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“A arte não existe. Existem apenas artistas.


E.H Gombrich
Que sensações e/ou significados
esta obra transmitiu?
Esta apresentação trata sobre o conteúdo, formato
escolhido e produção da obra “Vazio”, vídeo-arte
produzida por: Alessandra Camila, Ana Tereza, Marcio
Bracali, Rafael Saraiva e Robinson Machado.
O debate sobre o “que é arte” pode ser infinito,
mas há na literatura universal muitas considerações,
interpretações e análises que buscam explicar
os conceitos relativos ao assunto.

Além disso, fóruns de discussão e debates,


publicações, comentários aqui e ali, trabalhos artístico,
exposições, intervenções e diversas outras fontes
de informação geram pistas, opiniões e diversos
fragmentos que buscam construir nossa posição
sobreo que a arte pode ser.
BUSCA

É no caminho da procura sobre o que a arte é que


podem surgir novas idéias, novos artistas e novos
conceitos. Esta busca pode, inclusive, explorar
o vazio aparente da falta de respostas definitivas.
SOBRE O RESULTADO FINAL DO TRABALHO

Em busca do entendimento sobre o que é a arte,


percorremos caminhos, buscamos informações
e opiniões e refletimos sobre ela. Nos aprofundamos
no vazio da dúvida, por escadas e curvas vertiginosas,
sozinhos ou não.

Gritamos por respostas.


O processo de busca é a base do vídeo – procuramos por
um Umberto, que não responde, enquanto as experiências
no caminho da procura são as mais variadas:

ANGÚSTIA
FORMA
DESESPERO
COMPOSIÇÃO
DÚVIDA
Quando se chama por algo no vazio, a resposta é o eco.
Quando o homem tem a certeza ou não de algo,
mas deseja expor e impor sua opinião, gosta de ouvir
o som da própria voz.

Com a existência do eco, sua resposta imediata pode


ser uma provocação, uma maneira de firmar que não
existem certezas.

O vazio nos diz que não há respostas.


A descida infinita ao vazio – exposta no vídeo – em
busca de uma resposta sobre o que é a arte se encerra
(carregada de bom humor) com a sugestão de um
encontro com o livro de Umberto Eco, escritor e
intelectual italiano, intitulado de “A definição de arte”.

O livro não é a resposta, mas um incômodo alerta de


que o caminho por uma definição existe, mas que não
necessariamente há uma resposta. Mas várias.
Com a explicação conceitual
sobre o que é o vídeo, sua
opinião e percepção sobre o
trabalho continua a mesma?
Nas sua opinião, a estética e
formato adotados correspondem
ao conteúdo idealizado?
ANEXO 1
SOBRE O CONTEÚDO DO LIVRO
O conteúdo do livro mostra que é possível classificar algo como arte quando o que é analisado é criado pelo homem
intencionalmente, com um sentido aplicado pelo autor por sua expressão pessoal e que, com isso, busque causar
algum tipo de sentimento no outro.

Essa definição não abarca conceitos como o belo, a cópia da natureza, a qualidade técnica, o gosto, o estilo, a estética,
o conteúdo, a representação e outras diversas características que são atribuídas a uma obra de arte, por vezes de
maneira equivocada, anacrônica e contraditória.

Estes pontos são utilizados amplamente para o debate sobre a arte e sua eventual avaliação, enquanto a definição
técnica já respondeu o suficiente para que artistas como o francês Marcel Duchamp (1887–1968) permaneçam na
história como um incômodo enigma.

Sua ironia e quebra de conceitos já estabelecidos dão margem para as mais intensas discussões sobre o tema, mas
não possibilitam, ironicamente, desqualificar sua contribuição, nem mesmo afirmar que o que ele fez não seja arte.

Afirmar, como sugerem alguns críticos e leigos, que as obras do tipo são meros projetos sem propósito, é ignorar
alguns princípios básicos. Os circuitos de consagração e o reconhecimento público são outras esferas de discussão,
relacionadas diretamente à percepção e à capacidade intelectual de entendimento das mensagens e interpretação
estética propostas pelos artistas.

Qual a diferença entre criar uma obra de arte e achar algum objeto que aparentemente poderia ser uma obra de arte? A
resposta está na análise do processo interpretativo da forma.
A arte é fato humano. Para compreender uma forma é necessário interpretá-la, percorrer seu processo de manufatura, a
evolução e a interpretação do autor.

A experiência do belo também se dá através do contato com coisas que não são arte, a natureza, por exemplo.
Geralmente estabelecemos paralelos entre a natureza e a arte, pois partimos do pressuposto de que ambas possuem
um formador por excelência e lhes atribuímos um autor.

Produzir uma obra de arte não é apenas idealizar e combinar cores, formas, palavras ou sons, mas pode-se também
atribuir sentido, vida e expressão a um objeto encontrado na natureza ou mesmo a um casual respingo de tinta numa
tela.

No caso da fotografia, arte autônoma, existe a formatação estética (focagem e enquadramento) de material natural
(fornecido pela natureza), o que não deixa de ser casual.

Com o avanço das técnicas, a fotografia passa a concorrer com a pintura figurativa, que por sua vez é obrigada a
“reinventar-se”, deixando de ser essencialmente retrativa.

A estética, entretanto, não é normativa e não faz a história da arte, deve limitar-se a apresentar e estabelecer tendências
do processo formativo.

Cada arte tem suas próprias “regras” e, portanto, quando diferentes campos artísticos exploram um mesmo tema,
inevitavelmente o resultado e as interpretações serão diversos, abrindo espaço ao alargamento dos horizontes dos
espectadores mais atentos.

Fonte: A Definição de Arte. ECO, Umberto.


ANEXO 2
STORYBOARD

1 cena: uma tomada de câmera vai descendo 2 cena: a câmera continua a descer a escada. 3 cena: continua a descida da câmera na
pelo meio de uma escada em forma de caracol. áudio: a trilha abaixa um pouco e ouve-se escada vazia e na penumbra.
áudio: com uma trilha de suspense. uma voz que ecoa ao fundo: umberto!!! áudio: aumenta o número de vozes ao
fundo ecoando: umberto!!! umberto!!!

4 cena: a câmera já visualiza o fundo da 5 cena: percebe-se um livro ao chão. 6 cena: a câmera fecha na capa do livro
escada. áudio: a voz e o eco a chamar por “A DEFINIÇÃO DA ARTE” de Umberto Eco.
áudio: ecoam mais vozes preocupadas umberto vai diminuindo . áudio: fecha a trilha.
ao fundo: umberto!!! umberto!!!

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