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Centro de Formação Toyota Caetano- Carregado

DOMÍNIO DE FORMAÇÃO: VIVER EM PORTUGUÊS


UFCD - 6655: “A Literatura no nosso tempo”
Técnicos de Reparação e Pintura de Carroçarias – 2ºano – 2294

QUESTÃO-AULA - TEXTO DRAMÁTICO


Identificação
Nome: ____________________________________________________________________ Nº: _______________
Avaliação: ____________________________________________________________________________________
13.fevereiro.2020

Responde às seguintes questões sobre as características do texto dramático.


(As questões 5, 6, 7, 13, 14, 15 , 16, 17 e 18 obrigam à escolha de mais do que uma opção.)

PARTE A - Escolhe a(s) opção(ões) correta(s) para cada frase: (12 valores)

1. Qual dos seguintes tipos de texto é escrito para ser representado?


a) texto narrativo
b) texto poético
c) texto jornalístico
d) texto dramático

2. Como se chama ao autor de textos dramáticos?


a) romancista
b) poeta
c) dramaturgo
d) encenador

3. Qual das seguintes categorias não está relacionada com o texto dramático?
a) ação
b) personagens
c) narrador
d) espaço

4. No texto dramático predomina


a) a primeira pessoa (Eu/Nós)
b) a segunda pessoa (Tu/Vós)
c) a terceira pessoa (Ele/Eles)
d) outra pessoa (Alguém/Quem)

5. Além do recurso à linguagem oral, o discurso dramático pressupõe também o recurso


a) à linguagem gestual
b) à sonoplastia
c) à luminotécnica
d) ao espanto

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6. O texto dramático é constituído por dois tipos de texto:


a) o texto principal
b) o texto secundário
c) o texto musical
d) o texto informativo

7. No que se refere ao texto principal, este é constituído por:


a) monólogo
b) diálogo
c) didascálias
d) apartes

8. O texto secundário, por sua vez, é constituído, entre outros aspetos, pelas indicações sobre
a) o cenário e o guarda-roupa das personagens.
b) a movimentação das personagens, os seus gestos e atitudes e o tom de voz ou entoação que devem
utilizar nas suas falas.
c) as horas e o local da representação da peça.
d) a opinião do encenador sobre o desempenho dos atores

9. Como se desenrola a ação de um texto dramático?


a) através da narração
b) através das indicações do encenador
c) através do diálogo e da movimentação das personagens
d) através das falas do dramaturgo

10. Na estrutura externa de um texto dramático temos a divisão em


a) atos
b) cenas
c) atos e cenas
d) não há divisão, habitualmente

11. Quais são os critérios que determinam a mudança de atos e cenas?


a) a mudança de espaço determina a mudança de cena
b) a mudança de espaço determina a mudança de ato
c) a mudança de personagens determina a mudança de cena
d) a mudança de personagens determina a mudança de ato

12. Ao nível da estrutura interna, um peça de teatro divide-se em:


a) introdução, peripécias e desenlace
b) situação inicial, peripécias, ponto culminante e desenlace
c) introdução, desenvolvimento e conclusão
d) exposição, conflito e desenlace

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13. Na classificação das personagens quanto à sua conceção, temos


a) personagens planas ou personagens-tipo: não alteram o seu comportamento ao longo da ação e
representam um grupo social ou profissional
b) as personagens principais: desempenham um papel pouco importante
c) as personagens modeladas ou redondas: alteram o seu comportamento ao longo da ação
d) os figurantes: participam na ação mas não falam

14. Quanto à classificação das personagens quanto ao relevo, temos:


a) personagem principal (protagonistas) - desempenha o papel de maior importância
b) personagens secundárias - desempenham um papel de menor importância
c) personagens-tipo: representam um grupo social ou profissional ao qual pertencem
d) figurantes - estão presentes mas não intervêm na ação

15. Relativamente ao espaço, é normal fazer-se a distinção entre


a) espaço representado - corresponde ao espaço físico que se pretende representar
b) cenário - local onde decorre a ação
c) bastidores - local onde os atores se preparam
d) espaço aludido - espaço que não é representado mas ao qual se faz alusão

16. Quanto ao TEMPO, essa distinção é feita com base em:


a) tempo da representação
b) tempo da ação ou da história
c) tempo da escrita ou da produção da obra

17. Quando escreve uma peça de teatro, o dramaturgo pode ter uma intenção
a) didática (transmitir um ensinamento)
b) lúdica (de entretenimento)
c) satírica (de crítica)
d) moralizadora (distinguir o Bem do Mal) e) de louvor (enaltecer grandes feitos de grandes heróis)

18. Há várias formas de Texto Dramático, entre as quais:


a) tragédias
b) comédias
c) encenações
d) teatro épico
e) teatro de mímica
f) teatro amador

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PARTE B – Relembra a cena abaixo transcrita, trabalhada em sessão de formação, e responde às


questões apresentadas. ( 8 valores)

Cena XI
Reginaldo, Violeta, Leandro, Pastor, Bobo, Criados
(O banquete vai começar)
VIOLETA (para o rei): Para vós, senhor, escolhemos as melhores iguarias deste reino.
PASTOR (para o Bobo): Verdade! Até a minha Briolanja veio dar uma ajuda na cozinha! Que não é para
me gabar, mas ela faz um javali assado com molho de mandrágoras que é um mimo. (beija as pontas dos
dedos)
VIOLETA: Espero que esteja tudo a vosso contento.
(Criado põe nas mãos do rei o primeiro prato: o rei prova e delicadamente põe de lado)
VIOLETA: Talvez o javali não seja o vosso prato predileto. Que tal um assado de borrego?
(Faz sinal a outro criado que avance. O criado entrega o segundo prato. O rei prova e, enjoado, põe de
lado)
VIOLETA: Experimentemos o peixe. Uma truta fresquinha, pescada há pouco nas águas do nosso rio.
(Outro criado avança com o terceiro prato. O rei prova, faz uma careta e põe de lado. A partir daqui
sucedem-se, em ritmo muito rápido, as várias entregas dos pratos pelos criados, e a rejeição do rei,
num crescendo de desagrado até acabar por dar um safanão nos criados, deitar ao chão as travessas,
etc., etc. ...)
REI (explode): Basta! Não sei que reino é este, não sei que hospitalidade é esta que me põe na boca
comida intragável!
VIOLETA (espantada): Intragável, senhor?
REI: Intragável! (Cospe várias vezes) Podre!
VIOLETA: Impossível, senhor! A truta foi pescada há pouco e...
PASTOR:..e pelo javali da minha Briolanja ponho eu as mãos no fogo!
REI: Será alguma conspiração para me envenenar?
VIOLETA: Acalmai-vos, senhor, aqui ninguém vos quer matar!
REI: Mas então que comida é esta que me servistes nestes pratos todos que cada um parecia pior que o
anterior?
VIOLETA (pausadamente): É apenas comida sem sal, senhor.
REI (espantado): Comida sem... (Para de repente, e ouvem-se muito ao longe vozes antigas)
VOZ: «Quero-vos como a comida quer ao sal...»
VOZ: «Fora do meu reino, filha maldita!...»
REI (cada vez mais espantado): Senhora... como é o vosso nome? E que reino é este em que me
encontro? Falai, por quem sois!
VIOLETA (sem lhe responder): Aqui tendes, senhor, o que valem os melhores manjares do mundo
quando lhes falta uma pedrinha, uma pedrinha pequenina que seja, desse bem precioso chamado sal.
PASTOR: Grande vai o mal na casa onde não há sal — lá diz a minha Briolanja...
REI: Senhora...
BOBO (gritando, de repente, depois de olhar muito para Violeta): É ela! É ela! Eu bem sabia que já
tinha visto aquela cara! É ela! É Violeta.

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REI: Cala-te, cala-te!


BOBO: Não me calo! Já me calei tempo de mais! Durante estes anos todos vi-te fazer asneiras atrás de
asneiras sem nada te dizer. Acompanhei-te sempre, sem nada te dizer. Mas agora não me calo! Agora
sou eu que te ordeno: reconhece o mal que um dia fizeste a tua filha Violeta!
REI: Cala-te, cala-te!
BOBO: Isso é que era bom! Não me calo, não me calo, e não me calo!
REI: Olha a chibata!
BOBO (rindo): Aqui não há chibata!
PASTOR: Nem para os animais!
BOBO: Vá, pede perdão a tua filha Violeta, a única que verdadeiramente te amou, e ficamos por aqui,
que já não aguento mais!
REI: A minha cabeça... A minha cabeça estala...
PASTOR: Agora é que ele fica maluco de vez...
BOBO: Não ligues, que aquilo também é fita...
REI: Sou um pobre cego, senhora! Mas se os olhos não veem, vê o coração.
BOBO (aparte): Por acaso houve alturas em que o coração esteve... um bocado vesgo.
VIOLETA: E que vê o vosso coração?
REI: Vê o rosto claro de uma filha que tive um dia e perdi.
VIOLETA: Vê mal o vosso coração. Porque nunca perdestes uma filha, senhor.
REI: É verdade. Não a perdi. Expulsei-a. Fui eu que a expulsei...
VIOLETA: Apenas porque essa filha, senhor, foi a única sincera de todas as filhas que tínheis. Apenas
porque ela vos disse as palavras verdadeiras, e às vezes os reis só têm ouvidos para as palavras da
lisonja e da mentira.
REI: Dizei-me, senhora, dizei-me se sois quem o meu coração diz.
VIOLETA: O que diz o vosso coração, não sei. Mas o meu diz-me que sois Leandro, rei do reino que um
dia se chamou Helíria e que eu sou Violeta, vossa filha mais nova.
(Abraçam-se)
Alice Vieira, Leandro, Rei da Helíria

1. Nesta cena, é servido um banquete em que o Rei “delicadamente põe de lado” a comida que
lhe é servida.
1.1 Prova por meio de didascálias a atitude comportamental do Rei.
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2. Justifica a mudança de atitude do Rei.
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2.1 Atribui 2 adjetivos caracterizadores da personalidade do Rei.


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3. Perante as atitudes do Rei, Violeta reage. Explica a reação dela, comparando-a com a atitude
do rei.
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4. Violeta, perante o sentimento do Rei, afirma “(…) e às vezes os reis só têm ouvidos para as
palavras da lisonja e da mentira.”
4.1 Explica o sentido da frase neste contexto.
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5.No excerto:
- sublinha quatro didascálias;
- rodeia um aparte.

PARTE A – 12 valores PARTE B – 8 valores

16 A 18 corretas = 12 valores 1.1 2 2.1 3 4.1 5 5


13 a 15 corretas = 9 valores
10 a 12 corretas = 7 valores
7 a 9 corretas = 5 valores
1v 1v 1v 1v 1v 2v 1v
4 a 6 corretas = 3 valores
1 a 3 corretas = 1,5 valores

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