Você está na página 1de 25

FILOSOFIA DA ARTE

ESTÉ TICA
É o campo da filosofia que se ocupa em estudar o que são o
belo e o feio.
O que é
estética?

Narciso - Caravaggio

Podemos dizer que a estética é o campo da filosofia que discute os


conceitos de beleza junto do gosto das pessoas.
SOBRE A ESTÉ TICA: O BELO
Mas afinal o que é o belo?
Beleza é algo objetivo?
Muda de acordo com o
tempo?
Muda de acordo com o lugar?
Muda de pessoa para pessoa?
MAS... E O FEIO?
A discussão sobre o que é o feio se coloca junto com a
discussão do que seja o belo.

O feio pode aparecer em uma obra de arte de duas


maneiras:
EM UMA PRIMEIRA, PODE SURGIR COMO FORMA
(ESTILO ARTÍSTICO FEIO):
Série Carne, do
artista Dimitri
Tsykalov
Eliza Bennett costura a
própria pele para produzir
suas obras.
A SEGUNDA, QUANDO A ARTE REPRESENTA ALGO DESAGRADÁVEL AOS NOSSOS
OLHOS:
O BELO NA ARTE HOJE
A obra é única e pode ser entendida por meio da experiência estética.

Quais sensações te traz? Prazer? Conforto? Asco?

Nojo?
ISSO SIGNIFICA QUE UMA OBRA DE ARTE PODE SER FEIA?
•A resposta é NÃO.
•Não é nesses termos que se avalia uma obra de arte.
•Elas são avaliadas de acordo com a sua originalidade e capacidade de
mexer com nossas sensibilidades.
•Uma obra somente é feia se o artista não atingir os objetivos a que se
propôs ao criá-la.
•Os padrões clássicos de beleza ainda influenciam muito na
hora de determinar o que é belo na produção artística.
•Mas atualmente, as obras de arte são mais avaliadas de acordo
com a sua originalidade e capacidade de mexer com a
sensibilidade do público.
O BELO PARA PLATÃ O (SÉ C. V
A.C.)
 Para Platão, o belo está ligado a uma
essência universal.
 O belo não depende de quem observa,
pois está contido no próprio objeto.

Juramento dos Horácios – Jacques-Louis David

 Esse é o ideal das Academias de Arte.


 Elas tentam fixar regras para a
produção artística a partir de
uma determinada concepção de
belo.
Vênus no espelho – Diego Velasquez
Entre os padrões de beleza da arte criados na Grécia Antiga há mais de
20 séculos estão:

Simetria:
ORDEM:
PROPORÇÃ
O:
O BELO PARA ARISTÓ TELES (SÉ C. IV A.C.)
Aristó teles concebe a arte como uma criaçã o especificamente humana. O belo nã o
pode ser desligado do homem, está em nó s. Separa todavia a beleza da arte. Muitas
vezes a fealdade, o estranho ou o surpreendente converte-se no principal objetivo da
criaçã o artística.
“Parece ter havido para a poesia em geral duas causas, causas, essas, naturais.
Uma é que imitar é natural nos homens desde a infâ ncia e nisto diferem dos
outros animais, pois o homem é o que tem mais capacidade de imitar e é pela
imitaçã o que adquire os seus primeiros conhecimentos; a outra é que todos
sentem prazer nas imitaçõ es. Uma prova disto é o que acontece na realidade: as
coisas que observamos ao natural e nos fazem pena agradam-nos quando as
vemos representadas em imagens muito perfeitas como, por exemplo, as
reproduçõ es dos mais repugnantes animais e de cadáveres. A razã o disto é
também que aprender nã o é só agradável para os filó sofos, mas é -o igualmente
para os outros homens (...). E que eles, quando veem as imagens, gostam dessa
imitaçã o, pois acontece que, vendo, aprendem e deduzem o que representa cada
uma, por exemplo, “este é aquele assim e assim”. Quando, por acaso, nã o se viu
anteriormente o objecto representado, nã o é a imitaçã o que causa prazer, mas
sim a execuçã o, a cor ou qualquer outro motivo do gênero”. ARISTÓ TELES.
Poética. Trad. Ana Maria Valente. Fundaçã o Caloust Gulbenkian. p.42-43.
SEGUNDO ARISTÓ TELES, A MIMESES, CUJO
TERMO PODE SER TRADUZIDO POR IMITAÇÃ O,
MAS NÃ O É UMA IMITAÇÃ O QUALQUER, POIS
DEVE TRAZER ELEMENTOS DO QUE
CONHECEMOS COMO REPRESENTAÇÃ O.
TODA BOA NARRATIVA, SEJA ELA PROSA OU
POESIA, DEVE CONSIDERAR A LINGUAGEM, O
MODO DE NARRAR E O OBJETO DA NARRAÇÃ O,
OU SEJA, A AÇÃ O PRATICADA SEGUNDO VALORES
HUMANOS. A PARTIR DESSAS CONSIDERAÇÕ ES
INICIAIS, VAMOS PENSAR SOBRE AS PARTES
INDISPENSÁVEIS DA NARRATIVA SEGUNDO
ARISTÓ TELES. SELECIONAMOS PARA ESSE
EXERCÍCIO TRÊ S PARTES:
ENREDO: A ORGANIZAÇÃ O DA IMITAÇÃ O.
ELOCUÇÃ O: “ESTILO”, COMO SERÁ A
COMUNICAÇÃ O PELAS PALAVRAS.
PENSAMENTO: A IDEIA GERAL QUE NOS
POSSIBILITA PENSAR COMO CLASSIFICAR A
AÇÃ O.
Aristó teles distingue dois tipos de artes:
a) as que possuem uma utilidade prá tica, isto é, completam o que falta na
natureza.
b) as que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é
impossível, irracional, inverossímil.
O que confere a beleza a uma obra é a sua proporçã o, simetria, ordem, isto
é, uma justa medida. Aristó teles associou a arte à imitaçã o da natureza.
O BELO PARA DAVID HUME (SÉ C. XVII)
• A Beleza é algo pessoal.
• Portanto, não pode ser discutido racionalmente.
• Como diz o ditado popular: “Gosto não se
discute”.
O BELO PARA IMMANUEL KANT (SÉ C. XVIII)
• O Belo é universal porque julgar algo é uma faculdade de
qualquer ser humano.
• Todavia o critério de avaliação não é a razão, mas os
sentimentos.
O BELO PARA GEORG HEGEL (SÉ C. XIX)
• Para Hegel a arte, o gosto e a noção do que é belo muda de acordo
com o tempo (dialética).
• Portanto, a produção de uma obra ou a definição de algo como
belo depende mais da cultura de uma determinada época.
• O que é considerado feio em certo período pode ser belo em outro.
A ARTE PARA FRIEDRICH NIETZCHE (SÉ C. XIX)
A arte para Nietzsche é algo inerente a vida, isto é, partindo do
pressuposto por ele analisando sobre a noção central de vontade de
poder, a arte significa o que é a vida. E ele tem um compromisso
tanto com a arte como com a vida unindo estas com a vontade como
força motriz.
APOL DIONÍSI
O O
PARA FINALIZAR...
• A vida humana possui diferentes dimensões, especialmente no nosso tempo, que
é caracterizado pela fragmentação.
• A filosofia se ocupa em entender profundamente a totalidade da vida
humana, tentando unir essa diversidade em um todo coerente.
• A estética e arte, nesse sentido, são setores de grande importância para nossas
vidas, pois estão presentes em nossos julgamentos.
• Em especial, o nosso tempo requer uma educação e consequente valorização
das artes, em detrimento de um mundo dominado pela técnica e pela ciência.

Você também pode gostar