Ciclo de Estudos

2007/2010

Cursos Profissionais de Técnico de Animação Social e de

Técnico de Multimédia

Teste escrito de Português - Módulo 5 – Textos

dos Media II
Data: 5/11/2008
Formador: Paulo Fernando Mota Gaspar

TEXTO A
A nossa escola
Alunos da Escola Secundária
Marquês de Pombal foram ver
“A Turma” – e gostaram
ELES SÃO um pouco mais velhos que os
personagens do filme de Laurent Cantet,
alunos do 11.º ano de cursos profissionais nas
áreas da Electricidade e da Informática de
uma escola de Lisboa com características
multiétnicas e também ela atravessada por muitos dos problemas, das dúvidas e das
perplexidades que A Turma materializa. Aliás, a primeira conclusão da generalidade
dos alunos e professores que assistiram a uma sessão do filme foi que aquela escola
podia ser portuguesa. (…) Ruben, aluno de Informática, refere o comportamento não
exemplar dos alunos e frisa o trabalho, a compreensão e a paciência do professor que
«tratava todos por igual». Paciência é uma palavra que vem várias vezes à baila na
conversa que tivemos com os alunos. A Hassane chamou-lhe a atenção o facto de o
professor se preocupar com os estudantes, «embora eles não merecessem. Ele
tentava dar o máximo nas aulas e eles não correspondiam». E o Paulo ficou
impressionado com o autocontrolo do docente, «mesmo em situações mais
complicadas ele mantinha a calma».
Curiosamente, parecem esquecidos do momento do filme em que o
Protagonista perde a compostura e diz a duas alunas que se estavam a comportar
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como galdérias. Quando lhes lembro o incidente, desvalorizam-no. O Luís acha que «o
professor estava exausto, aquele tipo -de atitudes acontece». (…)
Mas há um professor que entra na sala de professores e grita que os alunos
deviam ir morrer longe, está desesperado e refere-se aos miúdos como se fossem
monstros. Lembrar essa cena despertou sorrisos.

O Diogo acha que, como toda a gente, quando se chega a um certo ponto, os
professores «se passam dos carretos». Todos os alunos com quem falámos já viram
um professor ficar descontrolado, de alguma maneira - e o Hassane lembra a
professora que chegou a chorar dentro da sala de aula, no ano passado.
Porque é que há indisciplina na escola? Aqui as opiniões dividem-se. Há quem
culpe a desordem no agregado familiar, outros pensam que andam contrariados na
escola porque a escola “é uma seca”. O Filipe pensa que os indisciplinados são alunos
revoltados. Com a escola? “Não, com os amigos, com a família, com a vida… e depois
descarregam nas aulas…” . (…)
No filme, os professores interessam-se tanto pelos miúdos que chegam a fazer
uma colecta para ajudar a família de um deles, com problemas devido à deportação
do pai. Todos os alunos portugueses que viram A Turma entendem que aquela é uma
atitude que podia também acontecer entre nós. De uma maneira geral, a opinião é
unânime: a nossa escola interessa-se pelos alunos, ninguém acha que os professores
se estão nas tintas - o Diogo diz mesmo que os alunos é que se preocupam pouco com
os professores. (…)
In Expresso, 1 de Novembro de 2008

TEXTO B

Matérias improvisadas
A muito aguardada estreia da palma de ouro de
Cannes 2008
RECRIAÇÃO do livro com o mesmo nome publicado
por François Bégaudeau em 2006 (que relata a sua
experiência como professor de francês 8.º ano num liceu de
Paris), esta quinta longa-metragem de Laurent Cantet
constitui, ao mesmo tempo, um belo olhar sobre a escola
como espaço do improviso e um belo ensaio sobre o cinema
como arte da improvisação. De facto, aqui, o objecto de
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estudo (a escola) e o seu suporte formal (o cinema) parecem articular-se em perfeita
unidade: a escola empresta ao cinema o método de improvisação que define o seu
funcionamento (permitindo assim ao cinema superar a velha oposição instituída entre
o documentário e a ficção) e, em contrapartida, o cinema devolve à escola o olhar
improvisado que por breves momentos arriscou fazer seu (permitindo assim à escola
escapar à demagogia dos discursos politicamente preconcebidos). Mas, comecemos
pelo cinema (… )
In Expresso, 1 de Novembro de 2008

GRUPO I

1. Identifique o facto que deu origem aos dois textos jornalísticos

Texto A - após a leitura atenta do texto A, responda às questões apresentadas:
2. O texto A é uma reportagem.
2.1. Concorda com esta afirmação? Justifique a sua resposta.

3. Alguns alunos da Escola Secundária Marquês de Pombal foram ver A Turma.

3.1. Identifique o motivo pelo qual teriam sido convidados estes alunos a assistir a
este filme.

4. Explicite o sentido do título escolhido para este texto. Justifique a sua resposta com
elementos do texto

5. Quem é o protagonista do filme, de acordo com texto?

6. Caracterize o tipo de relação que existe entre professores e alunos no filme, tendo em
conta o texto.
Texto B
7. Após a leitura atenta do texto B, constate a veracidade ou falsidade de cada uma das
afirmações. Justifique as afirmações que considerar falsas.
7.1. François Bégaudeau produziu o filme A Turma para relatar a sua experiência, enquanto
docente de língua francesa num liceu parisiense.
7.2. Laurent Cantet é um realizador experiente.
7.3. No filme A Turma, o cinema limita-se a retratar a escola.
7.4. O cinema é o objecto de estudo da escola.
7.5. A turma mistura de forma sublime o documentário e a ficção.
7.6. O texto B é uma crónica.
GRUPO II

1.1.Trata-se de publicidade comercial ou institucional?

Justifique a sua resposta

1.2. Neste anúncio, a imagem é fundamental para a

compreensão do texto. Justifique esta afirmação.

1.3. Explicite a mensagem que se pretende transmitir.

1.4. Relacione a mensagem com as cores do anúncio.

Fragmento de um an 佖 cio da organiza 鈬 o

SOS Racismo
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GRUPO III

1. Seleccione uma das imagens e redija, a partir de um tema sugerido pela mesma, uma
crónica de 150 a 200 palavras.

Cotações da Prova

Grupo I Grupo II Grupo III

Pergunta Conteúd Forma Total Pergunt Total Uma pergunta
s o as
1. 9 6 15 1.1. 10 Estruturaç Correcçã
2.1. 6 4 10 1.2. 10 ão o
3.1. 6 4 10 1.3. 10 temática e linguístic
discursiva a
4. 6 4 10 1.4 10 35 15
5. 6 4 10 Total 50
6. 15 10 25
7. 30 - 30
Totais 110 + 40 + 50 =
200
A forma – é a organização e correcção linguística.