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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Curso: LÍNGUAS E HUMANIDADES


Disciplina: FILOSOFIA
Ano: 11.º Turma: F
Data: 12 de dezembro de 2022 Ano
Letivo: 2022-2023

Grupo I – Exercício de escolha múltipla


VERSÃO A
1. O problema filosófico de definir arte consiste em D)
distinguir obras de arte de outros objetos.

2. A distinção entre sentido valorativo e classificativo de arte implica que C)


podemos classificar como arte uma obra de que não gostamos.

3. Uma das seguintes afirmações é verdadeira. Identifique-a.


C) Uma pintura considerada arte pelo expressivismo pode ter esse estatuto de acordo com qualquer
outra teoria.

4. A tese da teoria da arte como imitação afirma que B)


se um objeto é arte, então é a imitação de algo.

5. Apenas os defensores das teorias essencialistas da arte consideram que C)


há propriedades intrínsecas dos objetos que os tornam obras de arte.

6. Considere as afirmações seguintes. Selecione a opção correta: D)


a ideia de que a arte é definível.

7. A teoria formalista defende que


C) um objeto é arte se causar emoções estéticas no público que o contempla.
8. A teoria expressivista não defende que
A) todos os objetos que causam emoções devem ser classificados como artísticos.
9. Selecione a opção que preenche corretamente o espaço. «O conceito de representação é
do que o de imitação.»
A) mais abrangente
10. Analise as afirmações sobre a teoria formalista. Selecione a única afirmação correta.
A) Defende que X é uma obra de arte se, e só se, X for concebido principalmente para possuir e exibir
forma significante.

VERSÃO B

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1. Uma das seguintes afirmações é verdadeira. Identifique-a.
D) Uma pintura considerada arte pelo expressivismo pode ter esse estatuto de acordo com qualquer
outra teoria.

2. Apenas os defensores das teorias essencialistas da arte consideram que C)


há propriedades intrínsecas dos objetos que os tornam obras de arte.

3. Considere as afirmações seguintes. Selecione a opção correta: D)


a ideia de que a arte é definível.

4. A teoria formalista defende que


A) um objeto é arte se causar emoções estéticas no público que o contempla.
5. Selecione a opção que preenche corretamente o espaço. «O conceito de representação é
do que o de imitação.»
B) mais abrangente
6. A teoria expressivista não defende que
B) todos os objetos que causam emoções devem ser classificados como artísticos.
7. O problema filosófico de definir arte consiste em D)
distinguir obras de arte de outros objetos.

8. A tese da teoria da arte como imitação afirma que C)


se um objeto é arte, então é a imitação de algo.

9. Analise as afirmações sobre a teoria formalista. Selecione a única afirmação correta.


B) Defende que X é uma obra de arte se, e só se, X for concebido principalmente para possuir e exibir
forma significante.

10. A distinção entre sentido valorativo e classificativo de arte implica que A)


podemos classificar como arte uma obra de que não gostamos.

VERSÃO C
1. Uma das seguintes afirmações é verdadeira. Identifique-a.
C) Uma pintura considerada arte pelo expressivismo pode ter esse estatuto de acordo com qualquer
outra teoria.

2. O problema filosófico de definir arte consiste em C)


distinguir obras de arte de outros objetos.

3. Considere as afirmações seguintes. Selecione a opção correta: C)


a ideia de que a arte é definível.

4. A distinção entre sentido valorativo e classificativo de arte implica que A)


podemos classificar como arte uma obra de que não gostamos.

5. Apenas os defensores das teorias essencialistas da arte consideram que C)


há propriedades intrínsecas dos objetos que os tornam obras de arte.

6. A tese da teoria da arte como imitação afirma que A)


se um objeto é arte, então é a imitação de algo.

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7. Selecione a opção que preenche corretamente o espaço. «O conceito de representação é
do que o de imitação.»

B) mais abrangente
8. A teoria formalista defende que
A) um objeto é arte se causar emoções estéticas no público que o contempla.
9. A teoria expressivista não defende que
B) todos os objetos que causam emoções devem ser classificados como artísticos.
10. Analise as afirmações sobre a teoria formalista. Selecione a única afirmação correta.
B) Defende que X é uma obra de arte se, e só se, X for concebido principalmente para
possuir e exibir forma significante.

GRUPO II

1. A arquitetura coloca alguns desafios às teorias essencialistas.


Alguma dessas teorias pode considerar, sem restrições, a arquitetura como um tipo de arte?
Justifique a sua posição.
RESPOSTA: Sim, a teoria formalista, como não assenta na imitação da natureza nem na sua
representação figurativa, não rejeita do universo artístico o desenho e a construção de edifícios e
estruturas arquitetónicas variadas.
Segundo Clive Bell, X é uma obra de arte se, e só se, X for concebido principalmente para possuir e
exibir forma significante. Todos as obras que classificamos como arte são objetos criados por seres
humanos (artefactos) que têm o poder de apresentar em nós, público, uma emoção estética. A
qualidade essencial comum a todos a todos os artefactos que têm esse poder é a forma, ou, mais
precisamente, a forma significante.
Se cada objeto arquitetónico possui uma forma, um arranjo de caraterísticas geométricas, pictóricas,
etc., é razoável aceitar que pode possuir forma significante. Se possui, e tem como um dos seus
principais objetivos mostrar essa forma significante, então podemos aceitar que a arquitetura é arte e
que os objetos arquitetónicos são obras de arte.

2.1. Identifique uma teoria da arte que defenda a posição apresentada no texto. Justifique a sua
resposta.

RESPOSTA: Teoria da arte como forma significante, porque (a) segundo esta teoria, as obras de arte
produzem um tipo particular de emoção estética resultante da sua forma significante e (b) a emoção
estética produzida pela arte é exclusiva, argumento que, se aceite, resolveria o problema da
definição da arte.
Trata-se de uma teoria essencialista que foi proposta pelo crítico de arte e filósofo inglês Clive Bell
que defendia que que X é uma obra de arte se, e só se, X for concebido principalmente para possuir

FILOSOFIA ▪ 11.º Ano 3/6


e exibir forma significante. Trata-se de um critério classificativo de arte (estabelece o que é arte), mas
também de um critério avaliativo de arte (estabelece o que é boa ou má arte).
Todas estas obras que classificamos como arte são objetos criados por seres humanos – são
artefactos – que têm o poder de despertar em nós – público – uma emoção estética, como referido
anteriormente.
A qualidade essencial comum a todos os artefactos que têm esse poder é a forma ou, mais
precisamente, a forma significante, uma configuração ou estrutura formal organizada e unificada de
linhas, cores, formas, volumes, ou outros, que suscita no público emoções estéticas.

2.2. Apresente as principais críticas à teoria da arte identificada na questão anterior.


RESPOSTA: A teoria fornalista da arte é a teoria essencialista da arte que mais próximo consegue
chegar de uma definição convincente de arte. Contudo, segundo os críticos a teoria da arte como
forma significante é pouco esclarecedora. Acusam Bell de argumentar em círculos, quando procura
definir forma singificante e emoção estética; de incorrer em erro quando afirma que um objeto será
arte se, e só se, tiver sido concebido com a função primeira ou primordial de exibir uma forma
significante; de ignorar a importância do conteúdo e dos contextos, e de a forma não ser uma
condição necessária nem suficente para que algo seja arte.
Para além das críticas referidas, são, ainda, apresentadas poderemos destacar outras. O facto de ser
demasiado exclusiva e inclusiva. Exclusiva, pois existem muitas obras que não foram criadas
intencionalmente para exibirem a sua forma significante(por exemplo, as figuras religiosas), mas que
e consideram “arte”. Mas, se Bell recuar e aceitar que a intenção de mostrar a forma significante não
é condição necessária da arte, então não iremos conseguir separar a arte da natureza e mesmo,
daquilo que não é arte, tornando assim a teoria demasiado inclusiva (abrangente), pois seria
obrigada a incluir sob o conceito de arte, objetos que não são arte.
Por último, o argumento crítico dos objetos indistinguíveis, onde os críticos defendem que existem
obras de arte indistinguíveis de objetos comuns. Se as obras de arte possuem forma significante,
também os objetos comuns a deveriam possuir (e deveriam ser também considerados obras de arte).
Consideremos o exemplo das Caixas de Wharhol, 1964; se a forma das caixas de Warhol e das
originais é idêntica, então nada as distingue. Ou ambas serão arte ou tanto umas como outras não o
serão, a não ser que consideremos outras propriedades como igualmente essenciais e, neste caso, a
forma deixaria de ser a condição necessária e suficiente para definir arte.

3. Observe atentamente as obras de arte seguintes e indique aquela(s) que pode(m) servir como
contraexemplo à teoria representacionista e à teoria formalista. Justifique as suas escolhas.
RESPOSTA: A Fig. 2 é um contraexemplo à teoria representacionista. Os edifícios não representam
porque não existem em lugar de outra coisa. A igreja de Santa Maria não representa a casa de Deus,
ela é literalmente a casa de Deus.

FILOSOFIA ▪ 11.º Ano 4/6


A Fig. 3 pode ser classificada como arte por ambas as teorias, pois podemos interpretá-la como
representando a ideia de subconsciente, ou como apresentando uma forma significante – existe um
certo arranjo de formas, uma certa configuração de objetos.
A Fig. 4 é um contraexemplo à teoria formalista, pois estes dois carrinhos de mão cheios de água
são absolutamente indistinguíveis de qualquer outro carrinho de mão com água, portanto, o que os
define como obras de arte não é a forma significante, mas sim as características relacionais que
estes carrinhos estabelecem com o mundo da arte que os rodeia.

2.
2.1. Qual a teoria que reconhece esta obra como arte? Caracterize a teoria que indicou.
RESPOSTA: A teoria que reconhece esta obra da Paula Rego como arte é a teoria expressivista ou
teoria da arte como expressão.
As teorias expressivistas são também teorias essencialistas. Há várias versões, mas as mais
conhecidas são as de Lev Tolstói e de Robin George Collingwood. Apesar das divergências entre
expressivistas, a unir as várias versões está a consideração da arte como algo intimamente ligado à
expressão de emoções.
Para a teoria da arte como expressão, a arte é algo intimamente ligado à expressão de emoções.
Assim, toda a obra de arte implica necessariamente clarificação deliberada de um estado emocional
que o artista experimentou: Algo só é uma obra de arte se for expressão clarificada de uma emoção
que o artista experimentou (se X é arte, então é expressão clarificada de emoções). Esta teoria,
segundo Tolstoi, exige que esta emoção clarificada (tornada consciente e organizada) seja
intencionalmente transferida para o público, contagiando-o e levando-o a vivenciar o mesmo tipo de
emoção ou sentimento que foi experimentado pelo artista. Ao observarmos esta obra poderemos
afirmar que a artista experimentou um estado emocional particular e exprime intencionalmente esse
estado emocional particular através de uma configuração, a sua obra, e essa configuração suscita o
mesmo tipo de estado emocional no público.
Não poderemos deixar de clarificar o facto desta teoria assentar em três argumentos chave, o
argumento da intencionalidade, o da autenticidade e da eficácia. Algo só é arte se alguém o criou
para expressar intencionalmente um sentimento ou uma emoção. Relativamente à autenticidade,
trata-se de uma condição necessária à produção artística, como já referido, anteriormente, a emoção
que é partilhada através da obra deve ser (ou ter sido) realmente experienciada pelo criador. Por
último, a eficácia, uma obra de arte tem de expressar eficazmente ao público o estado emocional
individual, subjetivo, que o artista sentiu ou sente. A eficácia da transmissão é essencial para que o
objeto seja classificado como arte.
A teoria da arte como expressão fornece um critério classificativo de arte (estabelece o que é arte) e
um critério avaliativo de arte (estabelece o que é boa ou má arte).

FILOSOFIA ▪ 11.º Ano 5/6


GRUPO III

1.1. Podemos considerar esta obra como arte? Justifique mobilizando conceitos e uma teoria
estudada.

Na sua resposta deve:


§ esclarecer quem representam os macacos nesta metáfora;
§ apresentar inequivocamente a sua posição; § argumentar a favor da
sua posição.

A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes:


Opção A – Sim, Cinderela, de Joana Vasconcelos, é uma obra de arte. Qualquer teoria pode servir para
fundamentar esta opção. A mais difícil de usar seria a teoria da imitação, mas tomando o objeto como
uma réplica gigante de um sapato, podemos aceitar que se trata de uma imitação – embora este ponto
seja controverso.
Opção B – Não, Cinderela, de Joana Vasconcelos, não é uma obra de arte. Esta posição é difícil de
defender, mesmo de um ponto de vista tradicional (essencialista), pois podemos ver na obra uma
imitação, uma representação, a expressão de sentimentos e um objeto com forma significante. No
entanto, devemos avaliar a capacidade argumentativa do/a aluno/a.

- FIM -

Professora Joana Ferrão Barradas

FILOSOFIA ▪ 11.º Ano 6/6

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