Você está na página 1de 5

Universidade Licungo-Beira

Nome do estudante: Maurício Gonçalves Ciro

Cadeira: Estética

ESTÉTICA

ESTETICA- a palavra estética aparece na história no século XVIII graças a Baumgarten (1714-
1762). Nesta altura significava apenas teoria da sensibilidade segundo a etimologia da palavra
grega aisthesis. Contudo, a estética existiu desde a era da pré-história como reflexão da arte e do
belo.

A estética esteve ligada a reflexão filosófica, a crítica literária e a história da arte. Só


recentemente na era da Revolução Científica se constituiu como ciência autónoma, com um
método próprio, um objecto próprio e com um estatuto de cientificidade.

Estudar a estética é estudar as reflexões filosóficas, reflexões culturais, as reflexões históricas, as


reflexões literárias, as reflexões éticas de um povo onde ela se integra. Os valores estéticos não
são isolados aos valores de um povo. Os valores estéticos são subjacentes aos valores morais,
políticos, sociais, éticos, culturais, religiosos, em suma, a estética desvenda todo o complexo do
caudal humano. A estética aferra à totalidade da manifestação do espírito humano

Estética é a ciência do belo artístico. É estudo das condições a que deve obedecer um objecto
para ser belo e a disposições do sujeito para reconhecer a sua beleza, isto é para sentir e
expressar esse belo. Ela é a teoria ou o estudo da arte.

Objecto da Estetiza-a estética tem como objecto o belo artístico só este é o objecto escolhido pela
filosofia.

Há dois tipos de belo:

 Belo natural-emana na coias naturais, como o som, a cor, etc.


 Belo artístico-a beleza criada pela arte.
A Arte, no sentido lato e por oposição a natureza, significa qualquer obra executada pelo homem.
Porem, as obras realizadas pelo homem pode ter por fim a utilidade como as artes mecânicas, as
artes arquitectónicas, as artes marciais, etc., ou a expressão da beleza como as belas artes.

A Arte no sentido restrito, só compreende as segundas. Não obstante os utilitaristas se esforcem


por reduzir as belas artes a arte utilitária, confundindo a beleza com a utilidade, há entre estas
uma grande diferença mas também uma interconexão

Há coisas úteis que não são belas e há coisas belas que não são úteis, há coisas que são belas e
úteis ao mesmo tempo, mas isso não nos permite identificar a beleza com a utilidade.

Desse a pré-história, o homem começou a utilizar a madeira, depois a pedra como instrumento de
trabalho. Paulatinamente modificou os instrumentos que a natureza lhe fornecia e aperfeiçoou-os
de forma a ter precisão. A evolução dos instrumentos e a procura progressiva da perfeição, sem
dúvida, ilustra um qualquer ideal do belo.

Os utensílios em si não são obras de arte, eles são fabricados para um fim prático e visam a
utilidade, mas eles tem de comum com a arte.

O que constitui a arte é a criação e o desinteresse, mas a utilidade é uma das raízes da arte. Toda
a arte começou por se interessada.

A criação é a modificação intencional que o espírito humano imprime em objecto da natureza. O


desinteresse efectua – se paulatinamente e nunca é radical. Se olharmos com atenção os
instrumentos dos homens da antiguidade, notamos que eles se mostram cada vez mais
apropriados ao seu objectivo, compreendemos a satisfação que deve ter sentido o homem quando
conseguiu fazer um utensílio correspondente ao seu fim.

A beleza é absoluta, ama-se por si mesma, é uma finalidade em si mesma; enquanto o útil é
relativo e ama-se em função do seu fim.

A arte propriamente dita é desinteressada. Podemos defini-la como a maneira de exprimir a


beleza. Determina as condições a que deve obedecer uma obra para ser bela, isto é, para ser
conforme ao sentimento estético do artista, pois a beleza é a expressão, sob a forma sensível,
daquilo que é por uma alma apaixonada por um ideal.
Mas do que nunca, um objecto não é uma obra de arte enquanto tal a não ser em relação com
uma interpretação. São as interpretações, funções que transformam objectos matérias em obra de
arte. Tais interpretações são de diversas ordens, pertencem ao campo cada vez mais difíceis de
delimitar, da crítica de arte, da história de arte e da filosofia de arte

Como a arte pode ter por finalidade o útil ou a expressão da beleza em forma sensível, podemos
dividi-la em dois ramos;

 Artes Plásticas – a pintura, a escultura, a arquitectura e o desenho – que exprimem a


beleza no espaço por meio de formas e cores e são dirigidas a vista, são artes estéticas.
 Artes rítmicas – a música, a eloquência, a literatura, o conto – que exprimem a beleza
por meio de sons e são dirigidas ao ouvido; são do movimento
 Artes mistas – têm ao mesmo tempo caracteres estéticos e de movimento.

A palavra estética aparece pela primeira vez no século XVIII, mas quando começou a acção
estética ou sentimento estético na história do homem.

No pré – história não existem estetas autores estéticos. Mas sim os testemunhos matérias dos
nossos antepassados evocam que o homem da pré-história tinha um sentido das formas, dos
volumes, das cores, dos tamanhos. Mais do que isso, os homens obedeciam a alguns princípios
no fabrico dos instrumentos, na representação simbólica das coisas, com vista a fins práticos,
mas talvez também para ilustrar qualquer ideia de belo.

O primeiro problema é pela evolução dos utensílios e a busca progressiva de aperfeiçoamento


que eles manifestam. Desde o Paleolítico Inferior, o homem utilizou a madeira, a pedra para
trabalhar. Paulatinamente modificou os instrumentos aperfeiçoando-os para terem uma precisão
assinalável. Em simultâneo aperfeiçoou os engenhos de caca, de pesca, de trabalho em geral

Os utensílios em si encontram-se fora da arte. Os utensílios são fabricados para um fim prática
determinado, visa a utilidade numa primeira fase. Os utensílios têm algo em comum com a arte.
O que constitui a arte é a criação, invenção, fantasia e o desinteresse, não obstante a utilidade é a
raiz da arte e toda a arte começou por ser interessada.
A criação é a modificação intencional que o espírito humano imprime em objectos da natureza.
Ó desinteresse efectua-se paulatinamente e nunca é radical. Kant vai objectar que existe
diferença entre a perfeição e o belo.

A questão do Belo

O Belo- o conceito belo aplica-se a uma infinidade de objectos, mas não é tarefa fácil para
determinar a sua natureza, pois, o belo é objecto de intuição do que do raciocínio, E a emoção do
artista encarnada e tornada sensível em sons, cores, formas e linha. No entanto, pode se analisar
o belo sob duas vertentes; pelo efeito que produz no homem e pelos caracteres que tornam belo
um objecto.

O belo produz no espírito dos espectadores um sentimento denominado estético, isto é, a


ressonância da sensação de prazer produzida pelo belo na consciência.

A obra bela produz nos espectadores a sensação agradável, mas desinteressada e imprime
emoções de estase e admiração.

O sentimento estético é social. Leva o homem a simpatizar com o autor, dado que a sua vida,
semelhante à nossa palpita, e com os seres que ele amo e cristalizou em formas, sons e cores. A
obra de arte, uni os sentimentos dos espectadores na mesma emoção estética.

A ideia do belo em Platão

Platão em (427 a 348 a.C.) Foi pintor e frequentou artistas como o pintor paraíso e o escultor
cleitos. Platão não escreveu uma obra de estética propriamente dita, mas a sua metafísica é toda
ela uma estética.

Uma recordação dos traços essenciais da filosofia de Platão verá que ela é estética por si, mesma.

Temos a noção de nossa intuição para além de toda a dianoia. Os objectos da natureza existem
por intuição ou por participação nas ideias; o mundo é criado por modelos e por paradigmas. O
Demiurgo é um artista com modelos impecáveis e esculpe tudo.

O belo é autónomo na sua essência e no seu fim. Trata-se de uma estética objectiva sensual e
sensualista.
Por fim, é uma estética hieraquica, sobe de plano em plano até a noção suprema em que o belo e
o bem se identificam.

Entre vários diálogos de Platão temos Hipias. Constitui o primeiro dos diálogos estóicos de
Platão e com o Fedro, o único especialmente consagrado ao belo.

Hípias é um esboço caricatural da personalidade do sofista e do belo falar. Platão expõe o que os
sofistas em geral e a sua habilidade para acumular bens temporais.

Depois, Platão trata do belo, considera que o belo é uma essência para o espírito. Existe uma
beleza pela qual todas as coisas são belas. Por exemplo; a bela água, a bela lira, belo marfim, etc.
nao são definições mas ilustrações, e o mesmo que dizer o que é belo, não o que é o belo.

Não apreendemos o belo em si. O belo em si não é este objecto, nem aquele, mas qualquer coisa
que lhe comunica o seu próprio carácter.

Em seguida Platão apresenta três definições de beleza:

 Primeira, o belo como convivência, o que convém a um objecto;


 Segunda, o belo como o útil;
 Terceira, o belo como o prazer, mas apenas o prazer que vem da vista e do ouvido.

Você também pode gostar