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Fazer falas por tópicos (decora-se melhor)

Olá a todos, vou dar início à apresentação do meu trabalho que vai estar estruturado da seguinte forma: vou
introduzir a teoria de Robin George Collingwood, integrando esta na obra que escolhi, a Guernica, e por fim
vou apresentar duas objeções à teoria que escolhi para este trabalho.

Então, a teoria da arte como expressão, proposta por Robin George Collingwood afirma que a arte é uma
forma de expressão pessoal e emocional do artista, que utiliza um meio artístico específico para comunicar
as suas emoções e experiências pessoais a um público, o que se resume nesta pequena frase: "Algo é arte
se, e só se, é expressão imaginativa de emoções."

No caso da obra "Guernica" de Pablo Picasso, podemos aplicar esta teoria para responder à pergunta: “O
que faz com que a obra "Guernica" de Picasso seja considerada arte?” analisando como a obra transmite as
emoções do artista e como elas são percebidas pelo espectador.

Esta é a obra Guernica de Pablo Picasso … "Guernica" foi pintado por Picasso em 1937 em resposta ao
bombardeio da cidade basca de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola. A pintura é uma representação
abstrata da tragédia, com imagens de animais, pessoas e objetos emaranhados numa composição caótica.

Podemos corroborar a ideia de que a emoção que Picasso quis transmitir através da pintura foi a dor e o
sofrimento causados pela guerra. A imagem dos animais e pessoas em dor e agonia na pintura representa a
violência e o sofrimento causados pela guerra.

Ao olhar para a pintura, o espectador pode experimentar uma emoção semelhante à do artista, como a
dor, a tristeza ou a raiva. A obra pode transmitir essas emoções através das formas, cores e composição
usadas pelo artista.

Assim, podemos dizer que "Guernica" é uma expressão da emoção de Picasso em resposta ao bombardeio
de Guernica e que essa emoção é transmitida ao espectador através da pintura.

E então esta teoria da arte como expressão pode ser formulada segundo este argumento:

(1) A arte é estimulação de emoções, ou expressão de emoções.

(2) Mas a arte não é estimulação de emoções.

(3) Logo, a arte é expressão de emoções.

O argumento transmite-nos a ideia de que a produção artística envolve emoções e que as mesmas podem
ser estimuladas ou expressadas. Neste argumento Collingwood defende que a arte não é estimulação de
emoções e para tal defende que a arte em sentido próprio, ao contrário da arte em sentido impróprio, não
pode, nem deve, ser considerada um mero ofício (no qual se estimulam emoções de um auditório de acordo
com um plano prévio). Assim, Collingwood conclui que a arte é expressão de emoções.

Agora vou passar às objeções à teoria expressivista da arte.


A primeira objeção diz que a teoria expressivista da arte é demasiado inclusiva. Esta objeção transmite-nos
a ideia de que a arte, por ser muito inclusiva, abrange uma ampla gama de formas de arte (por exemplo
psicoterapia) que podem não ser consideradas artísticas por alguns críticos ou teóricos da arte. Isto
acontece porque na psicoterapia o psicoterapeuta reconstitui o sentimento do paciente na sua mente tal
como os espetadores fazem com as obras de arte, ou seja, em ambos há evocação da emoção. Na obra
"Guernica" de Pablo Picasso, podemos aplicar esta objeção do seguinte ponto de vista:

A teoria da arte como expressão é muito ampla para identificar a emoção expressa na obra: embora a
teoria da arte como expressão possa sugerir que Picasso estava a tentar expressar emoções através da
pintura de "Guernica", ela (a obra) não fornece critérios rigorosos para identificar qual emoção
exatamente foi expressa. Diferentes interpretações das emoções expressas podem ser feitas, o que torna
difícil afirmar com certeza o que o artista estava a tentar expressar.

A segunda objeção diz que a teoria expressivista da arte é demasiado restrita. Esta objeção diz-nos que a
arte pode ser limitada na sua conceção do que é a arte, ou seja, realça a forma, as condições e o
propósito da criação da obra de arte, negligenciando outros aspetos importantes da criação e da
apreciação artística e excluindo formas de arte que são valiosas para algumas pessoas e comunidades.

A arte religiosa, por exemplo, não é considerada arte tendo em conta que as suas obras foram concebidas
de acordo com um plano prévio e com um objetivo traçado que é a devoção religiosa.

Partindo do pressuposto de que a arte tem necessariamente algo a ver com a emoção, outras correntes
artísticas são isentas dessa ideia como por exemplo a arte aleatória, a arte conceptual, a arte percetiva,
entre outras.

Esta objeção aplica-se à obra "Guernica" na medida em que o contexto histórico e social em que a obra
foi criada possa ter influenciado a conceção da obra. A interpretação da obra pode variar de acordo com a
cultura, o contexto histórico e social e as experiências pessoais do espectador. A escolha de materiais,
cores e técnicas podem ter influenciado a forma como a obra foi criada e, portanto, a forma como as
emoções foram expressas.

Esta é a bibliografia do trabalho e dei por concluída a minha apresentação.

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