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Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Centro de Educação Superior da Região Sul - CERES


Curso de Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Estética e História da Arte
Acadêmica: Renata Lais Bogo

Resumo “Sobre a Arte e Artistas”


Livro “A História da Arte”, de E.H. Gombrich

“A Arte com A maiúsculo não existe.” Gombrich (1993; p.15) Segundo o autor, não há
nada que exista que possamos chamar de arte; só existem artistas que evoluíram com o passar
dos séculos, indo da pintura rupestre às telas. Podemos admirar o que um artista produz, mas a
arte é como um fetiche, algo utópico, mas imaginário.

Muitos apreciam ver em telas o que os agrada na vida real, ou algo que traga recordações
ou boas lembranças. Existem, porém, razões erradas para não se gostar de uma obra, como o
preconceito que cega à cerca do que é apresentado. Outro fator é que, essa propensão para
admira o que é mais “trabalhado” ou realista pode se tornar um obstáculo para admirar algo
menos sedutor.

Gestos e padrões de beleza variam muitíssimo: desde as representações da deusa Vênus,


na Mesopotâmia, até as ideias de belo da Grécia e dos dias de hoje. O que ocorre com a beleza
ocorre também para a feição e expressão, já que ela é essencial para gostar ou detestar a obra.
Enquanto alguns preferem uma expressão fácil de entender, outros preferem uma expressão
menos obvia, deixando algo para ser adivinhado ou para a imaginação.

É preciso primeiro conhecer os métodos de desenho para compreender o sentimento. Se


pararmos para pensar, é tão ou mais comovente como os artistas “primitivos”, não tão
habilidosos, tentavam expressar seus sentimentos na obra.

Devemos nos perguntar duas coisas quando nos questionamos sobre a beleza de um
quadro: se o artista não teria seus motivos para alterar o que viu, e que não devemos considerá-
la incorretamente desenhada, a menos que tenhamos certeza de que estamos certos e o pintor
errado.
As ideias que temos de beleza e expressão são raramente citadas pelos artistas que,
muitas vezes, produziam para ocasiões definidas e com propósitos particulares, buscando
harmonizar as formas e cores, texturas e tonalidades em suas obras.

Alguns artistas ou críticos tentam formular leis para a arte, porém, não existem regras
para dizer quando uma obra está bela, ideal ou perfeita. Além disso, é quase impossível dizer o
que sentimos quando observamos uma obra.

No campo da arte, sempre se está aprendendo, descobrindo e vivenciando as obras de


outra forma, com novos olhos. “Parecem ser tão inexauríveis e imprevisíveis quanto os seres
humanos de carne e osso. É um mundo excitante, com suas próprias e estranhas leis, suas
próprias aventuras.” Gombrich (1993; p.36)

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