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Pollyana Coimbra
Ricardo Brendel
Vinícius Pádua
Yuri da Costa
APRESENTAÇÃO
2 CONCEITUAÇÃO
4.2 POR UMA CIDADE INTEGRADA
E INCLUSIVA
4.2.1 Acessibilidade
2.1 CIDADE PARA PESSOAS 4.2.2 Multimodalidade
2.2 ESPAÇO URBANO CIDADÃO 4.2.3 Conectividade
2.3 RUA CIDADÃ 4.2.4 Colaboração
4 5
5 LEITURA INTEGRADA
CARACTERIZAÇÃO GERAL
3 DA ÁREA DE ESTUDO
3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
6
3.1.1 Atores Históricos
3.1.2 A comunidade
REFERÊNCIAS
3.2 ASPECTOS LEGISLATIVOS
1
INTRODUÇÃO
URBANISMO I
POÇO DA PANELA
ÁREA 6
INTRODUÇÃO
O trabalho tem como objeto de estudo o parâmetros urbanísticos que orientam
bairro do Poço da Panela, na Zona Norte as construções e o desenvolvimento da
da Cidade do Recife, e foi orientado área.
pelas professoras titulares da disciplina,
Clarissa Duarte e Léa Cavalcanti. O terceiro capítulo compreende a
maior parte e o ponto nevrálgico da
A metodologia do trabalho consiste pesquisa, uma vez que ao seguir os
na divisão do Bairro do Poço da procedimentos metodológicos do Plano
Panela em 10 (dez) áreas distribuídas Centro Cidadão, fornece um diagnóstico
aos grupos de docentes da disciplina amplo do trecho em estudo através
para elaboração de diagnósticos da obtenção de dados dos elementos
e análises acerca dos elementos urbanos e suas variáveis, de modo a
urbanos dos referidos recortes. estabelecer uma métrica que indique
o desempenho desses elementos em
A primeira parte do estudo, preocupa- todo o território, e cujo resultado é a
se em estabelecer conceitos do construção de um gráfico capaz de
Urbanismo contemporâneo como traduzir de forma integrada o nível de
Cidade para Pessoas, Espaço Urbano qualidade que cada indicador possui.
Cidadão e Rua Cidadã, com foco nos
preceitos estabelecidos pelo Plano O diagrama é derivado do método
Centro Cidadão, projeto resultante desenvolvido pelo escritório holandês
de parceria entre a Universidade MVRDV, responsável por diversos
Católica de Pernambuco (UNICAP) projetos de arquitetura e urbanismo
e a Prefeitura da Cidade do no mundo. A análise é descrita
8 Recife (PCR), finalizado em 2018. como Urban Quality Wheel, uma 9
margarida cujas pétalas representam
A segunda parte tem por objetivo as qualidades analisadas, divididas
caracterizar a área de estudo, em três graus de intensidade.
percorrendo o registro histórico do
Bairro do Poço da Panela, abordando A convergência da análise de todos
o seu surgimento, os principais os itens aqui levantados resulta no
personagens históricos envolvidos na quarto e último capítulo, denominado
sua formação cultural, bem como a Leitura Integrada. É nele que se
chegada dos assentamentos populares. percebem as relações entre as
Nesse sentido, foram tomadas lições qualidades analisadas e onde se
dos estudos de José Luiz da Mota apontam direções para a gestão do
Menezes e Carlos Bezerra Cavalcanti, espaço público visando a sua correção
além dos inúmeros registros históricos e melhoria, produzindo um espaço
propiciados pelo acervo digital construído mais positivo, confortável e
da Fundação Joaquim Nabuco. seguro para a cidade e seus cidadãos.
2
CONCEITUAÇÃO
URBANISMO I
POÇO DA PANELA
ÁREA 6
Jan Gehl (2010) destaca que cinquenta anos para se dar conta de
é necessário repensar a lógica que o modelo de cidade produzido no
modernista de planejar as cidades, último século é perigoso a manutenção
estabelecer valores como vitalidade, da própria vida humana.
segurança e sustentabilidade aliados
a um projeto maior de vida saudável Portanto, faz-se necessária a
para os cidadãos. observância de critérios de um Espaço
Urbano Cidadão, um ambiente que
Há uma preocupação no conceito de tenha a Rua como peça chave conectora
Cidade para Pessoas de produzir um de relações e experiências sociais, onde
ambiente convidativo como ponto de o público e o privado se encontrem
partida para um planejamento maior, e conjuguem uma mesma língua em
ou seja, enfatizar a função social do prol da cidade, dessa forma, podemos
espaço público como lugar de encontros, resgatar valores humanísticos, reativar
uma questão vital na conquista de espaços nas cidades e propiciar
uma sociedade sustentável, aberta e ambiente saudável e seguro para a
democrática (DUARTE, 2018). atual e futuras gerações.
Imagem 6: Ilustração demonstrando o encontro entre a rua cidadã (região em amarelo) e Imagem 8: Exemplo de coexistência entre
a Arquitetura Urbana (em azul). Fonte: Duarte, Clarissa (2005) diferentes modais de transporte em Amsterdã,
Países Baixos. Fonte: Os autores (2019)
2.3 RUA CIDADÃ VEGETAÇÃO sombreamento adequado aos usuários,
e aquelas que o fazem em sua maioria
A natureza no espaço urbano é um dificultam ou impedem o deslocamento
importante fundamental. A presença sobre a calçada.
INTERFACE ARQUITETÔNICA Edifícios de uso misto com o térreo
de sombreamento das árvores pode
ocupado por atividades de comércio,
Elemento urbano que conecta as faces serviços ou culturais, devem dialogar ajudar a amenizar a temperatura,
das edificações com a rua. Também se com os pedestres, tornando-se atenuando o efeito das ilhas de calor
consideram interfaces as edificações atrativos. É um mecanismo que reativa e gerando uma maior sensação de
e elementos erigidos nos limites dos os centros das cidades e deve ser conforto para o cidadão.
lotes, sendo o elemento que impacta sempre estimulado.
diretamente nas relação rua/usuário. Além da arborização, entra no cômputo
Em nosso local de estudo, verifica- do elemento vegetação a existência
Nesse sentido, a rua cidadã também se pouca qualidade das interfaces de elementos naturais como a fauna
passa pelo cuidado e preocupação da arquitetônicas, a maioria se isola do e corpos d’água, que contribuem
esfera particular para com o público. contexto urbano, oferecendo gradis ou também para a amenização ambiental
Edificações com fachadas cegas, grandes muros cuja permeabilidade é nas cidades.
fechadas ao exterior, potencializam a nula.
sensação de afastamento, segregação Entretanto, é válido mencionar que caso
e insegurança. a vegetação não seja adequadamente
planejada, pode se tornar um
Assim, precisamos resgatar os valores problema para o espaço urbano. Ao
de viligância social de Jane Jacobs que invés de proteger das condicionantes
em sua obra Vida e Morte das Grandes climáticas, pode trazer insegurança,
Cidades ressalta a necessidade de interferência visual e até mesmo afetar
permeabilidade visual e proximidade a acessibilidade, prejudicando pessoas
entre as pessoas para produzir cidades cegas, indivíduos com mobilidade
mais vivas, saudáveis e seguras, com reduzida e idosos.
18 “olhos para a rua”. 19
Por isso, é importante que sejam
A interface arquitetônica também está adotadas espécies apropriadas ao
Imagem 9: Conjunto habitacional próximo local, com continuidade e proporção.
relacionada ao uso a que se destinam à Rue de Bercy, em Paris, França. Exemplo
as edificações, sendo a fachada ativa de interface conectada diretamente à rua Imagens 11 (acima) e 12 (abaixo):
essencial nessa relação com o espaço e preocupada com a escala humana no Na área de estudo, a vegetação Arborização ao longo da Rue de Bercy, Paris,
público. projeto. Fonte: Os autores (2019) em grande parte não fornece França. Fonte: Os autores (2019)
3
CARACTERIZAÇÃO
GERAL DA ÁREA
DE ESTUDO
URBANISMO I
POÇO DA PANELA
ÁREA 6
3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS Esse fato também é presente nos estudos
de Menezes (2019) que esclarece que
as “águas do poço aberto foram úteis
O Bairro do Poço da Panela tem suas da água daquela localidade”. Já em epidemias” e que o lugar se tornou
origens nas iniciativas de facilitar o para outros, o nome adveio de uma centro das atenções da população
escoamento da produção açucareira estrutura de barro criada para segurar com melhores recursos financeiros,
dos antigos engenhos da região. De as paredes de um poço feito num olho provocando a divisão das terras
acordo com Menezes (2019), tudo d’água descoberto. restantes em sítios, lotes e praças.
remonta ao ano de 1802 quando a
Câmara de Olinda decidiu reabrir um Fato é que, qual seja a origem do O bairro do Poço da Panela passa por
antigo caminho a pedido dos engenhos nome, a história do bairro está ligada seguidas configurações espaciais para
de Casa Forte, Monteiro e Dois Irmãos. ao surto de cólera que assolou o acomodar a população crescente,
Recife no final do Século XVIII, quando tendo vivido na enchente de 1975
Ainda de acordo com o estudioso, o os médicos da cidade passaram a uma importante reconfiguração Imagem 17: Casarão no Poço da Panela.
antigo caminho foi nomeado como aconselhar as pessoas mais ricas a irem socioeconômica: muitos moradores IPHAN. Fonte: Menezes (2019)
Estrada Real e a partir de então a para as bandas do povoado banhar- se mudaram, mais notadamente
ocupação humana tomou corpo no se no trecho do Capibaribe que por aqueles de baixa renda que tiveram
local. Ainda no século 19, com o ali passava, pois tinha propriedades de ser removidos de outros bairros e
parcelamento das terras do Engenho medicinais (SILVA, 2009). municípios (LIMA et al, 2016).
Casa Forte, foram sendo instaladas
mais moradias ao longo das margens
do Rio Capibaribe, surgindo, de um
lado, o povoado da Ponte de Uchôa,
e de outro, na direção Sul, nas
proximidades de uma capela e do
pátio do engenho, o do Poço da Panela
(MENEZES, p. 120, 2019).
24 25
A região alcança a denominação de
Povoação em meados de 1817 com
a permissão de um alvará e com a
construção da Paróquia de Nossa
Senhora da Saúde. Já o curioso nome
Poço da Panela é objeto de celeuma Imagem 18: Residência onde morou o
entre os historiadores, Cavalcanti litógrafo Henrich Carls.
(p.309, 2018), afirma que o nome Imagem 15: Casarão no Poço da Panela. Fonte: Menezes (2019)
se deu em “virtude de uma panela IPHAN. Fonte: Menezes (2019)
de barro que foi colocada no fundo
do poço para melhorar a qualidade
Limite de Bairro
Fonte: ESIG PCR
MAPA DE ZONEAMENTO DO
POÇO DA PANELA
4.1 POR UMA CIDADE PRESERVADA
E PRODUTIVA
4.1.1 Identidade
4.1.2 Proporcionalidade
4.1.3 Densidade
4.1.4 Diversidade
4
4.2.1 Acessibilidade
4.2.2 Multimodalidade
4.2.3 Conectividade
4.2.4 Colaboração
LEITURA
4.3 POR UMA CIDADE HUMANIZADA,
SEGURA E CONFORTÁVEL URBANA
4.3.1 Permeabilidade DO LOCAL
4.3.2 Caminhabilidade
4.3.3 Vegetalização
4.3.4 Iluminação
URBANISMO I
POÇO DA PANELA
ÁREA 6
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A análise deste capítulo segue as analisadas, podendo indicar um maior
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diretrizes dos estudos realizados pela ou menor grau de intensidade, são três, A
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Universidade Católica de Pernambuco entre cada um dos aspectos levantados.
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(UNICAP) em parceria com a Prefeitura TI
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da Cidade do Recife (PCR) na iniciativa Serão analisadas ao todo doze
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do Plano Centro Cidadão, iniciado no qualidades urbanas, agrupadas em
ano de 2014. três grupos de afinidade e distintos por
cores:
O procedimento metodológico é
fundamentado na leitura das qualidades • Identidade,
INTEGRADO
INCLUSIVO
urbanas responsáveis por caracterizar • proporcionalidade,
o território, sempre tomando como • densidade,
base os preceitos de Espaço Urbano • diversidade,
Cidadão, também presente no estudo • permeabilidade,
mencionado. • caminhabilidade,
• vegetalização,
O intuito é a construção de um gráfico • iluminação,
capaz de identificar o nível de qualidade • acessibilidade,
que determinado indicador urbano • multimodalidade,
possui em um dado território. • conectividade e
• colaboração.
O diagrama é fruto do método do
escritório holandês MVRDV (2012),
responsável por diversos projetos de
arquitetura e urbanismo no mundo. A
análise é descrita como Urban Quality Imagem 25: Gráfico Margarida do “Espaço
Wheel, uma margarida cujas pétalas Urbano Cidadão”. Fonte: Plano Centro
são caracterizadas pelas qualidades Cidadão (2018)
POR UMA CIDADE
PRESERVADA E
PRODUTIVA
4.1
4.1.1 IDENTIDADE
4.1.2 PROPORCIONALIDADE
4.1.3 DENSIDADE
4.1.4 DIVERSIDADE
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A identidade é o item responsável e Janela (4,10%), Casarão (1,50%),
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por verificar a capacidade de um Edifício Caixão (4,10%), Templos
determinado local em expressar sua (0,50%) e Outros (1,00%).
essência através do tipo arquitetônico.
INTEGRADO
INCLUSIVO
A identidade também é o elemento Importante destacar que o tipo Sobrado
que irá afirmar o patrimônio existente (ARAGÃO, 2017), se caracteriza por
como importante atrativo sócio cultural construções de uso residencial comuns Unidade de medida: Tipos
e econômico do lugar. à paisagem brasileira do oitocentos, arquitetônicos.
localizadas de frente para a rua ou
Seguindo a análise proposta pelo Plano de esquina. No Recife, emerge ante o Grau de identidade: Recorrência
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POÇ
Centro Cidadão (2014), a verificação “espaço sobrado” dos lotes. de tipos arquitetônicos similares.
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de tipos arquitetônicos similares será
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elemento definidor de identidade da
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área: “quanto maior a recorrência de
um mesmo tipo ou conjunto de tipos,
maior o grau de identidade tipológica R. M
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de uma área. CO
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Na área de análise foram encontrados
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ao todo 09 (nove) tipos arquitetônicos
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distintos, dentre estes o que detém o
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maior percentual é o tipo classificado
como Casa Mínima Popular (65,10%).
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38 Outros tipos residenciais compreendem
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os seguintes percentuais: Casa Solta Imagem 26: Exemplo de sobrado
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no Lote (12,30%), Sobrado (7,30%), encontrado no bairro. Fonte: Google Street OM
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Casa Sem Recuo (4,10%), Casa Porta View (2020) DO
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0 5 20 40 m
IDENTIDADE - ÁREA 6
65,10% ESCALA 1:2000
Imagem 27: Casarão na esquina da Estrada Real do Poço com a Rua Álvaro 7,30%
12,30%
4,10% 0,50% 4,10%
4,10% 1,50%
EDF. CAIXÃO
1,00%
Macedo, ao fundo o Bar do Vital. Fonte: Os autores (2020)
SOBRADO
TEMPLOS
CASARÃO
OUTROS
...
Apesar do tipo Casa Mínima Popular Constatou-se através de visita à área TIPOS EXISTENTES
predominar sobre os demais tipos de estudo que aquela poderia ser
arquitetônicos, percebemos que a melhor qualificada se houvesse o A denominação “Casa Mínima Popular”
distribuição da ocupação do solo é devido cuidado com a elaboração de foi considerada a mais adequada
bastante desigual: de um lado, grandes políticas urbanas que beneficiassem a para definir as variedades presentes
porções de solo destinados à uma comunidade existente na região. nos assentamentos de baixa renda
residência e, de outro, uma porção da região. As variações percebidas
menor de solo mais adensado, onde se Portanto, a valorização dos espaços e são reflexos de tipologiais tradicionais
estabelece uma comunidade de baixa valores populares, bem como a busca (Sobrado, Casa de Porta e Janela, e Casa
renda. por uma cidade justa e democrática, Solta no Lote) adaptadas às condições
sob a ótica do Espaço Urbano socioeconômicas dos habitantes.
Sendo assim, Casas Soltas no Lote Cidadão, são fatores cruciais para o
apesar de representar apenas 12,30% fortalecimento da identidade de um Segundo Aragão (2017), o tipo sobrado
do percentual dos tipos arquitetônicos, território, além de peças fundamentais apresenta-se de uma forma distinta
apresenta grande impacto na ocupação para a preservação do patrimônio na cidade do Recife: tendo “empenas
do solo e na identidade local, fazendo histórico e imaterial do local. laterais dos edifícios, os telhados
com que este atributo seja qualificado extremamente inclinados, a construção
em grau médio. mais estreita”.
A presença das Casas Soltas no lote na Aproveitando o ponto de partida das
área de estudo representam espaços construções características do Recife,
destinados à população de alto poder destacam-se ainda os Casarões, que
aquisitivo, isoladas por grandes muros, nas palavras de Menezes (2019) são
evidenciando o distanciamento social marcos do século XIX que representam
típico das cidades brasileiras, além uma mudança no estilo de vida da
de baixo grau de vigilância social alta sociedade da época, que elegeu
e ausência de um Espaço Urbano áreas afastadas do centro urbano para
Cidadão. Imagem 28: Casas mínimas populares
40 ocupar, reproduzindo um estilo de vida
presentes no Largo Poço da Panela. mais semelhante ao Europeu, dando
Fonte: Google Street View (2020) início às construções de Casarões,
Solares e Palacetes.
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A proporcionalidade edificada de
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uma área pode ser medida a partir
do equilíbrio entre os gabaritos das
INTEGRADO
edificações. Assim, quanto mais a
INCLUSIVO
massa edificada compuser uma relação
harmoniosa entre seus gabaritos, maior
será a proporcionalidade do local. Unidade de medida: Gabarito.
N
0 5 20 40 m
PROPORCIONALIDADE - ÁREA 6
TÉRREO 50,25%
2 PAVIMENTOS 46,19%
3 E 4 PAVIMENTOS 3,55% Térreo
Imagem 31: Visão aérea do trecho analisado do bairro do Poço da Panela. Percebe- (50,25%)
se a homogeneidade dos baixos gabaritos. Fonte: Google (2020) 2 Pavimentos
(46,19%)
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INTEGRADO
INCLUSIVO
Unidade de medida: Número de
habitantes por hectare (densidade
populacional).
Imagem 32: Quadra menos densa do Poço Imagem 33: Quadra mais densa do Poço da
da Panela, com 16,25 hab./ha. Panela, com 690,22 hab./ha. Grau de densidade: Valor maior
Fonte: Google (2020) Fonte: Google (2020) ou menor da relação hab/ha (ref:
maior ou igual a 300 hab/ha é alta
densidade; menor ou igual a 100
hab/ha é baixa densidade).
DENSIDADE
Para termos uma cidade viva e pulsante e a desigualdade no acesso ao solo
são necessárias pessoas circulando nas urbano, um pequeno excerto de um
ruas, desenvolvendo suas atividades de cenário que se repete por toda a cidade
maneira dinâmica, com acesso próximo do Recife e Região Metropolitana.
44 e facilitado a serviços e comércio, com
os trajetos preferencialmente realizados Na porção mais ao Nordeste do
a pé ou de bicicleta, incentivando a trecho, caracterizada por ocupação
mobilidade ativa. regular e loteada, casas implantadas
em terrenos amplos promovem uma
Um dos aspectos mais importantes ocupação rarefeita com densidades
ao conceber o espaço urbano é o baixas, perfazendo mais da metade
controle das densidades construtiva, (53,30%) do território. Tem-se nessa
habitacional e populacional, esta área a densidade mais baixa (16,25
última levantada e analisada aqui, de hab./ha) encontrada no estudo, na
modo a estabelecer um equilíbrio entre quadra conformada pela Estrada Real
ocupação do solo e sustentabilidade do Poço com as Ruas Médico Mário
econômica, social e ambiental. Guimarães, Irmã Maria da Paz e Álvaro
Macedo (imagem X).
Certamente novas discussões acerca
do adensamento urbano emergirão Em contraste, vemos próximo ao Rio
após a pandemia do COVID-19, mas Capibaribe as ocupações informais da
até aqui é desejável uma densidade ZEIS Poço da Panela com densidades
acima de 250 habitantes por hectare, de média a alta. Aqui o que se verifica
segundo Leite (2012), porém com são moradias em sua maioria em
ocupação adequada às condicionantes condições não ideais e geralmente N
e capacidades da infraestrutura do amontoadas, mesmo que ainda com 0 5 20 40 m
DENSIDADE POPULACIONAL - ÁREA 6
local. algum ordenamento em certas regiões,
com valores que chegam a 690,22 ESCALA 1:2000
Entre as contradições encontradas hab./ha, o caso da quadra existente Alta Densidade
no território do Poço da Panela na extremidade próxima ao rio da Rua LEGENDA (11,30%)
estudado, a densidade escancara a Virgílio de Oliveira. SEM HABITAÇÃO 0%
falta de planejamento do território
1 - 100 HABITANTES/HECTARE 53,30%
100 - 300 HABITANTES/HECTARE 35,55%
Baixa Densidade
>300 HABITANTES/HECTARE 11,13% (53,30%)
Média Densidade
(35,55%)
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INTEGRADO
INCLUSIVO
Unidade de medida: Variação de
usos.
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Imagem 34: Uso habitacional unifamiliar na
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Rua Tito Lívio Soares. Fonte: Google (2020) Grau de diversidade: Relação
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equilibrada do percentual do uso
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residencial e demais usos.
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DIVERSIDADE édic
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A diversidade de uma área está e cultural, religioso e comercial (0,1%
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relacionada aos diferentes usos cada).
presentes. Eles podem contribuir para
gerar uma cidade mais movimentada, Nota-se que ao ter um grande
Largo
trazendo benefícios à população local, percentual de habitações, a diversidade
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Poço
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mas para que isso ocorra é necessário é classificada como baixa, uma vez que
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que haja um equilíbrio entre o uso não há um equilíbrio adequado com os
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R. I
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habitacional e os demais usos de modo demais usos. Tal fato pode gerar alguns
R. T
a garantir desenvolvimento econômico, efeitos indesejáveis na região, como
46 segurança e sustentabilidade. esvaziamento de suas vias nos finais de
semana e durante o período noturno. R. Á
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Assim, um lugar não pode ser oM
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do
considerado diverso se não há volume Para mitigar esses efeitos indesejados
populacional combinado a um conjunto é necessário incentivar o uso misto
de atividades complementares, visando nas edificações, mais notadamente
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atender as necessidades dos variados dos pavimentos térreos, diretamente
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tipos de usuários. conectados com a rua, buscando al.
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a fundamental integração entre os nco
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R. V
Na área analisada percebe-se que espaços públicos e privados para que
há uma diversidade baixa de usos. O sejam mais atrativos, confortáveis e
que se destaca com maior percentual seguros aos usuários.
é o uso habitacional, seja este informal
(58,10%) ou formal (30,10%).
COMERCIAL
RELIGIOSO
CULTURAL
2,60% 1,70%
SERVIÇO
2,20% 1,70% 1,30% 1,30% 0,4% 0,4%
POR UMA CIDADE
INTEGRADA E
INCLUSIVA
4.2
4.2.1 ACESSIBILIDADE
4.2.2 MULTIMODALIDADE
4.2.3 CONECTIVIDADE
4.2.4 COLABORAÇÃO
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A acessibilidade se apresenta em com largura menor do que 2,50 m
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múltiplas dimensões, incluindo aquelas e 16,5% apresentam pavimentação
de natureza atitudinal, tecnológica, em mau estado de conservação.
comunicacional, física, dentre A descontinuidade dos passeios é
INTEGRADO
INCLUSIVO
CALÇADAS ACESSÍVEIS
outras. Nesta pesquisa, focaremos casualmente ocasionada pelas raízes (30,80%)
a acessibilidade física nas calçadas de árvores frondosas, desgastes e má
enquanto atributo que possibilita a conservação pública e privada. Unidade de medida: Metros
locomoção de pessoas de maneira fácil, lineares de calçadas com
segura e confortável. Consideraremos Outro fator que promove a CALÇADAS NÃO ACESSÍVEIS
conservação, continuidade e largura
aqui as propriedades fundamentais que descontinuidade são postes e a (69,20%) simultaneamente adequadas.
os passeios púbicos devem apresentar arborização no meio do passeio, além
para promover esse atributo: a) permitir da existência de rampas de automóveis Grau de acessibilidade:
um passeio contínuo, sem obstáculos; b) (para acesso as garagens com Percentual de calçadas com
apresentar bom estado de conservação inclinação e localização irregulares, conservação, continuidade e largura
de sua pavimentação e c) ter largura inviabilizando também um caminhar simultaneamente adequadas.
Ttrecho com
adequada para o deslocamento contínuo e seguro. calçada acessível
de pessoas, incluindo pessoas com (calçada larga,
contínua e em
mobilidade reduzida (PMR). Quanto à conservação da bom estado de
pavimentação, surpreendentemente conservação)
Assim, ao analisar as calçadas 67,3% dos passeios encontram-se
do território, foram aferidas três em bom estado. A largura média
características: a) a continuidade; das calçadas fica em torno de 2 m
b) o estado de conservação e c) a e é claramente incompatível com
largura. Em seguida, foi identificado implantação de faixa acessível para
50 o percentual de calçadas com pedestres (com no mínimo 1,20 m) e a
conservação, continuidade e largura existência de árvores de grande porte
simultaneamente adequadas para se (que exigem alegretes de no mínimo
identificar o grau de acessibilidade 1,50 m x 1,50 m), além de postes
local. e lixeiros, obrigando as pessoas a
caminharem muitas vezes pelo leito da
A acessibilidade da área é visivelmente via. O somatório de tudo isso resulta
precária, apresentando 63,4% de suas em 69,2% de calçadas inacessíveis,
calçadas descontínuas (com obstáculos caracterizando um baixo grau de
em seu percurso), mais de 92,2% acessibilidade na área.
N
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ACESSIBILIDADE - ÁREA 6
QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA QUANTO À CONTINUIDADE DOS FLUXOS DE ESCALA 1:2000
PAVIMENTAÇÃO PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULO VERTICAIS) QUANTO À LARGURA
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O item multimodalidade pode ser conexões na cidade, não interligam
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entendido como aquele em que uma “via bairros ou cidades e, por isso,
tem a capacidade de acolher o maior merecem uma análise diferenciada.
número possível de tipos de modais de
INTEGRADO
INCLUSIVO
transporte” (DUARTE et al, 2018, p.32). Em virtude do seu baixo grau de
Ocorre que, neste acolhimento, deve ser conectividade, embora possível, não
levado em consideração a segurança e há como esperar a presença de todos Unidade de medida: Metros
o conforto dos usuários em coerência os modais em suas vias (transporte lineares de ruas com
também com a hierarquia viária. público, ciclovias, ciclofaixas, etc) razão multimodalidade.
pelo qual se considera a presença
Hierarquia viária, segundo o Plano de multimodalidade ainda que não Grau de multimodalidade:
Centro Cidadão (2018), segue os moldes haja a presença de todos os modais. Percentual de metros lineares de ruas
do item Conectividade, onde se analisa com multimodalidade (que abrigam
as vias como de Eixo Metropolitano, A área analisada caracteriza-se por um o máximo de modais em coerência
Urbano, Local e Microlocal e nestas grande potencial em atrair pessoas, com a sua hierarquia viária).
vias podemos constatar a existência devido as qualidades espaciais que
dos modais: pedestres, ciclistas, reúne no seu contexto, mesmo que
transporte público e automóveis. reúna apenas 32% de multimodalidade
nas suas vias, ainda assim
Importante destacar que a mera encontramos algumas qualidades para
presença do modal não se faz caminhabilidade dos pedestres, vias
suficiente para determinar o espaço largas e com fluxo controlado para a
como uma qualidade Urbano-cidadã, presença de ciclistas que trazem ao
nas palavras de Speck (2016, p.26) território a escala cidadã necessária
52 devemos considerar aspectos como para uma melhor qualidade de vida.
prosperidade, saúde e sustentabilidade
como argumentos para uma cidade mais Nas imagens 37 e 38 pode-se
caminhável e, com isso, mais próxima observar duas referências de ruas
de um espaço Urbano-Cidadão. pedestrianizadas que atendem aos
conceitos aqui preconizados.
Em sua grande maioria, as vias da área
de estudo são Locais ou Microlocais,
que reúnem uma escala menor de
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MULTIMODALIDADE - ÁREA 6
ESCALA 1:2000
LEGENDA VIAS COM MULTIMODALIDADE 32%
VIAS DE EIXO URBANO
As vias são largas com controle de tráfego proporcionado em partes pelo uso
do revestimento de pedra, que reduz sensivelmente a velocidade de veículos Imagem 40: Rua Irmã Maria da Paz. Imagem 41: Rua Tito Lívio Soares.
automotores. Foi verificado também que não há circulação de transporte coletivo Fonte: Google (2020) Fonte: Google (2020)
na Rua Álvaro Macedo, mas em virtude de sua hierarquia e localidade, tal fato
não retira o caráter de multimodal.
VIAS MICROLOCAIS
As Vias Microlocais são as vias mais prejudicadas para análise do item da
Multimodalidade, em sua grande maioria não fornecem boas condições de
caminhabilidade em suas calçadas, por vezes, o espaço em si é mínimo e não
proporciona segurança e conforto.
A Rua Marechal Bitencourt, no entanto, é um das poucas vias que atendem aos
princípios de um espaço seguro, confortável e urbano para os modais: as vias
são largas, permitem um fluxo moderado de forma que ciclistas também se
sintam seguros para trafegar, as calçadas possuem largura e boas condições de
54 caminhabilidade e não há obstáculos nas vias que impeçam a fruição do espaço. 55
VIAS LOCAIS
As Vias Locais, em sua grande maioria, também reúnem boas qualidades para
a utilização dos usuários de distintos modais. Das 8(oito) vias consideradas
como Locais ao menos 6 (seis) podem ser consideradas com presença do item
multimodalidade.
Dessa forma, vias como a Rua Irmã Maria da Paz e Rua Tito Lívio Soares, permitem
a fruição de pedestres, ciclistas e veículos automotores ao longo dos seus percursos
proporcionando bons diálogos entre os modais no território analisado.
SEM MULTIMODALIDADE VIAS MICROLOCAIS
VIAS LOCAIS Em relação às Vias Microlocais cabem algumas observações: 1) em sua maioria
estão localizadas dentro da comunidade de habitantes de baixa renda de forte
Embora tenha a presença de multimodalidade em 6 (seis) das 8 (oito) vias presença no recorte de estudo e 2) são as vias que menos reúnem qualidades
consideradas como locais, existem pelo menos 2 (duas) em que a análise identifica para multimodalidade.
a não existência da multimodalidade. Uma delas é a Rua Antônio Vitrúvio que,
apesar de possuir vias largas, seu calçamento é todo tomado pela presença de Percebe-se que as Vias Microlocais encontram barreiras físicas como obstáculos
árvores de grande porte que foram plantadas em cima do passeio, obstruindo a no meio da calçada (posteamento, árvores, arbustos, mobiliário, lixo, automóveis)
passagem dos pedestres. e, em certos momentos, não há propriamente espaço para que o usuário circule
com segurança e conforto, sendo o passeio público de largura abaixo do mínimo
Interessante mencionar que a área analisada foi objeto de visita dos docentes da indicado.
disciplina de Urbanismo I, e in loco foi possível constatar que apesar de grande
presença de massa vegetativa, com muros verdes, grandes palmeiras, o usuário Tal constatação não é uma novidade em termos de análises urbanas em territórios
não usufrui das benesses que uma massa vegetativa pode proporcionar. Apesar destinados à população de baixa renda. Historicamente, tais territórios em cidades
de grande porte, as palmeiras não geram bom sombreamento no passeio, brasileiras sofrem com falta de planejamento urbano e de políticas que auxiliem a
igualmente os muros verdes não projetam abrigo à insolação, em verdade, acomodação deste contingente populacional. Recife não escapa desta realidade,
servem mais ao embelezamento do que ao conforto e segurança. onde desde meados da década de 1970 iniciou-se um grande aumento da
população de baixa renda em áreas carentes de infraestrutura e planejamento
Ainda a respeito dos muros, apesar de verdes, são muito altos, muito além do urbano, agravadas pelo início da crise econômica (SOUZA, 2007).
olhar de uma pessoa padrão (1,70 m de altura) e excluem qualquer possibilidade
de contato entre a Rua e a edificação, indo de encontro aos elementos defendidos
pelos conceitos de Rua Cidadão e Espaço Urbano Cidadão.
Imagem 43: Rua Antônio Vitrúvio. Imagem 44: Rua Visconde de Araguaya. Imagem 45: Lar Poço da Panela.
56 Fonte: Google (2020) Fonte: Google (2020) Fonte: Google (2020) 57
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INTEGRADO
INCLUSIVO
Unidade de medida: Hierarquia de
conexão das vias, nas escalas da cidade
(escalas: metropolitana, urbana, local e
micro local).
Vias Locais
2.252,06 m - 68,20%
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Para se ter uma boa harmonia entre a promovendo iniciativas importantes
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população daquele local, é necessário para o acervo cultural contemporâneo
ter colaborações para ajudar a suprir do bairro.
as necessidades dos habitantes,
INTEGRADO
INCLUSIVO
além de ter uma apropriação melhor
do seu espaço. Nesta análise, E por fim, a Igreja de Nossa Senhora
foram categorizados cinco tipos de da Saúde, situada na Estrada Real do Unidade de medida:
comunidades: moradores, comercial, Poço, integrada à Praça Poço da Panela, Entidades ou grupos colaborativos.
religiosa, serviço e cultural. e que é um dos marcos do surgimento Grau de colaboração:
do bairro.
09
e reivindicações relacionadas à
preservação do patrimônio histórico,
cultural, meio ambiente, saúde,
educação e formação, segurança
pública, mobilização social, ciclos da
vida, arte e cultura do bairro do Poço
08
da Panela. 04
05
Também há o Poço Cultural, local onde Irmã Maria da Paz, Poço da Panela.
profissionais comprometidos com a Fonte: Google (2020)
arte e com o registro histórico local
10
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COLABORAÇÃO - ÁREA 6
ESCALA 1:2000
LEGENDA
4.3
4.3.1 PERMEABILIDADE
4.3.2 CAMINHABILIDADE
4.3.3 VEGETALIZAÇÃO
4.3.4 ILUMINAÇÃO
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PERMEABILIDADE DO LOTE
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A permeabilidade é um dos principais Além do mais, observou-se que a
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PERMEABILIDADE
indicadores da relação entre os maior influência para o grau de BAIXA (8,21%)
espaços públicos e privados, sendo permeabilidade da área ser baixo
que a interação visual entre o pedestre é devido as longas interfaces cuja
INTEGRADO
INCLUSIVO
e o morador ou usuário da edificação permeabilidade é nula (52,62%), e que PERMEABILIDADE
é fundamental não apenas do ponto se situam nas áreas de urbanização ALTA (39,17%)
de vista das relações humanas, um regular do bairro, onde a maioria das Unidade de medida: Metros
estímulo à coexistência, mas para a casas apresenta muros altos. lineares de interfaces arquitetônicas
sensação de segurança, especialmente PERMEABILIDADE com permeabilidade visual alta.
de quem é mais vulnerável, aquele que O resultado disso são ruas com pouca NULA (52,62%)
está do lado de fora, na rua. vigilância social, com sensação de Grau de permeabilidade:
insegurança, assim como o aspecto de Percentual de interfaces
Aqui foram considerados três níveis esvaziamento da área, sem vitalidade arquitetônicas com permeabilidade
de permeabilidade: i) Alta, quando adequada no espaço público. visual alta.
há relação direta e pouco ou nada
obstruída entre o logradouro e o interior Por outro lado, surpreende a
do lote; ii) Baixa, em que há condições significativa metragem de interfaces
de contato visual, porém não é direta com permeabilidade alta, mais de
ou desimpedida; e iii) Nula, quando há 1200 m (39,17%), devido em grande
uma barreira total, sem visada, entre a parte as casas mínimas populares da
edificação e a rua. ZEIS, normalmente sem lote definido,
e contruídas espontaneamente, em
Devido à limitação da metodologia contato direto com a rua. Assim
de obtenção de dados, através do também como os casarões e edificações
64 serviço Google Street View e por históricas do bairro, construídas no
interpretação de imagens de satélite e paramento.
fotogrametria, as áreas mais internas
da ZEIS, sem acesso adequado pelas A baixa produtividade no térreo,
ruas, não puderam ser avaliadas pouco mais de 10%, torna evidente
na sua totalidade, algo que, porém, a monofuncionalidade da área, e a
não interfere na confiabilidade dos necessidade de incentivo ao uso misto,
resultados, tendo em vista a elevada que certamente traria mais vivacidade
cobertura do levantamento. e dinamismo as ruas.
QUANTO À
PRODUTIVIDADE DO TÉRREO
EDIFICAÇÕES
PRODUTIVAS (10,76%)
EDIFICAÇÕES
NÃO PRODUTIVAS
(89,24%)
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PERMEABILIDADE - ÁREA 6
ESCALA 1:2000
LEGENDA
PRODUTIVO
NÃO PRODUTIVO
Imagem 49: Trecho da Rua Álvaro Macedo onde predominam os muros altos e sua
permeabilidade nula, situação muito comum nessa área do bairro. Fonte: Google
PERMEABILIDADE ALTA
(2020) PERMEABILIDADE BAIXA METROS LINEARES DE INTERFACES ANALISADAS: 3197,47 m
METROS LINEARES DE INTERFACES COM PERMEABILIDADE VISUAL ALTA: 1252,40 m
PERMEABILIDADE NULA
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CAMINHÁVEIS (30,8%)
INTEGRADO
INCLUSIVO
Unidade de medida: Metros
lineares de calçadas com
NÃO - CAMINHÁVEIS (69,2%) conservação, continuidade e largura
Imagem 50: Esquina da Rua Visconde de simultaneamente adequadas e,
Araguaya com Antônio Vitrúvio, Poço da ainda, com permeabilidade visual
panela. Fonte: Os autores (2020) alta de sua interface.
Grau de caminhabilidade:
CAMINHABILIDADE Percentual de calçadas com
conservação, continuidade e largura
simultaneamente adequadas e,
Caminhabilidade, segundo SPECK o diálogo entre arquitetura e espaço ainda, com permeabilidade visual
(2016), é a qualidade de um lugar público, onde “calçadas são cercadas alta de sua interface.
em que se permite ao pedestre as por edificações agradáveis, com sinais
melhores condições de acessibilidade de humanidade”.
para diferentes locais da cidade. Para
garantir essa caminhabilidade, o autor Esse último conceito envolve
salienta quatro condições primárias principalmente a permeabilidade visual
66 para estimular a caminhada, devendo das interfaces arquitetônicas e os usos
ela ser proveitosa, segura, confortável existentes nas edificações voltadas para
e interessante. as ruas.
DESCONTÍNUO (63%)
ESTREITA (14,3%)
BOM (67,3%) MÉDIA (77,9%)
CONTÍNUO (37%)
REGULAR (16,5%)
RUIM (16,2%) LARGA (7,8%)
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A vegetalização da cidade do Recife, pela copa das árvores, sendo o objeto
ÃO
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é necessária para o conforto térmico de estudo a metragem linear de calçada
da população, principalmente para os sombreada, para assim identificar o
pedestres, através do sombreamento grau de vegetalização da área.
INTEGRADO
INCLUSIVO
das calçadas pela copa das árvores,
tornando, assim, o caminhar mais Sendo assim, a área analisada mostra
agradável pela ruas. Além disso, os um percentual maior nas árvores de Unidade de medida: Metros
benefícios através dessa relação que a pequeno porte com 53%, na maioria são lineaes de calçadas sombreadas por
natureza traz, em todas as suas formas, encontradas voltadas para calçadas, já árvores.
gera um equilíbrio necessário à vida no as árvores de médio e grande portes
ambiente das cidades, muitas vezes encontra-se com 16%, no qual algumas Grau de vegetalização:
diminuindo a poluição sonora, o efeito atrapalham a caminhabilidade por Percentual de metros lineares de
da ilha de calor, auxilia na drenagem estarem plantada inadequadamente. calçadas sombreadas por árvores.
da água da chuva e o aumento da As áreas com melhor sensação e
biodiversidade. grande continuidade de calçadas
sombreadas, são trechos que contam
Entretanto, se for usado de forma com o sombreamento de árvores dentro
incorreta pode tornar-se um obstáculo dos lotes de 31%.
nas calçadas impedindo uma boa
caminhabilidade, interferindo na Na área estudada, concluímos que a
incidência da luz dos postes para as vegetalização foi baixa pois só 39%
calçadas. dos metros lineares do percurso da
calçada são sombreadas.
Neste estudo, podemos considerar
68 sombreamento das calçadas gerado
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VEGETALIZAÇÃO - ÁREA 6
ESCALA 1:2000
TIPO ARBÓREO
ÁRVORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE ÁRVORES DE PEQUENO
ÁRVORES DE PEQUENO PORTE ÁRVORES DENTRO
PORTE (53%)
DO LOTE (31%)
ÁRVORES DENTRO DE LOTES QUE
Imagem 51: Exemplo de uso incorreto Imagem 52: Exemplo de uma área SOBREAM AS CALÇADAS
CALÇADAS SOMBREADAS
de arborização na calçada, impedindo o sombreada com qualidade vegetativa SOMBREAMENTO 1.275m (39%)
deslocamento. Fonte: Google (2020) adequada. Fonte: Google (2020) ÁRVORES DE MÉDIO CALÇADAS NÃO SOMBREADAS
METRO LINEAR DE CALÇADAS E GRANDE PORTE (16%) 2.030m (61%)
SOMBREADAS
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Para alcançar um espaço público em lugares que não atendem de
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condizente com os bons preceitos dos forma satisfatória ao item Iluminação
estudos urbanísticos, ou seja, para Pública, é o conflito entre iluminação/
que sejam considerados espaços arborização, já que, de um lado,
INTEGRADO
INCLUSIVO
promotores de sensação de segurança, a arborização muitas vezes é
de livre exercício da cidadania (DUARTE prejudicada por podas desfigurantes,
et al, 2018, p. 28), faz-se imprescindível na falha tentativa de diminuir sombras Unidade de medida: Metro linear
o cuidado com a iluminação pública, indesejáveis e, de outro a iluminação se de calçada diretamente iluminada.
mais um dos itens analisados para torna ineficiente com o plantio aleatório
fruição do Espaço Urbano Cidadão. de espécies vegetais inadequadas ao Grau de iluminação: Percentual
passeio público. de metros lineares de calçadas
De acordo com os estudos de Santos diretamente iluninadas.
(2005, p.87) a valorização exacerbada Na área de estudo, percebe-se todos os
do veículo automotor no século XX e efeitos da falta de cuidado com a escala
o advento das correntes modernistas humana em termos de iluminação
no pensamento urbano, retirou do pública: são poucas as calçadas
pedestre o protagonismo das ruas e da diretamente iluminadas (apenas 9,27%
iluminação pública. do valor total de metros lineares
analisados), a vegetação, que muitas
O efeito da falta de zelo com a escala das vezes faz-se presente mais pelo
humana para iluminação pública embelezamento do que pela intenção
resulta na maioria das vezes na falta de em proporcionar espaços sombreados
iluminação direcionada ao passeio do aos cidadãos, acaba sendo também
pedestre em uma escala que promova um obstáculo para iluminação noturna.
70 segurança e conforto, principalmente à
noite. A iluminação, nestes casos, passa Outro ponto bastante preocupante é
a ser direcionada à via onde circulam a inexistência de postes de iluminação
os automóveis, retirando visibilidade e para pedestres. A sua existência
segurança dos pedestres. certamente auxiliaria a percepção de
um espaço urbano cidadão, seguro e
Ainda segundo Santos (2005, p.87) confortável.
outro efeito que pode ser observado
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ILUMINAÇÃO - ÁREA 6
ESCALA 1:2000
POSTE DE ILUMINAÇÃO POSTES DE ILUMINAÇÃO
CALÇADAS DIRETAMENTE PARA PEDESTRES - 0%
ILUMINADAS - 9,27%
POSTE DE FIAÇÃO
URBANISMO I
POÇO DA PANELA
ÁREA 6
LEITURA INTEGRADA
Apesar de ter alta identidade
A Leitura Integrada representa a Os itens como identidade tipológica, tipológica e alta
convergência de todas as análises proporcionalidade, colaboração proporcionalidade entre os
realizadas até então no território e multimodalidade demonstram gabaritos, o território carece de
de estudo. É por meio dela que a potencialidade do território em
é possível confrontar diversas promover um lugar mais democrático. maior diversidade de usos,
análises com uma metodologia Isso é verificado no assentamento sobretudo o incremento da
simples e coerente, extremamente popular que está presente no recorte densidade populacional,
conectada a um planejamento analisado. Apesar de todas as elementos necessários para tornar
urbano sustentável (DUARTE, 2018). adversidades que a população de baixa o território além de atrativo,
renda é submetida, na comunidade há também preservado e produtivo.
Esta leitura, ainda nas palavras de Duarte um forte senso coletivo e ecológico.
(2018), corrobora com os ensinamentos
de Farr (2012), uma vez que aquela se Entre as qualidades encontradas tem-
torna uma importante ferramenta para se: forte presença de jardins e espécies
que a gestão pública realize “decisões vegetais locais em frente as residências,
simples, justas e econômicas”. conexão com o rio, realização de
atividades esportivas ao ar livre e parte
O que se constata neste recorte do das edificações próximas ao passeio
bairro do Poço da Panela é a mesma público que fornecem sensação de
PRO
PRE
problemática realidade de outros segurança e conforto aos pedestres. PRO SERV
POR
espaços da cidade, um descompasso DU ADO DO
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no conceito do Espaço Urbano A grande dicotomia surge analisando O N
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Cidadão, uma dificuldade em atender o restante da área, ocupada por ID HU URO TÁVE
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aos preceitos de espaços seguros, moradores de maior poder aquisitivo.
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74 confortáveis e atrativos aos cidadãos. Há um esquecimento da escala humana 75
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quando se constatam os muros altos, que DADE
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COLABO ABILI
Observa-se no diagrama ao lado apesar de verdes segregam o pedestre R AÇÃO ESPAÇO P ERME
que cerca de 66% dos atributos (8 e o contato visual com o interior das URBANO
CIDADÃO CAMIN
itens) estão classificados como de edificações, tirando os “olhos” da rua, DE HABILID
IV IDA ADE
grau baixo, ou seja, mais da metade algo também proporcionado pela baixa ECT
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dos atributos que se consideram para densidade desses trechos que interfere LID
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análise de um Espaço Urbano Cidadão diretamente na vitalidade das ruas. OD
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são insuficientes. Apenas 16,6% (2 TI
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itens) dos atributos foram classificados Assim, as qualidades mais urgentes UL
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ACESS
como de grau alto e dois itens a serem investidas na área são:
(16,6%) considerados como razoáveis. iluminação pública humanizada, maior
permeabilidade entre as edificações e
O cenário desses percentuais indica, o passeio público, melhores condições
INTEGRADO
por exemplo, que há um problema das calçadas, melhor distribuição
INCLUSIVO
O território possui grande É baixo o índice de
na percepção da escala humana na populacional e maior diversidade de
área, os índices que consideram o usos. potencial para desenvolver sombreamento e conforto
espaço como Humanizado, Seguro e diferentes modais em suas vias, proporcionado pela massa
Confortável não apresentam qualidade contudo, necessita melhores vegetal. O território também não
na gradação dos atributos analisados. condições de acesso para todos os é suficientemente iluminado,
usuários. A conectividade em grau especialmente à noite, quando a
A massa vegetal presente não médio não representa grande pouca vegetação ainda entra em
cumpre adequadamente a função de obstáculo ao desenvolvimento da conflito com a iluminação. A
amenização ambiental para os que ali área em função do tamanho do caminhabilidade também é
transitam, não oferecendo o devido prejudicada em razão do excesso
recorte analisado e da hierarquia
sombreamento. A iluminação também
das vias do território. de obstáculos nas calçadas.
se mostra deficitária, especialmente à
noite, causando insegurança.
Rua Antônio Vitrúvio Imagem Original:
Google (2020)
SITUAÇÃO ATUAL
URBANISMO I
POÇO DA PANELA
ÁREA 6
REFERÊNCIAS
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