COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Brasiliense, 2004.
RESUMO
O capítulo que se inicia página 115 e vai até a pagina 120
retrata a sensibilidade necessária para se analisar uma obra de arte. O texto utiliza do artifício de comparação, por exemplo: Um jogo de futebol, se a pessoa não detiver o conhecimento das regras, será um esporte sem muito nexo, onde pessoas correm atrás de uma bola e em determinadas horas podem fazer certas coisas. Mas quando se aprende como o jogo funciona tudo começa a ter nexo e ficar mais claro. Com a arte pode ser um pouco parecido, quando não se sabe analisar uma obra, não interessando o autor, não há uma forma mais correta de se opinar. Entretanto com a arte existem outros pontos a serem vistos, pois com o tempo a arte muda, a visão da sociedade muda, e consequentemente obras que poderiam ser superestimadas passam a ser desvalorizadas. Por isso, sempre existirão dificuldades do nosso contato com as obras e sempre teremos que nos atualizar e enriquecer o nosso conhecimento.
Já da página 120 a 126, o texto mostra os cuidados ao se
analisar uma obra de arte. Não podemos nos prender a textos, livros e críticas de uma obra de arte, e a partir deles dizer que ela é ruim, sem sentido ou ainda “pobre”. Devemos aprender a ver uma obra, observa-la e tirar dela o que ela quer nos passar, para daí sim, utilizar os artifícios de textos, pois como o autor menciona, para entendermos melhor o que o quadro “A Liberdade sobe as Barricadas” de Delacroix quer dizer, precisamos saber sobre a revolução de 1830 da França.
Desta forma conseguiremos atingir um nível muito maior de
apreciação da arte.
Por fim, é comentado o fato da acessibilidade. Como podemos
nos familiarizar com a arte, se a arte é algo para poucos, o cinema, as exposições, as peças, tudo é muito caro. Desta forma, o livro mostra que se quisermos nos situar, absorver mais arte, precisamos nos esforçar e muito, pois poucos são os que têm a possibilidade de participar das obras artísticas do teatro, da opera, do cinema, enquanto a grande maioria só possui o rádio, televisão e álbuns de fotografia para aprender e ver a arte e estas formas mais “baratas” não chegam nem perto das originais. CITAÇÕES TEXTUAIS
“O fato de uma grande obra ter sido consumida por um largo
público significa apenas que ela possuía elementos capazes de seduzir um grande número de pessoas num momento determinado.” Pg. 116;
“Não há escapatória: ver um quadro, ler um livro, é utilizar
instrumentos culturais para aprendê-los.” Pg. 118;
“É importante não confiar nos textos como desvendadores ou
chaves do objeto artístico.” Pg. 121;
“... mesmo as melhores reproduções, é impossível obter-se a
superfície rugosa de uma tela de Van Gogh;” Pg. 128;
“Somos condenados a redobrar o nosso empenho, nosso
interesse, nossa busca.” Pg. 129.
COMENTÁRIO PESSOAL
Muito boas foram as comparações iniciais da forma de se ver a
arte. Achei interessante o fato de comparar a forma de se ver o futebol com a forma de se ver a arte, e ainda, como o autor mostra alguns cuidados muito importantes ao se apreciar uma obra de arte, não podemos nos levar pelo que lemos em livros e principalmente internet, precisamos buscar o que está intrínseco na obra, para daí formarmos uma opinião e então aprender, através dos livros e textos, mais sobre o autor, a forma como a obra foi feita e outros detalhes.
Ainda, o fato de que uma pequena porcentagem da população
tem acesso à arte, mostra a nossa realidade atual, muito poucos são os que podem ir a um teatro, a uma apresentação orquestral ao cinema. Por mais que tudo esteja se tornando cada vez mais acessível, ainda assim precisamos evoluir a ponto de se nivelar a cultura na sociedade. Estamos presos ao que a TV nos mostra, as influências das emissoras e ao fato de que o lucro sempre vem antes do conhecimento. Quando conseguirmos mudar esta visão de lucros e ibope, conseguiremos atingir níveis muito maiores da cultura da população.