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À primeira vista, a pergunta pode parecer disparatada, visto que a definição de arte
consta de qualquer dicionário da língua portuguesa e, num certo sentido, todos
sabemos o que é a arte: é música, pintura, escultura, etc…
(mostrar o que diz no dicionário)
Os artistas são pessoas que dão forma a algo, utilizando a imaginação, com o objetivo
de se exprimir.
É preciso referir que a arte não é a realidade pura que aparece, mas a realidade revista
e corrigida pelo ser humano.
Afinal de contas, muitas das coisas a que hoje chamamos arte não eram assim
chamadas há uns anos.
Por exemplo, a banana madura presa com fita adesiva e a Fonte (1917).
- Medusa (Caravaggio)
Muitos críticos e filósofos da arte consideram que apreciar uma obra em função da
intenção que o artista tinha quando a criou é cometer aquilo que apelidaram abrir a
“falácia intencional”. Para autores, a intenção original do artista é irrelevante para se
apreciar genuinamente uma obra, bem como para determinar se esta é uma obra de
arte. Na sua opinião, a partir do momento que a obra é apresentada ao público, deixa
de pertencer ao artista. Neste sentido, pode dizer-se que a arte deve ler por si mesma
e pelas interpretações que suscita, independentemente daquilo que o artista
pretendia quando a concebeu.
Algo é uma obra de arte se, e só se, tem forma significante. Bell não pode dizer
simplesmente que a arte é forma porque, de certa maneira, tudo o que nos rodeia -
seja uma mesa, uma cadeira, um sapato, etc. - tem forma. Daí Bell ter recorrido à
expressão “forma significante”. Mas o que é isso que Bell chama “forma significante”?
Segundo Bell, não podemos compreender a noção de forma significante sem
entendermos primeiro aquilo que designa por “emoção estética”. Bell parece
pressupor que existe um tipo particular de emoção que todas as pessoas sensíveis
experienciam quando estão perante obras de arte. A esse tipo particular de emoções
que Bell designa por “emoção estética”.
Com base nesse pressuposto, Bell sugere que, se encontrarmos aquilo que está na
origem desta emoção, teremos encontrado a característica distinta da arte, a sua
essência, aquela propriedade que todas as obras de arte, e só elas, têm em comum.
Mas que propriedade pode ser essa?
2 É viciosamente circular:
Ele define a noção de forma significante como a configuração de linhas, flores, formas
e espaços que têm a capacidade de provocar uma emoção estética no espectador;
mas, simultaneamente, define emoção estética como o tipo de emoção que sentimos
quando estamos perante certas configurações de linhas, cores e formas, ou seja,
quando estamos perante uma forma significante. Ora, como se pode perceber, esta
definição é viciosamente circular e pouco informativa.
3 Há obras de arte com formas de objetos comuns:
Existem muitas obras de arte que têm exatamente as mesmas propriedades formais de
certos objetos aos quais não é reconhecido esse estatuto, como acontece, por
exemplo, com os ready-made e outros exemplos da chamada Found Art, ou com obra
genuína e uma falsificação muito bem executada.
Se a única coisa relevante para o estatuto de um objeto enquanto obra de arte fossem,
efetivamente, estas propriedades formais, então não poderia haver obras de arte com
as mesmas propriedades formais que certos objetos comuns, aos quais não é
reconhecido esse estatuto. O que significa que, de acordo com a teoria de Bell, quer
objetos comuns, quer falsificações muito bem executadas seriam consideradas obras
de arte, o que é altamente implausível. Portanto, as propriedades formais de um
objeto não são a única coisa relevante para o estatuto de um objeto enquanto obra de
arte. (Dar exemplos de réplicas de obras originais)
Ao contrário do que é definido por Bell, é muitas vezes impossível apreciar o valor de
uma obra de arte concentrando-nos apenas nas suas propriedades formais ignorando
inteiramente o seu conteúdo representativo ou expressivo. O que há de apelativo em
muitas formas é justamente o modo inteligente e cativante como dão corpo a
determinados conteúdos.
É como se, quando estamos a apreciar essas obras, nos perguntássemos: “será que o
artista escolheu uma forma apropriada para manifestar um determinado conteúdo?”
Ora, isso mostra que, em muitos casos, a forma e o conteúdo são, de certa maneira,
inseparáveis, a ponto de ser impossível sustentar que o conteúdo é irrelevante para a
apreciação da obra.
O RENASCIMENTO
No século XV, triunfou na Europa uma nova conceção do homem, baseada na imitação
dos heróis e artistas da Antiguidade clássica e na fé ilimitada na capacidade humana
para dominar a natureza.
Renascimento é o termo usado para identificar o período da história da Europa
aproximadamente entre meados do século XIV e o fim do século XVI. Os estudiosos,
contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações
consideráveis nas datas conforme o autor.
O artista toscano Giorgio Vasari, no seu livro Vidas dos mais Notáveis Pintores,
Escultores e Arquitetos (1550), foi o primeiro a usar a palavra italiana rinascita,
«renascimento», para se referir à renovação nas artes e nas letras que estava em curso
no seu tempo.
Apesar das transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia,
política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e
significando uma evolução em relação às estruturas medievais, o termo é mais comum
para descrever os seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Estátua de David
( https://sketchfab.com/3d-models/michelangelo-david-
e5150a0f052447e0bff1fc588af6b6da )
Mão esquerda e braços: Segura o recetáculo com a pedra sobre o seu ombro.
O braço esquerdo, que foi amputado em 1527 durante uma rebelião popular, foi
reconstruído em 1543 e fixado com parafusos metálicos.
Estas são algumas das características que tornam o trabalho "quase humano" e
realmente impressionante.
Para além disso, a maneira como o seu corpo está posicionado transmite ao
espectador a sensação de que a personagem está em movimento, o que foi obtido
através da técnica do contraposto.
Esta postura clássica faz com que o quadril e os ombros da estátua repousem em
ângulos opostos, causando uma breve curvatura em 'S' no perfil geral da obra. (Lado
direito – dá para ver um S)
O contraposto é enfatizado pela direção da cabeça à esquerda e pelas posições
contrastantes dos braços.
Conclusão:
Ao longo desta apresentação estudamos e vimos os vários pontos de vista de cada
teoria essencialista da arte e, no final, concluímos que a que melhor define obra de
arte é a Teoria Formalista, isto porque:
- A Teoria Expressivista é demasiado restrita, isto porque basta uma obra não
expressar nenhum sentimento no espetador que já não é considerada uma obra de
arte. Para além disso, a Teoria Formalista é mais abrangente do que a Teoria
Expressivista, por exemplo, para os defensores da arte como expressão, existem
muitas obras que para eles não são obras de arte, já para a Teoria Formalista existem
mais obras de arte a ser exploradas, não é tão restritiva.
Gennialy: https://view.genial.ly/63da838978978a00174ef9fc/interactive-content-o-
que-e-a-arte-quiz