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CENTRO DE FORMAÇÃO TOYOTA CAETANO

Domínio de formação: Viver em Português


2077- Técnicos de Mecatrónica Automóvel
UFCD - “Diversidade Linguística e Cultural”

CONTEÚDOS: noção de língua, dialeto e falar regional

A língua, sistema de elementos vocais específicos e comuns a todos os membros de uma mesma
comunidade linguística. Sem a existência de um código linguístico comum a todos os membros de uma
sociedade, a comunicação entre eles tornar-se-ia, se não impossível, pelo menos bastante difícil. A língua é,
pois, um importantíssimo elemento do património cultural de uma sociedade, de um povo, por ele
preservado, transmitido e transformado e que deve ser comum a todos os seus membros.

O Dialeto «é uma forma particular tomada por uma língua num dado domínio», caracterizando-se por um
«conjunto de particularidades tais que o seu agrupamento dá a impressão de um falar distinto dos falares
vizinhos, não obstante o parentesco que os une». Se consultarmos um dicionário de linguística, além da
informação sobre a etimologia do vocábulo, encontramos como definição «uma forma de uma língua, que
tem o seu sistema lexical, sintático e fonético próprio e que é utilizado num meio mais restrito que a
língua oficial».

Um Falar não é mais do que uma particularidade expressiva própria de uma região, que não apresenta uma
forma específica e distinta da língua oficial, não oferecendo grandes dificuldades de compreensão.
Relativamente a Portugal continental, à exceção do Guadramilês, do Rionorês, do Mirandês e do
Barranquenho ─ os únicos que poderemos considerar como dialetos ─, o que existe são apenas falares. 1
Existem apenas 6 falares, por sua vez apresentando subfalares: falar Minhoto, Transmontano, Beirão, Baixo
Vouga e Mondego, Castelo Branco e Portalegre, Meridional.

Em relação aos falares das regiões autónomas, Açores e Madeira, estas apresentam um prolongamento dos
falares continentais, o que não é de admirar, se nos lembrarmos da história do povoamento destas ilhas. De
uma maneira geral, verifica-se aqui um prolongamento dos falares centro-meridionais.
Em S. Miguel, encontramos características peculiares:
1 - O u tónico é pronunciado ü (tal como o u em francês): tü [tiu] müla [miula]
2 - O a tónico tende para o aberto: bata > bota]
3 - A vogal final ─ o cai ou reduz-se a: copo > [kop ] tudo > [tüd ]
Na Madeira, encontramos como principais particularidades:
1 - O u tónico ditonga-se em au: [αw] lua > laua [lαwa]
2 - O i tónico ditonga-se em ai: filha > failha

   
CENTRO DE FORMAÇÃO TOYOTA CAETANO
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2077- Técnicos de Mecatrónica Automóvel
UFCD - “Diversidade Linguística e Cultural”

Após leitura das informações, constantes na página anterior, tenta responder:

1. Indique um sinónimo de código linguístico.


2. Defina, de forma sucinta e clara, “língua”.
2.1. Comente a afirmação que a seguir se transcreve - “Sem a existência de um código linguístico comum
a todos os membros de uma sociedade, a comunicação entre eles tornar-se-ia, se não impossível, pelo menos
bastante difícil.”
3. Defina, de forma sucinta e clara, “dialeto”.
3.1. Indique o número de dialetos existentes em Portugal continental e insular.
3.2. Nomeie dois.
4. Estabeleça a diferença entre Falar e Dialeto.
5. Indique o número de falares existentes em Portugal.
5.1. Nomeie dois.
6. Comente a seguinte afirmação “Em relação aos falares das regiões autónomas, Açores e Madeira, estas
apresentam um prolongamento dos falares continentais, (…)”.

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