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DECADÊNCIA
A decadência, prevista no artigo 173 do CTN, representa a perda do direito da Fazenda Pública
Federal, Estadual ou Municipal, constituir, através do lançamento, o crédito tributário, em razão
do decurso do prazo de 5 anos, contado:
— do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
— da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
No lançamento por homologação, o dispositivo aplicável à decadência é o Art. 150 em seu § 4.º
do CTN:
"Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado este prazo sem que a fazenda tenha se pronunciado, considera-se homologado
o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo,
fraude ou simulação."
IRPJ E CSLL
Desde a edição da Lei 8.383/1991, em função dos seus artigos 38 a 44 e alterações subseqüentes,
o IRPJ e a CSLL são tributos cujo lançamento, por homologação, está disciplinado no art. 150 do
Código Tributário Nacional, cujo prazo decadencial de 5 (cinco) anos conta-se da data de
ocorrência do fato gerador.
Através da Súmula Vinculante nº 08, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os
prazos de decadência e prescrição das contribuições previdenciárias (do tipo INSS, SESI, SAT,
etc.) são de 5 anos e não de 10 como preconizado na lei ordinária 8.212/1991.
PRESCRIÇÃO
— pela citação pessoal feita ao devedor (até a LC 118/2005 – DOU 09.02.2005) – a partir de
09.06.2005 a prescrição se interrompe a partir de pelo despacho do juiz que ordenar a citação
em execução fiscal;
— pelo protesto judicial;
— por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
— por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do
débito pelo devedor.
A interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais (artigo 125, inciso III do CTN).
É importante observar que, enquanto a prescrição refere-se à perda da ação de cobrança do crédito
lançado, a decadência é a perda do direito de lançar, ou seja, de constituir o crédito tributário.
O prazo de decadência começa a correr desde o momento em que o direito nasce; a prescrição,
desde o momento em que o direito é violado, ameaçado ou desrespeitado (porque nesse momento
é que nasce a ação, contra a qual a prescrição se dirige).
A decadência supõe um direito que, embora nascido, não se tornou efetivo pela falta de exercício.
a prescrição supõe um direito nascido e efetivo, mas que pereceu pela falta de proteção pela ação,
contra a violação sofrida (LEAL. Antônio Luís da Câmara. Da Prescrição e da Decadência, 2a.
ed., Rio, Forense, 1959, p. 115-6 e 114).
O Código Tributário Nacional prevê dois prazos preclusivos: surgindo a obrigação tributária,
nasce para a Fazenda Pública o direito formativo de constituir o crédito tributário, no prazo de
decadência de cinco anos, não sujeito a interrupção ou suspensão (CTN, art. 173); constituído o
crédito tributário, a Fazenda Pública tem o direito de haver a prestação tributária, direito que se
extingue (prazo de decadência, portanto), decorridos outros cinco anos (CTN, art. 174). Este
segundo prazo, impropriamente denominado de prescricional, está, porém, sujeito a interrupção
(CTN, art. 174, § único) e à suspensão.
Finalmente, o STJ editou a Súmula nº 210, em 02.06.1998: ‘‘A ação de cobrança das
contribuições para o FGTS prescreve em 30 (trinta) anos’’
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIAS
Já a prescrição, ainda segundo a visão tradicional, é o fato jurídico que faz perecer a
ação que tutela um direito pelo decurso do tempo previsto em lei sem a propositura da
mesma. O direito sobrevive, mas sem proteção. A rigor, a prescrição afeta as
pretensões condenatórias. A prescrição tributária atinge a possibilidade de propor a
ação de cobrança (representada pela execução fiscal).
Conforme HUGO DE BRITO MACHADO, "O CTN, todavia, diz expressamente que a
prescrição extingue o crédito tributário (art. 156, V). Assim, nos termos do Código, a
prescrição não atinge apenas a ação para cobrança do crédito tributário, mas o próprio
crédito, vale dizer, a relação material tributária" (Curso de Direito Tributário. 21a. Edição.
Malheiros. Pág. 194). Neste sentido são as lições de BERNARDO RIBEIRO DE
MORAES, PAULO DE BARROS CARVALO, entre outros. Lembramos que o art. 109 do
Código Tributário Nacional autoriza expressamente a fixação de efeitos específicos para
institutos de direito privado utilizados no campo tributário.
A Constituição de 1988, exatamente no art. 146, inciso III, alínea "b", exige a edição de
lei complementar para tratar, como norma geral aplicável aos entes estatais (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios), dos institutos da decadência e da prescrição
tributárias.
O Código Tributário Nacional abre espaço para a legislação de cada tributo regular
certos aspectos da prescrição e da decadência tributárias. Um eloqüente exemplo desta
possibilidade está nos arts. 45 e 46 da Lei n. 8.212, de 1991, em relação aos tributos
financiadores da Seguridade Social.
(2) Duração
O prazo decadencial é de 5 (anos), conforme o disposto nos arts. 150, §4o. e 173 do
Código Tributário Nacional.
O art. 150, §4o. do Código Tributário Nacional admite que o prazo decadencial seja
distinto dos 5 (cinco) anos nos tributos submetidos ao lançamento por homologação.
São várias as razões que sustentam tal distinção. Uma delas seria a complexidade da
legislação relativa a determinado tributo (dificultando a realização do lançamento de
ofício pela fiscalização). Outra possibilidade é a destinação social de certos tributos,
como as contribuições para a seguridade.
(3) Suspensão
(4) Interrupção
Entretanto, o art. 173, inciso II do Código Tributário Nacional consagra caso de interrupção do
prazo decadencial. Esta definição, apesar das divergências doutrinárias, estaria autorizada pelo art.
109 do próprio Código.
Segundo o art. 174 do Código Tributário Nacional, o prazo prescricional começa a fluir
da data da constituição definitiva do crédito.
Data de vencimento do pagamento do tributo Dia seguinte àquele previsto como data-
anterior à data de vencimento da entrega da limite para a entrega da
declaração/confissão declaração/confissão
Data de vencimento do pagamento do tributo
Dia seguinte àquele previsto como data-
posterior à data de vencimento da entrega da
limite para o pagamento
declaração/confissão
(2) Duração
(3) Suspensão
(4) Interrupção
iv) qualquer ato (inclusive extrajudicial) que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
V. JURISPRUDÊNCIA