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”
E.H Gombrich
Que sensações e/ou significados
esta obra transmitiu?
Esta apresentação trata sobre o conteúdo, formato
escolhido e produção da obra “Vazio”, vídeo-arte
produzida por: Alessandra Camila, Ana Tereza, Marcio
Bracali, Rafael Saraiva e Robinson Machado.
O debate sobre o “que é arte” pode ser infinito,
mas há na literatura universal muitas considerações,
interpretações e análises que buscam explicar
os conceitos relativos ao assunto.
ANGÚSTIA
FORMA
DESESPERO
COMPOSIÇÃO
DÚVIDA
Quando se chama por algo no vazio, a resposta é o eco.
Quando o homem tem a certeza ou não de algo,
mas deseja expor e impor sua opinião, gosta de ouvir
o som da própria voz.
Essa definição não abarca conceitos como o belo, a cópia da natureza, a qualidade técnica, o gosto, o estilo, a estética,
o conteúdo, a representação e outras diversas características que são atribuídas a uma obra de arte, por vezes de
maneira equivocada, anacrônica e contraditória.
Estes pontos são utilizados amplamente para o debate sobre a arte e sua eventual avaliação, enquanto a definição
técnica já respondeu o suficiente para que artistas como o francês Marcel Duchamp (1887–1968) permaneçam na
história como um incômodo enigma.
Sua ironia e quebra de conceitos já estabelecidos dão margem para as mais intensas discussões sobre o tema, mas
não possibilitam, ironicamente, desqualificar sua contribuição, nem mesmo afirmar que o que ele fez não seja arte.
Afirmar, como sugerem alguns críticos e leigos, que as obras do tipo são meros projetos sem propósito, é ignorar
alguns princípios básicos. Os circuitos de consagração e o reconhecimento público são outras esferas de discussão,
relacionadas diretamente à percepção e à capacidade intelectual de entendimento das mensagens e interpretação
estética propostas pelos artistas.
Qual a diferença entre criar uma obra de arte e achar algum objeto que aparentemente poderia ser uma obra de arte? A
resposta está na análise do processo interpretativo da forma.
A arte é fato humano. Para compreender uma forma é necessário interpretá-la, percorrer seu processo de manufatura, a
evolução e a interpretação do autor.
A experiência do belo também se dá através do contato com coisas que não são arte, a natureza, por exemplo.
Geralmente estabelecemos paralelos entre a natureza e a arte, pois partimos do pressuposto de que ambas possuem
um formador por excelência e lhes atribuímos um autor.
Produzir uma obra de arte não é apenas idealizar e combinar cores, formas, palavras ou sons, mas pode-se também
atribuir sentido, vida e expressão a um objeto encontrado na natureza ou mesmo a um casual respingo de tinta numa
tela.
No caso da fotografia, arte autônoma, existe a formatação estética (focagem e enquadramento) de material natural
(fornecido pela natureza), o que não deixa de ser casual.
Com o avanço das técnicas, a fotografia passa a concorrer com a pintura figurativa, que por sua vez é obrigada a
“reinventar-se”, deixando de ser essencialmente retrativa.
A estética, entretanto, não é normativa e não faz a história da arte, deve limitar-se a apresentar e estabelecer tendências
do processo formativo.
Cada arte tem suas próprias “regras” e, portanto, quando diferentes campos artísticos exploram um mesmo tema,
inevitavelmente o resultado e as interpretações serão diversos, abrindo espaço ao alargamento dos horizontes dos
espectadores mais atentos.
1 cena: uma tomada de câmera vai descendo 2 cena: a câmera continua a descer a escada. 3 cena: continua a descida da câmera na
pelo meio de uma escada em forma de caracol. áudio: a trilha abaixa um pouco e ouve-se escada vazia e na penumbra.
áudio: com uma trilha de suspense. uma voz que ecoa ao fundo: umberto!!! áudio: aumenta o número de vozes ao
fundo ecoando: umberto!!! umberto!!!
4 cena: a câmera já visualiza o fundo da 5 cena: percebe-se um livro ao chão. 6 cena: a câmera fecha na capa do livro
escada. áudio: a voz e o eco a chamar por “A DEFINIÇÃO DA ARTE” de Umberto Eco.
áudio: ecoam mais vozes preocupadas umberto vai diminuindo . áudio: fecha a trilha.
ao fundo: umberto!!! umberto!!!