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PROFA.

: Vanessa Madrona Moreira Salles


Aluna: Gabriela Moura Cambraia

SEMINÁRIO:
LIVRO:
COLI, Jorge. O que é Arte. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993(91).

ATIVIDADE: Responder às questões abaixo:

INTRODUÇÃO
1. Jorge Coli afirma que “se a arte é noção sólida e privilegiada, ela possui também limites
imprecisos” (p.10). Esta afirmação parece ambígua. O que significa dizer que a arte é
“noção sólida e privilegiada”? E o que significa dizer que ela possui limites imprecisos?
RESPOSTA : A arte é “noção sólida e privilegiada”, porque existe um “estatuto de
arte” que é conferido por um grupo de pessoas conceituadas, que falam qual objeto
vai ter o privilégio de ser considerado arte. Ele possui limites imprecisos, pois não se
pode definir arte, assim não sendo possível ter um limite preciso.

2. Nossa cultura estabelece instrumentos para decidir o que é ou não arte. Um deles é o
discurso sobre o objeto artístico. Explique-o.
RESPOSTA : O discurso sobre o objeto artístico é colocado por críticos, historiadores da arte
e conservadores de museus. São eles que conferem o estatuto da arte a um objeto, pois tem
competência e autoridade para julgar arte , devido seu grande conhecimento, lembrando que
eles não partem da aleatoriedade e sim da técnica.

3. Um outro instrumento para determinar o que é arte em nossa cultura são os locais de
exposição/exibição. Explique esse instrumento e indique dois locais que você conhece ou
tem notícia de que são locais de exposição∕exibição.
RESPOSTA: .Os locais de exposição garantem o rótulo de arte, pois quando vamos a esses
locais como o cinema, o teatro, a um museu ou a uma galeria , temos a consciência de que ali
veremos arte, por causa do rótulo.
Locais de exposições : Palácio das artes e o CCBB

4. Quais seriam os inconvenientes de serem estes os dois critérios capazes de determinar


socialmente o que é arte no mundo atual?
RESPOSTA: O fato de existir esses critérios para definição de arte cria diversos
inconvenientes, pensando no contexto de desigualdades que vivemos hoje, assumir o
local e o discurso como forma decisória da noção de arte é trazer mais ainda a
desigualdade, pois quando olhamos onde estão os locais de exposições, vemos que está
perto das regiões mais privilegiadas das cidades .
A INSTAURAÇÃO DA ARTE E OS MODOS DO DISCURSO
5. O que era uma “obra-prima” no passado?
RESPOSTA: A obra-prima no passado era o “que coroava o aprendizado de um
ofício” , que mostrava a capacidade e as habilidades técnicas do artista.
6. Como eram avaliadas ?
RESPOSTA: As obras-primas no sentido antigo eram avaliadas, quando um aprendiz
mostrava uma obra de sua autoria e que apresentava o domínio de várias técnicas, a uma
banca de mestres, onde era julgada.

7. Qual a diferença entre o crítico de arte e o historiador?


RESPOSTA: O historiador vai analisar a obra pela técnica, pois ele tem um conhecimento
maior nessa parte, já o crítico de arte vai classificar a obra em uma ordem de excelência,
avaliando as obras segundo critérios que podem ser explícitos ou não, tendo um juízo de valor.

8. Formule uma questão diferente das anteriores.


Comente: “a autoridade institucional do discurso competente é forte, mas inconstante e
contraditória, e não nos permite segurança no interior do universo das artes.” (pág 21)

ARTE PARA NÓS


9. Comente: a ideia de arte não é própria a todas as culturas A nossa possui uma maneira
específica de concebê-la. (p.64).
RESPOSTA: A ideia de arte não é a mesma para todas as culturas, pois cada uma tem
um conceito do que é arte, pois como é exemplificado no livro, as máscaras africanas
entre outros objetos são considerados por nós arte. Porém, para os africanos estes
objetos não são considerados arte, pois são coisas cotidianas, que para eles não fazem
sentido estar dentro de museus. Da mesma forma, pode haver algum objeto que para
gente não é arte, mas para outra cultura pode ser considerado arte.

10. Discutir a questão da manutenção da sobrevivência material dos objetos artísticos.


“a obra não é um absoluto cultural, nem tampouco um absoluto material, pois vive e
se modifica.”
“Essa cadeia transmite o saber de outros tempos mas, ao mesmo tempo que o passa
para frente - conservando assim seus elementos -, ela os modifica.”

RESPOSTA: Pensando na manutenção da sobrevivência material dos objetos


artísticos, é interessante pensar que em cada reforma, em cada manutenção haverá
uma modificação, mesmo que mínima ou até mesmo imperceptível naquele momento.
Assim como fala no texto, sobre o verniz no quadro que com tempo pode trazer a
pintura uma tonalidade âmbar. Assim, a obra que observamos hoje pode ter os traços
originais, mas muitas vezes a tonalidade pode ser diferente e com isso, me pergunto, se
essa diferença muda algo referente a percepção da obra?

Com tudo isso, podemos ver que o objeto artístico ele não é imutável, ele está sempre
em pequenas transformações.
Outra visão que podemos pensar nesse aspecto é a conservação quanto a arte em si,
antigamente a arte não era muito registrada, por não ter muitos meios de se fazer isso
e pela transformações que elas sofriam, atualmente temos muitos recursos para isso,
assim, temos que ter a consciência da importância de se conservar e guardar as artes.

11. Formule uma questão diferente das anteriores.


De acordo com o raciocínio de Malraux, por que os objetos artísticos ultrapassam a
história, as sociedades que os engendraram?
Por que o “happening” é uma forma de antiarte?

NÓS E A ARTE
12. Quais são os dois registros diferentes que alimentam a obra de arte? Pense em exemplos.
RESPOSTA: Segundo Coli os dois registros que alimentam a obra de arte, são eles o
registro de prestígio do objeto e as funções econômicas ou sociais do objeto artístico.
Dois exemplos citados pelo autor, é o crucifixo que antes de arte era um objeto de culto
e a ópera que devido ao seu prestígio era consumida por muitos.

13. “O objeto artístico reduz-se à gratuidade; esvaziado de toda função, ele depende de uma
assistência ao mesmo tempo intencional e artificial, provocada unicamente pelo seu
prestígio de ser arte.” (p.90). A que o autor se refere quando fala em “assistência”?
RESPOSTA: Quando o autor fala da “assistência” pode se entender como um apoio
para a sobrevivência da expressão artística, intencional pensando nos investimentos e
financiamentos e artificial no sentido de uma arte sem ter uma função e também no
sentido de tentar provocar uma imagem de cultura.
14. Comente: “O quadro não é mais arte: tornou-se uma convenção financeira.” (p. 96).
RESPOSTA: A arte se tornou uma prática financeira, porque os marchand investem em obras
antigas para vender, com o intuito de lucrar em cima disso. Assim tornando a arte uma convenção
financeira.

15. Segundo o autor, na arte ocorreu um processo de “institucionalização das vanguardas”?


Estes dois termos, a princípio, são contraditórios. Explique o que significa
institucionalização das vanguardas.
RESPOSTA : “A institucionalização das vanguardas não pode ser vista apenas como
um processo assumido de renovação cultural. Pois, se não existirem pintores
"malditos", movimentos "marginais" que mais tarde serão consagrados, como
investir na obra de arte visando futuros lucros fabulosos? Queiram ou não, as
vanguardas são cúmplices dos marchands.” (pág 98)
Pensando assim, podemos ver que a institucionalização das vanguardas , pode ser
entendida como uma valorização de uma arte que não havia prestígio, a fim de ter
lucros com as vendas das artes que anteriormente a esse "prestígio" haviam sido
adquiridas.

16. De acordo com Coli, qual seria o papel suplementar da arte?


RESPOSTA: Segundo Coli o papel suplementar da arte é valorizar socialmente uma
elite, um exemplo disso no livro é que antes tocar piano era parte da educação das
moças de “boa família” ou seja da elite , e hoje esse papel é feito pelo balé. Com isso a
nossa cultura, associa à arte uma função “superior”, assim pensando que quanto mais
cultura, conhecimento da arte, você tem, mais culto você é.

17. Segundo o autor, qual o sentido mais profundo da arte?


RESPOSTA: O sentido mais profundo da arte é a sua característica de riqueza inesgotável e
meio de prazer cultural, pois a arte segundo Jorge Coli representa a nossa cultura num espaço
único, no qual podem desenvolver-se as emoções do homem contemporâneo.

18. Formule uma questão diferente das anteriores.


A arte é algo supérfluo? O que o autor fala sobre esse assunto?

A FREQÜENTAÇÃO
19. Segundo Coli, não existe uma “sensibilidade inata”, não é possível uma “fruição
espontânea” da obra de arte. Por quê?
RESPOSTA: Segundo Coli, não existe essa "sensibilidade inata", nem é possível uma
"fruição espontânea", porque a arte contém um tipo de informação, há uma situação
oculta na arte, que só quando você a conhece, você pode compreender e sentir, caso
contrário você não será capaz de sentir as informações reais por trás da obra.

20. Explique: “o discurso sobre a arte exprime unicamente a relação da cultura do autor [o
crítico ou o historiador] com o objeto cultural que é a obra de arte. Não esgota o objeto
artístico – pode eventualmente enriquecê-lo.” p.120
RESPOSTA : Na análise da obra, não há uma verdade. Os textos e falas não dão conta
da complexidade do objeto artístico. A análise pode até ser boa , mas sofre influência
das experiências de quem a fez , assim cada pessoa que faz a análise, pode ter uma
percepção diferente sobre a obra.

21. Qual a importância da freqüentação?


E na freqüentação que podemos observar e ter uma análise própria da obra, a fim de
termos uma análise própria e não deixando que a nossa interpretação seja apenas
aquela que lemos sobre a obra.
22. Quais os problemas do acesso à arte? (apresente, no mínimo, três).
RESPOSTA: No Brasil há diversos problemas para o acesso à arte, um desses
problemas é a falta de investimento de certos governos, que está ligado à falta de
capital, que acaba restringindo o contato com a arte para uma grande parte da
população. Com a falta de investimentos, vemos que o acesso à arte, por ser algo mais
caro , acaba se restringindo a quem tem o poder aquisitivo para ter esse acesso. Outra
problemática ao acesso à arte é a educação precária , que traz com si a
analfabetização, assim sendo algo ruim para leitura e entendimento das obras de arte.
Com isso podemos ver alguns problemas para o acesso à arte.

CONCLUSÃO
23. Segundo o autor, qual a diferença entre Arte e arte?
A palavra "Arte" é o conceito de art, está ligado ao pensamento teórico. Já "arte"
refere-se às práticas artísticas diversas, obras de arte, quadros, filmes, entre outros .

24. Qual foi a questão apresentada neste livro que mais o interessou? Comente.
A questão apresentada no livro que mais me interessou, foi sobre a duração e a não
imutabilidade dos objetos artísticos . Nesse ponto, o que mais me fez pensar foi o texto
do Jean Renoir , “Pergunto-me se não seria mais honesto abordar a obra de arte
sabendo que ela é provisória e irá desaparecer, e que, na verdade, relativizando, não
há diferença entre uma obra arquitetural feita em mármore maciço e um artigo de
jornal, impresso em papel e jogado fora no dia seguinte". É muito interessante ter esse
novo olhar, para o objeto artístico pensando nessas circunstâncias. Isso por não
ps: adorei o texto do Jean Renoir citado pelo autor e as considerações feitas pelo Coli

25. Durante o livro Jorge Coli cita vários artistas. Escolha um, escolha um quadro, e comente.

O Retorno do Filho Pródigo


Pintura de Rembrandt
No quadro de Rembrandt do filho pródigo é muito interessante
observar os detalhes que ele coloca e a forma que ele representa
essa história, que é mais que bonita .

O que mais me fascina nesse quadro é que a cada vez que olho pra
ele, tenho uma percepção diferente.

Um dos detalhes que eu adoro dessa obra é a diferença das mãos


do pai, onde uma tem um traço mais grosso e outra com um pouco
mais de delicadeza, quando observamos rápido muitas vezes não
observamos essa diferença, mas se baseando na história do quadro
é impressionante como se encaixa perfeitamente. Um pai que ao
mesmo tempo que tem uma mão firme, que fala firme com o filho ,
tem uma mão delicada e cuida com carinho do filho.

Outra coisa que esse quadro me faz pensar é a possibilidade de


enxergar ele de diversos pontos de vista, por termos alguns
personagens.

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