Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução .............................................................................................................. 2
2. Apresentação de principais conceitos e ideias ...................................................... 3
3. Definição de Fideísmo ............................................................................................ 4
4. Fideísmo:
• Radical......................................................................................................... 5
• Moderado.................................................................................................... 7
8. Conclusão ............................................................................................................. 11
pág. 1
INTRODUÇÃO
Posteriormente pretendemos partilhar a nossa opinião e reflexão sobre este tema dando
a conhecer os aspetos que mais foram de acordo com a nossa visão filosófica e os que
pág. 2
Ensaio filosófico (Fideísmo)
Para melhor compreendermos este problema e para encontrarmos uma devida resposta,
devemos ter em conta alguns conceitos:
A primeira rege-se pelas boas razões ou argumentos que evidenciem que uma certa
crença é verdadeira, já a segunda, baseia-se em argumentos que mostram que a crença
beneficia praticamente o crente.
Para além disso, devemos ter noção do que é um Deus teísta, isto é, omnipotente
omnisciente e sumamente bom;
E por fim, devemos ter a noção de fé: “O que significa ter fé em Deus?”
1.1 A crença é uma condição necessária da fé em Deus pois não é possível louvar a
Deus sem acreditar que existe um tal de Deus.
pág. 3
Fideísmo (definição)
Esta doutrina defende assim, que as verdades morais, metafísicas e religiosas, como o
caso da existência de Deus, a justiça divina após a morte e a imortalidade não se
alcançam por via da razão, apenas sendo compreendidas por intermédio da fé. A falta de
boas razões para acreditar na existência de Deus não é uma boa razão para não ter fé.
Só a fé nos pode pôr em contacto com Deus.
Desta forma, os fideístas defendem que as questões religiosas não podem ser explicadas
por meio de argumentos ou provas, podendo ser apenas entendidas por via da fé.
pág. 4
◦ Como representantes desta linha de pensamento temos: o
filósofo francês Blaise Pascal, e o filósofo dinamarquês Sorem
Kierkegaard.
Sorem tem uma linha de pensamento mais radical, pois este acredita que não só a razão
não consegue demonstrar a existência e a natureza de Deus, como acreditar nela como
base de argumentos e provas racionais é errado; Ou seja, Não é uma verdadeira fé
religiosa.
É difícil ao filósofo responder ao fideísmo radical, dado que o fideísta radical parece
rejeitar todas as regras a que um filósofo pode apelar. O fideísta parece superficialmente
ter escolhido aceitar as afirmações de uma autoridade e ter posto
pág. 5
de lado os protestos da outra: parece ter decidido tratar as exortações do seu próprio
intelecto como se fossem as exortações daqueles desejos pecaminosos residuais que a
fé ajuda os crentes a ultrapassar. Mas esta aparência é enganadora.
Não há qualquer dificuldade lógica na sugestão de que se pode sustentar, até com
paixão, uma doutrina que é auto-contraditória, sem se dar conta disso. Contudo, viver
conscientemente a inconsistência é outra coisa.
Dizer que passamos a abraçá-la sem reservas em toda a sua paradoxalidade é dizer que
não acreditamos, afinal, na sua falsidade, falsidade essa com a qual a crença na sua
verdade está em competição na nossa psique. O fideísta radical evidencia um conflito
interno, mas sustenta verbalmente que foi resolvido. Não se resolve tal conflito negando a
sua presença. Pode-se, é claro, ao longo do tempo, enfraquecer, ou até extinguir, um dos
contendores (não lhe dando atenção, compartimentalizando ou recitando apenas o seu
contrário), mas nesse caso isso quereria necessariamente dizer que não se considera já
que o compromisso da fé é paradoxal. Dizer antes de isso acontecer que se escolheu a
fé em detrimento da razão é entregar-se a uma negação auto-enganadora de um conflito
interno que está condenado a persistir enquanto persistir a consciência do juízo negativo
da razão. Que o conflito não seja agonizante em algumas pessoas (que a paixão seja
feliz) só mostra que o autoengano pode ser bem-sucedido. Apesar de toda a sua
insistência na pureza espiritual da fé, o fideísmo radical é uma forma de falsa
consciência.
pág. 6
Por sua vez, Pascal, que é aquele que vamos desenvolver mais afundo neste trabalho,
apresenta uma perspetiva diferente.
◦ É racional ter fé no Deus teísta mesmo não havendo um bom argumento a seu
favor.
pág. 7
Fideísmo de Pascal
Agnóstico – não acredita que Deus existe nem que não existe.
Segundo Pascal, devemos olhar para os custos e benefícios de cada opção, apostando
naquela em que há uma maior hipótese de sermos recompensados.
Concluímos que, quer Deus exista quer Deus não exista, acreditar que Deus existe tem
mais benefícios do que não acreditar em Deus, e nunca um resultado pior.
pág. 8
Aposta de Pascal
Concluímos o seguinte:
◦ Atitude de apostar na crença por ser a alternativa mais vantajosa, sendo que
promete um ganho infinito, nada de substancial se perde caso se perca a aposta.
Exemplo:
R.: Obviamente, é mais seguro apostar 5€ do que não apostar nada, pois as perdas são
menores.
pág. 9
As críticas apresentadas à teoria de Pascal são as seguintes:
pág. 10
Opinião pessoal do grupo acerca do assunto tratado:
O que nos levou a escolher esta corrente fideísta foi o facto de como o próprio nome
indica ser uma corrente moderada, e como foi visto no decorrer do trabalho, este mesmo
foi pouco fundamentado pois é uma divisão de ideias simples e claras.
Isto é, ou se rege pela razão ou pela fé enquanto a outra vertente, a radical sobrepõe a fé
á razão.
Conclusão:
Saltando entre o presente e o passado, podemos observar que a crença religiosa tem
vindo a modificar-se ao longo dos anos, no entanto, as bases filosóficas continuam as
mesmas.
Pretendemos levar outros a abrir as portas para o mundo de uma das vertentes da
filosofia religiosa.
pág. 11