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Ensaio

filosófico
João Rodrigues, Nº7
Marco Geraldes, Nº11
Será a fé em
Deus racional?
- teístas;
- ateus;
- agnósticos;
- assunto complexo e
controverso

Deus + Religião
Será a fé em
Deus racional?
A decisão de ter ou não fé
em Deus é uma escolha
pessoal que cada
indivíduo deve fazer com
base na sua própria
compreensão e avaliação
de evidências.

Deus + Religião
Problema da
teoria de Pascal
• “Será racional a fé no Deus teísta?”
• Aposta de Pascal - argumento
apresentado pelo filósofo e
matemático francês Blaise Pascal no
seu livro “Pensées”;
• Para Pascal mesmo não havendo
argumentos que provem que Deus
existe, a crença em Deus pode ser
racional. Pensées – Blaise Pascal
Importância
- Bom tema para um debate;
- Faz-nos refletir;
- Mais vale a pena acreditar em Deus (1º Podemos pensar toda a
vida que não acreditámos em Deus, mas no final acreditar; 2º Mas,
saberemos nós o nosso último dia, provavelmente, não, por isso é
melhor acreditar em Deus. Mais vale prevenir do que remediar.
Fideísmo
- Blaise Pascal - a fé em Deus tem
racionalidade prudencial na medida
em que nos proporciona benefícios
práticos;

- não é necessária qualquer razão


epistémica para acreditar em Deus

Princípio racional do fideísmo

Blaise Pascal
Princípio racional do fideísmo

A fé em Deus traz-nos benefícios práticos.


Assim, é prudencialmente racional acreditar em
Deus, mesmo não havendo um bom argumento a
favor da existência de Deus.
Por isso, a fé em Deus é prudencialmente
racional, mesmo se falharem os argumentos da
teologia natural.
Aposta de Pascal
"Examinemos este ponto e digamos: Deus existe ou não existe. Mas para que lado nos vamos
inclinar? A razão [epistémica] não pode decidir nada. Há um caos infinito que nos separa. [...] Mas
tem de apostar. Não depende de si, já está comprometido. Que escolherá então? Vamos ver. [...] A
vossa razão [epistémica] não é mais prejudicada pela escolha de uma em vez da outra, uma vez que
tendes de fazer a escolha. Este é um ponto assente. Mas a vossa felicidade eterna? Ponderemos o
ganho e a perda, escolhamos que Deus existe. Avaliemos os dois casos: se ganhardes, ganhareis
tudo; se perderdes, não perdereis nada. Apostai então que ele existe, sem hesitardes!"
Pascal. Pensées and Other Writings. Oxford: Oxford University Press, 2008, pp. 153-154
Pensées and Other Writings.,
2008, pp. 153-154
Análise do texto
• 2 partes;
• 1º Parte: Temos de escolher se Deus existe ou não (apostar);
• Qual a opção mais racional?
Tabela (benefícios + desvantagens)
Princípio da racionalidade prudencial
• devemos agir de acordo com a melhor opção disponível para nós,
mesmo que não tenhamos a certeza de que essa opção seja a correta;
• finanças, saúde e tecnologia
Exemplo prático:
Imagina que alguém te propõe um negócio ilegal que custa apenas dois euros. Se existir vida
em Marte, esses dois euros rendem-nos duzentos milhões de euros. Se não existir vida em
Marte, só perdemos os dois euros. Contudo, se recusarmos delicadamente o negócio, o mafioso
tira a pistola e diz-nos que, nesse caso, se existir vida em Marte, teremos de pagar duzentos
milhões de euros. Mas se tivermos a sorte de não existir vida em Marte, ele diz-nos com um
sorriso benevolente, guardando a pistola, que poupamos os dois euros e nada acontece.

Eis as alternativas:
- Há vida em Marte e aposto; ganho duzentos milhões de euros.
- Há vida em Marte e não aposto; perco duzentos milhões de euros.
- Não há vida em Marte e aposto; perco dois euros.
- Não há vida em Marte e não aposto; poupo dois euros.
Argumento de Pascal

(1) Quer Deus exista, quer Deus não exista, acreditar que Deus existe tem um melhor
resultado do que não acreditar em Deus, e nunca um resultado pior.

(2) Se 1 é verdadeira, então devemos escolher acreditar que Deus existe (aplicação do
princípio da racionalidade prudencial - vamos explicar mais à frente).

(3) Logo, devemos escolher acreditar que Deus existe (De 1 e 2 por Modus Ponens)
OBJEÇÕE
S
1 - A matriz não está bem construída:
-> escolha da crença é motivada pelo medo ou pelo desejo de recompensa.

2 - A fé religiosa não se pode basear num cálculo;


-> uma devoção religiosa calculista parece egoísta, e por isso é moralmente
repugnante.

3 - A crença voluntária é implausível.


-> não temos esse controlo voluntário sobre a maioria das coisas em que
acreditamos.
1) A existência de Deus é uma questão
fundamental e importante para a humanidade.
2) Acreditar em Deus tem potencial para trazer
benefícios significativos, como conforto,
Versão esperança, sentido e propósito para a vida.
contemporânea 3) Não acreditar em Deus tem o potencial de
do argumento de levar à falta de significado e propósito na vida,
Pascal bem como a possíveis consequências negativas na
vida após a morte, caso Deus exista.
4) Portanto, é mais racional e prudente acreditar
em Deus, mesmo que não haja provas conclusivas
de sua existência.
Contra-argumento
a uma objeção
Contra-argumento a uma objeção

questão complexa e evidências ou em fatores externos emoções e temos algum controlo


que depende de experiências pessoais sentimentos voluntário sobre as
muitos fatores nossas crenças
CONCLUSÃO
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5a/Pascal_-_Pensées%2
C_2e_édition_G._Desprez%2C_1670.djvu/page1-1200px-Pascal_-_Pensées%2C_2
e_édition_G._Desprez%2C_1670.djvu.jpg

https://hotpot.ai/art-generator
https://estadodaarte.estadao.com.br/a-aposta-de-pascal/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aposta_de_Pascal
https://filosofianaescola.com/metafisica/aposta-de-pascal/
https://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=70

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