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A subjetividade relacionada com este tópico impossibilita que haja uma definição
concreta de arte. O facto de esta poder ser repartida por tantas áreas como a
pintura, o cinema, a dança, o teatro, a literatura, a música, entre outras, dificulta
também a existência de uma definição que faça jus a tudo aquilo que a arte
abrange.
Um dos primeiros pensamentos foi que a arte era a imitação da realidade, e que o
objetivo do artista (principalmente de um pintor) é copiar o objeto o mais
fielmente possível como se fosse um espelho da realidade. Seguindo este
pensamento, no caso de uma pintura, quanto mais semelhante à realidade, mais
valiosa é ou seja, quanto maior for a ilusão da realidade provocada pela obra a
quem a observa, melhor será para o artista que a concebeu.
Esta ideologia dominou a estética ocidental até ao século XVII, porém, hoje em
dia não é aceite em nenhum meio artístico.
Diderot, um filósofo francês do século XVIII, a melhor obra seria aquela que
melhor nos iludisse, isto é, que nos fizesse acreditar que estávamos a olhar para a
realidade e não para uma obra e todas as aquelas que não cumprissem este
requisito eram reprovadas.
Mais tarde surgiu outra tentativa de definir arte, esta afirmava que arte era a
expressão de emoções. Esta concessão foi desenvolvida pelo romantismo e
valoriza especialmente a criatividade do artista.
Defendia que através da arte era possível exprimir de uma forma clara e
libertadora as emoções que dominam o nosso pensamento.
O artista não se limita a criar algo que descreva os sentimentos, mas sim algo que
faça os outros seres humanos refletirem e partilhar da mesma emoção que o
levou a criar algo.
“Só é arte o que tem forma significante” esta foi mais umas das tentativas de
definir arte, criada por Clive Bell.
Os nossos juízos estéticos permitem-nos avaliar se uma obra está bem
organizada, se é bonita, harmoniosa, podemos dizer que uma música é
harmoniosa devido ao ritmos e à letra que a constitui, tudo isto são formas de
arte.
Clive Bell defende que a forma é objeto da nossa apreciação estética. Para este
não é importante a forma como foi produzida a obra ou intenção do artista se
conseguirmos classificá-la quanto à forma é uma obra de arte e tem valor
artístico.
Neste ponto pode surgir a questão: Não conseguimos atribuir uma forma a tudo?
Clive Bell teve o cuidado de especificar de que não é qualquer tipo de forma, é
“forma significante”.
Forma significante é aquilo que provoca uma emoção estética, por exemplo,
formas geométricas, linhas e cores.
Esta definição de arte resulta da manipulação, organização e desenvolvimento de
certas características para obra ficar esteticamente apelativa e algo que as pessoas
possam contemplar.
Para Bell, a verdadeira obra de arte tem como objetivo provocar emoções
estéticas independentemente dos pensamentos e emoções do artista. Uma obra de
are neste contexto também consegue passar emoções genuínas através das suas
formas e cores, mas não são tao fortes como o descrito na teoria expressivista.
Em muitas obras de arte estão expressos aspetos e condições essenciais à vida e à
condição humana.
Podemos ver estes aspetos em várias obras, como por exemplo, na obra “os
comedores de batatas” de Van Gogh claramente expressa a injustiça
relativamente aos camponeses pois trabalhavam e eram honestos e mesmo assim
viviam numa pobreza extrema. Na obra “ Os amantes” de René Magritte está
expresso o amor mas esse amor é proibido por isso tem de ser vivido escondido
do mundo.
Para concluir, embora existam várias definições de arte e à medida que o tempo
passa e as coisas evoluam são criada novas definições mas para mim a mais
correta é a teoria expressivista, a arte é algo usado para passar o que vai dentro de
nós para fora e para que o maior número de pessoas se identifique com o artista e
se sintam compreendidas.