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2005 Nr. 52
Herausgeber:
Joachim Tiemann
Eckhard E. Kupfer
Renata S. G. Kutschat
Martina Merklinger
Pedro Moreira
Berlim
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5. Theodor Wiederspahn produziu uma obra de grande austeridade formal, coerência estrutu-
ral e ausência de ornamento, cujo momento de modernidade é expresso no precursor
edifício do Moinho Chaves, de 1921/22.
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6. A obra de Lasar Segall é marcada pelos horrores da 1ª Guerra Mundial, como a de seus
contemporâneos Max Beckmann e Otto Dix, pela herança judaica e pelas memórias da imigração.
Seu trabalho é exibido pelos nazistas na mostra Entartete Kunst (Arte Degenerada) em 1937.
7. Em diversas fontes encontramos a menção de que Anita Malfatti teria estudado na Königli-
chen Akademie, Berliner Kunstakademie ou mesmo Preussische Akademie der Künste (em
todos estes casos, trata-se da Academia de Artes de Berlim, a mais prestigiada instituição
da época na Alemanha). Segundo Stephanie Dahn Batista, que dedicou seu trabalho de
graduação junto à Universidade de Münster à vida e obra da pintora, Anita Malfatti teria na
verdade se matriculado no Königliches Kunstgewerbemuseum, já que mulheres não foram
aceitas na Academia até 1919. Informação extraída do artigo Nichts in der Welt ist ohne
Farbe, Bonn: Revista Tópicos 01/2001, S. 28-29.
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8. Este edifício veio a ser construído de acordo com seu projeto, sendo concluído em 1927.
Novamente ele recorre ao clichê do estilo neocolonial, embora o projeto demonstre alguns
aspectos de seu propagado organicismo, como por exemplo a configuração afunilada dos
longos corredores, de acordo com os volumes de fluxo. Não há no entanto indícios de que
Häring o tenha detalhado ou mesmo visitado o Brasil e visto a obra construída.
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10. A este projeto seguem-se até 1930 diversas outras propostas em concursos, que se não tem
sucesso continuam a chamar a atenção de público e crítica para uma nova estética. Poste-
riormente, sua obra arquitetônica foi bastante reduzida e permanece permeada de um
ecletismo modernista. Como pintor, escultor e cenógrafo mantém coerência fiel à tradição
expressionista e dadaísta.
11. Nascido em São Paulo em 1895 e formado pela Escola Politécnica desta cidade em 1914,
teve estudos posteriores em Paris e provavelmente viajou pela Europa. Esta obra introduz
uma tipologia habitacional inusitada na cidade, e conta com grande clareza funcional e
construtiva. Utilizando como recurso um jogo geométrico de aberturas, o arquiteto cria
grande plasticidade ao expressar nas fachadas a função de cada espaço. A biografia de
Júlio de Abreu permanece pouco estudada, sendo impossível aqui analizar a questão de
fontes e influências do mesmo, ou seu contato com as realizações das vanguardas alemãs.
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Casas econômicas para a classe média. Rua Berta, São Paulo. Gregori Warchavchik, 1930
Fonte das imagens: o.A., Kat. Warchavchik e as Origens da Arquitetura Moderna no Bra-
sil, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Agosto de 1971
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12. Marcelo Roberto e seu irmão Milton Roberto produzirão nos anos 30 obras como a memorável
Sede da Associação Brasileira de Imprensa (1936) e o Aeroporto Santos Dumont (1937) e
que, se de inspiração corbusiana, já representam uma atitude projetual tipicamente brasi-
leira. A eles se juntaria mais tarde o terceiro irmão, Márcio.
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13. Assim, Burle Marx inicia suas atividades como paisagista, sendo a seguir convidado por Luís
Nunes para integrar o grupo do DAU Recife, de 1934 a 36. De volta ao Rio em 1936, executa
os terraços da ABI e os jardins do Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro, para os irmãos
M.M. Roberto.
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14. Somente no início dos anos 40, a ditadura do Estado Novo possibilitaria as primeiras gran-
des realizações de Habitação Social através dos Institutos de Aposentadorias e Pensões
(IAPs), cujos projetos revelam enorme influência dos Zeilenbauten alemães dos anos 20.
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Residência Adalberto Vertecz, Ipanema, Rio Grupo de Casas à Rua Paul Redfern,
de Janeiro, Alexander Altberg 1932-33 Ipanema, Rio de Janeiro, Alexander Altberg
Fonte: Revista da Diredtoria de Engenharia, 1932-33
Ano III, Número 13, Novembro 1934, S. 139, Fonte: Alexander Altberg, Arquivo Pedro
140, 141 (Biblioteca FAUUSP) Moreira, Berlim
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Pedro Moreira (São Paulo, 1965) é arquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo e Mestre (Dipl. Ingenieur) pela Technische Univer-
sität Berlin, cidade onde vive desde 1991. Ele é sócio do escritório Nedelykov Moreira Architek-
ten, Berlim. Pesquisador independente da Arquitetura com foco de concentração no Modernismo
no Brasil. Diversos ensaios e artigos publicados no Brasil, Alemanha e Argentina. Colaborador
de Vitruvius/Arquitextos, autor do livro Zurück am Wannsee Max Liebermanns Sommer-
haus Berlim, 2003 e de Alexandre Altberg e a Arquitetura Nova no Rio de Janeiro, Berlim,
2005. Professor convidado pela Alemanha, Brasil, Espanha e Emirados Árabes.
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Vorwort ................................................................................................................................ 05
Prefácio ................................................................................................................................ 07
Zwischen Fragmentierung und Erneuerung. Das Beispiel der Megastadt São Paulo
Martin Coy ............................................................................................................................ 161
Blütenökologie in Brasilien.
Deutsche Anfänge und neue Beobachtungen
Christian Westerkamp ........................................................................................................... 193
Mesmerismus in Brasilien
Hannes Stubbe ...................................................................................................................... 225
Manchmal
Elisabeth Maschler ................................................................................................................ 284