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ELEVAÇÕES:

Foi colocada uma coluna maciça de granito polido para contrastar com o reves mento

GUILD HOUSE branco de cerâmica e chamar atenção para a entrada do prédio. Em cima, em letras
grandes e vermelhas há o nome do edi cio que cobre a varanda do primeiro andar.
Na época da construção, o edi cio foi coroado com uma réplica dourada de uma antena
LOCAL E DATA DE CONSTRUÇÃO:
de TV, que se situava no centro, chamando atenção de idosos por ser um símbolo amigável
A Guild House foi construída na Filadélfia, Pensilvânia nos Estados Unidos. para a a vidade de lazer delas. O edi cio seguiu as normas municipais, que só autorizavam
Sua construção se iniciou em 1960, mas sua inauguração foi apenas em 1963. um edi cio de 6 pavimentos. Além disso ele não é um pavilhão independente, mas pelo
contrário, reconhece as demandas espaciais da rua em frente.
Guild House, Philadelphia, PA 19123, USA

3 – Interior da sala de recreação e vista da mesma. Fonte: Wikiarquitectura.

5 – Croqui da fachada principal da Guild House. Fonte: Acervo próprio.

1 – Localização Guild House. Fonte: Google Earth.

PLANTA BAIXA: 4 – Interior de um dos apartamentos da Guild House. Fonte: VenturiSco Brown.

A Guild House surgiu para alojar pessoas idosas que querem con nuar no seu bairro. Ela possui 91
apartamentos de vários pos e um salão comum no úl mo pavimento, com uma grandiosa janela. Foi
colocado o máximo de apartamentos para o sul, sudeste e sudoeste por causa da luz e do movimento
da rua. Os corredores internos abertos foram projetados para criar espaços ín mos e informais. 6 – Coluna maciça de de granito polido.
CORTES:
Fonte: S-Media-Cache-Ak0.

8 – Fachada posterior da Guild House. Fonte: Tumblr.

2 – Croqui planta baixa Guild House. Fonte: Acervo próprio.

7 – Vista diagonal da Guild House. Fonte: S-Media-Cache-ak0.


“Um prédio que parecia que seria de esperar de um edifício de apartamentos

GUILD HOUSE Retângulos adicionados e dimensionados, com contato entre as faces, paralelas
entre si e lineares, conservando a identidade da edificação.
residenciais em um ambiente de tijolos casa de linha a aparência."
Na Guild House, Venturi aceita a ruptura com as atitudes idealistas. A mais
De acordo com o arquiteto, o aspecto exterior do edifício não deveria apenas forte dessas atitudes está expressa na necessidade de uma perfeita conjugação de
refletir o espaço interno, mas poderia extrair significado de sua inserção urbana. Seu forma, função e estrutura.
livro foi uma proclamação em favor de uma arquitetura focada no "aqui e agora", contra Venturi defende a arquitetura comunicativa, classificando-a como galpão
a sensibilidade moderna excludente e propondo outra, inclusiva. O significado da forma decorado. Uso de símbolos (letreiros, anúncios) como comunicação e persuasão de
arquitetônica foi declarado não-autônomo; não seria somente resultado do processo de forma criativa. O simbolismo dá identidade, marca o espaço, fazendo com que o
produção e uso, mas estaria conectado com todo o contexto cultural. Seria, portanto, indivíduo consiga se localizar no espaço de forma eficiente. A cidade se torna
inerentemente polissêmico. atrativa e chamativa, diferente da cidade modernista cinza, homogenia.

9 – Fachada principal da Guild House. Fonte: Cronologia do Urbanismo.

TÉCNICAS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:


A estrutura da Guild House foi construída com jolos escuros e lajes planas, fazendo alusão a um baixo
ESCALA: Respeitosa com o regulamento municipal, esta residência para a terceira
orçamento. Por falta de um embasamento concreto por não haver materiais de pesquisas sobre suas idade atém-se aos seis andares regulamentares do bairro e segue obediente ao
técnicas constru vas, mas avaliando o ano de sua construção e os materiais u lizados, a técnica onipresente esquema de fachada e fundos. Um jogo ilusionista se reflete na escala
provavelmente u lizada seria a de forma, chamada popularmente de caixaria, com paredes de alvenaria. enganadora do tamanho das janelas: as mais próximas da rua são pequenas, as mais
distantes, grandes, em uma inversão das expectativas geradas pela perspectiva,
mudanças de escala que servem também para conferir tensão à fachada.
RITMO: Duas “colunas” de janelas na vertical, repetidas na fachada central da
edificação. As sacadas também seguem um ritmo, e as demais janelas da edificação
seguem uma sequência vertical em ambos os lados. (se imaginarmos a edificação
cortada no eixo central).
CHEIOS E VAZIOS: Arquitetura composta por grandes espaços cheios, onde os
vazios se dão por pequenas aberturas de janelas, pelas sacadas na fachada frontal, e
pelo pequeno vão formado no acesso principal, abaixo do letreiro.
HIERARQUIA: A fachada central se destaca em relação as outras; o letreiro em
10 – Detalhes da Guild House. Fonte: Wikiarquitectura.
sua composição, indicando o acesso principal, chama a atenção em relação aos demais
elementos. O arco superior é outro elemento que se desataca e mostra o espaço de
convivência comum, apesar de estruturalmente falso.
SIMETRIA: A fachada frontal é totalmente simétrica: lados espelhados.
EIXO: Possui um eixo central que divide o arco e as fachadas na fachada central.
Esta também se torna um eixo central em relação às fachadas frontais recuadas.
CORES: Apesar de ser uma estrutura não muito chamativa à primeira vista, ou
sob os olhos de um espectador leigo no assunto, seus tons em vermelho no geral, e o
“corte” que a cor branca faz na fachada central são característicos da edificação. As
paredes de tijolos escuros são recortadas por janelas brancas, lembrando as casas ou
apartamentos eduardinos.*
* A era eduardiana ou período eduardiano corresponde ao período de 1901 a
11 – Fachada principal da Guild House. Fonte: Cronologia do Urbanismo. 1910 no Reino Unido, durante o reinado do rei Eduardo VII.

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