Você está na página 1de 3

GOMBRICH, Ernst Hans. A História da arte. 16 ed.

Rio De Janeiro: Editora LTC - Livros


Técnicos e Científicos, 2015. 35 p.

Críticas E Lutas Da Arte No Brasil. Contraponto Digital, 21 de maio de 2018,


agemt.org/contraponto/2018/05/21/criticas-e-lutas-da-arte-no-brasil/. Acesso em 8
de junho de 2022.

ARTE COM “A” MAIÚSCULO. 7 Verão 2018, www.artefazparte.com/2018/07/arte-com-


maiusculo.html. Acesso em 8 de junho de 2022.

Em História da Arte, o autor Ernst Gombrich chama a atenção nas críticas do primeiro
capítulo, Sobre Artes e Artistas. O autor destaca principalmente pontos como relações
entre as obras, suas belezas e seus artistas. A história da arte sobreviveu graças à
objetividade e brevidade do texto, sem falar na capacidade do autor de falar fluentemente.
Ele descreve isso como seu objetivo de trazer alguma ordem compreensível para a
infinidade de nomes, períodos e estilos da obra ambiciosa. Além disso, Gombrich baseia-
se em sua visão da psicologia da arte visual para ver a história da arte como uma tela
contínua e uma tradição em mudança, com cada peça refletindo o passado e apontando
para o futuro.

Em seu enredo, Gombrich faz uma crítica de usar Arte com A maiúscula. Na verdade,
Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos
esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu
gênero, só que não é "Arte". E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja
contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de que ela gosta não é Arte,
mas algo muito diferente, pois tudo pode ser considerado arte, e não apenas as obras
reconhecidas.
UMA COISA QUE realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem
somente artistas, por isso todos nós somos capazes de criar uma obra de arte.
O blog ARTE FAZ PARTE, expõe uma ideia com relação a Arte com A maiúsculo. Parece
que pinturas de loucos, como cerâmica Marajoara, tatuagens tribais, são "melhores" se
você pensar em arte. Como se precisassem desse rótulo para legitimar sua qualidade.
Não vou ignorar isso, em muitos casos eles precisam atrair esses recursos para ganhar
valor, ganhar atenção e, o mais importante, se livrar de rótulos depreciativos. Minha
sugestão, no entanto, é mudar o estado de preconceito ao invés de escondê-lo sob o
poder da arte que raramente é questionada.

Em outro ponto, Gombrich fala sobre a beleza, que somos atraído para o que é mais belo,
obras mais bonitas.Na verdade, não acho que haja nenhuma razão errada para gostar de
pintura ou escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque o lembra de seu local
de nascimento, ou de um retrato porque o lembra de um amigo. Não há nada de errado
com isso. Todos nós, quando vemos uma pintura, devemos lembrar de mil e uma coisas
que afetam nossos gostos e desgostos. Temos essa ideia porque sabemos tão pouco de
arte, e às vezes escolhemos sempre a mais bonita, onde evocamos sensações
agradáveis. Não há nada de errado em gostarmos ou ficarmos fascinados por certas
obras.

Gombrich diz sobre as críticas que os artistas sofrem, ele fala duas coisas. Uma é se o
artista tem motivos para mudar a aparência do que vê. A outra é que nunca devemos
condenar uma pintura incorreta, a menos que estejamos convencidos de que estamos
certos e que o pintor está errado. Estamos todos propensos a chegar à conclusão de que
"as coisas não são assim". Temos o estranho hábito de pensar que a natureza deve
sempre se parecer com a imagem a que estamos acostumados a ver. O maior obstáculo
para apreciar grandes obras de arte é nossa falta de vontade de deixar de lado os hábitos
e preconceitos. Uma pintura que representa um tema familiar, falha inesperada, muitas
vezes não tem melhor razão do que "não parece certo". No site CONTRAPONTO
DIGIT@AL, fizeram uma matéria sobre Críticas e lutas da arte no Brasil, falando sobre a
semana da arte no Brasil. A Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, foi iniciada por
vários artistas que estavam cansados de velhas tradições e queriam romper com os
padrões da época. O movimento ocorreu em um período politicamente turbulento da
história do país, a República do Café, e tinha como objetivo mostrar todo o sofrimento
vivenciado por diversos segmentos da sociedade, como a marginalização do sertão
nordestino e a exclusão de pessoas da sociedade, especialmente politicamente. Mostra
que os artistas sempre sofreram as críticas pela forma de se expressar.
O mais comum do texto é que as obras sofrem críticas só pelo fato de não estar do jeito
que as pessoas gostam, quanto mais o artista se expressa mais crítica tem o trabalho
dele. Muitas das pessoas gostam das obras que são mais fáceis de serem entendidas,
onde elas gostam mais de pinturas que "parecem reais". Apesar de alguns que preferem
as obras que usam poucas palavras e gestos, deixando algo para ser adivinhado, também
há os que gostam de pinturas ou esculturas que deixem alguma coisa sobre que se possa
meditar.
Um dos maiores obstáculos para apreciar grandes obras de arte é a nossa falta de
vontade de deixar de lado o preconceito.

O que particularmente me atraiu nesta edição é que todas as obras citadas pelo autor a
ilustram e são de muito boa qualidade. Isso torna toda a experiência interessante e
interessante porque muitas vezes já conhecemos a pintura, notamos e lembramos de vê-
la, e então descobrimos o nome, o artista e o fundo em que ela foi criada. Aliás, vale notar
que ele não fala apenas de pintura, mas também de arquitetura e escultura. Este livro é
uma grande fonte de conhecimento e inspiração. Se você quer aprender mais história, ou
se já é artista e quer inspiração, este livro é uma ótima escolha!

Você também pode gostar