0], responsdvel pela oxida¢o do alceno. 2KMnO, + 3 H,SO, “= K,SO,+2 MnSO,+3 HO + 5 [0] (Violeta) {incolor) Oxigénio atémico que faz a oxidacao. Um alceno, quando submetido a um oxidante energético, sofre oxida¢do com ruptura da dupla- -ligagao, podendo haver formacao de dcidos carboxilicos, cetonas ou gas carbénico. eoe 24 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica Genericamente, podemos representar: O 0, go On RC=C“R, FAI] — RCE + SR, id SoH o Exemplo 1, Oxidacdo enérgica do propeno 0 0 @ a HC“ C=C—H+AO] > HC- CO HH , ih ‘OH ‘OH 4 Acido etanoico. Acido metancico Formers Formeré {Acido acético) (Acido formico) ‘cdo deo carboxico, carboxtco oe H—c® — +[0] —s > C0, +4,0 on Acido carbénico {instével) Acido férmico Observagao * Haverd formacdo de gas carbénico em ver de acido metanoico se a dupla-ligacdo estiver locali- zada na extremidade da cadeia; isso acontece porque o écido metanoico possui a propriedade de ser atacado pelo oxigénio, pois 0 Acido férmico apresenta cardter redutor. Exemplo 2. Oxida¢3o enérgica do but-2-eno kno, PP % HCC =C—CH,+3[0] CH Cech, I I Aw hedocaree h at L_ cidoetanoleo Acido etanoico formar Formaré (Acido acstico) (Acido acético) carboxilico. carboxilico Exemplo 3. Oxidaco enérgica do 2-metil-but-2-eno ° ° KMin0, i \ H,C—C=C—CH, +310] HC—C —CH+ —c—cH, dy, A Propanona HO — {acetona) Acido etanoico Formers Forma (Acido acético) cetona. —dcido carboxilico, Exemplo 4, Oxidacao enérgica do 2,3-dimetil-but-2-eno ° ° kno, 1 1 HC— C= C—cH, +3[0] + HCC — cH +HC—C — CH, cH, CH, Propanona __Propanona a (acetona) —_—_(acetona) Formara Formara cetona. cetona. Aplicagao da oxidacao energética Areagéo com KMnO,/H,S0, pode ser empregada na localizacdo da dupla-ligagao de um alceno des- conhecido, além de se constituir num método para obtencao de cetonas e/ou dcidos carboxilicos. 25 coe Quimica Exemplo Um alceno produz com KMnO,/H,S0, acido propanoico e butanona, o kwino, - 1 Alceno 8 HC—C—CO + H,C—C—c—cH, H, SoH Hi Alceno & - Hye—¢—C ccc, 3metitnex3-eno eT, HCH, Observacao A reagao de um composto organico com oxi- Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade empregado em quimica organica é o dicroma- to de potassio (K,Cr,0;). Resumidamente Oxidagdo branda Produz didlcool vicinal (glicol). Ozonélise Carbono da ligacdo dupla primério ou secun- dério produz aldeido, Carbono da ligagdo dupla tercidrio produz ce- tona. Oxidagdo enérgica Carbono da ligagéo dupla primario produz CO, + H,0. Carbono da ligago dupla secundario produz 4cido carboxilico, Carbono da ligacao dupla tercidrio produz ce- tona, génio atémico ou molecular é uma reacdo de oxidagao do composto organico, pois o nime- ro de oxidagio ou Nox do carbono aumenta. © permanganato de potéssio ¢ chamado de agente oxidante. Outro agente oxidante muito B. Oxidacdo de dlcoois B.1. Oxidaciio de dlcool primario Os Alcoois primarios podem oxidar-se parcial ou totalmente. A oxidagdo parcial de um élcool produz aldeido, que é novamente oxidado e produz um acido carboxilico, portanto podemos concluir que a oxidacao total de um dlcool primério teré como produto final um dcido carboxilico Essa oxidaco é possivel porque o carbono ligado hidroxila, -OH, de um élcool primério tem pelo menos duas ligagdes com hidrogénio. Veja 0 esquema: O# I —C— Hi Alcoo! primério H Um dos métodos para oxidar 4lcool primério a aldeido e depois a Acido carboxilico consiste em usar solucdo de dicromato de potassio, K,Cr,0,, como agente oxidante. Essa solucao, que possui © fon dicromato, Cr,07", tem colorago vermelho-alaranjada. Quando esse fon oxida o dlcool, 0 cromo sofre redugo, passando a C05, de coloracao verde (esta reaco é a que acontece nos bafémetros) Exemplo: oxidacao do etanol Oxidaco parcial 26 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica Oxidacao total ° f KMn0, tL H,c—€ + fo] “Ms .c—¢ ieee \ He OH Etanal Acido etanoico (Acido acético) Caso especial: oxidacao do metanol i e r H—c—oH+ fo) H—¢ +10] a H—¢ +10] KMn. HO {7 €0,+H,0 4 4 OH OH Metanol Metanal Acido metanoico Acido carbénico (H,c0,) © metanol ou alcool metilico possui trés ligagdes com hidrogénio e, portanto, tem trés pontos a serem oxidados na molécula. Oxida o metanal (aldeido), em seguida, 0 Acido metanoico (acido carboxilico) e, finalmente, 0 acido carbénico (cido instavel), que se decompée em gas carbénico e dgua, 8.2. Oxidagao de alcool secundario Os dlcovis secundarios so oxidados a cetonas, pois o grupo hidroxila (-OH), neste caso, esté ligado apenas a um dtomo de hidrogénio. Veja 0 esquema: OH = ¢ _ - 7 Alcool secundrio 4 Exemplo: oxidagao do propan-2-nol oH oH ° \ kino, I HyC— CCH +O H,C— CCH, HCCC HO i yO i He OH-—" Propanona Propan-2-ol B.3. Oxidagao de alcool terciario Neste caso, 0 carbono do grupo hidroxila (OH) nao esta ligado a hidrogénios, portanto os dlcoois terciarios nao sofrem reagio de oxidacao. Veja 0 esquema: OH Resumidamente Aicool tercidrio ; ido _> 4 al Alcool primério —> aldeido —> dcido carboxilico = Alcool secundario— cetona Alcool terciario + nao sofre oxidacao. 27 coe Quimica Reacées orgénicas, bioquimica e radioatividade Vé além Diferenciagao pratica de aldeidos e cetonas Em laboratérios, faz-se a diferenciagdo entre aldeido e cetona com base no fato de que os aldefdos so facilmente oxidados e as ceto- nas ndo 0 sao. Para isso, utilizam-se reativos especiais que, a0 provocarem a oxidaco do aldeido e, con- sequentemente, ao sofrerem reduco, pro- duzem um sinal fisico facilmente identificavel como, por exemplo, uma mudanca de cor ou mesmo a formacao de um precipitado. Uma vez que a cetona nao sofre oxidacao, seu contato com esses reativos nao produz sinal algum e, dessa forma, verifica-se, expe- rimentalmente, se determinado composto é um aldefdo ou uma cetona. Nos laboratérios, so encontrados dois rea- tivos (reagentes) muito comuns para essa diferenciacio. a. Reativo de Tollens Trata-se de uma solucdo amoniacal de nitrato de prata. Os aldeidos, em contato com esse reagente, produ- zem um precipitado de prata metali- ca nas paredes do frasco, formando um espelho de prata. As cetonas nao reagem com 0 reativo de Tollens. 0 4 CHC +2 [Ag(NH,),] OCH Na 2 HC +2Ag{ +3NH,+H,0 ON, Espatho de prata b. Reativo de Fehlling Esse reativo é composto de uma mis- tura de solucdo alcalina de tartara- to duplo de sédio e potéssio (sal de seignette) e solucio de CuSO,. Em virtude da presenca dos fons Cu,*, a mistura é um liquido de cor azul. Quando os aldeidos sao tratados pelo licor de Febllling, resultam em um precipitadovermelho-marrom de éxido cuproso, além de descolo- rir a solugdo. As cetonas também séo. inativas diante do reativo de Fehlling. 0 +2Cu(OH), — 4 7 cH \ eo cH +cu,0}+2H,0 SOH piecistado vermeho C. Reagdes de combusto As reacdes de combustio so, sem diivida ne- nhuma, as reacées de oxidaco mais famosas. E, como todo proceso de oxidagao, levam em con- siderag3o 0 aumento do numero de oxidagiio do tomo de carbono do composto organico. Genericamente, 6 uma reacao que correspon- de & queima de um composto que é alimenta- da pelo gas oxigénio, que aqui é classificado como comburente. Porém, deve-se salientar que o dtomo de car- bono pode apresentar uma variagdo de nti- mero de oxidago entre ~4 e + 4 , por isso, a determinaco do tipo de combustdo estaré intimamente relacionada com esses valores. Com isso, podemos classificar as combustes dos compostos organicos de duas formas: C.1. Combustdo completa Na combustao completa dos compostos orga: nicos, o tomo de carbono que sofre o proces- so de oxidacdo apresenta-se no produto com © maior nimero de oxidacao possivel, ou seja, +4, Esse Nox é verificado quando surge nos produtos o gas carbénico (CO;). Exemplos CH,+20, —~ €0,+2H,0 F ontae Oxidacdo total GH,+ 5/20, —- 2€0, + H,0 Oxidagio @ total C,H,OH +3 0, —- 2€0, +3 H,0 F owaie Oxidagao total 28 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Na pratica, a combustdo completa, geralmen- te de hidrocarbonetos e élcovis, é verificada pela produgdo de didxido de carbono e dgua. C.2. Combustao incompleta Na combustdo incompleta dos compostos orga- nicos, o dtomo de carbono que sofre o processo de oxidagdo apresenta-se no produto com um nimero de oxida¢o menor que o valor maxi- mo (+4). Observa-se quando nos produtos apa- rece carbono puro ou monéxido de carbono. Exemplos CH, + 3/20, —~ CO+2H,0 a Oxidacdo parcial CH,+0, —_- C+2H,0 Oxidago parcial ‘A combustéo incompleta ocorre, em geral, devido & quantidade insuficiente de oxigénio molecular (O,) para a realizac3o da combust3o. completa (oxidacao total). E é por isso que, nesses casos, nota-se a presenca de fuligem (carbono) e de monéxido de carbono. 10. Reagdes de esterificacao Ocorre quando um acido reage com alcool, produzindo éster mais 4gua. Quando for con- siderada a reacio inversa, ela é denominada de hidrélise do éster. Acido + alcool = éster + dgua Trata-se de um processo reversivel, sendo utilizado na industria para a producao de es- séncias de frutas (que sdo os ésteres). Para aumentar 0 rendimento do processo, pode-se deslocar o equilfbrio para a direita (lado do és- ter), por exemplo, retirando-se dgua do equi- librio por intermédio da utilizagdo de agentes desidratantes. E importante destacar que a molécula de H.0 6 formada pelo grupo —OH, proveniente do Acido, e pelo grupo -H, do alcool. Essa deter- minago foi feita experimentalmente a partir da "marcacao" do dtomo de oxigénio do grupo Quimica OH do alcool, sendo utilizado um isétopo ra- dioativo do elemento oxigénio, 0 0%. R-duH Isétopo do oxigénio Assim como 0 resultado foi o surgimento de uma molécula de éster "radioativo", conclui-se que 0 oxigénio do grupo OH do acido ¢ elimi- nado sob a forma de dgua, enquanto o dtomo de 0 do alcool permanece no éster. Portanto, a reagao genérica fica: 2 +R-O-HSR-C on o Exemplo ’ Z cH C + CH-CHOH = CHC Son ° ¢ CH—CH,— C+ CH,OH = CH,— CH, ‘ou 29 Va além A reagio de esterificagéo (de formacao de um éster a partir da relacao entre um dlcool e um dcido) pode extrapolar os conhecimen- tos da quimica orgénica. Veja o exemplo da producao do famoso explosivo nitrogliceri- na. Envolve a reacdo de um tridlcool org3- nico (0 glicerol, denominado oficialmente de propan-1,2,3-triol) e um dcido inorgénico concentrado, 0 acido nitrico (HNO,). Essa reacio é catalisada por dcido sulfirico, um poderoso desidratante, Essa reacdo, também chamada de trinitra- 0 da glicerina, foi estudada pelo enge- nheiro sueco Alfred Nobel, que descobriu a absorgao de nitroglicerina por um material poroso, a sensibilidade a exploso diminui bastante, sendo possivel o seu emprego como explosivo. Dé-se o nome de dinamite ao trinitrato de gli- cerina (trinitroglicerina) absorvido no material poroso (estabilizador, sendo o mais emprega- do a terra de infusdrios ou Kieselguhr ~ rocha sedimentar leve e porosa constituida princi- palmente por silica amorfa). Quimica Reages organicas, bioquimica e radioatividade H,c—0-No, HS0, J JR HT E— O-NO,+ 3H,0 H,C—0-=No, Glicerina. Acido nitrico Trinitroglicerina TING. Como era engenheiro civil, a perspicacia de sua invengdo possibilitou a realizacao de grandes construgées, tais como tuineis e canais, com maior rapidez e eficiéncia e, em razao disso, a di- namite foi rapidamente difundida por todo o mundo. Como Nobel dedicava muito tempo aos seus laboratérios, outros inventos, tais como a borracha sintética, foram criados, e estes ja ndo esto relacionados a explosivos. Nobel no tinha filhos e, anos mais tarde, ficou muito abalado com a utilizago de seus inventos para fins bélicos. Chegou a ler seu obitudrio publicado indevidamente em um jornal que o des- tacava como o "Mercador da morte — o homem que construiu uma fortuna explodindo coisas ~e pessoas —, esta morto" (ao escrever o texto, 0 periddico confundiu o nome de Alfred com 0 de seu irmao Ludwig, esse sim morto no dia anterior. Alfred Nobel morreu de hemorragia cerebral, 12 anos mais tarde, na Italia), 0 que fez com que legasse seus bens a uma fundacao, criada em 1900, destinada a premiar com os juros de sua fortuna aqueles que se destacassem anualmente por sua contribuigo para a paz e para o bem de humanidade. Assim, em 1901 foi criado 0 mais importante prémio do mundo, concedido todos os anos a personalidades que contribuam para 0 progresso da fisica, quimica, medicina, literatura e eco- nomia (esse criado em 1969), ou para o desenvolvimento da paz no mundo. 11. Reagdo de saponificacao A. Hidrdlise basica As reagdes de saponificagao formam um tipo especifico de reaco denominada hidrélise basica de ésteres. Nessa reaco de hidrélise, moléculas de 4gua hidrolisam a molécula do éster, fazendo com que ocorra 0 processo reversivel da esterificacdo, reproduzindo assim 0 alcool e o acido originais. 0 fato é que, em presenga de base inorginica, rapidamente ocorrera um processo de neutralizaco do acido (orgénico) pela base (inorganica), produzindo um composto da fungao sal de acido carboxllico. Assim, 0 processo de hidrélise basica seré desenvolvido em duas etapas: ° Hc-c- +H0 = HC—C- H, O—C—CH, H, 4, Propanato de etila Acido propanoico Acido etilico eo e Hc—c-€ +NaOH = HC—c-C + HO H, SO-H HL Nowa * Propanoato de sédio B. Saponificagdo Quando o éster utilizado é derivado de um dcido graxo, além do dlcool, é produzido o sabao (sal de dcido graxo). A seguir, esté representada a equacao global do processo de saponificacio coe 30 (hidrélise bésica) do triestearato de glicerina (gordura animal) pela soda cdustica (solugo de hi- dréxido de sédio), produzindo sabéo (triestearato de sddio) e glicerina (glicerol): 9 Hc-0- 4 ScwH, o “a a neo +3NaOHS— 3C,H,,C CH. 4 Sabao Glicerol Hc—-0- Ce CAs Triestearato de glicerina (gordura animal) Observacao Os sabées feitos com KOH formarao sais de potassio, que sao liquidos. Esse processo é bastante utilizado por pessoas que fazem o sabio caseiro colocando um pouco de cinza, jd que a madeira possui potassio, o que torna o sabao mais maledvel. Va além Sabao x detergente Enquanto os sabées sdo classificados como estruturas da funcio sal de dcido carbo» detergentes sao inseridos em outra funcdo tipicamente orgdnica — os sais de dcidos sulfénicos. Porém, como ambos apresentam longa cadeia carbénica (parte hidrofdbica) e uma extremida- de i6nica (parte hidrofilica), tanto os sabdes quanto os detergentes conseguem retirar a sujei- ra dos abjetos (retida por uma fina camada de gordura — apolar) e serem escoados por uma corrente de agua (polar). Nao ha formacao de uma solucao, e sim de uma emulsdo (mistura heterogénea na qual milhares de microgoticulas de uma por¢o apolar se disseminam em um ambiente aquoso). Dai a denominacao de agentes emulsificantes para sabes e detergentes. Diferencas basicas entre detergente e sabao: Propriedades Sabio Detergente Matéria-prima oléo e gordura petréleo Comportamento no ambiente Biodegradavel Biodegradavel ou no Quando lancados no esgoto, os sabes e detergentes encontram enzimas produzidas por micro- -organismos especializados capazes de degradar tals estruturas. Porém, essas enzimas decom- pdem apenas as moléculas de sabao, j que possuem capacidade de quebrar somente as molé- culas de cadeia carbénica linear presente nos sabes. Como as macromoléculas dos detergentes apresentam cadeias preferencialmente ramificadas, tais enzimas no reconhecem essas ramifica- Bes e, por isso, o detergente permanece na agua sem sofrer decomposicao (nao biodegradavel). NYYYYYNO)- 50; Na* Detergente biodegradavel Detergente nao biodegradével 31 coe Quimica Reages organicas, bioquimica e radioatividade 12. Reagdo de transesterificacao ou alcodlise E uma reacao quimica que envolve um éster e um dlcool (ou entre um éster e um dcido), sempre com a formacao de um novo éster. Como toda hidrélise ocorre devido ao ataque eletréfilo (H'), o proceso desenvolve-se em duas etapas (primeiro a hidrdlise do triéster com posterior esterificacdo do dcido graxo). Esse tipo de transesterificagdo também é denominado de alcodlise, tendo como produtos principais o éster (biodiesel) e 0 glicerol (glicerina). Exemplo Trioleato de glicerina Agua Acido oleico Glicerina scyyZcoo saci Gh-on = seqhre ways So cH cH Acido oleico Etanol Oleato de etila t Contr 850-4, 4-08 G, sa PTH +3HO—CHL—CH, > CHO +3 CH C.-C fo cH, chon SO CH= Ch, Tioleato de glcerina—_Etanol Glicerina Oleato de etila (6leo vegetal (produto secundéric) (biodiesel). Em virtude de o principal produto da reacdo (éster) possuir propriedades similares as do diesel de petréleo (pode ser utilizado puro ou mesmo adicionado ao diesel de petrdleo), produto conhecido comercialmente como biodiesel, a reacdo de transesterificacdo de dleos vegetais ou gordura animal (triglicerideos) com alcodis ver despertando muito interesse. Nesse contexto, © prefixo "bio" quer dizer que o éster pode ser obtido a partir de fontes renovaveis de energia de biomassa ~ dleo de soja, mamona, dendé, girassol, canola — sendo que o etanol, que no Brasil é obtido em larga escala da cana-de-acticar, pode ser o alcool utilizado no proceso. Considerando a dimensdo continental do territério brasileiro, a producao do biodiesel é vanta- josa em razao da possibilidade do cultivo de oleaginosas (plantas que servem de fonte para a obtengio de dleos) sem afetar a producaio e a oferta de alimentos, o que assegura, pelo menos em parte, essa oferta de produsao. eoe 32 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade Quimica EXERCICIO RESOLVIDO 01. Unicamp-SP © uso de substancias poliméricas para a liberacao controlada de medicamentos vem sendo in- vestigado, também, em tratamentos oftalmoldgicos. Os polimeros derivados dos dcidos glicdlico ¢ latico tém-se revelado muito promissores para essa finalidade. A estrutura a seguir representa um polimero desse tipo. Se R for um H, trata-se de um polimero derivado do Acido glicdlico e, se R for um Ch, trata-se do dcido latico. Na formacao de qualquer um desses polimeros, a partir dos correspondentes dcidos, ocorre a eliminacao de agua. RO RO RO RO Lod riot Li n a. Um determinado polimero apresenta, alternadamente, fragmentos dos dcidos latico e gli- célico. Desenhe a férmula estrutural desse polimero, usando como modelo a estrutura apresentada anteriormente. No processo de biodegradacdo desse tipo de polimero mostrado na figura, inicialmente ocorre a hidrdlise, O produto resultante desse processo ¢ decomposto (no ciclo de Krebs), formando os mesmos produtos que seriam resultantes de sua combustao. Considerando que o fragmento polimérico da figura apresentada seja formado apenas a partir do acido latico: b. escreva a equagio quimica da hidrélise do polimero; ¢. escreva a equagdo quimica da oxidacdo da substancia produzida na reacao do item b. Resolugdo ® 4 ge 3 i O-CH=E+O=CHACO=CH—E LOCH E> A nh,C—GH E08 ! ! ! » oH Oxidagao do Acido latico: 2 H-O-cH-C” +30, —+3C0,+3H,0 1 Sow . cH, 33 eoe Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade CAPITULO 02 + BIOQUIMICA > | 1. Lipides ou lipideos Sao ésteres elaborados pelos organismos vivos que, por hidrélise, fornecem acidos graxos ao lado de outros compostos. Os lipides sdo brancos ou levemente amarelados; untuosos ao tato; pouco consistentes, sendo alguns liquidos; deixam sobre o papel uma mancha translucida que ndo desaparece com aqueci mento; e so insoliveis na agua. Os lipides so clasificados em céridos e glicéridos. A. Céridos S&o ésteres formados a partir de um dcido graxo e um alcool superior. Os céridos sao conhecidos como ceras e podem ser de origem animal ou vegetal. Sao usados na fabricagdo de ceras de assoalhos, graxa de sapato, cosméticos, velas etc. Exemplo ’ ? HCC +OH—CHC,H,, —= HCC +H0 Now No- Ch, — C,H, ido palmitico Alcool mericil Acido palmitico Alcoo! mericico Palmitato de mericila (cera de abelha) B. Glicéridos Sao ésteres de glicerol com dcidos graxos. Os dleos e gorduras animais e vegetais so misturas de glicérides. c HC—0H H,cC-O-C—C,H,, ° war oH i | i HC—OH + 3H-O—C—C,H, —+ H-C—0—C—c,H, + 3H,0 Glicerol Acido | ° {glicerina) estedrico H,C—O—C—C,,H,, Triesterato de glicerina 0 glicérido formado pode ser um dleo ou uma gordura; sera um éleo se for derivado predomi- nantemente de dcidos graxos insaturados. Seré uma gordura se for derivado predominantemente de acidos graxos saturados. J& que a Unica diferenga quimica entre um éleo e uma gordura esta na presenca ou na auséncia de insaturacdes, podemos compreender facilmente como a industria transforma dleos em gor- dura pela simples adigao de H,. —c=c- +H, —+ —¢—c— HOH HH, Oleo insaturado Gordura saturada Ni 150°C eoe 34 Oleo comestivel + H,, gorduras (margarinas) Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade A hidrogenac3o modifica nao sé as proprieda- des fisicas como também as propriedades qui- micas. As gorduras hidrogenadas tornam-se rangosas com menos facilidade do que as no hidrogenadas. A rancidez deve-se presenca de dcidos e aldeidos voléteis, de mau odor, ob- tidos através da reacao do oxigénio do ar com carbonos préximos das duplas-ligagdes, na ca- deia carbénica. A hidrogenagao reduz o nime- ro de insaturagées na cadeia carbénica, 0 que retarda 0 desenvolvimento do ranco. Fisicamente, os dleos se apresentam no esta- do liquido & temperatura e pressao ambientes (25 °Ce 1 atm), enquanto as gorduras se apre- sentam no estado sélido. Gorduras e éleos podem derivar tanto de ani- mais como de vegetais. manteiga | jleite animais {ha Gorduras sebo manteiga de cacau vegetais manteiga de coco. 6leo de capivara 6leo de baleia 6leo de figado de bacalhau animais éleo de oliva vegetais | dleo de milho (comestiveis)] éleo de soja 6leo de amendoim leo de linhaga 6leo de oiticica Oleos: vegetais (secativos) 2. Proteinas Sao polimeros de até 20 aminodcidos naturais que se diferenciam pelas cadeias laterais. Uma Unica molécula de proteina pode conter milha- res de unidades de aminodcidos. Os aminocidos séo dcidos 2 - amino carbo- xilicos. 35 Quimica Esta caracteristica comum confere aos amino- cidos a capacidade de formar longas cadeias de poliamida que constituem as proteinas. Uma molécula formada a partir de dois ou mais aminoacidos é chamada de peptidio e a ligacdo entre eles é denominada de ligacao peptidica Cada aminodcido presente em um peptidio é chamado de residuo. Conforme o ntimero de residuos, as peptidas recebem o nome de d peptidas, tripeptidas etc. Para as proteinas (ca- deia polipeptidica), encontramos mais de cem residuos unidos por ligagdes peptidicas. As ligagdes peptidicas podem ser representadas: HH OH H Pr onod i =NoC- CoN I H HO ‘A denaturago corresponde a precipitagio ir- reversivel de uma proteina, causada pela aco do calor, dcidos ou bases fortes. Observacdo — 0 termo denaturacao também é encontrado como desnaturacio. 3. Carboidratos S40 compostos de funcio mista polidlcool-al- deido ou polidlcool-cetona, assim como todos 0s compostos que, por hidrdlise, produzem os referidos compostos de funcao mista. Os carboidratos sdo assim chamados porque frequentemente apresentam formula minima CH,O, que sugere um hidrato de carbono. A, Classificagdo _, _ faldoses — Oses: monossacarideos. cetoses _,__ [holosideos — Osideos . heterosideos |. Oses Acuicares que nao se hidrolisam. Ex.: glicose, frutose, galactose. * Aldoses: apresentam o grupo aldefdo. De acordo com o numero de dtomos de carbono, classificam-se em aldo- triose (3 C); aldotetrose (4 C); aldohe- xose (6 C)... Quimica * Cetoses: apresentam o grupo ceténico, classificam-se também em cetotriose (3 C); cetohexose (6 C)... Costuma-se representar as formulas das aldoses e cetoses na vertical. Nessas férmulas, um efrculo representa o grupo alde(do, o sinal= O represen- tao grupo cetona e um trago, o grupo hidroxila. Assim, as formulas de aldotriose e da cetotriose: oH On it Hc—c—¢ | SH H OHO OH I so representadas por: H,C—C—CH, KO Projegao de Fisher Ul. Osideos Acticares que hidrolisam produzindo oses. Classificam-se em: * Holosideos: osideos que, por hidrélise, fornecem somente oses. Subdividem-se em: Dissacarideos Agiicares que se hidrolisam, fornecendo duas moléculas de monossacarideos. Ex. CigHz202; + HO. Ss CgH:205 + CcHs205 Glicose Frutose Polissacarideos Agticares que se hidrolisam, formando mais de duas moléculas de monossacarideos. Ex. (CcH:cOs), + nH,O Amido * Heterosideos: osideos que, por hidré- lise, fornecem outros compostos além das oses 2 NCgH120¢, Glicose 36 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade CoH,,0, pt, 0,,N + 20 — (semente de améndoas amargas) Pack. O)-@ +Hew +2¢H,,0, \, H Aldeido Gis Glicose benzoico _cianidrico A.1. Isomeria nos acticares Uma aldose com n atomos de carbono apre- senta (n — 2) dtomos de carbono quirais dife- rentes e, portanto, 2*-? isémeros opticamente ativos. Uma cetose com n dtomos de carbono apre- senta (n — 3) dtomos de carbono quirais dife- rentes e, portanto, 2°"? isémeros opticamente ativos, Uma cetohexose apresenta trés dtomos de carbono quirais diferentes. Sao possiveis, por- tanto, oito ismeros. Desses oito isémeros, apenas a frutose é abundante na natureza. wag He-E 6c, OH OH OH Uma aldohexose apresenta quatro étomos de carbono quirais diferentes. So possiveis, por- tanto, 16 isémeros. Na natureza, apenas trés so abundantes: glicose, manose e galactose. HoH OH iti H,C—C#-C*—Ct—C¥—€ Pere de SH OHOH OH OH OH A.2. Estrutura dos monossacarideos Por convengio, o estudo das estruturas das oses é feito a partir da aldose mais simples, que é 0 aldeido glicérico (aldotriose) OH OH it 4 Hc—c* —€ rN H Como vemos, o aldefdo glicérico apresenta um dtomo de C quiral e, como tal, pode ser representado por dois antipodas épticos: 0 dextrogiro (aldeido d glicérico) e 0 levogiro (aldeido | glicérico). Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Inicialmente, representaremos as formulas de projecdo dos antipodas dos aldeidos glicéri- cos, na vertical cHO CH,OH CH,OH Formula de projecso Férmula espacial Aldeido d glicérico cHO ° \/ Ho GH) (Ho—c*—H} I CH_OH Formula de projecio HOH Formula espacial Aldeido | glicérico As oses tém suas estruturas convencionadas a partir dos aldefdos glicéricos. A cadeia carbénica poderé ser aumentada a partir do grupo aldefdico. Assim, obteremos, a partir do aldeido d glicéri- co, uma aldotetrose em que a base (os ultimos carbonos) da cadeia sera idéntica & da aldo- triose inicial daldotetroses As duas aldotetroses levarao a letra d em sua nomenclatura, pois sdo provenientes do aldef- do d glicérico. Quimica Da mesma forma, as aldotetroses, provenien- tes do aldeido | glicérico, levardo a letra | em sua nomenclatura oficial. H-c=0 1 HO-C*—H 1 CH,OH Aldeido | glicérico (aldotriose) H-c=0' H-c=0 1 1 H—C*—OH — HO-C*—H . J - HO-C*—H) {HO—C*—H! CH,OH CH,OH | aldotetroses Seguindo o mesmo raciocinio, poderemos obter aldopentose a partir da aldotetrose ou, ainda, aldohexose a partir de aldopentose, e assim su- cessivamente. Portanto, uma ose levard as letras d e | em seu nome, de acordo com a origem, isto é, se per- tencer a série do aldeido d ou | glicérico, respec- tivamente, Reconhecemos pela estrutura a série a que per- tence uma ose pela posigo da pentiltima oxidri- la: se estiver & direita da cadeia, convencionamos pertencer a série de levard tal letra em sua no- menciatura e, se estiver & esquerda da cadeia, a ose levard a letra le pertencerd, portanto, a série | Outros exemplos GH.OH c=0 I CH,OH d(+)glicose ——d (-) frutose Pelas representagées anteriores, notamos que a glicose e a frutose pertencem a série d das oses, porém a primeira é dextrogira (+) e a se- gunda é levogira (-). Portanto, as letras d eno nome das oses nada tém a ver com a rota¢do do plano da luz polarizada. Quimica A.3. Simplificacao das formulas estruturais das oses Pode ser feita representando-se a cadeia principal por uma linha vertical e as hidroxilas por peque- nos tracos & direita ou & esquerda dessa vertical. O d(+) glicose dey frutose A.4, Propriedades fisicas dos glicidios As oses so compostos cristalinos, incolores, so- liveis na gua e pouco solveis em solventes or- génicos. Apresentam sabor adocicado. Os dissa- carideos apresentam propriedades semelhantes. Os polissacarideos so amorfos insoluveis em gua sem sabor. I. Oses epimeras So oses que diferem somente na configura- do de um unico carbono quiral. Exemplo Glicose Manose Epimeras, AS. Estudo geral das oses e osideos |. Glicose ‘cHuOs => glucose dextrogira, agticar da uva Ocorre no mele frutos doces; é obtida pela hi- drdlise do amido em meio dcido. (CoHypOs)y + 11 HzO —* 1 CgH:20¢ 38 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade E utilizada na fabricagao de alcool etilico, na alimentagao de criangas e de atletas (apés as competicées). ll, Frutose CcHi2¢ = levulose (ocorre no mel, nos frutos doces, sempre na forma d (-) Il, Sacarose CyHy,0,; => aguicar de cana, agdcar comum: ocorre em plantas, principalmente, na cana- -de-agticar e na beterraba Sua obtengdo obedece a sequéncia a. obtencdo da garapa; b. precipitagao das proteinas e acidos li- vres, por tratamento com hidrdxido de calcio; . eliminacao do excesso de Ca(OH), bor- bulhando CO; (precipita CaCO;); | filtragdo e cristalizacao por centrifuga- ¢30, separando-se o melaco do acuicar. E utilizada na alimentacao e na fabrica- do de dlcool etilico. IV, Celulose (CcH:c0s), = ocorre em todos os vegetais. 0 algodao é praticamente celulose (95%) A sua massa molecular média é de 400.000. A celulose praticamente nao é digerivel pelo organismo humano. E utilizada na fabricagéo do papel e no tecido de algodao. Usada na preparacao do algodao, pdl- vora (explosivo potente); na fabricagdo de celuloides, filmes, sedas artificiais na fabricaco de vidros de seguranca para carros (dois vidros colados com acetato de celulose). V. Amido (CcHyo0s), => ocorre nas reservas dos vegetais; € usado na alimentacao e na fabricacdo de cola Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM No processo de fabricacao de po, os padeiros, apés prepararem a massa utilizando fermento biolégico, separam uma porcio de massa em forma de "bola" e a mergulham num recipien- te com Agua, aguardando que ela suba, como pode ser observado, respectivamente, em |e Il do esquema a seguir. Quando isso acontece, a massa est pronta para ir ao forno. Um professor de Quimica explicaria esse pro- cedimento da seguinte maneira: "A bola de massa torna-se menos densa que o liquido e sobe. A alteracao da densidade deve- -se a fermentaco, processo que pode ser re- sumido pela equacao: CcHiOs > 2GHSOH + 2CO, + energia hoote ‘Aeooleemum — Glseartinice Considere as afirmagées abaixo: 1A fermentagio dos carboidratos da massa de pao ocorre de maneira es- pontanea e nao depende da existéncia de qualquer organismo vivo. Il. Durante a fermentagao, ocorre produ- 580 de gas carb6nico, que vai se acu- mulando em cavidades no interior da massa, o que faz a bola subir. II. A fermentagdo transforma a glicose em alcool. Como o alcool tem maior densidade do que a agua, a bola de massa sobe. 39 Quimica Dentre as afirmativas, apena a. Lestd correta. b. llestd correta. ¢. le ll estéo corretas. d. Ile Ill esto corretas. e. Ill esta correta. Resolugéo Andlise das afirmagies: 1. Incorreta: a fermentacao dos carboidratos da massa de pao depende da formacao de en- zimas produzidas por micro-organismos. Il. Correta: durante a fermentacao, ocorre producdo de gas carb6nico, que vai se acumu- lando em cavidades no interior da massa, 0 que faz a bola subir. Ill, Incorreta: a formacao de gas carbénico & responsdvel pela diminuigao da densidade. Resposta 8 Quimica $80 macromoléculas (moléculas grandes) ob- tidas pela combinaco de um numero muito grande de moléculas menores denominadas monémeros. © processo em que isso é feito chama-se polimerizacao. Esse processo é conhecido em laboratério des- de 1860, mas foi em 1864 que se desenvolveu © primeiro polimero com aplicagdes praticas: 0 celuloide 1. Classificago Os polimeros podem ser classificados pelo mé- todo de preparacao em: * polimeros por adi¢ao; * polimeros por condensagio. 2. Polimeros por adigao S40 0s polimeros formados a partir de um mo- némero que deve ser um composto insatura- do. A polimerizagao se da por meio de reacao de adi¢ao. Observe os exemplos. A. Polietileno Os polimeros do etileno chamam-se polietile- nos. Os polimeros de massa molecular relati- vamente baixa sdo étimos éleos lubrificantes. Os de massa molecular média assemelham-se as ceras. Os de cadeia maior sdo duros e re- sistentes & temperatura. Empregando-se cata- lisadores especiais, consegue-se a polimeriza- do em uma pressdo préxima a da atmosfera. 1) —Peess80__ (cH, cH), Catalisador ” polietilenc © polietileno é insoluvel, isolante elétrico inatacavel por dcido ou base. £ usado no re- cobrimento de cabos para velas de ignigao, em fios telefénicos, na fabricagao de tubos plasti- cos, recipientes domésticos etc. B. Teflon (politetrafluoretileno) A polimerizacio do tetrafluoretileno a 50 at- mosferas de pressdo, em presenca de catalisa- dores a base de peréxido, resulta em um pro- duto conhecido como teflon (massa molecular de 500,000 a 2.000.000) 40 Reages organicas, bioquimica e radioatividade CAPITULO 03 + POL/MEROS > | cr) talisador (cr, — Pressio a n(ck Teflon A caracteristica do teflon é a sua extrema inér- cia quimica, resistindo ao ataque de todos os reativos, com excecdo dos materiais alcalinos fundidos. Como apresenta a superficie extre- mamente lisa e resiste & alta temperatura sem fundir, o teflon é usado no revestimento de pa- nelas, frigideiras etc. C. PVC © cloreto de vinila é um gas que polimeriza rapidamente em presenca de perdxido, resul- tando em uma resina chamada cloreto de po- livinita (Pvc). 4 4 HoH 0 ene Gatliador a 4 ce A de Jn E usado em toalhas de mesa, garrafas d'égua, cortina para banheiros, tubos, couro artificial para estofamento etc. D. Benzeno Uma polimerizagao importante é a trimeriza- Go do acetileno na obtengo do benzeno. 3 Aer rfl Acetileno wt ty =c | H Benzeno Essa reacdo constitui 0 método histérico de Berthelot para a preparacao do benzeno. E. Polimerizacao dos alcadienos HOH Polibutadieno (borracha sintética) 0 C= ch —cH= cH —forgegor} hn But-1,3-dieno Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade a os (borracha natural) Observacio Copolimeros S40 polimeros de adicdo formados por mais de um tipo de monémero, possuindo estrutu- ra variada Exemplo 1. Buna-S E obtido pela copolimerizagao do but-1,3-die- no com vinil-benzeno (estireno), sendo o sédio metélico usado como catalisador. H I c=ch, tn 4 Estireno H | c—cH; © Esse polimero, por ser muito resistente ao atri- to, é usado nas bandas de rodagem dos pneus. Exemplo 2. Buna-n E obtido pela copolimerizagao do but-1,3-die- no com o propeno-nitrilo, sendo 0 sédio meté- lico usado como catalisador. cH,—CH=CH—CH, n H,c=c—c=ch, +n H.c=cH NA HoH d ti N 4 Na | Se CH CH= HCH, CH Ch c Hi N 3. Polimeros por condensacao Condensacao ¢ a reacao entre moléculas de um ou mais compostos que origina(m) um Unico composto. Na polimerizacaio por con- densagio, tem-se a liberacao de uma substan- Quimica cia, geralmente gua, que ndo se torna parte do polimero final. Observe a condensacao da glicose com produgdo de amido: nf ScH.20, CH.0,) 4 H,0 Glicose Amido jn A. Baquelite (polifenol) Clorofila luz € preparada por condensacao de aldeido for- mico com fenol comum. A baquelite é muito usada como isolante na fabricacio de mate- riais elétricos (pinos, tomadas, plugues etc.) OH OH OH of HOUR OHO rexel t enol AN, Wy Metant oh Oho ( — or ¢ + nk, 4H, H, in Baquelite B. Nailon (poliamida) £ um polimero obtido por condensagao do ci do adipico HOOC-(CH,),-COOH e hexametile- nodiamina HN ~ (CHa), NH Por estiramento, os fios de nailon adquirem grande resisténcia a tracdo. Queima com difi- culdade, tem boa resisténcia aos agentes qui- micos, 3 agua quente e aos dleos. HL Ow a N= +n C(cH)-€ He SH HO™ Sou i — fy (CH) CCH 4 H 9 1 Como 0 grupo —C—n— é uma ligacéo amid a, diz-se que 0 nailon é uma poliamida. C. Dacron (poliéster) A condensacao de dcido tereftélico com etile- noglicol produz um polimero chamado terile- ne ou dacron, que é usado na fabricagio de fibras sintéticas de grande resisténcia a tragao, filmes etc. 4 Quimica ° » (4o-ch-c4-n] D. Siliconas Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade 9 IL I +no-€-(6)-€-on So polimeros com silicio e s8o obtidos pela condensacdo do dimetilsiloxana. no n HO-Si-O-S!—OH —~n H,0+ cH, CH, S80 usados em lubrificagdes de moldes, e cirurgias plasticas. EXERCICIO RESOLVIDO 01, ENEM Duas matérias-primas encontradas em grande quantidade no Rio Grande do Sul, a quitosa- na, um biopolimero preparado a partir da ca- rapaca do camarao, e o poliol, obtido do éleo do grdo da soja, so os principais componen- tes de um novo material para incorporacao de particulas ou principios ativos utilizados no preparo de varios produtos. Este material apresenta viscosidade semelhante as substan- cias utilizadas atualmente em varios produtos farmacéuticos e cosméticos, e fabricadas a partir de polimeros petroquimicos, com a van- tagem de ser biocompativel e biodegradavel. A formula estrutural da quitosana esta apre- sentada em seguida. cot HOH.c ° Ho. o wa \ i HOH NH, § H Is Quitosana Carapaca versatil, Pesquisa Fapesp. Disponivel ‘em:chttp.revistapesquisa.fapesp.br>. ‘Acesso em: 20 maio 2009. Adaptado. Com relagdo as caracteristicas do material des- crito, pode-se afirmar que: a. 0 uso da quitosana é vantajoso gracas a suas propriedades, pois no existem mu- danas em sua pureza e peso molecular, 42 cH, CH 1? 1?) ‘O-Si-O—Si— cH, cH, /n borrachas, laminados, resinas, agentes antiespumantes caracteristicas dos polimeros, além de to- dos os seus beneficios ambientais. a quitosana tem em sua constituicdo grupos amina, pouco reativos e nao dis- poniveis para reacdes quimicas, com as vantagens ambientais comparadas com 08 produtos petroquimicos. c.0 polimero natural quitosana é de uso vantajoso, pois 0 produto constituido por grupos alcool e amina tem vantagem ambiental comparado com os polimeros provenientes de materiais petroquimi- cos. a quitosana é constituida por grupos hi- droxila em carbonos tercidrios e deriva- dos com poiiol, dificilmente produzidos, e traz vantagens ambientais comparadas com os polimeros de produtos petroqut- micos. a quitosana é um polimero de baixa mas- sa molecular, e o produto constitufdo por grupos dlcool e amida é vantajoso para aplicagdes ambientais em comparacao com os polimeros petroquimicos. 2 Resolucdo polimero natural quitosana é de uso vantajoso, pois 0 produto constituido por grupos alcool e amina é soldvel em gua e apresenta vantagem ambiental comparada as dos polimeros prove- nientes de materiais petroquimicos Resposta c Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade O petréleo (dleo de pedra) é um liquido oleo- so, insoldvel em agua, mais leve que ela, de cor variando entre amarelo e negro, encontra- do em jazidas, no subsolo da crosta terrestre. O petrdleo é uma mistura de compostos orga- nicos, predominando nitidamente os hidrocar- bonetos. O petréleo ¢ retirado das jazidas por meio de perfuragdes na crosta terrestre, através das quais se atinge 0 poco petrolifero. Inicialmente, o petréleo jorra espontaneamen- te, em razio da grande pressdo de seus gases; depois de certo tempo, a pressao interna torna- -se insuficiente para levar o petréleo & superfi- cie da crosta terrestre, e a extragio é feita por meio de bombas. Obtém-se, assim, o petrdleo bruto. A seguir, 0 petréleo bruto é submetido a proces- 50s mecnicos de purificago: por decantacdo, é separada a gua salgada, bem como a matéria em suspensio (particularmente areia e argila) etc. Apés 0 tratamento mecanico, 0 petréleo submetido a um processo de fracionamento. 1. Fracionamento Por meio de destilagdo em grandes colunas de fracionamento, obtém-se diversas fracdes de petréleo. Segue-se um esquema das principais fracdes Obtidas e os respectivos intervalos de tempe- ratura em que destilam. Fragdo gasosa (gases de petrdleo) + Gas natural: C, eC, + Gas engarrafado: C; e C, 43 Quimica CAPITULO 04 + PETROLEO au Fragdo benzina ou gasolina (até 150°C) * Eter de petrdleo * Gasolina especial ou de aviagdo * Benzina especial + Lgroina Frago querosene (150° Ca 300° C) Frago 6leos lubrificantes (300° C a 400° C) + Gas Oil ou éleo diesel '* Oleos lubrificantes propriamente ditos + Parafinas Residuos * Parafinas * Vaselinas * Asfalto * Piche de petrdleo Observacdes Tomando por base, por exemplo, o petré- leo americano, a composigdo quimica das diversas fracdes do petréleo é a seguinte: os gases do petréleo séo constituidos de CHy, CpHe, CsHe, « Cio; 0 éter de petrdleo & constituido de pentanos e hexanos; a gaso- lina, de C.Hy, a CyoH»»; a benzina, especial- mente de heptanos e octanos; a ligroina, de ‘octanos e nonanos. O querosene contém alcanos com 10 a 16 étomos de carbono, € as fragdes menos volateis (com ponto de ebulicao mais alto) contém hidrocarbonetos superiores. Quimica Portanto, podemos construir a seguinte tabela: mise Nm tame Gas natural GG Gas engarrafado GCs Eter de petréleo CC Ligroina ou nafta leve CoC Gasolina natural Galo Querosene CyaGe Cleo diese! Cy Gleo lubrificante Cina Coe Residuos: parafina, vaselina, piche, asfalto 2. Aplicagdes das fragdes do petréleo Os gases do petréleo tém grande emprego como combustivel (gs engarrafado). A gasolina 6a fracdo de maior consumo pela sua aplicacdo como combustivel nos motores de explosdo. 0 éter de petrdleo, a benzina especial e a ligroina tém grande aplicagao como dissolventes organi- cos. O querosene é empregado na iluminacio; porém, hoje em dia, este emprego é bem restri- to. O gas oil ou dleo diesel tem grande aplica- o como combustivel dos motores a diesel. Os 6leos lubrificantes, como indica 0 nome, tem grande aplicacao como lubrificantes em geral. A parafina tem grande aplicagao na fabricagao de velas, graxas para sapatos, ceras para assoalho etc. 0 asfalto e 0 piche de petréleo sdo muito utilizados na pavimentacao de vias publicas. eoe “4 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade PE("C) Observacées <20 Usados como combustiveis para <35 ‘aquecimento, 20-60 Usados como solventes 60-100 organicos e na fabricagao ‘de tintas e anilina, 90-105 Frago mais importante, uitilizada como. 35-140°C combustivel em motores a explosao, Usado como combustivel para iluminacao ou em. avides a jato, o que é 150-250 mais comum. Submetido {20 craqueamento, transforma-se em gasolina 250-360 Usado em motores a diesel. ‘i Utilizado na lubrificagao liquido no volstil de maquinas, Conforme o tipo, o petrdleo pode ser de base asféltica — asfalto {residuo) e de base parafinica — parafina {residuo). sélidos nao voliteis 3. Indice de octanos Nos motores a exploséo, a mistura de gasolina e ar (combustivel e comburente) & submetida & compressao, que varia com a poténcia do motor: quanto maior for a poténcia do motor, maior tem de ser a compressdo. A simples compressao da mistura pode produzir sua detonagio; esta detonacdo prematura, isto 6, por compressio, € nao pela faisca produzida pela vela, deve ser evitada, pois diminui a poténcia do motor. Esse fenémeno de detonacao prematura da mistura de gasolina e ar é conhecido com o nome de knocking. A qualidade de uma gasolina depende da sua maior ou menor resisténcia & compres- ‘so sem detona¢So, quando em mistura com ar. Evidentemente, quanto maior a sua resisténcia a compressa, melhor sua qualidade. Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Entre os constituintes da gasolina, o normal hep- tano oferece baixissima resisténcia & compres- sio, isto é, apresenta o fenémeno do knocking a presses muito baixas; por outro lado, 0 isoc- tano (2, 2, 4-trimetil-pentano) oferece grande resisténcia compressao, isto é, s6 apresenta © knocking a pressdes muito altas. Esses dois hidrocarbonetos foram tomados como padréo para a determinago da resisténcia da gasolina a compressdo sem detonacdo, quando em mistu- ra com 0 ar. Foi, ento, estabelecido o indice de octanos. Ao normal heptano foi arbitrariamen- te dado 0 valor zero e ao isoctano, o valor 100. Quando se diz que uma gasolina tem X octanos (octanagem X, numero de octanos X, indice de octanos X), quer-se dizer que a mistura dessa gasolina com o ar no motor de explosio resiste & mesma compressio sem detonago que uma mistura X% de isoctano e (100 — X%) do normal heptano. c-¢ —¢-cH HH, OH,” Hc-—¢ —¢ — “OHH, n-heptano (octanagem zero) cH, oH | | H,c—C—C—C —CH, LH, | cH, 7 CH, Isoctano (octanagem cem) ‘Assim, uma gasolina de 80 octanos (octana- gem 80, ntimero de octanos 80) é aquela que se comporta no motor como mistura conten- do 80% de isoctano e 20% de normal heptano; uma gasolina de 42 octanos é aquela que se comporta no motor como uma mistura conten- do 42% de isoctano e 58% de normal heptano. Evidentemente, quanto maior o indice de oc- tanos, melhor a qualidade da gasolina, pois resiste a maiores compressdes sem detonacao prematura (knocking ou batida de pino). Antidetonadores (ou anti-knocking) so subs- t€ncias adicionadas 8 gasolina para elevar a sua octanagem, isto é, aumentar a sua resis- t€ncia & compressao. Osantidetonantes mais empregados so.0 chum- bo tetraetila ou tetra etilchumbo (Pb (CH), de Uso proibido por causa da poluicdo ambiental, e o cloreto de etileno (Cé — CH, - CH, — Cf). 45 Quimica Ha ainda o caso particular da gasolina com indice de octanos superior a 100. Adicionan- do antidetonante a uma gasolina de indice de octanos préximo de 100, esse indice podera ultrapassar o valor citado, caso em que sera obtida uma gasolina que resistira & compres- so mais elevada que o isoctano. 4. Cracking A fragdo de maior consumo obtida no fraciona- mento do petréleo é a fra¢ao gasolina. A por- centagem de gasolina no petréleo varia com a procedéncia dele, que, em média, é de 10 %. Pode-se, porém, obter maior rendimento em gasolina no petréleo. Isso é feito pelo proces- so de cracking do petréleo, que consiste no aquecimento entre 450 °C e 700 °C das fracoes menos voldteis que a gasolina. Essas fracoes contém hidrocarbonetos com maior cadeia carb6nica e, durante o processo, da-se a pird- lise deles, formando-se hidrocarbonetos com menores cadeias carbénicas, constituintes da gasolina. No cracking, empregam-se catalisa- dores especiais que aumentam o rendimento da gasolina. Simultaneamente com o cracking, faz-se a h drogenacao catalitica para transformar os al- cenos em alcanos. © processo de cracking é bastante complexo, podendo originar uma mistura de produtos. CaHio + CaHe Cota + CH, CH ma CyHyo + CH, + C,H, +C Cato + 4H, 5. Hulha O carvao mineral é formado por materiais ri cos em carbono que ocorrem na crosta terres- tre em forma de depésitos e que resultam da fossilizacdo da madeira. Observe o teor de car- bono encontrado em diferentes fontes: madeira - 40% de carbono turfa - 60% de carbono linhito - 70% de carbono hulha ~ 80% de carbono antracito — 90% de carbono Quimica A. Destilago seca da hulha Na pratica, a destilacao seca da hulha é¢ feita pelo seu préprio aquecimento a 1.000 °C em retortas de ferro, ao abrigo do ar. Sdo obtidas as seguintes fracdes: a. Fragdo gasosa * gas de rua ou gas de iluminagéo b. Fragdo liquida * dguas amoniacais * alcatrao da hulha ¢. Fragio sélida ou residuo * carvéo coque O gas de rua 6 constituido de H, (50%), CH. (35%), CO (7%) e outros componentes. ‘As éguas amoniacais contém NH,, sais de amé- nio, aminas e outros componentes orgénicos em solugao aquosa. A partir das Aguas amonia- ais, so fabricados sais de aménio de grande aplicacao como fertiizantes na agricultura. EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM Ha estudos que apontam razSes econémicas e ambientais para que o gas natural possa vir a tornar-se, ao longo deste século, a principal fonte de energia em lugar do petréleo. Justifi- ca-se essa previsio, entre outros motivos, por- que o gés natural: a. além de muito abundante na natureza, 6 um combustivel renovavel. b, tem novas jazidas sendo exploradas e é menos poluente que o petréleo, ¢. ver sendo produzido com sucesso a partir do carvao mineral. d. pode ser renovado em escala de tempo muito inferior a do petrdleo. e. no produz CO; em sua queima, impe- dindo 0 efeito estufa 46 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade O carvao coque é usado como redutor em me- talurgia e, em particular, na siderurgia na fabri- caso de carbureto, gas d’dgua etc. Na quimica organica, a fra¢do mais importante obtida da destilacao seca da hulha € o alcatrao, que representa a fonte natural mais importante para a obtencao dos compostos aromaticos. As principais fragdes obtidas pela destilagio fra- cionada do alcatrao da hulha sdo as seguintes: a. Oleos leves até 150 °C: benzeno, tolueno, xileno b. Oleos médios de 150 °C a 220 °C: fenol, naftaleno c. Oleos pesados de 220 °C a 270 °C: cresédis, anilina d. Oleos verdes de 270 °C a 400 °C: antraceno, fenan- treno e. Residuos ou piche Resolucao © maior constituinte do gés natural é 0 me- tano (CH,), que, ao sofrer combustio, produz menos monéxido de carbono e gés carbénico do que outros derivados, como alguns tipos de 6leos combustiveis e gasolinas, que apresen- tam maior nimero de atomos de carbono por molécula Resposta B Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 1. Introdugdo E um fenémeno nuclear. Devido 2 elevada den- sidade, esses niicleos sdo considerados ins- téveis e espontaneamente emitem particulas intranucleares e energia para fora do tomo (emissdes essas denominadas de radiacées), buscando a estabilidade, transformando-se em outros nticleos. Ndcleo Niicleo Emite radiages Nicleo estavel Nucleo instavel 2. Descoberta da radioatividade natural Este processo foi descoberto, quase aciden- talmente, por Henri Becquerel, um cientista francés, em 1896. Quando estudava a fluores- céncia dos sais de uranio, descobriu que eles liberavam um novo tipo de radiagio de alta energia, capaz de escurecer uma chapa foto- grafica. Aparentemente, esta radiagao nunca tinha sido detectada antes, apesar do elemen- to urdnio ser conhecido ha mais de um século, Becquerel mostrou que a velocidade de emis- so da radiaglo a partir de um sal de urdnio [k,U0,(SO:)2 — sulfato duplo de potassio e uranilo] era diretamente proporcional & quan- tidade de urdnio presente. Havia uma excegdo a esta regra. Um certo mi- neral de urénio, denominado Pechblenda, libe- rava radiagao a uma velocidade quatro vezes maior do que se calculava com base no conteu- do de uranio. Em 1898, Marie e Pierre Curie, colegas de Becquerel na Universidade de Sour- bone, tentaram encontrar 0 ingrediente ativo de Pechblenda. Eles isolaram uma fraco de um grama de um novo elemento a partir de uma tonelada de minério. Esse elemento era mais intensamente radioativo do que o ura- nio. Eles denominaram-no polénio, em ho- menagem & Polénia, pa(s de origem de Marie Curie. Seis meses mais tarde, os Curie isolaram 47 Quimica CAPITULO 05 + RADIOATIVIDADE au outro elemento novo, fortemente radioativo: 0 radio. O prémio Nobel de Fisica, em 1903, foi concedido conjuntamente a Becquerel e ao casal Curie, devido ao feito realizado. 3. Emissdes radioativas Uma reaco nuclear é um processo no qual 0 nicleo de um atomo sofre alguma alteracao Assim, num experimento realizado por Ernest Rutherford, foi colocado um elemento radioa- tivo em uma cavidade de um bloco de chumbo e, aplicando-se em sua abertura um campo elé- 0, observou-se que, quando 0 feixe radioa- tivo passava entre as duas placas carregadas eletricamente, ele se subdividia em trés partes: Campo elétrico Fenda no bloco de chumbo Camara de chumbo contendo polénio Tela fluorescente A. Principais radiagdes A.1. Radiacao alfa (a) Consiste em um feixe de particulas carregadas positivamente (particulas alfa) com carga 2+ e uma massa 4 na escala de massa atémica, que se refere a dois protons e dois néutrons. Essas particulas so idénticas aos nucleos dos dto- mos de hélio - $He. ‘Ao que parece, devido a sua grande massa rela- tiva, sdo emitidas com velocidade nao superior 2 20.000 km/s. Tem pequeno poder de pene- tragdo, assim, quando atravessam uma cama- da de ar, perdem rapidamente sua energia pela colisdo com as moléculas de ar, sendo, por esse motivo, retidas em poucos centimetros. A radiagdo alfa pode ser interceptada por uma simples folha de papel ou mesmo pela camada de células mortas da superficie da pele. Quimica A.2, Radiagao beta (8) A radiagdo beta é constitufda por um feixe de particulas carregadas negativamente (parti- culas beta), idénticas, em propriedades, aos elétrons. A emissdo de uma particula beta (massa = 0 e carga = - 1) aumenta a instabi- lidade do nicleo (que passard a contar com maior tensdo entre os prétons), o que promo- ve a converséo de um néutron (massa = 1 e carga = 0) remanescente em um préton, um neutrino e outra particula beta néutron ——~ préton + elétron + neutrino e oe | e@ ® radiagdo beta A particula beta é cerca de sete mil vezes mais leve que a particula alfa, e sua velocidade de propagacdo pode chegar a 95% da velocidade da luz, fato que Ihe proporciona maior poder de penetracao. Essa particula ¢ capaz de atra- vessar uma folha de papel, porém ¢ intercep- tada por uma fina placa de chumbo. A radia- ao beta atravessa a camada superficial da pele, podendo causar queimaduras, contudo sem chegar a atingir os drgios internos. A.3. Radiagdo gama (7) Consiste em fotons de energia, de comprimen- to de onda muito curto (A = 0,0005 a 1,0 mm). A emissio de radiacio gama acompanha a maioria dos processos radioativos. Um nuicleo Veja 0 esquema: Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade excitado, resultante de uma emissdo alfa ou beta, libera um foton (ondas eletromagnéticas) e passa para um nivel de energia mais baixo e mais estavel. Por causa de sua grande energia e auséncia de massa, tem elevadissimo poder de penetracao. Atravessa facilmente a folha de papel, a placa de chumbo e até a chapa de aco. Somente uma parede de chumbo ou um espesso bloco de con- creto sao capazes de deté-la. A radiagao gama passa facilmente através do corpo humano, causando danos irrepardveis as células. Entre- tanto, quando convenientemente dosadas, as radiagdes gama podem ser utilizadas para tra- tar algumas espécies de cancer, pois destroem as células cancerosas. A figura acima mostra uma bomba de cobalto: as radiacdes do cobalto-60, usadas cuidadosa- mente, bloqueiam o crescimento das células cancerosas. BCo — ZNi+ 9B + By As radiacdes gama sao dirigidas através de um dispositivo para as células cancerosas, destruindo-as. Resumidamente Radiagdo Representacdo Caracteristicas Carga _—Poder de penetracéo 5 Muito pequeno. Penetra na alfa faousHe Particula formada por 2 protons. ele até 0,05 em. retida por e 2 néutrons (nucleo de He). 1 folha de papel. Emitidos pelos nucleos. Pequeno. Penetra na pele até Beta B Surgem da desintegracéo de 1 1,5 cm. Uma chapa de Af de néutron 0,6 cm de espessura a detém. Gama fy Ondas eletromagnéticas ° Alto. Penetra 4 em no chumbo, 48 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade 4. Leis da radioatividade A.1. 12 lei da radioatividade (Lei de Soddy) (Emisséo a): quando um niicleo radioativo emite uma particula a, seu nimero atémico diminui em 2 unidades e seu nimero de massa diminui em 4 unidades. Ocorre quando o nt: mero de prétons é muito maior que o numero de néutrons do nucleo. Ao observé-lo na Ta- bela Periédica, percebe-se que esse elemento quimico “caminha” duas casas para a esquerda no mesmo periodo. Genericamente, pode ser representad X > to+ ay Exemplo 2BU— fas 36Th A.2. 28 lei da radioatividade (Lei de Soddy, Fajans e Russel) (Emisso B): quando um nicleo radioativo emite uma particula B, 0 seu numero atémico aumenta uma unidade e o seu ntimero de mas- sa permanece constante. A tendéncia natural 6 que ocorra quando 0 niimero de néutrons for muito maior que o nimero de prétons. Nesse evento, o elemento quimico “caminha” uma casa para a direta na Tabela Periddica 5. Cinética das radiagdes Quimica Genericamente, pode ser representado: 20> 48 +238 Exemplo Pa $B +B Observacao Enrico Fermi, um fisico italiano, langou a se- guinte explicacio para justificar a emisséo de particulas beta (semelhantes ao elétron — °B) a partir de um niicleo atémico: “A particula beta (2B) € emitida quando um néutron instdvel se desintegra, convertendo- -se em proton." © préton fica no nticleo e, como a massa do proton é praticamente igual 8 massa do néu- tron, a massa total do atomo nao se altera, Assim, quando a particula beta ($B) ¢ expulsa do nticleo, libera consigo ondas eletromagné- ticas (a radiacdo gama — ), juntamente com uma outra particula subatémica denominada neutrino, de carga elétrica igual a zero e massa desprezivel. an > ip + 4B + to + By Nuon éton—Raglago Nutro Rago A radioatividade & um fenémeno estatistico. Isso significa que nao é possivel prever quanto tem- po um determinado étomo levard para se desintegrar emitindo particulas 40. ou -{B; mas é possi- vel determinar quanto tempo uma amostra desses Stomos levard para se desintegrar. A. Meia-vida ou periodo de semidesintegracao (P ou ty2) Define-se como o tempo necessario para que metade dos dtomos radioativos presentes numa amostra de um material radioativo se desintegre. A meia-vida ¢ uma propriedade inerente de todo material radioativo; isso que dizer que todos os elementos radioativos tém a caracteristica de se desintegrarem a uma taxa constante. ww massa Mo inicial az) 323) 2 Pelo apresentado no esquema acima, e facil perceber que, a cada periodo de meia-vida que se passa, a massa de material radioativo que permanece na amostra diminui pela metade. 9 Quimica Pode-se determinar a massa resultante desse processo em qualquer momento a partir da seguinte equacio: Mo 7 m = massa final da amostra apés x periodos mo = massa inicial da amostra x= nimero de periodos de semidesintegracao t=x-P (sendo t = tempo total) Graficamente, podemos representar o proces- so de decaimento radioativo através da curva exponencial de decaimento: m N° de dtomos nao desintegrados Curva de decaimento radioativo NJ2. N/A N/8. Nf Veja a seguir os periodos de semidesintegra- 40 (meia-vida) de alguns materiais. Radionuclideo Meia-vida -“Radlacko *gPo A milissegundo a Pa, minutos wy 3k 12/4 horas Bey 24 dias a 12,5 anos B 2Ra 1.610 anos wy au 710 mbes wy Je anos 6. Transmutagao nuclear Processo no qual um determinado material radioativo é transformado em outro elemento Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade desde o aprisionamento de subparticulas nu- cleares até mesmo em funcdo da coliséo com outros dtomos. Exemplo YNWSNYSI4 INWSYSIS4 © polénio emite particulas alfa, as quais bom- bardeiam os nticleos de nitrogénio, transfor- mando-os em nuicleos de oxigénio, Assim: UN + io < BF >> 10+ iP As particulas so hoje aceleradas em grandes aceleradores, como 0 ciclotron, 0 betatron e outros. Em 1932, 0 cientista James Chadwick desco- briu 0 néutron através do bombardeamento do isétopo 9 do berilio com particulas alfa. e+ ia %C+In Em 1934, Irene Joliot-Curie, filha do casal Curie, conseguiu transformar nucleos de aluminio em nticleos de fésforos, também por meio de bom- bardeamento com particulas alfa. BAL + $0. BP + in Atualmente, realiza-se um grande numero de reagGes nucleares bombardeando nuicleos por nicleos mais leves, por particulas alfa, por néutrons, por nucleos de deutério (7H) etc. Com o desenvolvimento da fisica nuclear, cria- ram-se em laboratério novos elementos gracas as reacées nucleares. E 0 caso do Tc (Z = 43), Pm (Z= 61), At (Z = 85), Fr (Z = 87) e de todos com nimero atémico acima de 92 (transurénicos). Além disso, provocando bombardeamento de nucleos leves com 4a ou 7H, obtemos emissao de néutrons com alta velocidade. Reagdes orgénicas, bioquimica e radioatividade Quimica A seguir, damos alguns exemplos de reagdes de transmutacao artificial. Spe+ 7H + in 5 _Transmutago do berlio em boro, tH MH > Reagio de descoberta do tritio, em 1934, por Rutherford. Préton Tritio Sivin tHe 3H Obteng3o de tritio, atualmente. Trit 2U+ n= ".U—~"saNp +38 io Reacdo de obtencao do neptiinio, em 1940, Reacdo de obtencao do lawréncio, — Blow +5in em 1961. 7. Energia nuclear A preocupacao do homem, principalmente nesta segunda metade do século XX, tem sido a obten- sao de energia. Todos nés sabemos da enorme quantidade de energia que pode ser obtida de um proceso nuclear. De onde ela provém? A resposta é dada pela equago de Einsten, E = m- c?, com base na ideia de que a massa pode ser convertida em energia, e vice-versa, ou, melhor, massa e energia sao diferentes, mas so manifestagdes interconvertiveis da mesma coisa. Essa energia nuclear to poderosa pode ser obtida através das reacdes de fissao e fusdo. A. Fissdo nuclear Em 1934, Enrico Fermi bombardeou dtomos de uranio com néutrons. A principio, ele desconfiou da formacao de elementos com niimero atémico maior que 92 (elementos transurdnicos). Em 1938, Otto Hahne Strassmann, repetindo a mesma experiéncia, constatou a existéncia do bario entre os produtos obtidos. Estranho, pois o bario, tendo numero atémico 56, é um tomo com numero atémico menor que 92 (elemento cisurdnico). No mesmo ano, Meitner e Frisch explicaram o fendmeno admitindo a quebra ou fissao, ou desintegrago do atomo de urdnio. Ni Cripténio Equacionando o processo: * 4,6 - 10° kcal t 28U +n 88a + Bkr + 3 in energial Fiss8o nuclear é, portanto, a quebra do nticleo de um dtomo em nticleos, menores, com liberaggo de uma quantidade enorme de energia. SI coe Quimica B. Fusdo nuclear Consiste na sintese (reunido) de nticleos, dan- do origem a um niicleo maior e mais estavel, e na emisso de grande quantidade de energia. Sdo necessdrias altas temperaturas para que ocorra a fusio nuclear. Esse processo € 0 que ocorre no Sol, onde nu- cleos de hidrogénio leve (prétio) se fundem, formando niicleos de hélio com liberagdo de alta quantidade de energia. 41H > tHe + 29B+2 fv + energia Essa reaco que ocorre no Sol ndo pode ser rea- lizada artificialmente, pois exige uma tempe- ratura elevadissima, da ordem de 10 milhdes de graus Celsius. EXERCICIO RESOLVIDO 01. ENEM Considere um equipamento capaz de emitir ra- diacdo eletromagnética com comprimento de onda bem menor que a da radiaco ultravioleta Suponha que a radiacao emitida por esse equi- pamento foi apontada para um tipo especifico de filme fotogréfico e entre o equipamento e 0 filme foi posicionado o pescoco de um individuo. Quanto mais exposto a radiacao, mais escuro se torna o filme apés a revelacio, Apés acionar 0 equipamento e revelar o filme, evidenciou-se a imagem mostrada na figura a seguir. 52 Reasées orgénicas, bioquimica e radioatividade Entretanto, em 1952, os cientistas consegui- ram realizar a fusdo-controlada, envolvendo no sé prétio, mas também deutério, tritio e até mesmo nticleos de hélio. H+ 1H JHe + energia 3H + 7H — SHe + energia 3He + He > $He + 2 1H + energia Cientistas preveem a construcao de reatores de fusdo com muitas vantagens sobre os rea- tores de fissdo. As principais vantagens de um reator de fusdo seriam sua economia e a virtu- al auséncia de detritos radioativos e, portanto, no poluentes. O maior problema encontrado neste tipo de reator esta ndo somente em se reproduzirem as temperaturas necessarias & fusdo, mas também em se conseguir um meio que suporte tais temperaturas. Dentre os fendmenos decorrentes da interagao entre a radiagao e os dtomos do individuo que permitem a obtencdo desta imagem incluem-se: a. a absorgdo da radiagao eletromagné ca e a consequente ionizacao dos 4to- mos de célcio, que se transformam em dtomos de fésforo. b. a maior absorcdo da radiacao eletro- magnética pelos atomos de calcio que por outros tipos de dtomos. ¢.a maior absorgao da radiacdo eletro- magnética pelos atomos de carbono que por dtomos de calcio. d, a maior refracdo ao atravessar os étomos de carbono que os étomos de calcio. e. amaior ionizacdo de moléculas de agua que de dtomos de carbono. Resolucao Como a base das estruturas dsseas é 0 ele- mento célcio, dentre os fenémenos decorren- tes da interago entre a radiagdo e os étomos do individuo que permitem a obten¢do desta imagem inclui-se a maior absorcao da radia- do eletromagnética pelos dtomos de célcio que por outros tipos de dtomos Resposta B Exercicios Propostos y A —— Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 01. Unimontes-MG © pentano (CsH,,) reage com o gas cloro (C/;), na presenca de luz, para fornecer trés produ: tos monoclorados, dos quais apenas um apre- senta atividade dptica. O nome oficial desse composto é: a. 1-cloro-pentano. b. 3-cloro-pentano. ¢. 2-cloro-2-metil-butano. d. 2-cloro-pentano. 02. UFAM © 2-metil-propano, ao reagir com gas cloro, na presenca de luz, e a 25° C, dard dois compostos isémeros de proporsées diferentes. Sao eles: a. cloreto de butila e cloreto de terc-butila b, cloreto de isobutila e cloreto de terc- -butila ¢. cloro-butano e 2-cloro-butano. d. cloreto de isopropila e cloreto de metil- propila. e. 1-cloro-1-metil-propano e 2-cloro-2-me- tikpropano. 03. Unimontes-MG Quando moléculas aquirais reagem produzin- do um composto com um Unico carbono qui- ral, assimétrico, 0 produto obtido seré uma mistura opticamente inativa, ou seja, produto como uma forma racémica. A cloracao radica- lar — via radical livre — do pentano, em presen- sa de luz, produz trés compostos monoclora- dos, bem como produtos policlorados. a, Represente, por equago, a cloracao do pentano com consequente formagao dos trés compostos monoclorados. b. Nomeie o composto que pode ser obti- do como uma forma racémica. 04, Mackenzie-SP Da halogenagdo abaixo equacionada, conside- re as afirmacées |, Il, Ill e IV. (a)CH, +(b)C4, + >cHCE; +(c)X |. Representa uma reacSo de adicao, Il, Se o coeficiente do balanceamento (a) for igual a 1, entao (b) e (c) serao iguais a 3. IIL. O produto X tem formula molecular HCE. IV. Um dos reagentes é 0 metano. 55 Quimica CAPITULO 01 ww Das afirmagées feitas, esto corretas: a.1,1l, Ile, b. le IV, somente. . Il, Il, e IV, somente. d. Ile Ill, somente, e. |, lel, somente. 05. FGV-SP ‘A monocloragio do composto organico de nome quimico metil-butano pode gerar X compostos orgénicos diferentes. Considerando que os isémeros épticos séo compostos distintos, X é igual a: a.3 b.4 cS d.6 e7 06. FCC-SP Abaixo sdo dadas algumas etapas da reacdo entre bromo e hidrocarboneto. Br : Br + energia > 2 Br Br-+R:H—R-+H: Br R-+Br:Br—>R:Br+Br ‘Aanilise dessas etapas revela que o hidrocar- boneto R : H esté sofrendo: a. despolimerizacao. b. substituicao. ¢. eliminacao. d, craqueamento. e. adigdo. 07. Unicap-PE Aponte as alternativas corretas. a. Os alcanos, de maneira geral, so pou- co reativos, por conta do seu caréter apolar. |. As reagées tipicas dos alcanos so rea- ges de substitui¢io por radicais livres. ¢. Na cloragdo do metano, obtém-se o cloro-metano, que é um excelente sol- vente organico nao inflamavel Quimica d. O nitrometano é uma substancia utiliza- da para melhorar a qualidade de alguns combustiveis. O nitrometano pode ser obtido por nitragao do metano. e. A sulfonacdo de um alceno é um pro- cesso no qual 0 dcido empregado é 0 acido cloroso. 08, UFV-MG Amonocloragao de um alcano, em presenca de luz ultravioleta, produziu os compostos 2-clo- r0-2-metil-propano e 1-cloro-2-metil-propa- no. O nome do alcano é: a. iso-propano. b, metil-butano. ¢. pentano. d. butano, e, metil-propano. 09. FAAP-SP Uma mistura de 2-metil-butano e cloro ¢ irra- diada com luz solar. Ha formagao de HCf e de uma mistura de compostos de formula molecu- lar C.H,,Cé. Escreva as formulas estruturais e os nomes dos possiveis composts formados. 10. Fuvest-SP A reacdo do propano com cloro gasoso, em presenca de luz, produz dois compostos mo- noclorados. luz 2.CH.-CH.~CH, + 2 Cf, CH-CH-CH Cr+ o I cH CCH, +2 Hee i H Na reagdo do cloro gasoso com 2,2-dimetil- butano, em presenca de luz, 0 ntimero de compostos monoclorados que podem ser for- mados e que no possuem, em sua molécula, carbono quiral é: al 4.4 b.2 eS «3 11. UER Obutano é um gés utilizado como matéria-prima na sintese de diferentes compostos, como, por exemplo, 0 1,4-dibromobutano. Esse composto pode ser obtido a partir da reacao de substitui- Go entre o butano e 0 bromo molecular. 56 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade Substituindo-se simultaneamente e de forma aleatéria dois dtomos de hidrogénio do buta- no por dois dtomos de bromo, a probabilida- de de que seja obtido o 1,4-dibromo-butano 6 igual a: a.0,2 €.0,6 b.0,4 4.08 12. UECE A dissociagao do freon 12 produz étomos de cloro de acordo com a reagao: CCipFgg) > COFFyg) + Ch O cloro elementar assim obtido ataca 0 oz6- nio, convertendo-o em oxigénio. Com base nessas informagGes e nos seus conhecimentos sobre cinética quimica e reacdes da atmosfera, assinale o correto. a. A luz solar funciona como catalisador da reagio. b. Areacao é uma autocatalise. c. O oxigénio elementar se forma a partir do oz6nio. d. Os raios infravermelhos sa responsdveis, pela destruicdo da camada de oz6nio. 13. UESPI © metano é um composto que reage sob condigdes vigorosas com halogénios. Obser- vando-se 0 comportamento de reacées entre moléculas de metano com moléculas de um tipo de halogénio — bromo, cloro, flor e iodo, respectivamente — sob aquecimento e na pre- senca de luz, é correto afirmar que: a.0 |, € 0 que possui maior tendéncia para reagir. ocorrem reagées de adico nucleofilica. ‘0 meio reacional ficard mais acido com © andamento das reacdes. o alcano seré transformado em alceno. serao formados haloalcanos isoméricos. 4d. e. 14. UFU-MG Estudos mostram que um dos principais agen- tes da destruicio da camada de oz6nio séo 08 clorofluorcarbonos (CFC), gases utilizados em sistemas de refrigeracao, propelentes em aerossdis, agentes de expansdo na producdo de espumas e agentes de limpeza na indus- tria de computadores. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade E correto afirmar que isso acontece, principal- mente, porque os clorofluorcarbonos (CFC): a. reagem espontaneamente com 0; pro- duzindo CO; e agravando o efeito estufa b. reagem com H,0 produzindo dcidos e chuva dcida. ¢. produzem, sob aco da luz, radicais li- vres que reagem com Os. d. escapam para 0 espaco provocando o fendmeno da inversao térmica. 15. PUC-MG 0 produto principal da reagdo de substituicso H i a cH, Ch, — (2) 6: a. cloreto de terc-butila, b. 1,1-dicloro-butano. ¢. 1,2-dicloro-butano. d, 2-metil-1-cloro-propano. e, 1-metil-2-cloro-propano. 16. Fesp Quantos derivados monobromados se obtém du- rante a bromagio do 2-metil-pentano a 300 °C? a2 4.6 b.4 eS 3 17. Cesgranrio-RI Assinale o nimero de produtos monoclorados obtidos pela substituicgao de qualquer atomo de hidrogénio em 2,4-dimetil-pentano por um tomo de cloro. a2 4.5 b.3 26 a4 18. UFRJ Os radicais livres, grandes inimigos da pele, so. formados quando ha exposigo excessiva ao sol. A formagdo desses radicais envolve um dife- rente ganho de energia e, por isso, eles apre- sentam estabilidades diferentes. O gréfico a seguir apresenta a comparagao da energia potencial dos radicais t-butila e isobu- tila formados a partir do isobutano. s7 Quimica Energia potencial a. Qual dos dois radicais é o mais estavel? Justifique sua resposta b. Qual é a formula estrutural do com- posto resultante da unio dos radicais t-butila e isobutila? 19. UFPA As reacies de bromagio e clorago de alcanos ocorrem via mecanismo radicalar. Caso 0 pro- duto dessas reagdes tenha um centro quiral, entao sera obtida uma mistura racémica. Por exemplo, a clorago radicalar do n-butano pro- duz uma mistura racémica de 2-cloro-butano, com 71% de rendimento. J a bromago do n-butano produz uma mistura racémica de bromo-butano com 98% de rendimento. Nes- se caso, 0 maior rendimento em mistura racé- mica da bromacio é devido a: a. maior estabilidade do carbocation se- cundério formado durante a reagio de cloracdo. b. menor reatividade do radical de bromo formado durante a reaco de bromagio. ¢. maior estabilidade do radical alquila primério formado durante a reacio de bromagao. d. menor reatividade do radical de cloro formado durante a reaco de cloracao. e. maior reatividade do radical de bromo formado durante a reacio de bromagiio. 20. Fuvest-SP Alcanos reagem com cloro, em condicées apropriadas, produzindo alcanos monoclora- dos, por substituigdo de dtomos de hidrogénio por étomos de cloro, como esquematizado. Quimica luz 25°C i, # CH, ~CH, ~ CH, +H, ce Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade CH, CH - CH, + CH, CH=CH, 43% ce 57% cH, cH, CCH —C—H +CHy—C—cF cH cH. a 36% 5 64% Considerando os rendimentos percentuais de cada produto e o ntimero de dtomos de hidrogénio de mesmo tipo (primario, secundério ou terciario), presentes nos alcanos acima, pode-se afirmar que, na reacao de cloracdo, efetuada a 25 °C: + um dtomo de hidrogénio tercidrio & cinco vezes mais reativo do que um atomo de hidro- génio primario; * um dtomo de hidrogénio secundario é quatro vezes mais reativo do que um dtomo de hidrogénio primario, Observagdo — Hidrogénios primério, secundério e terciario sdo os que se ligam, respectivamente, a carbonos primério, secundario e tercidrio. A monocloragao do 3-metil-pentano, a 25°C, na presenga de luz, resulta em quatro produtos, um dos quais é 0 3-cloro-3-metil-pentano, obtido com 17% de rendimento. a. Escreva a férmula estrutural de cada um dos quatro produtos formados. b. Com base na porcentagem de 3-cloro-3-metil-pentano formado, calcule a porcentagem de cada um dos outros trés produtos. 21. UEL-PR Considere a reacao de substituicéo: 4“ oo Ore Gen Se na reacdo 0 | — CHs for substituido por (I — C,Hs), obter-se a. tolueno. b. naftaleno. «. etilbenzeno, d. o-etiltolueno. e. p-etiltolueno. 22. Fuvest-SP Equacione a reacdo de sulfonacao do benzeno, dando 0 nome do produto organico formado. 58 23. Indique 0 nome do produto organico das se- guintes reacdes de substituicao feitas no anel aromético: a. benzeno + brometo de isobutila; b. benzeno + cloreto de s-butila, 24, UFU-MG Embora o benzeno seja um excelente solven- te organico, é desaconselhavel o seu emprego como tal, por ser cancerigeno. Por isso, usam- se com mais frequéncia seus derivados, por se- rem menos agressivos e, além disso, servirem como matéria-prima para outras sinteses. O esquema de reacdo abaixo mostra um caminho para a sintese de um desses derivados. ‘ C: wet 4 ce Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Aafirmacao correta é: a. A equacdo representa um processo de preparacéo de dcidos carboxilicos com aumento da cadeia carbénica. b. 0 composto X é um hidrocarboneto aromatico. ¢. Temos um exemplo tipico de acilagio de Friedel-Crafts. d. O composto X é um cloreto de alquila e. O composto X é um fenol. 25. Cesgranrio-RI A substituigdo de quatro atomos de hidrogé- nio do nucleo benzénico por quatro dtomos de cloro fornece um nimero de isémeros de posigdo igual a: a2 4.5 b.3 2.6 4 26. UEM-PR Dadas as reagdes |e Il, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). I. benzeno +Br, —8-5 A +HBr UL fenol + 3Br, —“45 B + 3HBr 01. A 6 0 1,2-dibromo benzeno. 02. 8 é 0 2, 4, 6-tribromofenol. 04, 0 agrupamento -OH do fenol, por efei- to de ressondncia, ativa o anel aromati- co em reagdes de substituicao eletrofi- lica aromatica 08. A velocidade da reacao | é bem maior que a da reagdo Il 16. Todos os carbonos dos compostos Ae B esto hibridizados em sp2. 27. UEG-GO Abaixo, so mostradas as estruturas do fenol e do dcido benzoico. ©, OH OH Ne < Oo 9 Fenol Acido benzoico 59 Quimica ‘Apés a andlise dessas moléculas: a. coloque-as em ordem crescente de ac dez, justificando 0 motivo da escolha; b, coloque-as em ordem crescente de rea- tividade diante das reacdes de substi tuicdo eletrolitica, justificando o moti- vo de sua escolha. 28. UEPG-PR Sobre a anilina, matéria-prima utilizada em indmeros corantes cuja estrutura esta repre- sentada abaixo, assinale o que for correto, NH, 01. E uma amina 02. Sofre reacdes de substituiggo orienta- das por — NH; em orto e para. 04, Apresenta a formula molecular CH;N. 08. Também chamada fenilamina, constitui um composto aromatico nitrogenado. 16. E derivada de NH;, pela substituigiio de um dos hidrogénios por um radical arila 29. UEPG-PR Alguns compostos nitrados, derivados do dcido benzoico, constituem substancias ini- bitérias ao crescimento de bactérias espec ficas, 0 que auxilia a identificac3o de espé. cies. Com relacao a sintese e propriedades de derivados de compostos arométicos, as- sinale o que for correto. 01. A nitragéo do tolueno (metil-benzeno) produz mistura de produtos substitui- dos nas posigées 2 € 4. 02. Na obtengo do Acido para-nitrobenzoi- co, 0 dcido benzoico reage com HNO;, em quantidades equimoleculares. 04. 0 cido para-nitrobenzoico apresenta maior acidez do que o dcido benzoico. 08. 0 acido para-nitrobenzoico apresen- ta-se ativado em relacio ao acido benzoico, ao se efetuar uma segunda reac3o de nitragao. 16. 0 grupo carboxila ligado ao anel ben- zénico é um ativador das posigdes orto e para. Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 30. UEG-GO Considere o esquema abaixo. Sua andlise per- mite concluir que: OC LH 0. S.7 32. No, No, Complete as reagoes: a. 0 produto foi obtido por reducio. a. Alquilacao de Friedel-Crafts b. no anel aromatico, os substituintes es- (Ss sHc—o SL to na posi¢ao para c. umeletrofilo, ao reagircomoreagente, __—b._Acilagio de Friedel-Crafts esse ird se ligar na posiggo meta. 0 SoC -06 7 Me, d. uma ligago C = 0 é maior do que uma nine—f AS ligagdo C—O Nor 31, UECE 33. ITA-SP_ Hidrocarbonetos arométicos presentes no alcatrao, respondem, em parte, pelos ris- Considere os compostos organicos: cos 4 satide que o fumo oferece. Muitos fumantes tém tido problemas nos pulmdes 1, H,c —CH;—CH—CH, causados pelos hidrocarbonetos aromaticos. | Assinale a alternativa que representa corre- cH, tamente os produtos da reacdo quimica de | substituicdo de um hidrocarboneto aromati- CH, co, cujos reagentes sao: Ich) —cH, H oO 2? Web, \ | “ AS MH c— ch, a ; ii c—cH, HOH a. + HG Qual das afirmacées é verdadeira? a. (II) € isémero de (III) b. Reagindo (I) com C/,, poderemos ter ° uma reacao de adicao. tow, c. Reagindo (II) com Cl,, poderemos ter um reagao de adicao. b. + HOE d. (I) recebe o nome de 3-metil-pentano. €, Nao termosnenhum composto aromitico. coe “o Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 34, UECE Nas equagées: X+0h—9Y Orn O-es © composto X é: a. metano. b. eteno. ¢. etano. d. propano. e. propeno. 35. Fuvest-SP modificado A polimerizagao do acetileno produz um hi- drocarboneto aromatico (benzeno), que reage com Acido sulfirico, fornecendo um acido. O sal de sédio desse dcido pode ser usado para 2 produco de fenol. Represente as equacdes das reacdes do benzeno com acido sulfurico e © produto dessa reacio com NaOH 36. FCC-SP A reagdo de benzeno com cloro-metano, em presenca de A/C/; (catalisador), produz me- til-benzeno. Em processo semelhante, a rea- go de benzeno com 2-cloro-metil-propano deverd produzir: t “Ou «Orem if Ach, cH, d. Hc CH, —cH “On 61 Quimica 37. UEM-PR ‘A equagao quimica abaixo representa 0 pro- cesso de sintese do luminol a partir do acido 3-nitroftdlico e da hidrazina. O luminol é um composto que, sob condigées adequadas, apre- senta quimioluminescéncia e por isso é utilizado em quimica forense (investigacdo de crimes) para a deteccdo de sangue. A respeito dessa rea- 40, assinale o que for correto. No, ‘COOH COOH Acido 3-nitroftalico NH Aw Luminol 01. formagdo da 5-nitroftalhidrazina ocorre com eliminagdo de uma molé- cula de dgua 02. 0 Na,S;0, atua como agente oxidante. 04. Em solucdo aquosa, o dcido 3-nitroftd- lico apresenta cardter dcido, enquanto o luminol apresenta carter basico. 08. Em reacdes de substituigéo eletrofili- ca aromatica, 0 grupo nitro atua como grupo metadirigente, enquanto o gru- po amina atua como ortoparadirigente. 16. A desidratagdo do acido 3-nitroftalico puro gera o anidrido 3-nitroftalico. 38. UFF-RJ Amelanina é um pigmento produzido na pele de mamiferos. Por outro lado, sua fungdo na coloracao da plumagem das aves é fundamen- tal: sem ela o azul e 0 verde nao existiriam e 0 pavao seria todo branco. No pavao, a luz é decomposta por uma série de microléminas situadas nas bérbulas das pe- nas. O mesmo fato ocorre nos beija-flores. A eumelanina situada na profundidade absorve as radiagdes nao refletidas. Igualmente, sao as microlaminas que dao origem as cores irisadas de numerosas aves: pombo, corvo etc. Essas Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade cores mudam segundo a orientagdo da luz que incide na pena. A presenca de carotenoides na pena permite passar do azul e do violeta 8 purpura, mas as microlaminas podem produzir todas as cores sem que haja carotenoides. Na auséncia de melanina negra, essas cores, ditas estrutu- rais, no aparecem O esquema a seguir mostra 0 inicio da producaio de melanina em alguns organismos vivos: ° OH oO varias et0p@S \elanina Tirosinase HN cO,H HN cO,H Tirosina Dopaquinoma Segundo os conceitos fundamentais da quimica e o esquema acima, pode-se afirmar que: a. a dopaquinona no reage com NaOH b. atirosina é uma substancia aquiral c. nao é possivel realizar reaces de substitui¢do aromiatica eletrofilica na tirosina. d. na tirosina o grupo funcional mais bésico é o grupo amino. e. na tirosina o grupamento mais dcido é a hidroxila 39. UEM-PR modificado De acordo com as reagdes fornecidas no esquema abaixo, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).. OQ HNO, #750, ae kmno,, Hc eth, _ Fons 01. A reaco de nitragdo do benzeno é uma reagdo de adigdo. 02. 0 ciclo-hexano pode ser obtido por oxidago do benzeno. 04. A halogenagdo do tolueno é uma reacio de substituicdo. 08. © permanganato de potassio é o agente oxidante na reagio de conversao do tolueno em acido benzoico. 16. Devido ao efeito de ressondncia do anel aromético, 0 produto obtido pela reduc catali- tica do nitrobenzeno é uma base mais fraca que a metilamina. coe 2 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 40. Unesp A discussao sobre a estrutura do benzeno, em meados do século XIX, gerou uma diversidade de propostas para a estrutura da molécula de CcH., algumas das quais encontram-se repre- sentadas a seguir: Benzeno de Prismano Kekulé cH, Benzeno de Fulveno Dewar Sabendo-se que, quando o benzeno reage com 0 cloro, forma-se um Unico produto (monoclorobenzeno), quais das estruturas apresentadas nao atendem a esse requisito? Justifique apresentando as estruturas possi- veis para os produtos da monocloracao des- ses compostos. 41. Uespi ‘A hidrogenacdo catalitica de uma ligacdo du- pla caracterizada como uma reagio de: a. eliminacao. b. adigao. ¢. transesterificaco. d, desaponificacso. e. substituigao. 42. Ufla-MG Assinale a alternativa que nao apresenta rea- so de adicao eletrofilica . 3-metil-2-buteno + Cfy b. Butano + Br, ¢. Propeno + H,0/H,SO, d. Ciclopenteno + Cé e. Cicloexeno + HC/ 43. Segundo a regra de Markovnikov, a adicdo de 4cido cloridrico gasoso (anidro) a 2-metil-2-bu- teno forma, principalmente, o produto: Quimica CH, | a CH Etch, Gu cH, | b. chy Ecc, Hoo Ghee 6 Cc, HOH cH | 4. Cheah HOH 44. Vunesp Alcoois podem ser obtidos pela hidratagio de alcenos, catalisada por dcido sulfurico. A rea- so de adicao segue a regra de Markovnikov, que prevé a adigo do atomo de hidrogénio da gua ao dtomo de carbono mais hidrogenado do alceno. Escreva: a. a equacdo quimica balanceada de hi- dratago catalisada do buteno-1; b. onomeoficial do produto formadonarea- <0 indicada no item a 45. Cesgranrio-RJ ‘Ao se analisar uma amostra em laboratério, usando hidrogenacao em presenga de catali- sador, consumiram-se dois mol de hidrogénio por mol da substancia para transformé-la em alcano. A substncia era: a. 2-buteno. b. 3-cloro-propeno. ¢. 2,3-dimetil-pentano d. 1,3-butadieno. e. 2-metil-propeno. 46. UEPB Uma das alternativas vidveis ao Brasil para 0 uso de fontes renovaveis de energia e com menor impacto ambiental é o biodiesel. No Brasil foi institufda a Lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005, Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade que obriga, a partir de 2008, em todo o territério nacional, o uso de uma mistura em volume de 2% de biodiesel e 98% de diesel de petrdleo, denominada de B2. Em janeiro de 2013, essa obrigatoriedade passou para 5% (B5). Este biocombustivel é substituto do éleo diesel, que é um combustivel fossil ob- tido da destilacdo fracionada do petrdleo. O procedimento normalmente utilizado para obtencao do biocombustivel é através da transesterificacdo catalitica entre um dleo vegetal com dlcool de cadeia curta, sendo obtidos ésteres graxos, como pode ser representado pela equacao quimica abaixo: i H,C—O—C—C, Hy, H,C—OH | | i HC—O—C—C,H,, +CH,OH = HC—OH + C,,H,—C —OCH, | oi | H,C—O—C—C, Hy, H,C—OH Um dos indices da qualidade do diesel e do biodiesel é a determinacao do numero de insatura- Ges em suas moléculas. Quanto maior a quantidade de insaturagées, maior é a degradabilidade, oxidaco, do combustivel. A técnica para determinacdo do indice de insaturaco é denominada de indice de iodo. A reacdo se processa da seguinte maneira: 0 iodo molecular, de cor violeta, reage com os carbonos insaturados da molécula e produz uma ligago saturada, incolor. Qual das alternativas abaixo apresenta uma equa¢ao quimica adequada para esta reacao? \ vad eed / ayed 47. Unifor-CE Considere os seguintes hidrocarbonetos: ga Sw NY “Y \ 0 mow Estruturas isémeras do ciclopentano capazes de sofrer reagdo de adicao estdo representadas somente em: a.lell. c. lle lll. el, llelv. b. le lll. d. lle lv. coe “4 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 48, PUC-RI Alcenos séo hidrocarbonetos muito utiliza- dos na industria quimica. No esquema abai- xo, estd representada a reacao de adi¢ao de gua ao alceno (A) catalisada por Acido, ge- rando o produto (B). ct, + Hoe (a) =CH—CH, De acordo com estas informagées, faca o que se pede: a. Represente a férmula estrutural do composto (B) obtido a partir de 1 mol do composto (A) com 1 mol de H,0 b. D8 o nome, segundo a nomenclatura ofi- cial da IUPAC, dos compostos (A) e (8). ¢. Represente a formula estrutural do is6- mero de posigao do composto (A). 49. UEG-GO Considere a reacdo mostrada no esquema abaixo e responda ao que se pede. sie Y Br a. Dé a nomeclatura IUPAC para o reagen- tee produto. b. Desenhe a estrutura do intermediario envolvido na formagdo do produto. ¢. Construa o diagrama de energia para as etapas envolvidas até a formagio do produto. 50. Fuvest-SP Dois hidrocarbonetos insaturados, que sio iso- meros, foram submetidos, separadamente, & hi- drogenasao catalitica. Cada um deles reagiu com H, na proporcao, em mols, de 1:1, obtendo-se, em cada caso, um hidrocarboneto de férmula CiH,o. Os hidrocarbonetos que foram hidrogena- dos poderiam ser: a. 1-butino e 1-buteno. b, 1,3-butadieno e ciclobutano. ¢. 2-buteno e 2-metil-propeno. d. 2-butino e 1-buteno. e. 2-buteno e 1-metil-propano, 65 Quimica 51. Os alcenos, devido & presenca de insatura- ¢40, so muito mais reativos do que os alca- nos. Eles reagem, por exemplo, com haletos de hidrogénio, tornando-se, assim, compos- tos saturados Apresente a formula estrutural e dé o nome do produto principal obtido pela reacdo do HBr com um alceno de férmula molecular CcH.2 que possui um carbono quaternario. 52. UEM-PR Arespeito de reagées quimicas de adico, assi- nale 0 que for correto. 01. A hidrogenacdo de alcenos é usada Para a producao de margarinas a partir de dleos vegetais 02. © produto principal da reacao de adi- 40 entre 0 propeno eo Acido clori- drico, na auséncia de peréxidos, ¢ 0 1-cloropropano. 04. A reagdo entre o acetileno e 0 Cf, em proporgées equimolares, gera o clore- to de vinila, utilizado na produgso do poli(cloreto de vinila), 0 PVC. 08. A reacdo do 1,3-butadieno em propor- 40 equimolar com Cf, gera como pro- duto principal o 1,4-dicloro-2-buteno. 16. Por meio da hidratago do acetileno, ¢ possivel produzir 0 acetaldeido. 53. UFF-RI Tendo em vista as substdncias mostradas a se- guir, faca o que se pede: 444 A 8 a. D8 2 formula da estrutura do principal produto da reago entre um mol da substancia A com um mol de HBr, na auséncia de perdxidos. b. Dé a formula estrutural de um dos pos- siveis produtos da reagio entre um mol da substancia B e um mol de H,0°. . Qual é a massa do produto organico for- mado na reagdo entre 14,0 g de A com HBr em excesso e na auséncia de peré- xidos, supondo um rendimento de 60%? d. Seria possivel obter um polimero dessas substncias? Justifique sua resposta. Quimica 54. UFC-CE Acrilamida é uma substancia carcinogénica e irr- tante, que pode ser formada em alimentos ricos ‘em carboidratos e com baixos teores de prote(- nas, quando estes so submetidos a processos com temperaturas de, pelo menos, 120 °C. A presenca de asparagina no alimento é importan- te para a formacao de acrilamida por meio de reacGo iniciada com acucar redutor (glicose), en- quanto a presenca de lisina reduz a formagao de acrilamida. Com relacao as estruturas das subs- tancias mencionadas, representadas a seguir, assinale a alternativa correta ° ° He, NH, ew NH, 0 w Acrilamida (ul) Asparagina cHo H#—_}— oH HoO——H >< nt on H—}—oH Ho NH, NH, qu CH,OH Uisina ™ Glicose a. 0 dtomo de nitrogénio na posigéo 4 do composto Il sofre um ataque eletrofi- lico do carbono C-1 pertencente ao composto IV. © atomo de nitrogénio na posigdo 6 do composto Ill pode promover um ataque nucleofilico ao carbono C-1 do composto IV. Os compostos Il e Ill tém dois e quatro ismeros opticamente ativos, respecti- vamente, enquanto 0 composto | ndo apresenta nenhum isémero éptico. Os dtomos de nitrogénio ligados ao car- bono C-1 no composto | e ao carbono C-4 no composto II so os mais basicos encontrados nas estruturas |, Ile Ill Os compostos | e Il, quando tratados com NaOH, sofrem hidrdlise no carbo- no C-Le no C-4, respectivamente, e for- mam 0 sal de aménio do dcido carboxi- lico correspondente ao final da reagdo. 66 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade 55. Dé © nome dos produtos obtidos nas reagdes a seguir, que ocorrem na proporgao indicada pelos coeficientes. = G—C—G—CH, «2H, — 56. A formula H.C =CH—CH=CH, corresponde a a. um alqueno com duplas-ligagdes con- jugadas, b. um dieno conjugado. ¢. um dieno com duplas isoladas. d, um alqueno com duplas isoladas. e. um alcino. 57. Mackenzie-SP Sobre um alcadieno, sabe-se que: I. sofre adi¢ao 1,4; Il, quando hidrogenado parcialmente, pro- duz, em maior quantidade, o hexeno-3. O nome desse dieno é a. hexadieno-1,2. b. hexadieno-1,3 ¢. hexadieno-2,4. d. hexadieno-1,4. e. hexadieno-2,3. 58. UEL-PR Substdncias organicas capazes de agir na es- tabilizaggo dos microtubulos, diminuindo as taxas de replicagao celular, apresentam potencial como agente anticancer. O taxol (estrutura a seguir) foi a primeira substéncia natural que mostrou essa propriedade e ra- pidamente se tornou um farmaco aprovado para o tratamento de carcinomas de ovario, mama e pulmao. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade A identificagéo das reagdes quimicas que uma molécula bioativa pode realizar 6 uma habilidade desenvolvida pelos quimicos e é fundamental para a preparacdo de estruturas andlogas com atividade farmacolégica mais potente ou com menos efeitos colaterais. Com relacdo a estrutura do taxol, é correto afirmar que: a.0 anel E é capaz de sofrer reacio de nitragdo em que 0 grupo NO, ocupara preferencialmente a posicdo orto. . as insaturagées presentes nos anéis C, D, Ee F podem igualmente sofrer rea- glo de adicao de Br. 08 anéis E e F sdo capazes de sofrer rea- G0 de nitrago no qual o grupo NO; ocu- pard preferencialmente a posicéo para. . diferentemente das insaturagdes dos anéis D, E e F, a insaturago do anel C pode sofrer reagdo de adi¢o de Br;. © taxol 6 uma molécula polifuncional apresentando, dentre outras, as fun- Ges Acido carboxilico, amina e aldeido. e. 59. UERJ Na natureza, os dcidos graxos insaturados encontrados em dleos vegetais ocorrem pre- dominantemente na forma do isémero geo- métrico cis. Porém, quando esses dleos so processados industrialmente, ou usados em frituras repetidas, forma-se o isémero trans, cujo consumo nao é considerado saudavel Observe na tabela a seguir os nomes usuais € 08 oficiais de trés acidos graxos comumen- te presentes em dleos e gorduras. 67 Quimica Nome usual Nome oficial oleico octadec-9-enoico estedrico octadecanoico linoleico octadec-9,11-dienoico Em um laboratério, para identificar o conteido de trés frascos, X, Ye Z, cada um contendo um desses acidos, foram realizados varios testes Observe alguns dos resultados obtidos: * frasco X: no houve descoramento a0 se adicionar uma solucao de Br, / CC; * frasco Y: houve consumo de 2 mols de H,{g) na hidrogenago de 1 mol do dcido; * frasco Z: 0 dcido apresentou estereoi someros. Escreva a férmula estrutural espacial em |i- nha de ligacdo do isémero do dcido oleico prejudicial & satide. Em seguida, cite os no- mes usuais dos 4cidos presentes nos frascos Xe¥. 60. Uespi © halotano é 0 nome usual do derivado halo- genado (bromo-2-cloro-2-trifluoretano-1,1,1), que é largamente utilizado como anestésico. Um dos métodos de preparagao deste anesté- sico consiste na reagao de: adigao de Acido fluoridrico ao tricloro- etileno em presenga de tricloreto de antiménio, seguida de uma reacdo de substituicao com bromo. adigio de acido bromidrico ao triclo- roetileno em presenca de tricloreto de antiménio, seguida de uma reagdo de substitui¢ao com cloro. adigao de Acido cloridrico ao tricloro- etileno em presenga de tricloreto de antimdnio, seguida de uma reacdo de substituicgo com fluor. adigo de acide bromidrico ao triclo- roetileno em presenca de tricloreto de antiménio, seguida de uma reacdo de substituicdo com bromo. adi¢ao de acido fluoridrico ao tricloro- etileno em presenga de tricloreto de antiménio, seguida de uma reaco de substitui¢ao com cloro. b. Quimica 61. UPE-PE Assinale dentre as alternativas abaixo aquela que no caracteriza uma reaco de adicao. a. Acetileno + brometo de hidrogénio b. Butadieno-1,3 + iodo ¢. Hexano + cloro d. Metilpropeno + gua e. Ciclobuteno + cloreto de hidrogénio 62. Mackenzie-SP Considerando a reago entre 2-butino e um mol de moléculas de bromo, é correto afirmar que: a. 6 uma reagio de substituicéo. b. produz isémeros cis-trans. c. um dos reagentes é um hidrocarboneto saturado, d. a molécula de bromo apresenta angulo diferente de 180° e. produz 2,2-dibromo-2-buteno. Dado: Br (2 = 35) 63. UFSC Encontre, na relagdo a seguir, os produtos da adigao de 1 mol de HBr a 1 mol de cada um dos seguintes reagentes: 66. Fuvest-SP Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade A= propeno; B - propino |, 1,2-dibromopropano II. 2-bromopropano Ill, 1,2-dibromopropeno IV. 2-bromopropeno V. 1-cloro-2-bromopropano VI. 1, 2, 3-tribromopropano VIL. 1, 1, 1-tribromopropano 64. Existe apenas um Unico alcino que, ao sofrer hidrataggo, produz um aldeido; todos os ou- tros produzem cetonas. Conclua qual é esse alcino que produz aldeido e por que todos os outros produzem cetonas. 65. UEPG-PR modificado © composto 1-butino sofreu hidratacdo em meio dcido. O principal produto dessa reacao é: a. dcido acético. b. 2,2-butanodiol. c. butanal d. butanol. e. butanona, Os compostos representados acima podem ser obtidos por reacdes de adi¢ao de substancias adequadas ao: a. metano. c.etino. b. eteno. d. propeno. 67. Unirio-RJ e. 2-butino. O etino, sob o ponto de vista industrial, constitui uma das mais importantes matérias-primas. A partir dele, pode-se obter o cloro-eteno ou cloreto de vinila, precursor para a fabricacao de canos e tubulacdes de pléstico, cortinas para box, couro artificial etc. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade A preparagao do cloro-eteno a partir do etino e do dcido cloridrico é uma reacao de: a. adicao. b, eliminaco. «. oxidacdo. d. sulfonagao. e. saponificacao. 68. UFOP-MG Considere a reagSo com HCé, em condigdes apropriadas, dos compostos: CH,CH,CH,OH, CH,CH=CH, e CH, 1 0 Mm cH Escreva as equagées de reagdes que produzem, respectivamente: a. um haleto de alquila secundario; b. um di-haleto geminado. 69. A reagao total de dcido cloridrico com acetile- no produz: a. 1-cloroetano b. 1,2-dicloroetano ©. 1,1-dicloroetano d. 2,2-dicloroetano 70. PUC-MG ‘A adigéio de um mol de bromo a um mol de alcino fornece isémeros cis e trans do mesmo alceno dibromado. Todos os alcinos, ou deri- vados de alcino, a seguir podem ser utilizados nessa adi¢do, exceto: a. etino. b. propino. ¢. 2-butino. d. bromoetino. e. 2-pentino. 71. Mackenzie-SP A formula com 0 nome do produto final que se obtém quando 1 mol de gis acetileno reage com 1 mol de agua, usando-se dcido sulfuirico com sulfato merctirico como catalisador, p a. CH etanal H Quimica ° b.ch—€ —— acido etanoico ‘OH ¢. CH; — CH; etano d. CH; — CH, — OH etanol e. CH, = CH, eteno 72. ITA-SP Aadicao de 1 mol de cloro a 1 mol de alcino forneceu uma mistura dos ismeros cis e trans do mesmo alceno diclorado. Entre as op¢des abaixo, qual é aquela que con- tém o alcino ou derivado de alcino que nao foi utilizado nesta adicd0? a. Acetileno b. Metilacetileno ¢. Dimetilacetileno d. Cloroacetileno e. Dietilacetileno 73. Uespi Aadigo de uma molécula de gua a um alcino forma sempre um enol e um outro composto que, dependendo da posicao da insaturacdo na cadeia, pode ser: a. aldeido ou cetona. b. alcool ou cetona ¢. alcool ou aldeido, d. lcool ou alcano. e. dlcool ou um dcido carboxilico, 74, PUC-RS- O exame da equacao a seguir Hi He ScieH.o Ho AGH Jans © oH 4 permite afirmar que: a. representa a reacdo de hidratacio de um alceno. b. a dgua é adicionada a um composto sa- turado. ¢. hd formagao de um enol e um dcido carboxilico. d. hd formagdo de um composto de me- nor massa molecular. e. hd formagao de tautémeros. Quimica 75. UFRN produto da reacdo entre 2 mols de HBr e 1 mol de 1-butino é: a. 2-bromo-1-buteno. b. 1-bromo-1-buteno. ¢, 1,1-dibromo-buteno. d. 2,2-dibromo-butano. e. 1,2-dibromo-butano. 76. Areaco entre 0 dcido cloridrico, HCt, e 0 pro- pino, C)H,, produz em maior quantidade (pro- duto principal) o seguinte haleto organico: a. 1,3-dicloropropano. b. 1,1-dicloropropano. ¢. 2,2-dicloropropano. 4. 1,2-dicloropropeno. e, 1,1,2,2-tetracloropropano. 77. Unesp © que ocorreu com a seringueira, no final do século XIX e inicio do XX, quando o latex era retirado das drvores nativas sem preo- cupacao com 0 seu cultivo, ocorre hoje com © pau-rosa, drvore tipica da Amazénia, de cuja casca se extrai um dleo rico em linalol, fixador de perfumes cobicado pela industria de cosméticos. Diferente da seringueira, que explorada racionalmente pode produzir latex por décadas, a drvore do pau-rosa pre- cisa ser abatida para a extracao do dleo da casca. Para obter 180 litros de esséncia de pau-rosa, so necessarias de quinze a vinte toneladas dessa madeira, o que equivale derrubada de cerca de mil arvores. Além do linalol, outras substancias constituem 0 dleo essencial de pau-rosa, entre elas: cH, cH, ° Hc cH, Hc cH, 1,8~cineol linalol 70 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade cH. wea, HO. alfa-terpineol uM Considerando as formulas estruturais das subs- tancias |, Ile Ill, classifique cada uma quanto classe funcional a que pertencem. Represente a estrutura do produto da adic3o de 1 mol de dgua, ‘em meio dcido, também conhecida como reagdo de hidrataco, & substncia alfa-terpineol 78. A aparelhagem, representada na figura, permi- te produzir acetileno (etino), a partir de carbeto de calcio (CaC,), por reacdo com gua, utilizan- do-se, em seguida, o acetileno para produzir benzeno. Essa ultima reacdo ocorre usando-se ferro como catalisador, sob aquecimento. Fonte de aquecimento a. A primeira etapa desse processo consiste na reago de carbeto de calcio com agua. Escreva a equa¢io quimica balanceada que representa essa transformacao. |. A segunda etapa desse processo con- siste na transformacao catalisada de acetileno em benzeno. Escreva a equa- 40 quimica balanceada dessa reacao €. Para a producdo de benzeno, a partir de carbeto de calcio, utilizando a apare- Ihagem acima, que substancias devem ser colocadas e quais se formam ou so recolhidas nas partes A, B, C, De E da figura? Responda a seguinte questo. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Quimica Partes da aparelhagem A Substancias colocadas 8 inicialmente em C Substdncias formadas ou c recolhidas em Dados: estados fisicos nas condigdes ambientes acetileno gis benzeno liquido 79. Fuvest-SP ‘A reagdo de hidratago de alguns alcinos pode ser representada por Catalisador, gp - H,0 Gatalisador em que R e R, sdo dois grupos alquila diferentes. a. Escreva as formulas estruturais dos isémeros de formula C,H, que sejam hexinos de ca- deia aberta e nao ramificada, b. A hidratacao de um dos hexinos do item anterior produz duas cetonas diferentes, porém isoméricas. Escreva a formula estrutural desse alcino e as formulas estruturais das cetonas assim formadas. ¢. Ahidratag3o do hex-3-ino (3-hexino) com 4gua monodeuterada (HOD) pode ser represen- tada por: ®, @ Escreva as formulas estruturais de®, © e@. Nao considere a existéncia de isomeria cis-trans. 1 coe Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 80. 84. FCC-SP Equacione: Na hidrogenacao do composto: a. ciclopropano +H, cH, b. ciclobutano + Cf, 81. © composto que reage mais facilmente com hidrogénio é: cot H.C cH, 2) obtém-se um produto cuja estrutura é mais bY corretamente representada pela formula: a CH, oA fo 4. H,¢ cH, b. H.C . O 90° ctx, 82. UFRGS-RS - . 180° Arespeito das seguintes reagdes quimicas concl gS cH AQ + CH CH CH RS cH, Leo” + Her diHjc~ 109 s CH. pode-se afirmar que: ~ a. os ciclanos sofrem reagées de adicao e eH 7 cH, de substituigao com igual facilidade. b. a cloracaio permite caracterizar a posi- 0 de ruptura do anel. Angulo de maior estabilidade do carbono, 0 grau de insaturacio pode ser medido eM que no hé tensGes nas ligacses, é 85. pelo numero de halogénios adicionados. a. 109°28" d. 60" d.a reagio (I) 6 de adigio e a (Il) é de b. 108 e. 45) substituigao. ¢. 90° e. a reaco (I) 6 de dupla-trocaea(Il)éde 86. PUC-SP simples troca O acetileno (C,H,) pode ser obtido facilmente, partindo-se do carbeto de calcio (CaC;) e de 83. ‘gua, utilizando-se o aparelho esquematizado Segundo Bayer, encontrariamos maior facilida- _@ seguir: de de adicao no a. ciclopropano. b. ciclobutano. ¢. ciclopentano. d. cicloexano. coe 2 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade A respeito desse processo, foram feitas as se- guintes afirmagées: 1. A reagio ocorrida & CaC, + 2 H,0 —> C,H, + Ca(OH), II. No funil de separago, deve-se colocar agua. Ill. No erlenmeyer, deve-se colocar o car- beto de calcio. IV. No inicio do processo, a cuba e 0 cilin- dro devem estar cheios de dgua. V. 0 volume de CH, liberado depende da massa de CaC, que reagiu. Das afirmagées feitas, so corretas: a1, lll, VeV. b. somente |, II, IIle IV. ¢. somente Il, IVeV. d. somente Il, Ill, IV eV. e. somente Ill, IVeV. 87. Qs ciclanos com 3 e 4 carbonos apresentam alta ou baixa tenso angular? Que tipo de rea- 40 eles costumam sofrer? 88. Os ciclanos com 5 e 6 carbonos apresentam alta ou baixa tensdo angular? Que tipo de rea- cdo eles costumam sofrer? 89. Fuvest-SP Cicloalcanos sofrem reacao de bromacao, con- forme mostrado a seguir: cH, + Br Hye O—tH, 1 kc cH 3 2 Br Br Ciclopropano M.H,c—cH, 1? 4 Br, Ge CH—CH CH CH, + H,C—CH, a 1 Br Br Ciclobutano H ete —C—Br + HBr H,C—cH, cH, oH, mA EH Be He EC + Be Hc cH, Hyc— ch, Ciclopentano 73 Quimica a. Considerando os produtos formados em |, lle Ill, 0 que se pode afirmar a respeito da estabilidade relativa dos anéis com trés, quatro e cinco atomos de carbono? Justifique sua resposta. b. Dé o nome de um dos compostos orgé- nicos formados nessas reacées. 90. Escreva a formula estrutural do produto ob- tido na reacao (caso ela aconteca) do ciclo- propano com: aH, b. Br, ¢. HBr 91. Fuvest-SP Duas substncias diferentes tém formula mo- lecular C,H,,. Uma delas, quando submetida a atmosfera de hidrogénio, na presenga de um catalisador, reage com o gas e a outra, nao. a. Qual é a razio desta diferenca de com- portamento? b. Escreva uma férmula estrutural possi vel para cada uma dessas substncias. 92. UEG-GO Os compostos organicos esto presentes em todos os processos do nosso cotidiano e, por meio das reagdes quimicas, varios outros com- Postos séo produzidos. Analise as seguintes reagdes quimicas: a. (_) Aobtengio de energia a partir de de- rivados do petréleo é feita por meio de uma reac3o denominada combustdo. A queima completa de 29 g de butano, uti lizado como gas de cozinha, produz 11,2 litros de CO,, nas condigées normais. Dados: C=12ueH=1u (_) O cicloexano, em sua conformagéo “cadeira”, sofre halogenacao por meio de reages de adicdo, por ser esta a forma mais estavel, de acordo com a equacio a seguir: Voie et a ced (_ ) Anitragao do tolueno ocorre segundo ‘© mecanismo de substituicao eletrofilica, produzindo o m-nitrotolueno, pois 0 gru- po nitro é desativante e metadirigente. Quimica 93. UFU-MG Quando se faz a monocloragao do metilciclo- propano, obtém-se seis isémeros: cH, A +0;,4% 6 isémeros monoclorados + HO a. Represente as estruturas de trés destes ismeros. b. Escreva os nomes de dois isémeros re- presentados. 94. UERJ Hidrocarbonetos de férmula geral C,H. po- dem ser diferenciados pelo teste de Bayer. Tal teste consiste na reagio desses hidrocar- bonetos com solucao neutra dilufda de per- manganato de potassio — KMnO, — que possui coloragao violeta. $6 haverd descoramento da solugdo se o hidrocarboneto for insaturado. Considere hidrocarbonetos contendo 5 ato- mos de carbono, que se enquadrem na férmu- la geral C,H. a. Indique a formula estrutural de um hi- drocarboneto com cadeia normal que reage positivamente ao teste de Bayer e justifique sua resposta. Dentre os hidrocarbonetos que ndo reagem ao teste, um apresenta iso- meria geométrica e outro possui ape- nas carbonos secundarios. Cite seus nomes oficiais. z 95. Complete as seguintes equacées: a. @ CH=CH — CH = CH, +) HBr—> cH, H,C__CH, +¢r,—> 96. PUC-RI © brometo de ciclo-pentila pode ser obtido pela reagio de: a. pentano + HBr. b. ciclo-pentano + Bry ¢. ciclo-pentano + HBr. d, brometo de ciclo-propila + CH; CH, Br. e. brometo de ciclo-butila + CH, Br. "4 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade 97. PUC-SP Assinale entre os processos abaixo o que no é uma reagio de adigo. a. Ciclobuteno + cloreto de hidrogénio b, Metilpropeno + agua ¢. Pentano + cloro d, Etino + brometo de hidrogénio e. Butadieno-1,3 + cloro 98. ITA-SP modificado Explique por que a temperatura de halogena- 80 de cicloalcanos aumenta com o aumento da quantidade de atomos de carbono presen- tes nos cicloalcanos. 99. Cesgranrio-RI Assinale, entre os ciclanos citados abaixo, aquele que, em uma reacao de adigao com Br, nas condigdes adequadas, produziré 1,3-di- bromobutano. a. metil-ciclopropano b. metil-ciclobutano «. etil-ciclopropano d, metil-propano e. ciclobutano 100. UFF-RJ © Alcool etilico pode ser encontrado tanto em bebidas alcodlicas quanto em produtos de uso doméstico e tem a seguinte estrutu- ra quimica: A diferenca entre esses produtos comerciais esté na concentracdo do etanol. Enquanto uma latinha de cerveja possui cerca de 6% do alcool, um litro do produto doméstico possui cerca de 96%, ou seja, uma concen- trago muito maior. Caso a energia acumu- lada, pelo consumo exagerado de algumas bebidas alcodlicas, nao seja gasta, pode re- sultar, entdo, na famosa “barriga de cerve- ja”. 0 dlcool altera o funcionamento normal do metabolismo. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Em relaco aos dlcoois, é correto afirmar que: a. o etanol é menos dcido do que o propano. b. uma reagio do 2-propanol com acido sul- firico e aquecimento pode levar a uma reacdo de eliminacao (desidrataco) ¢. a oxidagdo do etanol na presenga de ar atmosférico e sob ago de catalisador produz propanona e agua. |. 0 2-propanol tem ponto de ebulicgo menor do que o etanol . 0 éter etilico nao pode ser obtido a par- tir do etanol. 101. Fatec-SP Dadas as reacdes: SO. 1, 2H3C—CH,OH 282, H,C-CH, -O-CH, ~CHs +H,0 H.s0, ae Ul. H3C- CH,OH HC = CH, + HzO sao feitas as seguintes afirmagées. I. A reagdo | 6 uma desidrataco intermo- lecular. I, O nome oficial do produto organico for- mado na reago | é 0 éster etoxietano. Il. A reagdo Il é uma desidratagao intra- molecular. IV. 0 principal produto formado na reagio 11 oalceno de menor massa molar. Esté correto 0 que se afirma em: a. le ll, apenas, b, Hell, apenas. ¢. |, Ill eV, apenas. d. Il, Ile IV, apenas. eI, Il, IllelV. 102. UEPG-PR A respeito de compostos organicos oxigena- dos, assinale o que for correto. 01. Nos alcodis, o grupo ~ OH encontra-se ligado diretamente a carbono saturado. 02. Os éteres séo compostos de cadeia ho- mogénea. 75 Quimica 04. Os aldeidos, ao sofrerem reagées de oxidagdo, formam seus respectivos aci- dos carboxilicos. 08. Os ésteres podem ser obtidos a partir de dcidos carboxilicos, por meio de rea- ges de neutralizacao. 16. A desidratacao intramolecular de um 4lcool pode produzir um alceno. 103, UFSC Observe as equacdes quimicas do esquema abaixo, cujo reagente (A) é um composto or- ganico muito importante na industria quimica Dentre suas varias aplicagdes, destacam-se sua utilizagiio como agente responsével pelo amadurecimento de frutas e seu emprego na fabricacdo de polimeros. HBr -———~ c= ch, 8 (8) H,0 / H,SO, etre H.C—CH,OH (c) Assinale a(s) proposi¢ao(des) correta(s). 01. 0 composto A pertence a funcao dos hi- drocarbonetos de formula geral C,Hore2 02. Os nomes IUPAC de B e C sao, respecti- vamente, bromoetano e etanol 04. A obtengdo de C ocorre a partir da re- acdo de desidratacao de A, catalisada por dcido sulfuirico. 08. Os produtos B e C apresentam apenas &tomos de carbono com hibridizaco sp” 16. O composto C é um isémero funcional do éter etoxi-etano. 32. O nome IUPAC de A é eteno. 104. Unisa-SP Considerando a espécie quimica de férmu- la molecular C,H,OH, foram feitas algumas afirmagées: I. Possui isomeria plana funcional. IO eteno pode ser obtido pela reacdo de desidratacao intramolecular dessa espécie quimica. Ill, Pode ser obtido por hidratacdo do ete- no em presenca de Acido sulfurico. IV. Ao sofrer oxidac3o produz metanal Quimica Estd correto apenas o que se afirma em: a.lell d.1,lelll. b. ell. e. I, el. «Hell, 105. UFRJ Uma substancia X, de férmula molecular CH..0, que apresenta isomeria dptica, quando aqueci- da na presenca de acido sulfirico, fornece uma substéncia ¥ que apresenta isomeria geomeétrica a. D8 o nome da substancia X. b. Escreva a formula estrutural de um is6- mero de posicao da substancia Y. 106. Vunesp 0 éter etilico pode ser obtido por aquecimen- to do dlcool etilico, segundo a reacdo termodi- namicamente possivel: 2C,HsOH —> C,H; - O—C,Hs + HO. Experimentalmente, observa-se que 0 aqueci- mento direto do alcool puro néo produz oéter es- perado. Com a adicdo de Acido sulfurico ao alcool etilico antes do aquecimento, ocorre a formacao rdpida do éter etilico. O acido sulfirico permane- ce quimicamente inalterado ao final da reacio. a. Por que a reacao de formagao do éter etilico nao ocorre na auséncia do acido sulfdrico, embora o processo seja ener- gicamente favorecido? Qual é 0 papel desempenhado pelo aci- do sulfrico na reado que faz com que © proceso ocorra rapidamente? 107. Fuvest-SP E possivel preparar etileno e éter dietilico a partir do etanol de acordo com o esquema: etanol etanol > etileno +x > éter dietilico +y 110. Fuvest-SP Reagées organicas, bioquimica e radioatividade As substncias X e Y representam, respectiva- mente: a. dgua e dgua b. hidrogénio e hidrogénio. c. Agua e hidrogénio. d, oxigénio e hidrogénio 9, oxigénio e Agua 108. Vunesp 0 terc-butilmetiléter, agente antidetonante da gasolina, pode ser obtido pela reagio de con- densagao entre dois dlcoois, em presenca de cido sulfuirico Escreva: a. a formula estrutural do éter; b. as formulas estruturais e os nomes ofi- ciais dos alcoois que formam o éter por reagio de condensacao. 109. ITA-SP_ Considere a equacao que representa uma rea- 0 quimica nao balanceada - one 05, on CHCOOHY Ie oye A So A opedo que contém as substancias | e Il que participam da reacdo em questo é: a. |= CH3CH,OH, Il = HO b. |= CH;COONa, II = NaOH ¢. |= CHCOCI, II = HCl d. |= CH;COOH, Il = H;0 e. |= CHjONH,, II = NHs Uma indistria utiliza etileno e benzeno como matérias-primas e sintetiza estireno (fenileteno) como produto, segundo a rota esquematizada a seguir: 1. etileno +HC’—- cloroetano UL. cloroetano+benzeno Catalsador Il etilbenzeno — estireno +H, 24> etilbenzeno +HCé Escreva as equagées quimicas que representam duas das transformagées mostradas, usando fér- mulas estruturais. 76 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 111. Vunesp © “éter sulfurico” € obtido industrialmente pela desidratacao do etanol, em presenca de H,SO,. A mesma reacdo, ocorrendo em tem- peraturas mais elevadas, produz o alceno cor- respondente. O éter e o alceno tém, respecti- vamente, as formulas: a, HC ~ CH; ~ 0 - CH) ~ CH; € CoH, b. H;C-O- CH; e CoH, ¢ cnc bey, eo ° 4 dnc—¢ 112, Unicamp-SP Quando vapores de etanol passam sobre argila aquecida, que atua como catalisador, hé pro- dugo de um hidrocarboneto gasoso e vapor de agua. Esse hidrocarboneto reage com bro- mo (Br,), dando um nico produto. Escreva as equacées: a. da reacao de formagéo do hidrocarbo- neto, indicando o nome deste; b. da reagdo do hidrocarboneto com o bromo. 113, UFR-RJ Uma substdncia A foi submetida a desidrata- co intramolecular, resultando em uma subs- tancia B. Essa substancia B sofre adicdo de cloreto de hidrogénio, formando o cloroetano. Pedem-se: a. as formulas estruturais das substancias AcB; b. os nomes oficias (IUPAC) das substan- cias Ae B. 114, UFR-RJ A desidratacao do 2-butanol 6 conseguida com © aquecimento do dlcool a 170 °C e na presen- 7 Quimica ¢ do Acido sulfirico concentrado, formando, principalmente, uma substancia que possui isomeria geométrica. a. Escreva a equacdo que representa a reac3o completa da desidratacao do 2-butanol b, Dé a formula estrutural da forma cis da substncia produzida. 115. Unimontes-MG © estiremo é matéria-prima para a fabrica- ¢0 do polimero poliestireno, muito utiliza- do na industria para produzir varios utensi- lios domésticos. O processo de sintese do estireno 6 mostrado, de forma simplificada, a seguir: ion Sabendo-se que o nome sistematico do est reno é etenilbenzeno (vinilbenzeno), a reagdo usada para se chegar ao estireno, a partir do etilbenzeno, é a: CH,CH, —_» estireno a. acilagdo de Friedel-Crafts b. desidrogenagao catalitica . substituigao aromatica d. hidrogenagio catalitica. 116. UFJF-MG Os terpenos sdo compostos organicos natu- rais, usados na industria de perfumes (essén- cias), inseticidas e condimentos. O «.-terpineol pertence a classe dos terpenos e pode ser isolado do dleo essencial de lavanda. Com base na estrutura desse composto, repre- sentada a seguir, responda: HC / A desidratacao de «-terpineol em meio acido produz dois compostos isémeros de férmu- la molecular CicHye. Represente as estruturas desses compostos e defina o tipo de isomeria que existe entre eles. Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 117. UFRJ No esquema de sintese representado a seguir, o composto A é um dlcool com quatro étomos de carbono em que a hidroxila esté ligada ao carbono tercidrio. Esse dlcool sofreu desidratacao gerando metilpropeno (B), que, por sua vez, sofreu adicao de dcido bromidrico, gerando o com- posto C. Em seguida, obteve-se um monoalquil aromatico (D) por meio de uma reacdo de Friedel Crafts do composto C com benzeno. O composto D reagiu com uma mistura de dcido nitrico e Acido sulfurico, gerando como produtos principais dois ismeros, E e F #450, _ , +48, MO, HNO, SO, ASQ, gt | AO | HNOYH,SO, | CH ar c Escreva, usando a representacdo em bastdo, as formulas dos compostos E e F e classifique o tipo de isomeria existente. 118. Fuvest-SP HOH Um quimico, pensando sobre quais produtos tl poderiam ser gerados pela desidratago do 1 \7HtH,o Acido 5-hidréxi-pentanoico, ne ‘0 pe H H,C—CH;—cH-cH-€ Non Analogamente, em certos compostos di-car- OH bonilicos, pode ocorrer uma condensagio al- délica intramolecular, formando-se compostos carbonilicos ciclicos insaturados. a. A condensacao aldélica intramolecular do composto di-carbonilico imaginou que: a.a desidratago intermolecular desse composto poderia gerar um éter ou um éster, ambos de cadeia aberta. Escre- va as formulas estruturais desses dois ° compostos. t cu eH b.a desidratagdo intramolecular desse Hc SHON, composto poderia gerar um éster cicli- co ou um acido com cadeia carbénica ° insaturada, Escreva as férmulas estru- pode produzir duas ciclopentenonas turais desses dois compostos. ramificadas, que so isoméricas. Mos- 119. Fuvest-SP tre as formulas estruturais planas des- ses dois compostos. b. A condensacao aldélica intramolecular de determinado composto di-carbon co, X, poderia produzir duas ciclopente- nonas ramificadas. No entanto, forma- -se apenas a cis-jasmona, que é a mais estavel. Mostre a formula estrutural plana do composto X. Na chamada condensagdo aldélica intermole- cular, realizada na presenca de base e a uma temperatura adequada, duas moléculas de compostos carbonilicos (iguais ou diferentes) reagem com formacao de um composto car- bonilico insaturado. Nessa reacéo, forma-se uma ligagdo dupla entre o carbono carbonilico de uma das moléculas e 0 carbono vizinho ao grupo carbonila da outra, com eliminacao de ° a uma molécula de dgua I ( 4 PR CH CH 4 Ho i — H,C—C | we ) Yay om 4 cis-jasmona coe 7% Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 120. Unifesp A identificagéo dos produtos formados na oz0- nélise (seguida de hidrdlise na presenca de zin- co) de um alceno permite identificar a estrutura do composto original, pois sabe-se que: * carbono primério ou secundério da du- pla-ligacdo produz aldeido; * carbono terciario produz cetona. Um alceno forneceu como produto desse tra- tamento apenas propanona como produto fi- nal, Este composto deve ser o: a. hexeno-3. b. 2-metil-penteno-1. c. 2-metil-penteno-; d, 2-metil-buteno-2. e. 2,3-dimetil-buteno-2. 121, UFMG A ozonélise e posterior hidrélise, em presenga de zinco do 2-metil-3-etil-2-penteno, produz: a. cetona e aldeido. b. cetona, aldefdo e alcool ¢. somente cetonas. d, aldeido e dleool. e. cetona, aldeido e dcido carboxilico. 122. Cesupa © alceno que produz 2-metilbutanal e propa- nona, por ozondlise, é: a. 2,4-dimetil-2-hepteno, b. 2,3-dimetil-3-hepteno, . 2-hepteno. 4. 2,4-dimetil-2-hexeno. e. 2,2-dimetil-3-hexeno, 123, Fuvest-SP Na ozonélise do alqueno de menor massa mo- lecular que apresenta isomeria cis-trans, qual 6 0 tinico produto organico formado? 124, Unicentro-PR Quando submetido a uma oxidacao enérgica (KMn0,/H,SO.), um composto organico forne- ce os produtos: acido etanoico, gas carbénico @ agua. O reagente considerado é o: a. propeno. b. 2-metil-2-buteno. ¢. 2-metil-1-buteno. d. 2-penteno. e. 2-buteno. Quimica 125. FCC-SP Quando se oxidam alcenos de formula geral RR RH de modo a haver a ruptura da dupla-ligacdo, ob- tém-se moléculas de dcidos carboxtlicos e de: a. aldeidos. b. cetonas. c. ésteres. d, éteres. e. hidrocarbonetos. 126. Fuvest-SP ‘A reagio de um alceno com oz6nio, seguida da reagdo do produto formado com agua, produz aldeidos ou cetonas ou misturas desses compos- tos. Porém, na presenca de excesso de perdxido de hidrogénio, os aldefdos sao oxidados a dcidos carboxilicos ou a CO,, dependendo da posigao da dupla-ligagdo na molécula do alceno. CH,CH = CH, > CH;COOH + CO, CH,CH = CHCH, — 2 CH,COOH Determinado hidrocarboneto insaturado foi submetido ao tratamento acima descrito, for- mando-se os produtos abaixo, na proporcao, em mols, de 1 para 1 para 1: HOOCCH,CH,CH,COOH; CO,; dcido propanoico. a. Escreva a formula estrutural do hidro- carboneto insaturado que originou os trés produtos mostrados. b. Dentre os isémeros de cadeia aberta de formula molecular C,H, mostre os que no podem ser distinguidos, um do outro, pelo tratamento descrito. Justifi- que sua resposta, 127. Mackenzie-SP Na equacdo a seguir, as funcdes orgénicas a que pertencem os compostos Ae B sao: H,0. HC CHy-C=CH—CH, +0, = cH, M9, 9484H,0+200 a. acido carboxilico e aldeido. b. éter e aldeido. ¢. cetona e alcool. d. hidrocarboneto e dcido carboxilico. e. cetona e aldeido. Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 128. PUC-SP Aozondlise é uma reacao de oxidaco de alcenos, em que o agente oxidante é 0 gés oz6nio. Essa reago ocorre na presenga de Agua e zinco metalico, como indica o exemplo: 9 Zn 7° I 4,0 +H,C—CH—C—CH, +0, HCC + HjC—C—CH,+ H,0, cH, 4 Considere a ozondlise, em presenca de zinco e Agua, do dieno representado a seguir: a H,0 + H,C—CH—CH—C—cH-C—cH, + 9, 20. c—CH;-C—CH, + 0, cH. cH. 1 1 Assinale a alternativa que apresenta os compostos organicos formados durante essa reaco. a. Metilpropanal, metanal, propanona e etanal b. Metilpropanona, metano e 2,4-pentanodiona ¢. Metilpropanol, metanol e dcido 2,4-pentanodioico 4, Metilpropanal, écido metanoico e 2,4-pentanodiol e. Metilpropanal, metanal e 2,4-pentanodiona 129. Vunesp 0 oz6nio (0) reage com um alceno formando um composto X que, por sua vez, reage com agua, resultando em dois produtos organicos, segundo as reacdes do esquema a seguir: ¥ R-E—ER + 0,—eX H 1 X4HO—=R-C + R-C-R's H,0, H a. Escreva as formulas estruturais dos dois produtos organicos finals quando o alceno é 2-metilbuteno. b, Identifique as funcdes orgnicas dos dois produtos finais da reacao. 130. UEPG-PR Os compostos organicos podem participar de varios tipos de reacao, dentre elas a oxidacao, que pode ocorrer em diversas condicdes. Analise as afirmagées e assinale o que for correto. 01. A oxidagao do etileno, por tratamento com KMnO, a frio, diluido, em meio levemente alcalino, produz um 4lcool secundério. 02. A ozondlise do dimetil 2-buteno produz apenas acetona. 04. 0 hipoclorito de sédio presente na dgua sanitaria e 0 ozdnio sdo agentes oxidantes. 08. 0 peréxido de hidrogénio é um oxidante que ndo produz residuos téxicos. 16. Um dos reagentes utilizados na sintese do composto hexanoato de etila (aromatizante de alimentos) provém da oxidagao do etanal. coe 30 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 131. URIF-MG Os residuos de origem industrial apresentam riscos a satide ptiblica e ao meio ambiente, exi- gindo tratamento e disposigdes especiais em fungao de suas caracteristicas. Dentre esses residuos, podemos citar alguns dleos lubrifi- cantes contendo hidrocarbonetos saturados eo tiner (uma mistura de dlcoois, ésteres, ce- tonas e hidrocarbonetos aromaticos). Sobre esses residuos, assinale a letra que apresenta uma afirmativa incorreta. a. Os hidrocarbonetos saturados, presen- tes em dleos lubrificantes, ndo reagem em presenca de cloro e dcido de Lewis (A(CE;), porém podem sofrer reacdo em presenca de cloro e luz ultravioleta b. Aacetona pode ser obtida a partir do dl- cool isopropflico, usando-se um oxidan- ‘te como 0 permanganato de potassio. ¢. O acetato de etila, um dos componen- tes do tiner, pode ser obtido a partir da esterificagaio do cido acético em pre- senca de etanol ‘A desidrataco do n-pentanol, em pre- senga de dcido sulftirico diluido e de aquecimento, pode levar ao 1-pentenol A ozondlise do 2-metil-2,5-heptadieno, em presenca de dgua e zinco, pode for- necer uma molécula de acetona, uma molécula de acetaldefdo e uma molé- cula de 1,3-propanodialdeido. e. 132, Udesc Duas substncias isémeras, de formula CcHio, foram oxidadas. A primeira produziu uma mo- lécula de gas carb6nico e uma molécula de 4cido isopropil-acético. A segunda deu origem a duas moléculas de propanona. A alternativa que apresenta o nome das duas substdncias isémeras, respectivamente, & a. L-metil-4-penteno e 2,3-dimetil-1-bu- teno. b, 1-hexeno e 2-hexeno. ¢. 4-metil-1-penteno e 3,3-dimetil-1-bu- teno. d. 4-metil-1-penteno e 2,3-dimetil-2-bu- teno, e. 2-hexeno e 3-hexeno. Quimica 133. Mackenzi Os alcenos podem sofrer reagdes de oxida- ¢&o branda ou enérgica, dependendo das condigdes do meio reacional. A oxidac3o branda ocorre em presenca de um agente oxidante, geralmente KMnQ,, em solugdo aquosa diluida, neutra ou levemente alcali- na, e leva a formacao de um diol. J4 a oxida- 80 enérgica do alceno ocorre em presenca de uma solugdo concentrada do agente oxi- dante, aquecida e Acida, e leva & formaco de Acidos carboxilicos e/ou cetonas. Ciente dessas informagées, um técnico quimico re- alizou uma rea¢ao de oxidagdo enérgica para duas amostras de diferentes alcenos, A e B, e obteve os seguintes resultados: “SP Reagentes Produtos Alceno A 2 mols de cido acético Alceno 8 1 mol de acetona e mol de écido propanoico De acordo com as informagGes acima, os alce- nos Ae B sao, respectivamente: a. eteno e 2-metil-pent-1-eno. b, but-1-eno e hex-2-eno, ¢. eteno e pent-2-eno. d. but-2-eno e 2-metil-hex-2-eno. e. but-2-eno e 2-metil-pent-2-eno 134, UERJ Substancias com ligacdes duplas entre carbonos reagem com o fon permanganate, de cor violeta, em meio bésico ou neutro, formando um alcool € 0 didxido de manganés, de cor marrom. Esse processo é usado, por exemplo, na identi- ficagao do limoneno, um dos constituintes do aroma de frutas citricas, conforme esquemat zado na equacdo quimica simplificada: Ho. Ho: + MnQ; —= + MnO, OH OH i Permanganato Limonemo Aleoo! pi sido de manganés Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade A mudanga da cor violeta para a cor marrom, em presenca do fon permanganato, também se verifica com o seguinte composto orgénico: a. 3-etil-2-hexeno b. 3-cloro-octano ¢. 2-metilpentanal d, 2-bromo-3-heptanona 135. UFRI Em algumas usinas, 0 lixo organico ¢ transformado em uma mistura de gases composta por mo- néxido de carbono e hidrogénio (CO + H,) em diferentes proporgées. Essa mistura, chamada gas de sintese, pode ser utilizada para preparar um grande ntimero de substancias titeis. Por exemplo, a mistura de CO e H, pode reagir com propeno produzindo dois aldefdos, A eB, ambos com 4 dtomos de carbono: o aldeido A apresenta ponto de ebulicao igual a 63 °C e 0 B apresenta temperatura de ebulico igual a 75 °C. O aldeido B pode ser oxidado com oxigénio, fornecendo o produto C, ou pode ser reduzido com hidrogénio, fornecendo o produto D. Os dois produtos, Ce D, por sua vez, podem reagir entre si, fornecendo o composto E e agua, segundo o esquema: CO +H,+ propeno a. D8 0 nome do aldeido B ¢ justifique a diferenca entre as temperaturas de ebulicdo dos aldeidos A e B. b. Escreva a equaco da obtengdo de C. 136. UEG-GO 10, DO) age 2)2n,H,0 A figura acima mostra a reagdo de ozondlise de um alceno, a qual leva & formagao de dois com- postos distintos. a. Forneca a nomeciatura do reagente. b. Forneca a férmula estrutural plana dos compostos formados. 137. UFC-CE CO glutaraldeido (!) é um desinfetante bactericida muito efetivo contra bactérias gram-positivas e gram- -negativas. Também ¢ efetivo contra Mycobacterium tuberculosis, alguns fungos e virus, inclusive con- tra virus da hepatite B e o HIV. Considerando a sequéncia reacional abaixo, responda aos itens a seguir. ‘a Qzondlise o Ozondlise A+H, On B a. Considerando que a férmula molecular de A & CsHs, que este composto forma o glu- taraldeido (I) por ozondlise e que adiciona 1 mol de H, para formar 0 composto B, represente as estruturas moleculares dos compostos A e B. b. Indique a classe de reac quimica envolvida na formago do composto B. coe 2 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 138, UFPE 0 2,3-dimetil-2-buteno sofre ozondlise produ- zindo um nico produto com rendimento de 79,3%. Calcule a massa do produto obtido a partir da ozondlise de 0,5 mol do 2,3-dimeti 2-buteno. Indique o inteiro mais préximo. [Da- dos: H = 1; C= 12; O= 16] 139, PUC-SP Observe alguns exemplos de oxidacdes enérgicas de alcenos e cicloalcanos na pre- senca de KMnO, em meio de dcido sulfurico 2 quente. 0 KMvin0, /H,S0,(2q) —aquente ood \/\ 0H CH=CH—CH, a quente | KMn0,/H,50,(aq) “cu, a quente| kMin0,/H,S0,(aq) 9 1 CO, +H,0 + CH,—C— CH, ‘As amostras X, Y e Z so formadas por subs- tAncias puras de férmula C.Hyo. Utilizando-se KMnO, em meio de dcido sulfurico a quente, foi realizada a oxidaco enérgica de aliquotas de cada amostra. A substancia X formou o aci- do pentanodioico, a substancia Y gerou o dcido acético e a propanona, enquanto a substancia Z produziu gas carbénico, agua e dcido butanoico. ‘As amostras X, Y e Z contém, respectivamente: a. ciclopentano, metil-but-2-eno e pent-1-eno. 83 Quimica b, pent-1-eno, pent-2-eno e 2-metil-but-1-eno. ¢. ciclopentano, 2-metil-but-1-eno e metil-but-2-eno. d. pent-2-eno, ciclopentano e pent-1-eno. e. pentano, metil-butano e dimetil-propano. 140. UEPG-PR Reagoes de oxidacao sao, em geral, reacées de adigao de oxigénio numa molécula organica ou de eliminagdo de hidrogénio de uma molécula orgénica. A seguir, 6 apresentada a sequéncia de reagdes de oxidacéo do etanol. Tomando- -se por base essa situacdo, sobre oxidacao de lcoois, assinale 0 que for correto. CH;CH,OH —> CH;COH —» CH;COOH 01. Nessa reago, ocorreu a oxidagdo do etanol a etanal, por eliminacéo de hidrogénio. 02. E possivel diferenciar os diversos tipos de dlcoois pela possibilidade ou ndo de oxidagdo do produto formado. 04. Um dlcool primério, quando oxidado, sempre dard origem a um aldeido. 08. 0 fato de a oxidacao de um dlcool pri- mario ir até 0 dcido ou parar no aldei- do depende essencialmente do agente oxidante empregado. 141. Unimontes-MG 0 etanol pode ser obtido a partir do dcido etancico, usando-se um reagente como o hi- dreto, LiA(H,. A equacao a seguir representa a reacdo quimica uACH, Ao, OH Em relacao ao tipo de reacdo que ocorre, to- das as alternativas estdo corretas, exceto: a. O Acido etanoico recebe elétrons do LIAFH.. b. O hidreto é um agente oxidante. €.0 NOX do dtomo de hidrogénio no LIAEH, 6 -1, d. 0 etanol contém carbono mais reduzi- do que o dcido. Quimica 142. PUC-RS 0 Alcool etilico é téxico e age como depressivo do sistema nervoso central. A ressaca provo- cada por bebidas alcodlicas é causada, princi- palmente, pelo aldefdo resultante da oxidacdo do 4lcool no organismo. Nessa reacao, a geo- metria dos ligantes em torno do carbono que pertence ao grupo funcional sofre alteracdo de para . a. trigonal plana angular b. tetraédrica trigonal plana «. linear angular d, angular trigonal plana e. tetraédrica linear 143. Unesp Motores a combustdo interna, como os dos automéveis, so atualmente projetados de forma a utilizar diferentes combustiveis, per- mitindo que se escolha aquele que seja mais vantajoso em cada época. O etanol ¢ muito utilizado no Brasil e a equacdo para a reaco de sua combustio completa é 2.CHsCH,OH(¢)+ 6 O,(g) —> 4 CO,(g) + 6 H,0(¢) Porém, se © motor néo estiver muito bem regulado, a combustéo seré incompleta, po- dendo ser gerados outros produtos, dentre os quais duas substancias - um aldeido e um aci- do carboxilico -, ambas contendo dois étomos de carbono em suas estruturas. Complete a tabela, escrevendo as férmulas quimicas e os nomes dessas duas substancias. Fungao organica Aldeido Acido carboxilico Férmula squimica Nome 144. Udesc Assinale a alternativa incorreta em relacdo aos alcosis. a. O etanol pode ser obtido a partir da re- ago do eteno na presenca de agua e cido sulfurico concentrado. b, So compostos que apresentam o radi- cal hidroxila ligado a carbono saturado. ¢. Oetanol, quando reage com dicromato de potassio em presenca de dcido sul- firico e com aquecimento, fornece o etanal como produto, 84 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade d. Em consequéncia da ponte de hidrogé- nio, os alcodis possuem temperaturas de ebuligao relativamente baixas. e. A solubilidade dos alcodis em agua di- minui gradativamente 4 medida que aumenta a cadeia carbénica, por causa da diminuicdo da polaridade. 145. UFRN. Estudando a oxidago continuada de um alcool primério, em presenca do oxidante permanga- nato de potassio (KMnO,), em meio sulfirico, um aluno elaborou o seguinte esquema: H3CCH,CH,OH(aq) 21» No esquema, as substancias representadas por X e Y sao, respectivamente: a b. y—5z um dcido e um aldeido. um aldeido e um dcido. ¢. uma cetona e um acido d. um aldeido e uma cetona 146. UFAL A oxidacao de Acido latico (acido 2-hidréxi- Ppropanoico) da origem ao composto que pos- sui os seguintes grupos funcionais: a. cetona e acido carboxilico. b, aldeido e acido carboxilico. «. dlcool e acido carboxilico d. aldefdo e cetona e. cetona e fenol 147. PUC-SP Em um determinado curso de quimica organi- ca foram realizadas diversas sinteses. A subs- t€ncia X foi obtida da reaco entre o etanol e 0 dcido propanoico na presenca de dcido sul- furico. 0 dlcool propan-2-ol foi obtido a partir da adigdo de Agua ao reagente Y na presenca de Acido. A oxidacdo do butan-2-0l com per- manganato de potassio (KMnO,) em meio aci- do produziu a substncia Z. As substdncias X, Ye Zio, respectivamente: a. acido pentanoico, eteno e butanona. b. propanoato de etila, propeno e buta- nona ¢. etanoato de propila, acetileno e pro- panal. d. propanato de etila, propeno e Acido butanoico. e. etanoato de propila, propan-1-ol e bu- tanal. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 148. UERJ Quimica No esquema abaixo, esto representadas as duas etapas finais do proceso fermentativo em células musculares quando submetidas a condigées de baixa disponibilidade de oxigénio. Fosfoenolpiruvato 0 0 ence LG ene ES _ eo No. 4 No Considere, agora, o processo fermentativo do fungo Saccharomyces cerevisiae ou levedo de cerveja. Neste proceso, no lugar do lactato, a substdncia final formada seré: a. etanol b. glicose. 149, FMJ-SP_ Dadas as seguintes informacées: I. A oxidacdo do CH,CH,CH,OH resulta no composto organico W. Il, Para combusto completa de 1 mol de W sao necessérios 4 mols de O,. A partir dessas informacdes, pode-se concluir que o nome do composto organico W é: a. acido propanoico. b, éter propilico. . propanal d. propanol e. propanona 150. Vunesp Nos carros movidos a etanol (élcool etilico), a combustao completa de 1 mol de dlcool produz: a. 1 mol de CO, e 6 mol de H,. b. 2 mol de CO, e 3 mol de agua. ¢. 2 mol de monéxido de carbono e 3 mol de agua d. 3 mol de etanal e 1 mol de metano. e. 1 mol de metanol e 3 mol de monéxido de carbono. 151. Unifesp As afirmagdes seguintes descrevem correta- mente as propriedades do aldeido propanal 1. Eum liquido, em condigdes ambientais, solivel em agua. II. As forgas intermoleculares, no estado liquido, sao do tipo dipolo permanente. 85 «. glicerol. d, sacarose. IIL, Reage com solucdo de nitrato de prata amoniacal, formando espelho de prata IV. Produz um 4lcool quando reduzido com H,, em presenga de Ni/calor como catalisador. Para a cetona alifética mais simples, a propa- nona, sao corretas as afirmagées: a. le Il, apenas. b. Ile lll, apenas ¢. lle IV, apenas. 152. Fuvest-SP Para distinguir 0 1-butanol do 2-butanol foram propostos dois procedimentos: I. Desidratagdo por aquecimento de cada um desses compostos com ci- do sulfurico concentrado e isolamen- to por produtos formados. Adicio de algumas gotas de solugo de bromo em tetracloreto de carbono (solugdo vermelha) aos produtos isolados e verificag3o da ocorréncia ou ndo de descoramento. d. |, Ile IV, apenas. e. |, Ile lV, apenas. Oxidaco parcial de cada um desses compostos com dicromato de potassio ¢ isolamento dos produtos formados. Adigdo de reagente de Tollens aos pro- dutos isolados e verificacdo da ocor- réncia ou nao de reacdo (positiva para aldeido e negativa para cetona). Mostre a utilidade ou nao de cada um desses procedimentos para distinguir esses dois lco- ois, indicando os produtos formados na desi- dratagdo e na oxidaco. Quimica 153. UFRJ Alguns aldeidos apresentam odor agradavel e so frequentemente usados como base de fragrancias. Mas produzir aldeido ndo é uma tarefa simples, pois a maioria dos agentes oxidantes que convertem dlcool em aldeido continua a oxidago convertendo aldeido em dcido Para evitar isso, pode-se utilizar, como agente oxidante, 0 clorocromato de piridinio (PCC), um reagente especifico para oxidar dlcool pri- mario a aldeido. a. Qual a férmula estrutural do principal produto da oxidacio do 1-propanol pelo PCC? b. A temperatura de ebulicdo do propanal €50° Ce ado 1-propanol é 97 °C. Justi- fique essa diferenca 154. Vunesp Se uma garrafa contendo vinho permanecer aberta, exposta ao ar, por alguns dias, o l- cool etilico presente seré oxidado, transfor- mando 0 vinho em vinagre - uma solugao de dcido etanoico (também denominado Acido acético) A equacdo quimica que representa esta reacdo é: a. CH3CH,OH + 0; > CHsCOOH + H,0 b. CH3CH,OH + 34 0,9 CH;CHO + H,0 ¢. CH;OH + 0; > HCOOH + H,0 4. cH,cH,OH 1°]. cH, -0-cH, e. CH3CH,OH + 4 0, > CH,OH - CH;OH 155. UEM-PR Dados os compostos: 1. CH,— OH o Wd \y WL. CH, — CH, — OH IM. cH-cH—cH, oH 86 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade Assinale 0 que for correto. 01. Os compostos | ¢ III so dlcoois prima- rios e IV é um alcool secundério. 02. A oxidacdo do composto | pode forne- cer 0 composto Il. 04. A oxida¢do dos compostos Ill e IV forne- ce compostos que pertencem 3 mesma fun¢ao organica do composto Il 08. A temperatura de ebuligio de Il é maior do que a de | 16. Os compostos |e II séo isémeros de fungao. 32. A oxidaco do composto I pode forne- cer 0 dcido metanoico. 156. Mackenzie-SP M+90,->7CO,+4H,0 A+70;95 CO; +5H,0 C+%0,-»3C0,+3H,0 kK +8 0,95 CO,+6H,0 E+60;4CO;+4H,0 Pela andlise das combustées totais acima equacionadas, dos compostos representados pelas letras genéricas M, A, C, Ke E, pode-se concluir que o composto que pode correspon- der a um alceno ramificado é aM bA ac dk ek 157. UFMT Um estudante de quimica resolveu testar, no laboratério, se 0 reativo de Tollens (solucdo de nitrato de prata amoniacal) estava ou ndo deteriorado. Reagiu com uma substancia e observou a formacao do “espelho de prata”, 0 que confirmou a nao deteriorizacao do reati- vo. A substancia usada para o teste foi a. acetato de n-butila. b. 2-propanol ¢. dcido butanoico. d. 3-metil-2-pentanona e. metil-propanal. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 158, UCDB-MS © manitol, que é usado como substitute do aguicar em alimentos dietéticos, pode ser ob- tido a partir da manose pela seguinte reacao: a CH,OH hn Hot wo— dH HO—C-H nd-on —~ H-d—on H-¢—on ton di,04 bao Manose Manitol E correto afirmar que: a. a manose apresenta 4 carbonos quirais e o manitol 5, e a reacdo é uma oxidacao. ambos apresentam 4 carbonos quirais, ea reagio é uma oxidacdo. ambos apresentam 4 carbonos quirais, ea reacdo é uma reducio. |. a manose apresenta 5 carbonos quirais eo manitol 6, ea reacdo é uma reducao. . ambos apresentam 4 carbonos quirais, ea reagio é uma hidrélise. b. 159, FEI-SP A relaco entre a quantidade em mols de oxi- génio tedrico necessario & combustdo comple- ta de um mol de gasolina (admitir composi¢ao média CeH,.) a quantidade em mols de oxigé- nio tedrico necessario 4 combustéo completa de 1 mol de dicool ettlico é: a. 8/2 d.a/1 b. 9/3 e. 12,5/3,5 ©. 12,5/3 160. UECE Esteres mais simples aparecem no perfume das flores e no aroma e sabor dos frutos. As in- diistrias produzem grandes quantidades de és- teres, que séo usados como sabores e aromas artificiais em doces, balas e sorvetes. Uma for- ma de produzir éster é colocar para reagir: a. acido carboxilico e alcool. b. aldeido e dlcool. . acido carboxilico e éter. d. cetonae éter. Quimica 161. Unisc-RS Na equac3o abaixo, 0 composto B pode ser usado como flavorizante (aroma de morango) na industria de alimentos. Os compostos Ae B so, respectivamente: ep: 50, (cone) A—CHEHOH CH,CH,CH,CH,OH a0. eon a. acido butanoico e etanoato de butila. b. etanoato de etila e dcido butanoico. ¢. butiraldeido e etanoato de butila. d. butanoato de etila e Acido butanoico. e. Acido butanoico e butanoato de etila. 162. Mackenzie-SP modificado “ + o—ch~ch, A+B—=H,C— CH,—CH,— H,0 Na equagio acima, os compostos Ae B podem ser, respectivamente: 0 anencpcn Ce Hc—cH- on OH 0 b.H,c—cH,—cH—cH, © H,C—-O F \ by ‘oH ? oon eH“ CH—cH— eH, oH ° d.H,C—CH; “4 e H,C—cH—cH, | ‘OH OH 7 eHc—C eH — cH, OH 163. Vunesp Sobre o aromatizante de férmula estrutural: cH, | Pod He—C— cH ch-0- I | cH, 87 Quimica so feitas as seguintes afirmacées: I. Asubstancia tem o grupo funcional éter. Il. A substncia é um éster do dcido eta- noico. IL. A substancia pode ser obtida pela rea- do entre 0 Acido etanoico e 0 alcool de formula estrutural: cy 9H Est(0) correta(s) a(s) afirmacéo(des): a. |, apenas. d. Ile Ill, apenas. b. Il, apenas. e. | Hell ¢. lel, apenas. 164, Fuvest-SP Em um experimento, alunos associaram os odores de alguns ésteres a aromas caracteris- ticos de alimentos, como, por exemplo: Aw kA or maca pera abacaxi Oo Oo rw AKA vepino banana Analisando a férmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que tém cheiro de: a, mag e abacaxi so isémeros. b. banana e pepino séo preparados com 4lcoois secundrios ¢. pepino e maca sdo heptanoatos. d. pepino e pera so ésteres do mesmo 4cido carboxilico. e. pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico. 165. Vunesp Um composto orgénico tem as seguintes ca- racteristicas: + f6rmula minima CH;O; * pode se formar pela ago de bactérias no leite; * apresenta isomeria éptica; + reage com dlcoois para formar ésteres Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Esse composto é: a. glicose, C He—oW + G,Hy-€ 00H, H,C—o# Considerando que a producdo de biodiesel pela transesterificagdo deve ser conduzida por meio de uma reacdo que obedeca & lei das proporcées definidas, isto 6, que sejam obede- cidas as relagdes molares entre os reagentes e produtos, quais so os coeficientes estequio- métricos da equago apresentada no texto? a. 3,3,3,1,1 4. 3,1,1,3,1 b. 3,3,3,3 e.1,3,1,3 e1441 1 Quimica 175. Unifesp ‘A agua de regides calcdrias contém varios sais dissolvidos, principalmente sais de calcio. Es- tes se formam pela aco da 4gua da chuva, saturada de gas carbénico, sobre o calcério. © equilibrio envolvido na dissolucao pode ser representado por: CaCO,(s) +H,0(4) + CO,(aq) = Ca’*(aq) + 2 HCO (aq) Essa gua, chamada de dura, pode causar vé- rios problemas industriais (como a formac3o de incrustagdes em caldeiras e tubulacdes com dgua quente) e domésticos (como a dimi- nuicao da aco dos sabées comuns). a. Com base nas informagées dadas, expli- que 0 que podem ser essas incrustacées e por que se formam em caldeiras e tu- bulacdes em contato com agua aquecida. b. Escreva a formula estrutural geral de um sabo. Explique por que a aco de um sabao é prejudicada pela 4gua dura 176. Unicamp-SP Provavelmente, o sabdo foi encontrado por al- gum curioso nas cinzas de uma fogueira usada ara assar animais como porcos, javalis, cabras etc, Este curioso, vendo nas cinzas aquela mas- sa “diferente” e pensando que se tratava de co- mida, deve té-la colocado na boca. Gosto horri- vel! Cuspiu, tentou tiré-la da boca com a mao, com agua, esfregando vigorosamente. Surpre- sal As palmas de suas mos ficaram clarinhas, limpas como nunca antes haviam estado. Sabe- se, hoje, que os dicalis presentes nas cinzas reagem com gorduras levando a formagdo de sabo, Este método foi muito usado por nossos bisavés, que misturavam, num tacho, cinzas e gordura animal, deixando “cozinhar” por varias horas. Atualmente, uma das maneiras de se preparar um sabao € reagir o hidroxido de sédio com a tripalmitina (gordura). Nesta reacao for- mam-se glicerol e sabio (sal de acido organico). ° cot yt gb—-0—4H Hc—0-F CH H. astss Tripalmitina Quimica OH OH OH Hcy, H Glicerol a. Escreva a férmula do sal organico for- mado na reagdo descrita. b. Partindo de 1,2 - 10° mol de gordura e 5,0: 10° mol de NaOH, calcule a quanti- dade, em mol, do sal organico formado. 177. UFSCar-SP Acido carboxilico reage com alcool para produ- zir éster e Agua. Quando o éster é tratado com NaQH(jq), Ocorre hidrélise e formam-se 0 sal do 4cido carboxilico e o alcool correspondentes. Quando 0 dcido carboxilico é um dcido graxo de cadeia longa, forma-se um sabao. a. Escreva a equacao quimica correspon- dente formacao do éster, a partir do dcido palmitico, HC - (CHz):. ~ CO.H, com o n-butanol. Escreva 0 nome do éster formado, . Escreva a equa¢ao quimica da reagao do éster do dcido palmitico com NaOH sa, indicando o nome do sabao formado. 178. UFF-RJ Evitar ou controlar o impacto causado pe- las atividades humanas no meio ambiente é uma preocupac3o mundial. Como em muitas outras atividades, a fabricaco de produtos quimicos envolve riscos. Mas a industria qui- mica, apontada por muitos anos como vila nas agressdes & natureza, tem investido em equipamentos de controle, em novos siste- mas gerenciais e em processos tecnolégicos para reduzir ao minimo o risco de acidentes ecoldgicos. Quando se utilizam sabes e de- tergentes nos processos de lavagem ~ indus- triais ou domésticos -, os residuos véo para © sistema de esgoto. Apés algum tempo, os residuos séo decompostos por micro-orga- nismos existentes na 4gua. Diz-se, entdo, que esses compostos sao biodegradaveis. As es- truturas apresentadas a seguir séo exemplos dessas substancias: AAA RAN Laurato de sédio ‘Na 92 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade i Nat T ‘o Laurilbenzeno sulfonato de sédio Com base nas estruturas observadas, pode-se afirmar que: a. 0s sabes sdo produtos de hidrdlise aci- da de éteres. os detergentes so compostos orgéni- cos obtidos a partir da hidrdlise de gor- duras animais e dleos vegetais. ¢. os detergentes mais comuns sao sais de 4cidos sulfénicos de cadeias curtas. tanto os sabées quanto os detergentes derivados de acidos sulfénicos sao de- nominados catiénicos. na estrutura do sabao, a parte apolar interage com a gordura e a parte polar com a égua 179, Unicamp-SP Xampus e condicionadores utilizam as proprie- dades quimicas de surfatantes para aumentar a molhabilidade do cabelo. Um xampu tipico utiliza um surfatante aniénico, como o lauril éter sulfato de sédio (A), que ajuda a remover a sujeira e os materiais oleosos dos cabelos. Um condicionador, por sua vez, utiliza um sur- fatante catiénico, como o cloreto de lauril tri- metil aménio (B), que é depositado no cabelo € ajuda a diminuir a repulsao entre os fios lim- pos dos cabelos, facilitando o pentear. NA ° a, No b. NCE 8 a. Considerando a estrutura do xampu tipico apresentado, explique como ele funciona, do ponto de vista das intera- Ges intermoleculares, na remoso dos materiais oleosos. |. Considerando-se as informacées dadas € levando-se em conta a estrutura qui- mica desses dois surfatantes, a simples mistura dessas duas substancias levaria a_um “produto final ineficiente, que nao limparia nem condicionaria”. Justi- fique essa afirmacao. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Quimica CAPITULO 02 wu 180, UFF-RJ d. a proteina de soja. A tirosina, cuja molécula esta a seguir repre- e. 0 doce de abdbora em calda. sentada, é um exemplo de 183, Fuvest-SP Acomplexidade das estruturas dos materiais a a. diamante, glicose, proteina NH, ; b. diamante, proteina, glicose a. peptides. c. glicose, diamante, proteina b. aminodcido. d. glicose, proteina, diamante. «. proteina e. proteina, diamante, glicose d. dcido nucleico, 184, UFIF-MG e. carboidrato, NH, 181. Unicamp-SP |’ p ‘i Hoo Ainda hoje persiste a duvida de como surgiu TS a vida na Terra. Na década de 1950, realizou- HOR -se um experimento simulando as possiveis Glicina condicdes da atmosfera primitiva (pré-bid- tica), isto é, a atmosfera existente antes de originar vida na Terra. A ideia era verificar 2 como se comportariam quimicamente os < gases hidrogénio, metano, aménia e o vapor ‘ou de gua na presenga de faiscas elétricas, em Alanina tal ambiente. Apés a realizac3o do experi- mento, verificou-se que se havia formado um grande numero de substéncias. Dentre estas, detectou-se a presenca do mais sim- ples o-aminoacido que existe A catalase é uma enzima (proteina que fun- ciona como um catalisador biolégico) e, como tal, é constituida de uma cadeia de aminodci- dos, formada pela interacao do grupo amino a. Sabendo que este aminodcido possui_ de um aminodcido com o grupo carboxilico dois atomos de carbono, escreva sua de outro, com eliminacdo de uma molécula formula estrutural de 4gua. Suponha que a catalase seja cons- b. Este aminodcido poderia desviar o plano tituida dos aminodcidos glicina e alanina, da luz polarizada? Justifique sua resposta. _Tepresentados no esquema. Escreva o nome da ligacdo formada entre esses aminoacidos ¢. Escreva a formula estrutural da es- Cvesresente-a pécie quimica formada, quando este aminodcido é colocado em meio aquo-_1g5, ITA-SP so muito dcido. . Aquecendo, juntos, acido benzoico e etanol, 182. UFRGS-RS podemos esperar a formacao de: Um composto alimentar rico em trigliceridios a. sal e agua, saturados é: b. éter e dgua a. a gordura animal. c. éster e dgua. b. 0 dleo vegetal d. aldefdo e agua. c. agelatina. e. cetona e égua. 93 eoe Quimica 186. PUC-MG Um peptideo é formado por dois ou mais ami- nodcidos que se ligam covalentemente por meio de ligacSes peptidicas (ou amidicas). Tais ligacdes so formadas pela reacdo entre um grupo amina de um aminodcido e um grupo dcido carboxilico de um outro aminodcido com saida de uma mo- lécula de dgua. Assinale a estrutura do dipepti- deo formado pela reagdo de condensacao entre 0 aminoacidos metionina e glicina, HO | ll pom Ho CH,CH,SCH, H Metionina Glicina HO OH lt Il a BNE 0 NH H CH,CH,SCH, HO Ho lt I il b, HNO —OH H CH,CH,SCH, 4 ° co am —0H CH,CH,SCH, Ho lf —C—0H HH CH,CH,SCH, 187. PUCCamp-SP Uma substncia A produz, por hidrdlise, dois isémeros de formula CeH,20¢. Também, por hi- drélise, uma substancia B produz: CH,—COOH | CH, —CH—cH,—cH—COOH sn, te, a, Ae Bconstituem, respectivamente, exemplos de: a, lipidio e carboidrato. b. peptideo e carboidrato. ¢. carboidrato e peptideo. d. peptides e lipidio. e. lip(dio e peptideo. Reagées organicas, bioquimica e radioatividade 188. Vunesp As margarinas so produzidas industrialmente pela hidrogenagdo catalitica parcial de triglicer'- dios (lipidios) poliinsaturados. As matérias-pri mas que fornecem o hidrogénio e os triglicer dios usados no processo so, respectivamente: a. gas metano e dleo vegetal. b, agua e melago de cana ¢. petrdleo e gordura animal. d. gis metano e gordura animal. e, calcdrio e dleo vegetal. 189. UFTM-MG O Prémio Nobel de Quimica de 2004 foi dado a pesquisadores americanos e israe- lenses que estudaram como o sistema imu- nolégico do corpo humano isola proteinas indesejadas. As proteinas sio macromolécu- las presentes em todas as células, formadas a partir de aminodcidos, representados pela formula geral 1 o HE R / ‘OH Os aminodcidos se polimerizam originando proteinas por meio da formacdo de: a. grupos amida e liberacdo de agua. b. ésteres e liberagao de aménia. «. ligagdes de hidrogénio entre os grupos N-HeN-H. d. ligacdes de hidrogénio entre os grupos O-HeO-H. e. ligacdes de hidrogénio entre os grupos N-HeO-H. 190. Unimontes-MG A nutrigdo parenteral é usada em pacientes incapazes de ingerir uma nutriggo adequada, oralmente. Os lipidios podem ser utilizados para fornecer energia quando o corpo néo pode obter toda a necessidade energética dos carboidratos. A proporsao de calorias providas por lipidios é normalmente 30% das calorias di drias totais. Os lipideos provém 9 cal de energia por grama e o limite maximo de gordura para uma dieta saudavel deve ser inferior a 65 g. Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Foi preparada para um paciente uma dieta de 3.000 calorias didrias. Considerando os pa- drées de limites aceitaveis, pode-se afirmar que a quantidade de lipideos na dieta é: Avel, inferior a 50 g. igual a 64 g. . indesejével, superior a 100 g. d. indesejavel, igual a 100 g. 191. Unifor-CE Quando alguém menciona drogas vi- ciantes, 0 que vem 4 mente sio substancias ilegais como cocaina, crack ou heroina, Pelo que se sabe, no hé niveis seguros para 0 consumo dessas drogas. A orientagaio é ficar longe delas. Recentemente, a ciéncia médica acrescentou & lista de produtos capazes de provocar dependéncia algo assustadoramen- te proximo de nés: a comida gordurosa. Um estudo com ratos publicado na revista Nature Neuroscience sugere que 0 consumo de ali- ‘mentos ricos em gordura leva ao desenvolvi- mento de um tipo de dependéncia parecida com a que afeta os viciados em cocaina ou heroina. O cérebro dos ratos superalimenta- dos, assim como nos dependentes quimicos, apresenta uma queda acentuada nos niveis de substineias responsiveis pela sensago de prazer, conhecidas como receptores de dopamina. Com menos receptores, 0 orga- nismo precisa de quantidades de gordura cada vez maiores para que o cérebro registre satisfagdo. A pesquisa, feita apenas em ratos, confirmou em laboratério pela primeira vez aquilo de que muitos especialistas jé suspei- tavam: certos tipos de comida viciam. LIMA, F. Comer mal é um vicio ou temos escolha? ‘In: Epoca, n.620, 5 abr. 2010 Adaptado. Com base no texto acima, é possivel concluir que: a.0 vicio alimentar esta indiretamente relacionado aos niveis de receptores de dopamina. b. osalimentos ricos em gordura aumentam os niveis de receptores de dopamina ¢.0 vicio alimentar é desencadeado pelo uso de drogas ilicitas. d, a dieta rica em calorias aciona os cen- tros de prazer do mesmo modo que a cocaina e. uma dieta pobre em gordura nos previ- ne da dependéncia quimica. 95 Quimica 192. UECE As gorduras trans so um tipo especial de dci do graxo, formado a partir de dcidos graxos in- saturados. Elas elevam o nivel da lipoproteina de baixa densidade no sangue (LOL ou “coles- terol ruim"). Nem sempre a indicago do rétu- lo Zero Trans é verdadeira, porque a ANVISA tolera até 0,2 g de gordura trans por por¢ao. Sobre acidos graxos, assinale o correto. a. Acidos graxos ou Acidos gordos sao dcidos de cadeia normal que apresentam o gru- po carbonila (-COOH) ligado a uma longa cadeia alquilica, saturada ou insaturada, Os dcidos graxos essenciais so aqueles produzidos bioquimicamente pelos se- res humanos. Os dcidos graxos insaturados séo mais comumente encontrados na gordu- ra animal, enquanto os saturados so mais encontrados em gordura vegetal. So encontrados em materiais elabora- dos pelos organismos, denominados li- Pidios, que so biomoléculas insoluveis em dgua. 193. UEPG-PR Os agticares glicose e frutose sdo as oses mais comuns encontradas na natureza. Sobre essas moléculas organicas, assinale o que for correto. 01. A glicose ea frutose apresentam ames- ma férmula molecular: C.H:.06. 02. A frutose é um composto de fun¢éo mista do tipo polidlcool-cetona. 04, Os dois acticares podem ser obtidos a partir da hidrdlise do amido. 08. A glicose oxida-se facilmente devido presenca do grupo cido carboxilico em sua estrutura 194, UEPG-PR A fermentagdo alcodlica € um proceso em que aciicares geram etanol, sob catdlise en- zimética, de acordo com a equag3o quimica representada abaixo. Apds a reacdo completa, obtém-se etanol a 9% em volume. Essa con- centraco pode ser elevada a 95% em volume, pela destilacao fracionada 1 CgHs20 p<) 9x CHOH aq) +2 O24) Dados: densidade do etanol 79 g/cm? Quimica Diante desse contexto, assinale o que for correto. 01. Os coeficientes n, x e 2 so, respectiva- mente, 1,1 € 4. 02. A concentracao de etanol no destilado no alcanga 100% devido a formacao de ligagdes de hidrogénio entre as mo- \éculas de agua e de dlcool. 04, Essa é uma reagdo de auto éxidorreducao. 08. Em 1 litro de solucdo de etanol a 95% em volume tem-se 50 g de agua 16. 0 aumento da quantidade de enzima implica maior rendimento da reaco. 195. UERI Em um experimento, uma pequena amostra de soro sanguineo foi colocada em um suporte poroso embebido em meio formado por solu- ao salina mantida em pH 6,0. Através desse suporte, estabeleceu-se um circuito elétrico, como mostra 0 esquema abaixo. Amostra de soro { Suporte poroso Sabe-se que: a carga elétrica de uma proteina depende do pH do meio em que esté dissolvida; © ponto isoelétrico (pl) de uma prote- ina corresponde ao pH do meio onde ela é eletricamente neutra; quanto mais afastado do pH do meio for 0 ponto isoelétrico de uma protel- na, maior serd sua carga elétrica. A tabela a seguir mostra os valores médios dos pontos isoelétricos e as velocidades de migra- 40 de quatro proteinas do soro sanguineo, para essas condigdes experimentais: Proteina Pl Noe Velocidade de ese) migragio Gamaglobulina Ma 8,0 Betaglobulina We 76 Alfaglobulina vs 66 Albumina 7 48 96 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade A ordem crescente das velocidades de migra- do das proteinas citadas é: AVs—Vi—VerVe MV Ve— Vy Bevy-ve-Vs-Ve de V3 Vee 196. UFG-GO Considere a estrofe do poema A ldgrima, de Augusto dos Anjos, a seguir. — Faga-me 0 obséquio de trazer reunidos Cloreto de sédio, agua ¢ albumina. Ah! Basta isto, porque isto & que origina A légrima de todos os vencidos! 'ANIOS, A. dos. Eu € outras poesias. Rio de Janeiro: CilizagSo Brasileira, 1985. p. 270. Uma das rimas dessa estrofe est relacionada com uma classe de substncias quimicas. Essa classe é denominada: a. sais. 4d, glicidios. b. proteinas. e. lipidios. €. aminodcidos. 197. UFTM-MG ‘Menos carne, mais peixe Dieta rica em dcidos graxos mega 3 pode proteger contra a epilepsia. Um grupo de criangas de Ribeirdo Preto, no interior de Sio Paulo, comecou a receber doses didrias de dleo de peixe como complemento dos remédios que to- mam para controlar a epilepsia, As criangas participantes desse estudo receberdo dia- riamente, por seis meses, cépsulas com 2 3 g de dleo de peixe. A expectativa é que 0 consumo de dleo de peixe — rico em acidos graxos mega 3 — diminua a frequéncia das crises e ajude a preservar neurdnios, Pesquisa Fapesp, agosto 2008, Analise as formulas estruturais representadas delay. HIADAAALY oO W PNY N INN IN NN ° i "N\A AAA ° v Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Sobre as substancias representadas pelas for- mulas de | a IV, afirma-se que: I. reagem com glicerina (C3H::03) para dar mono-, di-e trigliceridios; I, em contato com o ar, sao oxidados for- necendo compostos carbonilicos; IIL, so utilizadas pelos organismos vivos como fonte de energia. E correto 0 que se afirma em: a. |, apenas. d. Ile Ill, apenas. b. | ell, apenas. e.|,llelll c. Le lll, apenas. 198, Uneb-BA Cada vez mais os Estados Unidos procuram se libertar do petréleo, pois a dependéncia dessa fonte de combustivel pée em risco nao sé a seguranga nacional, mas também a econémica e a ambiental do pais, Como a civilizagdo nao pode parar de se locomover, busca-se uma nova maneira de prover energia aos meios de transporte. Biocombustiveis celulésicos oferecem a altemativa mais atraente do ponto de vista ambiental e com maior viabilidade técnica a curto prazo, (HUBER; DALE, 2009, p. 24). Uma das etapas para utilizago dos biocom- bustiveis celuldsicos é a desmontagem da bio- massa sdlida em que se constitui a celulose, Com base nos conhecimentos existentes sobre essa biomolécula, é correto afirmar: 01. 02. Constitui-se de um aglomerado de ami- nodcidos carregados positivamente e unidos por ligagdes peptidicas para a formacao de estrutura priméria, Trata-se de um polimero formado por lipidios interligados por meio de ti- gacdes apolares de grande afinidade energética, as quais ditam a resisténcia necesséria ao crescimento de vegetais. Quimica 03. Resulta da ligacdo de milhares de mo- léculas de glicose, unidas por meio de ligagées glicosidicas e forma a estrutura da parede celular de vegetais 04, Mantém-se associada a microfibrilas de hemicelulose e de peptideoglicanos para formago da estrutura rigida e re- sistente, caracteristica das membranas celulares das células vegetais. 05. Resulta da quebra de moléculas de glicogénio, responsavel pela liberagéo de moléculas de glicose para geracdo de energia celular e para producao de compostos bioldgicos essenciais as cé- lulas vegetais 199. FGV-SP Considere as seguintes afirmacdes sobre a Cisteina |. 6 um aminoacido alifatico; Il, apresenta isomeria éptica; Il em contato com HCfiay, a cisteina 6 uma base de Bronsted, dando origem a um fon positivo; IV. a unio entre duas unidades de cistefna dé-se por meio de uma ligacao peptidica S30 corretas as afirmagées a. 1,1, lev. b. I, Ile Ill, apenas. ¢. 1, lle IV, apenas. d. te Ill, apenas. e. Ile IV, apenas. 97 coe Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade CAPITULO 03 > | 200. UFT-TO 201. UFG-GO © polipropileno ¢ utilizado para produzir fi- _Taninos sdo polimeros de fendis, responsaveis, bras de roupas, cordas, tapetes, para-cho- _ pela sensacdo de adstringéncia ao se consu- ques de automéveis, dentre outros. Ele é — mirem frutas verdes e vinho tinto. Das férmu- produzido por reagdes sucessivas de adicdo _|as estruturais planas a seguir, a que represen- de propileno (propeno). Qual é aestruturado ta o monémero de um tanino é: polimero produaido? {Lf Ww Lua H H H HH fh L i On~x AL ad a4 aft TN) Ll \ HO’ ° {L4 Qn 202. UFTM-MG O amido é uma macromolécula formada a partir da interagdo de moléculas de glicose e funcio- na como reserva de energia nos vegetais, principalmente nas raizes. Quando 0 amido é ingeri- do pelo homem, sofre aco da enzima amilase, presente na saliva, e é convertido em glicose e carboidratos menores. OH OH no —~ HO > d HO > +nH,0 OH CH-OH cH;-OH Glicose Amido A reagdo da produgdo do amido a partir da glicose ¢ classificada como de polimerizacao por |__, e aquela que ocorre pela ago da enzima amilase é denominada reacao de__Il coe 98 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade Assinale a alternativa que preenche respecti- vamente as lacunas |e Il. a. condensacao e hidrdlise b. « da. e. condensago e hidrogencao condensagao e oxidagao adigao e hidrogenacao adigao e hidrélise 203, PUC-SP Os polimeros fazem, cada vez mais, parte do nosso cotidiano, estando presentes nos mais diversos materiais. Dentre os polimeros mais comuns, podem-se citar * Teflon —Polimero de adicao, extrema- mente inerte, praticamente insoluvel em todos os solventes. Usado em re- vestimento de panelas e roupas de astronautas. * Néilon - Forma uma fibra muito resis- tente a tracdo, devido as ligacdes de hi- drogénio que ocorrem entre suas molé- culas. € usado como fibra téxtil * Polietileno — Polimero formado por reagdo de adi¢o. Principal compo- nente de sacos e sacolas plésticas. Pode ser reciclado ou usado como combustivel * PET—E um poliéster. Material das gar- rafas plasticas de refrigerante, esté presente em muitas outras aplicacdes, como filmes fotogréficos. 204, PUC-SP Quimica As formulas estruturais desses quatro polime- ros esto, ndo respectivamente, representa- das a seguir. 1 4CH,— CH, t I Wc C—O—CH;-CH,+,, I i] mM. FCA (CH) NACHNA, H H i NV. + 7 f a A alternativa que relaciona corretamente os polimeros descritos com as formulas estrutu- rais representadas é A i q v Polite pet ndilon teflon leno teflon pallet PET nailon leno vet nditon POUEtiE- —safgn no PET teflon | nilon Pole Pollet: ET teflon —_niilon leno Polimeros séo macromoléculas formadas pela repeti¢ao de unidades iguais, os monémeros. A grande evoluggo da manufatura dos polimeros, bem como a diversificacao das suas aplicagdes, caracteriza 0 século XX como o século do plastico. A seguir, estdo representados alguns poli- meros conhecidos: 1 —E wo yale) Ente inn H H Wl, —cF,—cF, fer cr CF, =F, H 1 C—(ch)- 4 m. -orrormon fon ov} ch,—CH.— 99 Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade NCH GHT CH GHC @ ow a Assinale a alternativa que relaciona as estruturas e seus respectivos nomes. 1 0 m v Politetrafluoretileno a Polietileno Poliéster Poliamida (ndilon) (teflon) Politetrafuoretilen poiictoreto de vinila (PVC) b. Poliéster Politiieno any «| Potamidansiny | Poetics | Polreta devin oléster 4 Poliéster Poeragioretieno Poliloreio de vinila polimida (nilon) Poliamida (ndilon) Policreto de vinila (PVC) Polietileno pote 205. UnB-DF A molécula do néilon-66 pode ser obtida por meio da reago de polimerizaciio por condensa- 0 entre 0 acido adipico e a hexametilenodiamina, cujas estruturas moleculares so apresen- tadas a seguir, I HO—C—CH;-CH>-CH Acido adipico HyNCH,CH,CH,CH,CH,CH;NHz Hexametilenodiamina I 1 1 — C—CH,CH,CH,CH,—C—NHCH,CH,CH,CH,CH,CH, NHC — Nailon-66 Com base nas estruturas apresentadas, julgue os itens que se seguem. 01. O numero de dtomos de carbono que constituem as moléculas de dcido adipico e de he- xametilenodiamina relaciona-se_com 0 nome dado ao polimero obtido na condensacao, nailon-66. 02. A reago de polimerizagao para a formacao do ndilon-66 libera gua 03. 0 dcido adipico é um Acido dicarboxilico. eoe 100 Reagées organicas, bioquimica e radioatividade Quimica 206, Unemat-MT (. Baquelite é 0 produto resultante da reacao en- ck \-c0—cH,-ch, 2) +2n H,0 tre fenol e formaldeido, em condigées apropria- \ § / das, podendo apresentar a ron estrutura gH OH a Assinale a proposicao correta a, Um dos monémeros é 0 dcido benzoico. ) b. Um dos monémeros é um dialdeido. ¢. O polimero é obtido por uma reacao de A formacio da baquelite envolve uma reag3o de: polimerizacdo por adicao. a. esterificagdo. d. O polimero é um poliéster. b. adigo. e. O polimero é um poliéter. «. hidrdlise. 209. UEM-PR d. polimerizacao. Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).. e. oxidagao. 01. 0 formaldeido é um aldeido que pode ser usado na fabricacdo de polimeros e 207. UFF-RI seu nome oficial é metanal. Uma porgao de molécula do plastico poliesti- 02. O silicone é um polimero que contém reno é representada por: silicio. O silicio é um elemento quimico do mesmo periodo do carbono, na clas- Li itil sificagao periddica rrr 03. Vérios monémeros do etileno ligados o'O'O" do origem ao polimero poliestireno. 04, Copolimeros so polimeros formados a Qual 0 monémero que, por polimerizagao, dé Partir de mais de um tipo de monémero, origem a esse plastico? 05. 0 politetrafluoretileno (teflon®) pode ser representado pela formula geral (CF-CF)n 06. Ao sofrer hidrdlise, 0 amido fornece moléculas do monossacarideo glicose. 210. UnB-DF Considere os compostos a seguir e julgue os itens 01. O composto I reage com Br, na presen- ga de FeBr, para formar principalmen- te o 3-bromo-1-metoxibenzeno. e H,COOH 02. O composto II reage com Cf, na pre- ow senga de luz para formar uma mis- tura de 1-cloro-2-metilbenzeno e 208, 1-cloro-4-metilbenzeno. . 03. 0 composto Ill pode ser obtido através da desidratagao do etanol 04. O composto IV é usado como matéria-- prima para a obtenco do poliestireno. nHooc—{_—COOH +n HO—CH—CH;—OH—> 05. Os compostos Ill e IV so hidrocarbone- tos insaturados, 101 eoe Um polimero de grande importancia, usado em fitas magnéticas para gravago e em ba- Ides meteoroldgicos, é obtido pela rea¢ao: Quimica Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 211. Fuvest-SP xy Monémero _—_—Polimero Os poliésteres so polimeros fabricados pela condensagao de dois monémeros diferentes, HoH em sucessivas reacdes de esterificagao. Dentre HOH 1 | 0s pares de monémeros a seguir: ad coe cH,cooH 7 ? ° H «. H C=O Op bow « ocier > och, orl Opt on « OH—CH;—CH, py HCN m1 ©O-m0u e OH—CH—C «#0 v. Ho—t(C)—t-on e ‘OH Poliésteres podem ser formados: a4 a. por todos os pares. b. apenas pelos pares II, Ill e IV. . apenas pelos pares | Il d. apenas pelos pares Ile Ill. e. apenas pelo par IV. e. Ch, 212. Unifesp Oetino é uma excelente fonte de obtencao de monémeros para a produco de polimeros. Os monémeros podem ser obtidos pela reagao geral, representada pela equacao: 213. UERI Y x Na industria, a polimerizagao do propeno por H—C—C—H #x¥—= Ye poliadigSo via radicais livres produz um poli- i mero cuja unidade quimica repetitiva tem for- mula molecular C3Hs. em que se pode ter X= YeX#¥. Considere a polimerizaco de 2.800 L de pro- Esses mondmeros podem se polimerizar, se- _peno nas seguintes condigées: gundo a reagdo expressa pela equacao: ~ temperatura: 77°C yx Y x = pressio 20 atm nee it Considere, ainda, que o propeno apresente can , | comportamento de gis ideal e seja completa- mente consumido no processo. Dentre as alternativas, assinale a que contém Determine a massa, em gramas, do polime- a combinacao correta de XY e das formulas do ro produzido e escreva sua estrutura quimica monémero e do polimero correspondentes. em basto. eoe 102 Reagées orgdnicas, bioquimica e radioatividade 214, Fuvest-SP A borracha natural apresenta propriedades que limitam o seu uso. Por exemplo, ao ser aquecida, torna-se mole e pegajosa. O pro- cesso de vulcanizacéo da borracha, desen- volvido a partir de 1839 e exemplificado na figura abaixo, permitiu a producao de pneus, mangueiras e outros utensilios incorporados & vida cotidiana. A utilidade industrial da borra- cha estimulou sua explorago comercial a par- tir das seringueiras da Amazénia, A producao brasileira desse produto dominou 0 mercado mundial até 1913, quando foi superada pela produgo proveniente do cultivo de seringuei- ras na Asia. Estrutura da borracha - Um polimero reno (C,H,) a fc H ] eM yak | Yk] Yh EOL ES LS nth, “cH CH, “CHE-CH, “CHa Calor | Emofre CH Ho ocH, HOCH, H wee OY fs ee Ye Noch \ vat, CHCA! ord, CH CHa CH, CH, cH df cH, HH dé 4 L Yd \ a fi) Ky oath, “tH-chi] Rod, ian cH Estrutura da borracha vuleanizada a. Por que a adicdo de enxofre, no proces- so de vulcanizacao, altera as caracteris- ticas mecdnicas da borracha natural? . Supondo que 16 g de enxofre foram adi- cionados a 1.000 g de borracha natural pelo processo de vulcanizagdo, exem- plificado no esquema acima, responda: Que porcentagem de unidades de iso- preno foi modificada por ligagées cru- zadas? (massas molares: H = 1 g/mol, C= 12g/mole $= 32 g/mol) . Cite e explique uma consequéncia so- cial provocada pela exploracao da bor- racha na Amaz6nia até 1913 103 Quimica 215. Unifesp-SP A Politica Nacional dos Residuos Sélidos foi sancionada pelo governo em agosto de 2010. é um avango na area ambiental, jé que a lei estabelece regras muito importantes, como o sistema de logistica reversa. Nesse sistema, um pneu de automével, apés a sua vida util, deverd ser recolhido pelo fabricante, para que tenha destino adequado. Um pneu pode ser obtido a partir do aquecimento da borracha, natural ou sintética, com enxofre na presenga de um cata- lisador. A borracha sintética é obtida a partir da polimerizacao do buta-1,3-dieno. Na reagéo de 1 mol de moléculas de buta-1,3-dieno com 1 mol de moléculas de hidrogénio, sob condigdes experimentais ade- quadas, obtém-se como principal produto o but-2-eno. a. Qual é 0 nome do proceso que ocorre com 0 polimero durante a fabricagéo desse pneu? Quais modificagées ocor- rem nas cadeias do polimero da borra- cha apés esse processo? b, Escreva a equacio da reagao de hidro- genacao descrita. Apresente os iséme- ros espaciais do but-2-eno. 216. Unicamp-SP Acidentes de transito causam milhares de mortes todos os anos nas estradas do pais. Pneus desgastados ("carecas"), freios em péssimas condigdes e excesso de velocidade so fatores que contribuem para elevar o nu- mero de acidentes de transito. Responsdvel por 20% dos acidentes, o uso de pneu "careca" é considerado falta grave e 0 con- dutor recebe punigo de 5 pontos na carteira de habilitacdo. A borracha do pneu, entre outros materiais, é constituida por um polimero de iso- preno (C,H,) e tem uma densidade igual a 0,92g cm?. Considere que o desgaste médio de um pneu até o momento de sua troca correspon- da ao consumo de 31 mols de isopreno e que a manta que forma a banda de rodagem des- se pneu seja um retangulo de 20 cm x 190 cm. Para esse caso especifico, a espessura gasta do pneu seria de, aproximadamente: a. 0,55 cm €.0,75cm b.0,51.cm d. 0,60 cm Dados de massas molares em g mol: C = 12 eH=1,

Você também pode gostar