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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPIRANGA


LEI MUNICIPAL Nº 6381/2019

“Estabelece o Plano Diretor de


Desenvolvimento Integrado e Sustentável
de Sapiranga/RS, englobando a Área
Urbana e Rural, e dá outras providências.”

CORINHA BEATRIS ORNES MOLLING, Prefeita Municipal de Sapiranga,


Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais, com base nos incisos IX, X,
XIII e XVI do artigo 9º da Lei Orgânica Municipal, faço saber que a Câmara Municipal de
Vereadores aprovou e eu sanciono a lei que estabelece o Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado e Sustentável de Sapiranga/RS - PDDIS:

LEI

Art. 1º - O planejamento do Município de Sapiranga em todos seus aspectos obedecerá


ao disposto nesta Lei.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

SEÇÃO I - DAS CONSIDERAÇÕES

SUBSEÇÃO I - Glossário

Art. 2º - Para fins de utilização nesta Lei, ficam definidos os seguintes termos e
definições:
Acessibilidade Universal - Possibilidade e condição de alcance, percepção e
entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus
sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso
público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por todo e qualquer
cidadão independente de situação física ou psicológica.
Ambiente Antrópico - Ambiente artificial ou natural alterado pelo ser humano,
destinado a abrigar as funções sociais.
Ambiente Natural - Ambiente no qual o ciclo de vida ocorre sem a interferência
humana.
APP - Área de Preservação Permanente.
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial.
CAPS AD - Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas.
CASF - Centro de Atendimento São Francisco.
CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
CCZ - Centro de Controle de Zoonoses.
CETRISA - Centro de Triagem de Resíduos de Sapiranga.
COMDICA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de Sapiranga.
CRAS - Centro de Referência em Assistência Social.

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CRBio - Conselho Regional de Biologia.
CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
CREAS - Centro de Referência Especializado em Assistência Social.
Demarcação Urbanística - Procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e
privados abrangidos pelo núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos
titulares de direitos inscritos na matrícula dos imóveis ocupados, culminando com averbação
na matrícula destes imóveis da viabilidade da regularização fundiária, a ser promovida a
critério do Município.
Desapropriação - cessão ao domínio público, compulsória e mediante justa
indenização, de propriedade pertencente a particular, atendendo ao interesse público, para
realização de obras ou implementação de equipamentos urbanos.
Direito de Superfície - Concessão dada pelo proprietário de imóvel a terceiro para
exploração comercial, construção ou utilização por tempo determinado, caracterizando posse
temporária.
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto.
FMHIS - Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.
IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano.
ITBI - Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis.
Limitação administrativa - Imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública
condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do bem
estar social. É a obrigação de fazer, de não fazer ou de permitir que se faça.
Modal - Tipologia de transporte particular, público ou coletivo que utiliza a malha viária,
aquaviária ou aeroviária.
Município - Ente Federado compreendido em todas suas dimensões, quer sejam estas
territorial, social, ambiental, econômica, jurídica ou política.
NAPOS - Núcleo de Apoio ao Paciente Oncológico.
NBR - Norma Brasileira Recomendada.
NUMESC - Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva.
Outorga Onerosa - Concessão de direito de construção em imóvel, mediante
contrapartida financeira, acima do limite máximo estabelecido para o zoneamento e uso
pretendido.
Operação Urbana Consorciada - Intervenção pontual no urbanismo envolvendo o
poder público, a iniciativa privada, os moradores e usuários de um determinado local.
Preempção - Preferência na compra de bem imóvel.
Reurb de Interesse Específico (Reurb-E) - regularização fundiária aplicável aos
núcleos urbanos informais ocupados por população não qualificada na hipótese de que trata o
inciso I deste artigo.
Reurb de Interesse Social (Reurb-S) - regularização fundiária aplicável aos núcleos
urbanos informais ocupados predominantemente por população de baixa renda, assim
declarados em ato do Poder Executivo municipal.
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Servidão Administrativa - é o ônus real de uso imposto pelo poder público à
propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços
públicos ou de utilidade pública. É a obrigação de suportar que se faça.
SUS - Serviço Único de Saúde.

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Tecnologia Assistiva - Recursos e serviços voltados a facilitar, melhorar ou otimizar a
qualidade de vida dos cidadãos.
Tombamento - Medida protetiva, de caráter irrevogável, que visa preservar referenciais,
marcas, marcos, bens e paisagens de relevante valor histórico e cultural de uma sociedade
em suas mais diversas dimensões.
Transferência do Direito de Construir - Concessão de transferência de índices
urbanísticos de um imóvel para utilização em outro.
UPA - Unidade de Pronto Atendimento.
ZEIS - Zona Especial de Interesse Social.

SUBSEÇÃO II - Leis e Normas

Art. 3º - Para fins de utilização nesta Lei, considera-se, complementarmente, nos casos
omissos ou controversos, o estabelecido pela seguinte legislação e NBRs:
I - Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;
II - Lei Complementar 140/2011 - Proteção das Paisagens Naturais;
III - Lei Federal 10.406/2002 - Código Civil Brasileiro;
IV - Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto das Cidades;
V - Lei Federal 9.503/1997 - Código Brasileiro de Trânsito;
VI - Lei Federal 5.172/1966 - Sistema Tributário Nacional;
VII - Lei Federal 10.098/2000 - Normas e critérios para promoção de acessibilidade;
VIII - Lei Federal 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão;
IX - Federal 9.985/2000 - Sistema Nacional de Unidades de Conservação;
X - Lei Federal 11.428/2006 - Lei da Mata Atlântica;
XI - Lei Federal 6.938/1981 - Política Nacional de Meio Ambiente;
XII - Lei Federal 12.651/2012 - Código Florestal Brasileiro;
XIII - Lei Federal 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos;
XIV - Lei Federal 11.445/2007 - Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico;
XV - Lei Federal 9.433/1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos;
XVI - Lei Federal 9.605/1998 - Sanções de condutas lesivas ao Meio Ambiente;
XVII - Lei Federal 8.742/1993 - Organiza a Assistência Social;
XVIII - Lei Federal 8.080/93 - Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde;
XIX - Lei Federal 11.124/2005 - Sistema Nacional Habitação de Interesse Social;
XX - Lei Federal 6.766/1979 - Lei do Parcelamento do Solo;
XXI - Lei Federal 13.465/2017 - Regularização Fundiária urbana e rural;
XXII - Lei Federal 8.313/1991 - Lei de Incentivo a Cultura;
XXIII - Lei Federal 12.343/2010 - Plano Nacional de Cultura;
XXIV - Lei Federal 9.615/1998 - Normas Gerais do Desporto;
XXV - Lei Federal 11.438/2006 - Lei de Incentivo ao Esporte;
XXVI - Lei Federal 6.292/1975 - Tombamento de Bens pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);
XXVII - Lei Federal 12.587/2012 - Política Nacional de Mobilidade Urbana;
XXVIII - Lei Federal 11.771/2008 - Política Nacional de Turismo;
XXIX - Lei Federal 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação;
XXX - Lei Federal 10.172/2001 - Plano Nacional de Educação;

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XXXI - Lei Federal 13.005/2014 - Plano Nacional de Educação;
XXXII - Decreto Federal 5.788/2006 - Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas;
XXXIII - Decreto Federal 6.660/2008 - Bioma da Mata Atlântica;
XXXIV - Decreto Federal 9.309/2018 - Regularização Fundiária Rural;
XXXV - Decreto Federal 9.310/2018 - Regularização Fundiária Urbana;
XXXVI - Decreto Federal 3.199/1941 - Bases de Organização dos Desportos;
XXXVII - Decreto Federal 25/1937 - Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional;
XXXVIII - Decreto 3.551/2000 - Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial;
XXXIX - Resolução CNAS n° 7 - 18/05/2016;
XL - Resolução CONAMA 237/1997 - Regulamenta o Licenciamento Ambiental;
XLI - Constituição do Estado do Rio Grande do Sul;
XLII - Lei Estadual 6.503/1972 - Dispõe sobre a promoção, proteção e recuperação da
Saúde Pública;
XLIII - Lei Estadual 10.116/1994 - Lei de Desenvolvimento Urbano do Estado do Rio
Grande do Sul;
XLIV - Lei Estadual 14.310/2013 - Sistema Estadual de Cultura;
XLV - Lei Estadual 10.846/1996 - Lei de Incentivo a Cultura;
XLVI - Lei Estadual 10.898/1996 - Lei Estadual do Desporto;
XLVII - Lei Estadual 14.960/2016 - Política Estadual de Mobilidade Urbana;
XLVIII - Lei Estadual 14.371/2013 - Política Estadual de Mobilidade Urbana;
XLIX - Lei Estadual 11.520/2000 - Código Estadual de Meio Ambiente;
L - Lei Estadual 13.017/2008 - Sistema Estadual de Habitação de Interesse Social;
LI - Lei Estadual 7.231/1978 - Patrimônio Cultural do Estado do Rio Grande do Sul;
LII - Lei Estadual 14.705/2015 - Plano Estadual de Habitação;
LIII - Lei Estadual 9.519/1992 - Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul;
LIV - Lei Estadual 11.520/2000 - Código Estadual de Meio Ambiente;
LV - Lei Estadual 10.330/1994 - Sistema Estadual de Proteção Ambiental;
LVI - Decreto Estadual 23.430/1974 - Regulamenta a promoção, proteção e recuperação
da saúde pública;
LVII - Decreto Estadual 38.355/1998 - Normas de Manejo dos Recursos Florestais;
LVIII - Lei Orgânica do Município de Sapiranga;
LIX - Lei Municipal 5.749/2015 - Plano Diretor de Mobilidade Urbana;
LX - Lei Municipal 5.636/2015 - Plano Municipal de Educação;
LXI - Lei Municipal 5.918/2016 - Sistema Municipal de Ensino;
LXII - Lei Municipal 5.283/2013 - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos;
LXIII - Lei Municipal 5.780/2015 - Política Municipal de Saneamento Básico;
LXIV - Lei Municipal 5.777/2015 - Proteção do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural;
LXV - Lei Municipal 5.900/2016 - Área de Relevante Interesse Ecológico do Morro
Ferrabraz - ARIE;
LXVI - Lei Municipal 2.393/1997 - Código de Posturas Municipal;
LXVII - Lei Municipal 4.938/2012 - Código de Obras Municipal;
LXVIII - Lei Municipal 2.361/1997 - Política de Meio Ambiente de Sapiranga;
LXIX - Lei Municipal 61.254/2017 - Plano de Desenvolvimento Rural;

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LXX - Lei Municipal 5.636/2015 - Plano Municipal de Educação;
LXXI - NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos;
LXXII - NBR 15575 - Edificações Habitacionais - Desempenho - Partes 1 a 6;
LXXIII - NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios;
LXXIV - NBR 13969 - Tanques Sépticos - Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação;
LXXV - NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;
LXXVI - NBR 14653 - Avaliação de Bens Imóveis.

Parágrafo Único - As condições assumidas no caput deste artigo serão substituídas


apenas por condições mais restritas impostas nesta Lei ou em suas complementares.

Seção II - Dos Objetivos Gerais

Art. 4º - São objetivos a serem garantidos pelo Poder Executivo, auxiliado pelos demais
Poderes, quando couber:
I - Garantir o direito a cidade a todo e qualquer cidadão;
II - Garantir o cumprimento da função social da propriedade urbana e o acesso à terra
urbanizada;
III - Garantir amplo acesso aos serviços sociais a todo e qualquer cidadão;
IV - Promover o desenvolvimento econômico da cidade de forma sustentável, garantindo
o desenvolvimento social e a preservação do meio ambiente;
V - Garantir a sustentabilidade do ambiente antrópico e a preservação do ambiente
natural;
VI - Garantir o direito a habitação aos cidadãos em situação de vulnerabilidade social;
VII - Promover o desenvolvimento do turismo e das atividades culturais com amplo
acesso a todo e qualquer cidadão;
VIII - Promover a inclusão social através da Acessibilidade Universal no ambiente
urbano e nas edificações de uso público ou coletivo;
IX - Promover o desenvolvimento de atividades desportivas;
X - Promover o desenvolvimento da produção agropecuária e seus derivados,
incentivando o consumo pela comunidade;
XI - Promover a Regularização Fundiária em loteamentos e assentamento irregulares;
XII - Manter atualizada e harmonizadas as legislações complementares vinculadas ao
Plano Diretor.

Subseção I - Dos Objetivos Sociais

Art. 5º - São objetivos da política social:


I - Garantir o acesso à moradia digna e com qualidade;
II - Promover programas sociais de apoio a habitação, adaptados as realidades locais;
III - Ampliar a atuação da Assistência Social, em especial em comunidades carentes,
atuando na minimização dos flagelos sociais;

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IV - Aprimorar a atuação da Defesa Civil em prol da prevenção e pronto atendimento em
situações de catástrofes e flagelos ambientais;
V - Promover o desenvolvimento, aprimoramento e qualificação da educação;
VI - Ampliar e qualificar o acesso à saúde;
VII - Promover a Acessibilidade Universal no meio urbano e nas edificações de uso
público ou coletivo, garantindo equidade de uso, acesso e tratamento.
VII - Promover o desenvolvimento cultural e desportivo, incentivando as práticas e o
convívio comunitário;
VIII - Promover a segurança pública, coibindo os atos ilícitos e garantindo o bem-estar
dos cidadãos;
IX - Promover a proteção e valorização do Patrimônio Histórico e Cultural edificado e
não edificado.

Subseção II - Dos Objetivos Ambientais e Urbanísticos

Art. 6º - São objetivos da política ambiental e urbanística:


I - Preservar, prioritariamente, as reservas naturais, as Áreas de Preservação
Permanente e as áreas ambientalmente sensíveis, bem como reconhecer e promover a nível
municipal o título de RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA (UNESCO), conferido
ao Morro Ferrabraz;
II - Promover a recuperação do ambiente natural em Áreas de Preservação Permanente
e em áreas ambientalmente sensíveis;
III - Promover a educação ambiental junto às escolas e à sociedade civil;
IV - Promover a correta destinação, segregação, reaproveitamento e reciclagem de
resíduos sólidos;
V - Promover a melhoria da qualidade das águas, gerenciando tratamento e destinação
de efluentes domésticos e industriais;
VI - Promover o desenvolvimento urbano de forma sustentável, resguardando equilíbrio
ambiental;
VII - Promover o desenvolvimento da produção agropecuária em harmonia com o
ambiente natural;
VIII - Garantir o ordenamento urbanístico, a qualidade dos espaços públicos e a garantia
do direito à cidade;
IX - Promover a regularização fundiária, combatendo o desenvolvimento de novas
ocupações irregulares;
X - Garantir a qualidade da mobilidade urbana em suas mais diversas aplicações.

Subseção III - Dos Objetivos Econômicos

Art. 7º - São objetivos da política econômica:


I - Promover o desenvolvimento da economia garantindo a sustentabilidade social e
ambiental;
II - Promover o fomento da indústria e comércio local através de incentivos;
III - Promover a atração de novas empresas através de incentivos;
IV - Promover o associativismo e o cooperativismo;

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V - Promover a ampliação das ofertas de emprego e no aumento da renda;
VI - Atuar na capacitação da mão de obra, promovendo o acesso ao ensino qualificado e
diversificado;
VII - Promover a disponibilização de terras para formação de áreas industriais e parques
tecnológicos;
VIII - Promover o nome do município em eventos regionais, nacionais e internacionais
como aporte a indústria e comércio locais;
IX - Promover a participação comunitária em festividades, feiras e eventos da indústria e
comércio local;
X - Estimular o consumo da produção agropecuária local, bem como incentivar a
participação dos artesãos e artistas locais em feiras e eventos.

Subseção IV - Dos Objetivos Administrativos e Políticos

Art. 8° - São objetivos administrativos e políticos:


I - Assegurar a cada cidadão o pleno exercício dos direitos constitucionalmente
instituídos;
II - Zelar pela independência e harmonia entre os poderes, auxiliando, mediando e
cooperando nos assuntos que couber;
III - Promover o desenvolvimento sustentável de forma equilibrada e harmônica;
IV - Promover a justiça social e a correta aplicação de recursos na garantia do direito a
cidade;
V - Administrar com eficiência, garantindo a gestão democrática através da participação
popular no que couber;
VI - Combater a corrupção, primando pela clareza e objetividade em todos os atos;
VII - Zelar pelo patrimônio público.

CAPÍTULO I - DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS

Art. 9º - A concretização de que trata os Objetivos desta Lei será orientada pela
aplicação das diretrizes, estratégias e dos instrumentos dispostos neste Capítulo.

Art. 10 - A regulamentação da aplicação das Diretrizes que constam nesta Lei será feita
através da aprovação de Lei específica, complementar ao Plano Diretor.

Seção I - Das Diretrizes e Estratégias Sociais

Subseção I - Da Assistência Social

Art. 11 - A garantia de vida digna, equidade de tratamento, atendimento e oportunidades


possui origem no desenvolvimento das seguintes estratégias:
I - Uso adequado dos Programas Sociais: através da fiscalização da utilização dos
programas sociais, será promovido a correta aplicação dos recursos de Programas Sociais,
possibilitando que mais cidadãos possam ser beneficiados;

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II - Oferta de Serviços: a manutenção e qualificação da oferta de serviços como fonte de
aprimoramento do atendimento aos cidadãos, possibilitando a imersão nos bairros e
localidades;
III - Atendimento a todos: atuando de forma inclusiva, os serviços serão ofertados a
todos os cidadãos, valendo-se da interação com entidades e conselhos.

Art. 12 - A operacionalização e funcionamento das estratégias de que trata esta


subseção se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar no encaminhamento das situações denunciadas com crianças para o Conselho
Tutelar;
II - Atuar na redução dos casos de infrequência de alunos na rede de ensino e na
erradicação do trabalho infantil;
III - Apoiar as entidades que desenvolvem ações com crianças e adolescentes;
IV - Aprimorar a assistência ao idoso;
V - Promover ações educativas na comunidade;
VI - Atuar na fiscalização e controle dos programas sociais;
VII - Cadastramento de toda população atendida no CRAS, CREAS e CASF no
Cadastro Único;
VIII - Contribuir na manutenção do COMDICA;
IX - Manter e aprimorar o atendimento aos Centros de Referência em Assistência Social
(CRAS);
X - Atuar na manutenção e no aprimoramento do Centro de Referência Especializado
em Assistência Social (CREAS);
XI - Promover a participação social através de Audiências Públicas, Fóruns e
Conferências Municipais;
XII - Atender a demanda de vagas em cemitérios, analisando outras possibilidades de
sepultamento;
XIII - Realizar estudo de viabilidade para posterior construção de uma casa Abrigo
Municipal.

Subseção II - Da Educação

Art. 13 - A garantia do direito ao acesso à educação de qualidade possui origem no


desenvolvimento das seguintes estratégias:
I - Ampliação e Manutenção de Infraestrutura: A oferta de ensino qualificado possui
como necessidade fundamental a ampliação e a manutenção da infraestrutura básica,
compreendendo edificações, instalações, equipamentos e estruturas para oferta de ensino
especializado;
II - Ensino Inclusivo: A promoção de ensino inclusivo destinado aos alunos regulares da
educação infantil e fundamental, bem como os alunos detentores de necessidades especiais
ou com necessidade de atenção especializada;
III - Atividades Complementares: as atividades complementares objetivam o
desenvolvimento de potencialidades e a valorização da arte, cultura, meio ambiente e
patrimônio histórico;
IV - Educação Continuada: Promover apoio a Educação Continuada através da oferta de

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infraestrutura, apoio logístico e desenvolvimento de atividades de ensino superior.

Art. 14 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Proporcionar acesso a arte e cultura nas escolas, inclusive desenvolvendo oficinas
para tal;
II - Promover as atividades de ensino superior desenvolvidas no Polo Universitário;
III - Manter e aperfeiçoar o atendimento a alunos especiais e com necessidades
especiais;
IV - Manter e aperfeiçoar o atendimento a alunos da educação infantil;
V - Manter e aperfeiçoar o atendimento a alunos do ensino fundamental;
VI - Ampliação do número de escolas ou salas de aula da rede municipal de acordo com
a demanda;
VII - Construção e manutenção de ginásios de esportes nas escolas da rede municipal;
VIII - Criação e manutenção de um Centro de Atendimento Especializado contendo
profissionais com formação específica nas áreas de psicopedagogia, fonoaudiologia,
psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicomotricidade, arteterapia, musicoterapia,
além de educação especial;
IX - Criação e manutenção de um centro integrado de educação contendo atelier livre
municipal com pinacoteca e auditório com palco e acústico, ginásio e salas de dança,
ampliando a oferta de atividades artísticas e esportivas através de profissionais com formação
específica nas áreas de arte visuais, música, dança, teatro e educação física, educação
ambiental e educação fiscal-financeira;
X - Aprimorar e qualificar o transporte escolar e atuar no auxílio ao transporte
universitário dos cidadãos;
XI - Criação de um Departamento Técnico e Manutenção para captação de recursos e
realização de obras nas escolas de rede municipal contendo profissionais técnicos e outros
como pedreiro, eletricista, hidráulico, pintor, entre outros;
XII - Garantir a proteção, reconhecimento e valorização do patrimônio material e
imaterial das culturas que contribuíram para a formação da identidade cultural da cidade, bem
como do patrimônio natural, com a participação da educação, por meio da produção de
materiais didáticos voltados a esse fim;
XIII - Criação e manutenção de ensino de esportes diversificados, utilizando o
contraturno como oferta complementar;
XIV - Incluir nos planos de ensino da educação fundamental ensino de educação
ambiental, contemplando as áreas de meio ambiente, produção rural e áreas afins, com
ênfases diferenciadas nas escolas da Zona Urbana e Rural;
XV - Criação de Escola destinada a formação de profissionais na área de construção
civil, eletricidade e instalações hidro-sanitárias;
XVI - Possibilitar o cumprimento da carga horária em atividade do profissional de
educação em local escolhido por ele desde que apresente planejamento prévio das atividades
ao coordenador escolar;
XVII - Diminuir o deficit de vagas na Educação Infantil, com mais disponibilidade de
vagas, ampliando o atendimento nas escolas de Educação Infantil.

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Subseção III - Da Saúde

Art. 15 - A garantia do acesso à saúde de qualidade possui origem no desenvolvimento


das seguintes estratégias:
I - Ampliação e Manutenção de Infraestrutura: A oferta de saúde qualificada terá como
necessidade fundamental a ampliação e a manutenção da infraestrutura básica,
compreendendo edificações, instalações e equipamentos para atendimentos de complexidade
baixa, média e alta;
II - Qualificação de Atendimento: Qualificar a oferta de atendimento periódico através do
investimento em treinamento de pessoal e oferta de atendimento de complexidade média e
alta, buscando foco na prevenção;
III - Combate a Zoonoses e Endemias: Buscar qualidade de vida através da imunização
dos cidadãos, combate de endemias e controle de zoonoses;
IV - Rede de Atendimento Complementar: Investir na oferta de atendimento de saúde na
rede complementar ao serviço público, possibilitando maior acesso à saúde para os cidadãos.

Art. 16 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na manutenção do atendimento do Sistema Único de Saúde e do Hospital
Beneficente Sapiranguense;
II - Qualificar e capacitar a UPA para atendimento integral aos cidadãos;
III - Atuar na prestação e manutenção de serviços de média e alta complexidade e atuar
na ampliação e qualificação dos exames laboratoriais realizados no laboratório municipal;
IV - Atuar na manutenção do fornecimento de medicamentos a população;
V - Atuar na manutenção e aprimorar o atendimento do programa Estratégia de Saúde
da Família;
VI - Manter e ampliar atendimento da Unidade Central de Saúde - USE (Unidade de
Saúde Especializada);
VII - Construção de Unidades Básicas de Saúde nos bairros da cidade, conforme a
necessidade;
VIII - Ampliar espaço físico do laboratório municipal;
IX - Atuar na manutenção e ampliação das unidades de saúde;
X - Aprimorar os atendimentos dos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS);
XI - Criar um CAPS I;
XII - Criar um CAPS AD (dependentes químicos);
XIII - Atuar no atendimento e cobertura de saúde e atenção básica a toda a população;
XIV - Ampliar e manter a atuação dos Agentes de Saúde;
XV - Criar e manter programa de atenção à primeira infância;
XVI - Atuar na manutenção do SAMU;
XVII - Aprimorar o funcionamento da Vigilância Sanitária;
XVIII - Aprimorar e qualificar o atendimento do Centro de Controle do Zoonoses;
XIX - Atuar no combate a endemias;
XX - Atuar ativamente nas campanhas de imunização dos cidadãos;
XXI - Manter as vigilâncias em saúde alerta para eventuais surtos e epidemias;
XXII - Criação de um comitê referente ao Controle de Endemias;

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XXIII - Manter e adequar as estruturas das Unidades de Saúde para qualificar o
atendimento e a prestação de serviços;
XXIV - Ampliar a cobertura de equipes de saúde da família;
XXV - Ampliar o serviço de fisioterapia no município a fim de reduzir o tempo de espera;
XXVI - Manter e ampliar os cuidados já prestados nas áreas rurais e de difícil acesso;
XXVII - Adquirir, manter e ajustar um software para interligar todas as Unidades desta
secretaria;
XXVIII - Ampliar a estrutura física e garantir a segurança das unidades de estratégia de
saúde;
XXIX - Criar estrutura física para a central de transporte incluindo estacionamento para a
frota da Secretaria de Saúde;
XXX - Construção ou aquisição de um espaço físico para almoxarifado central;
XXXI - Implantar Ouvidoria Municipal do SUS;
XXXII - Ampliar projeto de castração para animais (cães/gatos) externos ao centro de
controle de zoonoses - CCZ, aos munícipes de baixa renda através de cadastramento prévio;
XXXIII - Ampliar para todas as estratégias de saúde da família o projeto de tabagismo;
XXXIV - Manter Projeto de biópsia de propostas guiadas por ecografia aos munícipes;
XXXV - Implantar grupos de pacientes portadores de diabetes mellitus insulino
dependentes;
XXXVI - Implantar o projeto samuzinho nas escolas municipais inicialmente, podendo se
estender às estaduais inclusive;
XXXVII - Qualificar, periodicamente, o atendimento prestado através de
palestras/treinamentos realizados pelo NUMESC aos funcionários desta secretaria;
XXXVIII - Manter e ampliar o projeto do NAPOS;
XXXIX - Realizar estudo de viabilidade para posterior construção de um espaço amplo e
adaptado para o USE (Unidade de Saúde Especializada).

Subseção IV - Da Habitação

Art. 17 - O acesso à moradia com qualidade possui origem no desenvolvimento das


seguintes estratégias:
I - Acesso a Terra Urbanizada: Aumentar as possibilidades de acesso à terra
urbanizada para fins de regularização fundiária e produção de unidades habitacionais, quer
sejam estas promovidas pelo poder público ou pela inciativa privada;
II - Produção e qualificação de Unidades: Ampliar a produção de unidades
habitacionais com qualidade, preferencialmente em regiões invadidas ou com grande
densidade demográfica. Atuar na qualificação das unidades produzidas;
III - Qualificação de Entorno: Promover a qualificação do entorno de regiões alvo de
regularização fundiária e produção de unidades habitacionais, ofertando serviços
diversificados nas microrregiões e trazendo os equipamentos públicos ao alcance de todos os
cidadãos;
IV - Fiscalização: Intensivar a fiscalização de ocupações irregulares e de produção de
urbanização sem o devido licenciamento, evitando a proliferação de urbanizações irregulares.

Art. 18 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção

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se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Proporcionar melhoria na prestação de serviços e viabilização de visitas domiciliares
e fiscalização;
II - Construção de novas moradias populares de acordo com a demanda;
III - Atuar na reforma de edificações populares em más condições de uso de acordo
com a demanda;
IV - Elaborar estudo para redução do deficit habitacional;
V - Promoção de loteamentos populares;
VI - Promover melhorias na infraestrutura dos loteamentos populares;
VII - Criação de áreas de interesse social em áreas com infraestrutura definida;
VIII - Promover a construção de conjuntos habitacionais populares com qualidade;
IX - Atuar na busca recursos através de convênios com os governos federais e
estaduais, recursos próprios e ou parcerias público-privado;
X - Viabilizar ampliação dos recursos do FMHIS, priorizando o atendimento da faixa
da população com renda de até dois salários-mínimos e residência de, pelo menos cinco
anos no município;
XI - Viabilizar o aumento do valor do aluguel social, adequado à oferta imobiliária local,
para família em vulnerabilidade social;
XII - Divulgação e publicação de editais de seleção de beneficiários nos mais diversos
meios de comunicação;
XIII - Atuar na busca de subsídio de custas cartoriais e de registro da documentação de
imóveis construídos e ou repassados pela Prefeitura Municipal para famílias em condição de
extrema pobreza;
XIV - Adequar a oferta do transporte coletivo e equipamentos públicos à localização
dos loteamentos populares e áreas regularizadas pelo Poder Publico;
XV - Estabelecer diagnóstico de comercialização de imóveis populares e criar
programa para coibir esta prática;
XVI - Criação do programa de arrendamento de lotes populares, para famílias com
renda familiar comprovada de até 4 salários-mínimos;
XVII - Atuar na otimização do processo de seleção de beneficiários;
XVIII - Atuar na ampliação das modalidades habitacionais, adequadas às várias
realidades da população, estimulando o esforço individual, o planejamento familiar e o
controle de natalidade;
XIX - Combater a ocupação irregular, a coabitação e aluguel clandestino;
XX - Auxiliar nos processos de regularização fundiária;
XXI - Combater a ocupação irregular em áreas verdes e institucionais;
XXII - Viabilizar Loteamentos Habitacionais para transferir ocupantes de áreas verdes e
de APPs;
XXIII - Promover convênios com Cooperativas Habitacionais que cumprem as regras
do cooperativismo.

Subseção V - Da Cultura e Desporto

Art. 19 - É assegurado o acesso à cultura e a prática esportiva como fontes de


integração social, garantidos através do desenvolvimento das seguintes estratégias:

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I - Desenvolvimento Cultural: Fortalecer a participação comunitária nos eventos
culturais, promovendo amplo acesso à cultura para todos os cidadãos;
II - Incentivo a Produção Cultural: Atuar de forma ativa no incentivo a produção cultural
dos artistas locais, aproximando estes do cidadão;
III - Incentivo a Prática de Esportes: Promover a prática esportiva através da
disponibilização de espaços, infraestrutura e realização de eventos esportivos;
IV - Memória Desportiva: Criação do Museu do Esporte de Sapiranga.

Art. 20 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Elaboração e implementação de projeto de infraestrutura de apoio na rampa do
Morro Ferrabraz;
II - Promover atividades esportivas diversificadas como campeonatos locais, nacionais
e internacionais;
III - Ampliar a quantidade de academias ao ar livre;
IV - Atuar no incentivo as práticas desportivas na rede de ensino;
V - Atuar na revitalização do Centro de Cultura;
VI - Incentivo a produção cultural dos artistas locais, com a criação do Fundo
Municipal de Cultura;
VII - Realizar exposições, mostras e feiras culturais;
VIII - Viabilizar a oferta de atividades culturais em diversos pontos
da cidade;
IX - Realizar eventos culturais junto ao Museu Municipal, Praça da
Bandeira ou itinerante nos bairros da cidade;
X - Ampliar a divulgação da produção cultural da cidade;
XI - Promover eventos em datas festivas;
XII - Estimular o uso da Biblioteca Municipal;
XIII - Criação do Museu do Esporte de
Sapiranga, perpetuando as conquistas dos
desportistas locais.

Subseção VI - Do Patrimônio Histórico e Cultural

Art. 21 - A preservação e valorização do patrimônio histórico e cultural assume papel


fundamental na identidade cultural da comunidade, garantido através do desenvolvimento
das seguintes estratégias:
I - Preservação patrimonial: Através da preservação do patrimônio material e imaterial,
pretende-se conservar os traços que formam a cultura da comunidade;
II - Educação Patrimonial: A promoção da valorização do patrimônio histórico e cultural
através do conhecimento, quer seja ela formal ou informal, como ferramenta complementar a
preservação patrimonial;
III - Aculturamento: A difusão da cultura patrimonial valorizada tem por objetivo o
aculturamento da comunidade e a apropriação por parte daqueles que não vivem na
comunidade;

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IV - Fiscalização e Controle: A realização frequente de fiscalização e controle
dos bens considerados de interesse histórico possibilitará que maior número de
bens seja preservada;
V - Reconhecer: A espécie "Eugenia Multicostata Legran" (o Araça-
Piranga), como árvore símbolo do Município de Sapiranga”;
VI - Tornar: Área Pública como local de reconhecimento da Emancipação, o
“Mato dos Dresch”.

Art. 22 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Regularização de posse da casa Johan Schmidt;
II - Contratação de Projeto de Restauração da casa Johan Schmidt;
III - Elaboração de projeto para captação de recursos para construção do Memorial dos
Mucker, preferencialmente junto ao local da batalha, em local adequado e seguro para
colocação do acervo proveniente da Batalha dos Muckers;
IV - Estimular a procura pelo Museu Municipal;
V - Promover a cultura e a valorização do patrimônio histórico através da educação
patrimonial;
VI - Atuar na consolidação do Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de
Sapiranga, por meio de ações de educação patrimonial e gestão do patrimônio do Município;
VII - Atualizar o inventário dos imóveis históricos na zona rural e instituição do sítio
histórico na zona rural;
VIII - Instituição da Semana do Patrimônio, alusivo ao Dia Nacional do Patrimônio
comemorado em 17 de agosto no calendário de eventos do município;
IX - Viabilizar incentivo para prédios tombados;
X - Implementar o Espetáculo de Som e Luz sobre os Muckers, junto ao Memorial
Mucker, no Sítio histórico do Morro Ferrabraz;
XI - Criação do Plano Diretor de Esportes, reativação do conselho do esporte e criação
do fundo do esporte.

Seção II - Das Diretrizes e Estratégias Espaciais e Ambientais

Subseção I - Do Meio Ambiente

Art. 23 - A proteção e recuperação do meio ambiente, bem como o equilibro da


atividade antrópica, de forma sustentável, será alcançada através do cumprimento das
seguintes estratégias:
I - Equilíbrio Antrópico: Buscar o equilíbrio da atividade humana e da interação com o
ambiente natural na zona urbana e rural;
II - Recuperação de Áreas: Promover a recuperação de áreas ambientalmente
degradadas e das Áreas de Preservação Permanente, objetivando a melhoria da qualidade
de vida;
III - Educação Ambiental: Atuar na valorização do meio ambiente através do ensino
formal e informal, e na implantação da logística reversa no âmbito do Poder Executivo e

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Legislativo Municipal;
IV - Identificação de Áreas: Mapear e identificar as áreas de preservação permanente,
as ambientalmente sensíveis e das áreas degradadas, buscando soluções e criando
regramentos específicos para cada uma;
V - Resíduos Sólidos: Atuar de forma eficiente na coleta, segregação,
reciclagem, tratamento e destinação dos resíduos sólidos;
VI - Qualidade de Águas: Promover a melhoria na qualidade das águas através de
implementação de sistemas e de fiscalização das instalações de tratamento de esgoto;
VII - Sustentabilidade Urbanística: Buscar o desenvolvimento da atividade humana de
forma ambientalmente sustentável, reduzindo o impacto destas no equilíbrio antrópico.

Art. 24 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Promover incremento na arborização dos bairros e vias comerciais, revitalizando e
substituindo a arborização em mau estado, priorizando o plantio de espécies nativas;
II - Atuar na fiscalização de atividades desenvolvidas no município, reduzindo o número
de atividades sem licenciamento;
III - Promover a educação ambiental;
IV - Promover a recuperação da mata ciliar;
V - Viabilizar a transformação do Departamento de Meio Ambiente em Secretaria de
Meio Ambiente, com equipe técnica completa, composto de, ao menos, Departamento de
Arborização, Departamento de Licenciamento, Departamento de Saneamento e
Departamento de Fiscalização e Departamento de Educação para a Sustentabilidade;
VI - Consolidar o banco de áreas para plantio até o final de 2021 com projetos de
recuperação;
VII - Disponibilizar cursos de capacitação de arboricultura para os profissionais da
cadeia de critérios nacionais e internacionais na execução de poda e remoção vegetal;
VIII - Criar o Programa de Recuperação de mata Ciliar e Nascentes de Sapiranga;
IX - Definir as diretrizes de planejamento, implantação e manejo das áreas ciliares de
Sapiranga;
X - Identificar e mapear Áreas de Proteção Permanente - APPs;
XI - Implementar e manter o reflorestamento das APPs, visando a melhoria da
qualidade de vida e o equilíbrio ambiental;
XII - Realizar o mapeamento, com coordenadas geográfica e o levantamento das
características dos recursos hídricos do município;
XIII - Consolidar os nomes oficiais dos Arroios do município;
XIV - Criar mapas digitais com cadastro de toda a rede de microdrenagem,
macrodrenagem, de licenciamento ambiental;
XV - Instituir programa de distribuição contêineres, no centro do município, para
recolhimento automatizado pelo caminhão de lixo;
XVI - Atuar no aprimoramento da CETRISA através da manutenção e melhoramento da
infraestrutura, equipamentos e veículos;
XVII - Implantação de sistema de denúncias via sistema online;
XVIII - Criação de ecopontos, que seriam pontos de coleta de galhos e entulhos de
construção civil até 1 metro cúbico por bairros;

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XIX - Atuar no incentivo para prédios projetados e executados com base em técnicas
sustentáveis;
XX - Atuar na busca por atingir e manter o índice de projeção de copa no perímetro
urbano (IPCU) do município para 100m²/hab;
XXI - Desenvolver projeto de coleta de sementes e produção de mudas de espécies
nativas regionais para arborização urbana;
XXII - Identificar as áreas ambientais e os impactos ambientais críticos existentes,
atuando na recuperação e restauração destas;
XXIII - Viabilizar o desenvolvimento de projeto-piloto com contêiner enterrado para
recebimento de resíduos domésticos, separados em seco e orgânico;
XXIV - Atuar na implantação de rede tipo separador absoluto nas vias do município;
XXV - Atuar na verificação de viabilidade de implantação de taxas de drenagem pluvial
e de saneamento no IPTU ou exigir comprovação da limpeza de fossa e filtro;
XXVI - Realizar estudos de viabilidade de novas estações de tratamento de esgoto -
ETEs separando por/os bairros;
XXVII - Criar “Programa de Gestão de Conservação de Energia, buscando uma
qualidade e bem estar para os cidadão, através da otimização da utilização energética e um
Plano de Gerenciamento de Energia, utilizando matrizes renováveis nesse processo, como
energia fotovoltaicas e eólicas”;
XXVIII - Implementar local para recebimento e triagem de sobra de materiais da
indústria da construção civil, através do sistema coleta, bem como para recebimento de
doações e verbas, destinada para famílias de baixa renda e atendimento de sinistros e
catástrofes naturais;
XXIX - Viabilizar consórcio com municípios vizinhos para gestão dos resíduos da
construção civil.

Subseção II - Da Infraestrutura Urbana

Art. 25 - A qualificação da infraestrutura urbana será promovida através do


desenvolvimento das seguintes diretrizes:
I - Qualificação Urbanística: Atuar na qualificação da infraestrutura urbana, seja esta
estrutural ou de apoio, produzindo novos espaços ou qualificando os existentes;
II - Mapeamento e identificação de áreas de risco: Mapear e identificar as áreas de
risco, criando regramento específico para cada tipo de área;
III - Redução dos flagelos urbanos: Atuar na implementação de ações que visam a
redução dos flagelos urbanos, sejam estes naturais ou humanos;
IV - Cidade Inteligente: Buscar o desenvolvimento e aplicação de princípios de
inteligência aplicada a cidade, visando a melhoria da qualidade de vida na cidade;
V - Padronizando Cores: Padronizar a pintura de bens imóveis públicos com as cores
da Bandeira de Sapiranga.

Art. 26 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na manutenção e revitalização de parques, praças e canteiros existentes, bem
como na ampliação o número de praças e parques;

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II - Atuar na redução da poluição visual e sonora;
III - Ampliar e qualificar a fiscalização de obras clandestinas;
IV - Contratação de Estudos e Projetos de Tecnologias Assistivas;
V - Implementação da Gestão On-line de uso do solo e denúncias;
VI - Implementação de Modelo 3D digital de Uso e Ocupação do solo e infraestrutura;
VII - Atuar na redução do índice de irregularidades de obras;
VIII - Atuar na captação de recursos para capeamento asfáltico em vias degradadas;
IX - Atuar na captação de recursos para asfaltamento de vias estruturais;
X - Viabilizar a abertura de novas vias projetadas pelo Plano Diretor;
XI - Viabilizar a execução de pavimento irregular, bloco de concreto ou asfalto em vias
abertas ou que serão abertas, com infraestrutura completa de drenagem pluvial e meios-fios;
XII - Realizar estudo técnico das causas dos alagamentos ocorridos no município;
XIII - Atuar na construção de pontes em concreto armado em pontos essenciais a
mobilidade urbana;
XIV - Atuar na execução de macrodrenagem com galerias e tubos de concreto de
acordo com a demanda;
XV - Atuar na continuidade ao programa Saneamento Integrado;
XVI - Viabilizar o desassoreamento de valões;
XVII - Atuar na manutenção dos poços na área rural;
XVIII - Ampliar a existência de redes de iluminação pública;
XIX - Realizar estudo de asfaltamento dos trechos do Morro Ferrabraz, tendo em vista
melhorar a segurança da comunidade;
XX - Atuar na substituição da iluminação pública do município por iluminação LED;
XXI - Substituição da canalização das redes de esgoto do município, tanto da rede
central como de todos os bairros, aumentando também a espessura dos canos, devido o fato
de a atual rede não comportar o aumento da população de nosso município;
XXII - Atuar na manutenção das redes de esgoto e passeios do município através da
ampliação das equipes de manutenção;
XXIII - Fiscalização de limpeza nos passeios públicos;
XXIV - Revitalização da Av. João Correa, de forma acessível conforme critérios da Lei
da Acessibilidade;
XXV - Viabilizar a canalização do arroio Mauá separado do arroio Sapiranga;
XXVI - Viabilizar o alargamento do arroio Sapiranga da zona urbana até o Rio dos
Sinos;
XXVII - Criar lagoa de contenção do arroio Barão de Itararé e arroio Teutônio Vilela;
XXVIII - Viabilizar melhorias na rede pluvial nas proximidades do parque do imigrante;
XXIX - Instituir a cota de inundação (Cota 13) para evitar ocupações em áreas
alagáveis;
XXX - Viabilizar a construção da canalização do arroio, no trecho que inicia no
Residencial Ferrabraz, na Avenida 20 de Setembro e finaliza na Rua Major Bento Alves.

Subseção III - Do Uso do Solo

Art. 27 - O uso do solo urbano e rural se dará de forma eficiente e organizada e será
orientada pelas seguintes estratégias:

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I - Identificação e reconhecimento de vocações: A análise das características locais
fornecerá subsídios para melhor gestão do uso do solo, reforçando as características
positivas e preponderantes em detrimento daquelas maléficas ou sem efeito;
II - Diversificação: Através da diversificação de atividades nos bairros será possível
garantir melhor acesso aos serviços públicos, emprego, transporte, moradia, comércio e
lazer;
III - Desenvolvimento Econômico: O uso do solo utilizado como ferramenta de indução
do desenvolvimento econômico objetiva atuar no acesso ao emprego e a formação de renda;
IV - Patrimônio Histórico e Natural: O uso do solo deve respeitar e valorizar o
patrimônio histórico, cultural e natural, desenvolvendo regramentos específicos para os
imoveis e regiões afetados;
V - Planejamento Estratégico: O planejamento estratégico deve contemplar a gestão
dos bens públicos, priorizando a disponibilização de equipamentos públicos.

Art. 28 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Estabelecer os zoneamentos Residencial, Misto, Comercial e Industrial nos bairros
da cidade;
II - Estabelecer os zonamentos de Comerciais Estruturais nas ruas e avenidas que
compõe o sistema viário principal;
III - Restringir em altura as construções em até 3 metros e meio, do adensamento de
uma residência por módulo rural mínimo estabelecido pelo INCRA, restringindo ainda as
construções com relação a altura e condomínios verticais próximo ao contraforte, na Área de
Proteção Permanente do Morro Ferrabraz e região do campo de pouso;
IV - Criar regramento específico para as zonas e imóveis no entorno de bens de
interesse histórico e cultural, bem como nas regiões ambientalmente sensíveis;
V - Distribuir de forma igualitária os equipamentos públicos nos bairros, tais como
escolas, creches, unidades de saúde e outros;
VI - Promover o incentivo da atividade industrial, ampliando a oferta de terras;
VII - Delimitar regiões passíveis de transformação em Zonas Especiais de Interesse
Social, estabelecendo regramento específico;
VIII - Priorizar a ocupação dos vazios urbanos;
XIX - Criar regramento para construção e atividades na Zona Rural;
XX - Permitir o desenvolvimento da atividade industrial de alto impacto ambiental em
zoneamento diverso mediante comprovação de total controle e ausência de emissão ou
lançamento de poluentes.

Subseção IV - Do Parcelamento do Solo

Art. 29 - O parcelamento do solo urbano e rural será promovido de forma a garantir o


amplo acesso à terra, orientado pela legislação federal e estadual aplicável, pelas Normas
Técnicas relacionadas e pelas seguintes diretrizes:
I - Continuidade da malha urbana: Através da promoção da continuidade da malha
urbana, garantir a urbanização de forma integrada;
II - Atualização de legislação: A realização de atualização da legislação urbanística

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atuará de forma positiva na tramitação e desburocratização dos processos de licenciamento;
III - Infraestrutura integrada: A integração dos mais diversos serviços de infraestrutura
deve garantir melhor qualidade a urbanização.

Art. 30 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Promover a atualização da legislação urbanística de parcelamento de solo;
II - Incentivar a continuidade da malha urbana através dos múltiplos processos de
urbanização, preferencialmente seguindo um planejamento estratégico prévio;
III - Promover a padronização da infraestrutura urbana;
IV - Atuar na desburocratização do licenciamento dos processos de urbanização;
V - Regrar o parcelamento de solo rural;
VI - Localizar áreas institucionais preferencialmente afastadas de Áreas de
Preservação Permanente e Áreas de Risco.

Subseção V - Da Regularização Fundiária

Art. 31 - É instituída a Regularização Fundiária como principal instrumento da


qualificação e regularização de áreas irregularmente ocupadas, complementar as ações que
visam a garantia do direito a terra urbanizada, assumindo as seguintes diretrizes para sua
efetivação:
I - Regularização de próprios: A regularização dos próprios municipais deve garantir
ampliação do acessos aos serviços públicos e possibilitar acesso à terra urbanizada e
habitação com qualidade;
II - Regularização de passivos urbanísticos: A regularização de passivos urbanísticos
garante a obtenção do título para os moradores de áreas irregulares;
III - Regularização de ocupações: A regularização de ocupações será instrumento de
indução da melhoria da qualidade urbana e regularidade da malha urbana;
IV - Fiscalização: A intensa fiscalização como instrumento para coibir a proliferação de
novas invasões e ocupações irregulares.

Art. 32 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Regularizar áreas do município (áreas verdes, áreas institucionais e loteamentos e
sistema viário);
II - Promover a regularização de loteamentos consolidados em áreas invadidas ou sem
solução;
III - Promover loteamentos populares para assentamento de cidadãos, com vistas a
promover a regularização fundiária em ocupações consolidadas;
IV - Aprimorar a fiscalização para que não ocorram novas ocupações;
V - Prestar auxílio a famílias em vulnerabilidade social através do aluguel social;
VI - Fazer convênios com Associações e Cooperativas Habitacionais para auxiliar a
regularização de Loteamentos Irregulares.

Subseção VI - Das Edificações

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Art. 33 - As obras públicas e privadas no âmbito urbano e rural deverão possuir boa
qualidade e estabilidade, devendo sobretudo adotar as seguintes estratégias:
I - Arquitetura Bioclimática: A adoção de técnicas construtivas que contemplem
estratégias bioclimáticas tais como aproveitamento de água das chuvas, fachada verde,
painéis fotovoltaicos e outros colaboram para o equilíbrio da atividade humana;
II - Técnicas Construtivas Alternativas: A adoção de técnicas construtivas alternativas
como containers, steel frame, placas cimentícias, fechamentos em telha metalizada e outros
representam avanços na maneira de construir.

Art. 34 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Incentivar a construção de edificações que utilizem técnicas construtivas de
bioarquitetura, eficiência energética e sustentabilidade;
II - Atuar no regramento de edificações que utilizem técnicas e materiais construtivos
inovadores e não convencionais;
III - Revisar o código de edificações;
IV - Contemplar a diferenciação de índices de ventilação e iluminação de acordo com
as necessidades de cada uso diferente, observadas as leis e normas pertinentes;
V - Atuar na desburocratização do processo de aprovação e licenciamento de obras;
VI - Exigir segurança na prevenção de incêndio em edificações públicas e de uso
coletivo;
VII - Atuar na melhoria da qualidade das edificações usando como base as NBRS
aplicáveis.

Subseção VII - Da Acessibilidade

Art. 35 - É assegurado a todos o direito de acesso às edificações públicas e coletivas,


a livre circulação nas vias públicas, praças e espaços urbanísticos e a utilização dos
equipamentos urbanos, independente da sua necessidade, que deve ser garantido pelo
cumprimento das seguintes estratégias:
I - Acessibilidade Urbanística: A promoção de acessibilidade, de forma segura e efetiva,
ao meio urbano possui importante função na garantia do direito e liberdade de ir e vir a todo
e qualquer cidadão;
II - Acessibilidade Edilícia: A promoção de acessibilidade, de forma segura e efetiva, as
edificações públicas e coletivas possui importante função na garantia da inclusão e do
tratamento adequado a todo e qualquer cidadão;
III - Tecnologias Assistivas: O uso de tecnologias assistivas, sejam estas no urbanismo
ou nas edificações, assume papel complementar a promoção da acessibilidade, auxiliando
na qualidade de vida de todos os cidadãos;
IV - Educação Inclusiva: O desenvolvimento de atividades de educação inclusiva,
sejam elas no meio escolar ou voltada ao público adulto, é fundamental para garantir uma
sociedade integradora e socialmente justa.

Art. 36 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção

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se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Promover acessibilidade nos prédios públicos de acordo com a Lei Brasileira de
Inclusão e NBR 9050;
II - Promover e incentivar a padronização de passeios com acessibilidade de acordo
com a Lei Brasileira de Inclusão e NBR 9050;
III - Atuar no desenvolvimento e implementação de projetos de dispositivos de
tecnologia assistiva para uso de pessoas com necessidades especiais;
IV - Exigir acessibilidade de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão e NBR 9050 em
edificações coletivas, comerciais e industriais;
V - Promover eventos de educação inclusiva;
VI - Desenvolver educação inclusiva nas escolas;
VII - Garantir Acessibilidade nos modais de transporte público de massa.

Subseção VIII - Da Mobilidade Urbana

Art. 37 - É assegurada a qualificação e eficácia da Mobilidade Urbana, contemplando


todos os modais que a compõe, através pela efetivação das seguintes estratégias:
I - Plano de Mobilidade Urbana: A aplicação do Plano de Mobilidade Urbana como
principal vetor de resolução dos conflitos de mobilidade urbana;
II - Transporte Público: A qualificação do transporte público e a implantação de novos
modais como solução de redução do número de veículos nas vias;
III - Qualificação Viária: A qualificação do sistema viário como fator de organização da
mobilidade urbana e principal orientador do cidadão na malha urbana;
IV - Malha Viária: Promover o melhoramento da mobilidade urbana através da
conclusão de malhas viárias inacabadas, contemplando os mais diversos tipos de modais;
V - Paz no Trânsito: Redução de acidentes de trânsito através de campanhas e ações
eficazes e adoção de medidas restritivas capazes de coibir infrações de trânsito.

Art. 38 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na redução dos acidentes de trânsito;
II - Implementar campanhas de trânsito, assegurando ampla participação de crianças,
adultos e idosos;
III - Atuar na manutenção e ampliação da sinalização viária existente;
IV - Atuar na melhoria da qualidade do transporte público urbano e metropolitano;
V - Viabilizar a execução de um Terminal Centra de Ônibus circular;
VI - Intensificar a fiscalização de trânsito;
VII -Atuar na manutenção das paradas de ônibus existentes e instalar novas;
VIII - Aplicar o Plano de Mobilidade Urbana;
IX - Atuar na ampliação de ciclovias;
X - Atuar na padronização dos passeios e sinalização indicativa;
XI - Atuar na padronização da programação visual do comércio, pelo menos, no centro;
XII - Instituir Padrão Urbanístico de barreira em esquinas com desvio da faixa de
segurança;
XIII - Garantir Acessibilidade nas vias e passeios públicos;

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XIV - Realizar estudo de implantação de faixa exclusiva de transporte público;
XV - Atuar na melhoria do desempenho do sistema viário através do aumento da
capacidade, redução dos tempos de viagem e conflitos;
XVI - Promover investimentos em tecnologia para modernização dos equipamentos de
controle da operação dos tráfego;
XVII - Atuar na promoção da segurança viária;
XVIII - Atuar na implantação de dispositivos que diminuem a velocidade dos veículos,
em locais geradores de conflito;
XIX - Exigir apresentação de estudos de impacto para os empreendimentos
considerados polos geradores de tráfego, apresentando soluções e mitigações dos impactos
causados;
XX - Promover sinalização vertical, horizontal, e semafórica em locais de conflito,
conforme o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Vertical, estabelecido pelo
DENATRAN;
XXI - Viabilizar a conclusão do anel viário da Av. Mauá, bem como implantar
continuação da via após o cruzamento com a RS 239;
XXII - Viabilizar a execução da Avenida D nos bairros Fazenda Leão e Industrial,
transpondo a ERS 239 através de viaduto em nível;
XXIII - Viabilizar a execução da continuação da Av. Monte Castelo, permitindo conexão
ao bairro Vila Irma;
XXIV - Elaborar de plano de Gerenciamento de Cargas para área urbana;
XV - Viabilizar a execução da conclusão da Av. Antão de Farias, ligando a Continuidade
da Avenida Mauá;
XVI - Viabilizar a execução da conclusão da rua Elis Regina;
XXVII - Viabilizar a execução da conclusão do Travessão Ferrabraz;
XXVIII - Viabilizar a execução da Avenida Carlos Gilberto Weiss (Avenida A);
XXIX - Estabelecer diretrizes para viabilizar extensão da linha de trem até Sapiranga;
XXX - Implementar um Radar Móvel;
XXXI- Ampliação das calçadas, passeios e espaços de convivência, com a criação de
“parklets”;
XXXII - Viabilizar a continuação do Travessão Campo Bom até o encontro da Avenida
dos Flamingos.

Seção III - Das Diretrizes e Estratégias Econômicas

Subseção I - Da Indústria

Art. 39 - O desenvolvimento sustentável da atividade industrial será pautado no


cumprimento das seguintes estratégias:
I - Incentivo ao Desenvolvimento: A disponibilização de terra urbanizada e a concessão
de incentivos econômicos e fiscais, são instrumentos de fomento ao desenvolvimento
econômico com aumento de Produto Interno Bruto;
II - Estímulo ao emprego: A atração de novas empresas e o estímulo ao
desenvolvimento das empresas existentes são fatores fundamentais para a abertura de
novos postos de trabalho;

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III - Qualificação da Mão de Obra: A qualificação da mão de obra é condição
fundamental para o crescimento econômico e competitividade das industriais.

Art. 40 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na diminuição do índice de desemprego;
II - Promover o aumento do índice de mercado interno e exportações;
III - Promover a qualificação da mão de obra na área calçadista e outras áreas de
acordo com a demanda de mercado;
IV - Incentivar empresas estabelecidas no município;
V - Atuar no incremento do retorno de ICMS;
VI - Atuar na Ampliação e qualificação dos atendimentos no SINE;
VII - Incentivar a participação dos artesões, ambulantes e comerciantes do município
em exposições e feiras;
VIII - Apoiar e estimular a participação das empresas, em feiras e eventos regionais,
nacionais e internacionais, visando novos mercados;
IX - Viabilizar incentivo a instalação de empresas novas e expansão de empresas
existentes;
X - Atuar na agilização do processo de abertura de novas empresas;
XI - Atuar na viabilização de desburocratização do licenciamento de atividades
industriais e comerciais;
XII - Desenvolver políticas de crédito e microcrédito no município;
XIII - Atuar no desenvolvimento de políticas de fomento para as empresas MEIs, micro,
pequenas e média empresa no município;
XIV - Atuar no incremento da participação da indústria no PIB;
XV - Viabilizar a aquisição de uma área de terras destinada a implantação de um
parque tecnológico para incubadoras e disponibilização de área de terras destinada a distrito
industrial;
XVI - Atuar na busca de recursos e linhas de crédito público para investimento nas
áreas industriais do município.

Subseção II - Do Comércio

Art. 41 - O desenvolvimento sustentável a atividade comercial será pautado no


cumprimento das seguintes estratégias:
I - Estímulo ao Comércio Local: A realização de ações e planos de estímulo a atividade
comercial local como fator de crescimento econômico;
II - Feiras e Eventos: A promoção de feiras e eventos, bem como o incentivo a
participação de feiras e eventos fora do município possuem grande importância para o
incremento da atividade comercial;
III - Qualificação de Mão de Obra: A qualificação da mão de obra é condição
fundamental para o crescimento econômico e competitividade do comércio local;
IV - Diversificação de Atividades: O fortalecimento da atividade comercial da cidade
através da diversificação de atividades, fornecendo uma gama completa de produtos e
serviços.

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Art. 42 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na diminuição do índice de desemprego;
II - Estimular o comércio de produção de mercado interno;
III - Incentivar o comércio local;
IV - Promover o aumento do retorno de ICMS;
V - Incentivar a participação dos comerciantes e artesãos locais em feiras, eventos e
exposições;
VI - Promover a regularização dos MEIs;
VII - Ampliar atendimentos na Sala do Empreendedor;
VIII - Atuar no Fomento do crédito e microcrédito para MEIs;
IX - Atuar na ampliação e qualificação dos atendimentos no SINE;
X - Promover o Incremento da ocupação de hospedagens;
XI - Atuar na promoção da capacitação da mão de obra voltada ao comércio e
prestação de serviços;
XII - Viabilizar a implementação de grande feira comercial do comércio local;
XIII - Atuar na agilização do processo de abertura de novas empresas;
XIV - Atuar na viabilização de desburocratização do licenciamento de atividades
industriais e comerciais;
XV - Apoiar as iniciativas que fortaleçam o Associativismo e o Cooperativismo;
XVI - Desenvolver políticas de crédito e microcrédito no município;
XVII - Incentivar o comércio local, com promoções atrativas ao consumidor;
XVIII - Atuar no desenvolvimento de políticas de fomento para as empresas MEIs,
micro, pequenas e média empresa no município;
XIX - Incentivar a legalização de prestadores de serviços informais;
XX - Incentivar a criação de espaços “coworking”, centro de negócios (business
centers) e escritórios virtuais, buscando um processo mais célere e eficiente para a
instalação deste tipo de empresas.

Subseção III - Da Agricultura

Art. 43 - O desenvolvimento sustentável da atividade agrícola será pautado no


cumprimento das seguintes estratégias:
I - Plano Diretor Rural: A elaboração de diretrizes e ações específicas para cada região
da zona rural assumem relevante importância no desenvolvimento de um Plano Diretor Rural
capaz de desenvolver as mais diversas cadeias produtivas;
II - Infraestrutural Rural: Principal vetor de desenvolvimento das cadeias produtivas na
zona rural, a qualidade da infraestrutura básica torna-se fator fundamental para as atividades
rurais;
III - Qualificação Agropastoril: Através do investimento em qualificação da mão de obra
e das tecnologias nas atividades agrícolas e pastoris como indução de desenvolvimento da
economia rural;
IV - Diversificação produtiva: O fortalecimento da produção rural está relacionada a
diversificação da atividade produtiva, fornecendo uma cadeia completa de atividades

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produtivas.

Art. 44 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Incentivar a produção agrícola, a implantação de novos pomares, a piscicultura e o
consumo de orgânicos;
II - Viabilizar a implementação da Patrulha Mecanizada;
III - Desenvolver programa de incentivo a diversificação da produção agrícola;
IV - Desenvolver programas de hortas domésticas escolares e comunitárias;
V - Desenvolver programa de imunização do rebanho;
VI - Atuar no apoio as agroindústrias existentes e incentivar a legalização de novas;
VII - Desenvolver programa de Mecanização Agrícola;
VIII - Desenvolver o Turismo Rural - Programa caminhos do progresso;
IX - Desenvolver programa de saneamento rural;
X - Desenvolver programa de incentivo a produção de rosas;
XI - Desenvolver programa de solução para o reforço de rede elétrica no meio rural;
XII - Desenvolver Programa bonificação ao agricultor;
XIII - Instituir o Plano Diretor Rural;
XIV - Viabilizar a possibilidade de realizar a Feira Municipal do Agricultor nos bairros;
XV - Revitalizar a Assistência Técnica aos produtores Rurais;
XVI - Instituir o ensino voltado a valorização e a produção agrícolas nas escolas da
zona Rural;
XVII - Viabilizar a construção de uma edificação multi-uso na zona rural norte da
cidade, com espaços para feira na colônia, eventos, farmácia, consultórios médicos e
dentários, sanitários e uma área de convivência externa;
XVIII - Priorizar a aquisição da produção dos Agricultores ou da Cooperativa rural, para
a merenda Escolar da rede de ensino de nosso Município.

Subseção IV - Do Turismo

Art. 45 - A atividade turística no âmbito urbano e rural será desenvolvida de forma a


valorizar a cultura local, o patrimônio histórico e as belezas naturais, pautado no
cumprimento das seguintes estratégias:
I - Voo Livre e Ferrabraz: O fortalecimento da cultura do voo livre e da visitação as
belezas das paisagens do Morro Ferrabraz são fatores de divulgação da atividade turística,
dentre outras, e atração de público;
II - Turismo Rural: O desenvolvimento do Turismo Rural em parceria com moradores
da Zona Rural como atrativo de turistas e divulgação das belezas naturais e cultura típica
local;
III - Festas e Eventos: A realização de festas e eventos com ampla divulgação a fim de
atrair tanto o público local quanto o público externo a cidade, gerando empregos e renda;
IV - Cultura Local: A valorização da cultura local, urbana e rural, a implementação de
pontos turísticos e o desenvolvimento da cultura histórica, artística, gastronômica assumem
importante papel no desenvolvimento turístico da cidade.

Art. 46 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção

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se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Viabilizar a regularização da posse das áreas do Ferrabraz;
II - Viabilizar a possibilidade de Implementação de Parcerias Público Privadas para
exploração turística do Morro Ferrabraz;
III - Elaborar projetos para captação de recursos para implementação de infraestrutura
turística no Morro Ferrabraz;
IV - Elaborar projetos para captação de recursos para sinalização viária turística;
V - Elaborar projetos para captação de recursos para Centro de Atendimento ao Turista;
VI - Atuar na revitalização e manutenção de espaços turísticos;
VII - Viabilizar elaboração de plano paisagístico visando o embelezamento e a
conservação dos eixos turísticos do município;
VIII - Promover a divulgação do potencial turístico da cidade;
IX - Participar de feiras e eventos divulgando o turismo da cidade;
X - Criar um souvenir identificador da cidade;
XI - Instituir o Dia do Turismo - 27 de setembro;
XII - Elaborar Plano de Desenvolvimento Estratégico;
XIII - Elaborar projeto e captação de recursos para construção de uma Concha
Acústica no Parque do Imigrante;
XIV - Fomentar a organização de roteiros de Turismo Rural;
XV - Incentivar a realização de campeonatos de Voo Livre a nível Estadual, Nacional e
Internacional;
XVI - Atuar na manutenção da realização, e organização de novas de atividades
festivas como: Festa das Rosas, Festa de Emancipação, Festa do Dia do Trabalhador,
Escolha da Corte da Festa das Rosas, Natal das Rosas, Acampamento Farroupilha e
Carnaval, bem como Festa da Colônia, valorizando assim, todas as etnias;
XVII - Criar o fundo municipal de turismo de Sapiranga;
XVIII - Desenvolver guia turístico com mapa contendo os serviços oferecidos pelo
município;
XIX - Consolidar junto ao INPI o cadastro da marca Caminhos de Jacobina, atuando na
reestruturação do roteiro Turístico Caminhos de Jacobina;
XX - Listar e cadastrar junto à SETEL toda propriedade em área rural ou com
características rurais que desenvolvam atividades turísticas. Coletar dados visando compor
um cenário atual do turismo desenvolvido no meio rural em Sapiranga. Esse cenário auxiliará
nas aços futuras do Governo do Estado do RS;
XXI - Desenvolver estratégias de divulgação do Turismo do município;
XXII - Viabilizar a instalação de um receptivo turístico para atendimento ao turista;
XXIII - Viabilizar a construção de um memorial em homenagem aos Muckers;
XXIV - Viabilizar a acessibilidade na escadaria de acesso junto à cruz da Jacobina;
XXV - Viabilizar a construção de uma concha acústica no Parque Municipal do
Imigrante de Sapiranga;
XXVI - Viabilizar o fomento e valorização do turismo municipal junto às escolas de
Ensino Fundamental do Município;
XXVII - Desenvolver roteiros que explotem as propriedades rurais do município;
XXVIII - Viabilizar a construção de um horto de rosas na cidade;
XXIX - Instituir o Plano Municipal de Desenvolvimento do Turismo de Sapiranga;

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XXX - Criar um parque de rodeios com infraestrutura para realização de torneios de
laço, sediar shows, abrigar um restaurante, espaço para acampamentos com banheiros;
XXXI - Realizar estudo de viabilidade para posterior revitalização da Orla do Rio dos
Sinos junto a Prainha Dourada, tornando-a um local mais agradável para a visitação e para o
turismo;
XXXII - Viabilizar a acessibilidade e inclusão como um todo, aos recursos turísticos no
Município de Sapiranga.

Seção IV - Das Diretrizes e Estratégias Administrativas e Políticas

Subseção I - Da Administração Pública

Art. 47 - A administração pública atuará nas diversas esferas do serviço público de


forma imparcial, objetivando o bem comum, operacionalizado pelo cumprimento das
seguintes estratégias:
I - Estrutura Administrativa: A constante atualização da estrutura administrativa, física e
pessoal, e o investimento em equipamentos e melhorias, com acessibilidade, como
estratégia de garantia de atendimento eficiente e humano;
II - Manutenção e Embelezamento: A manutenção e embelezamento dos espaços
públicos como investimento necessário a garantia de uma cidade inclusiva e socialmente
equilibrada;
III - Participação Cidadã: A realização da gestão pública com a participação dos
cidadãos através de conselhos, consultas populares, audiências públicas e outras formas de
participação;
IV - Equidade e Justiça Social: A promoção de justiça social e tributária como garantida
de tratamento com equidade a todo e qualquer cidadão.

Art. 48 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na manutenção da Junta Militar;
II - Viabilizar a ampliação do Centro Administrativo;
III - Atuar na manutenção e aprimoramento do PROCON;
IV - Investir em equipamentos e softwares para melhor desenvolvimento de projetos,
fiscalização e mapeamento na Secretaria de Planejamento;
V - Adquirir um Vant para mapeamento e fiscalização;
VI - Firmar convênio com o CREA, CAU e CRBio;
VII - Investir na renovação e manutenção da frota de veículos;
VIII - Instituir nova Planta de Valores;
IX - Viabilizar a instituição do ITBI online;
X - Promover a Justiça tributaria;
XI - Promover a capacitação continuada de funcionários;
XII - Realizar estudo de reforma ou substituição das redes pluviais, fluviais e de
esgotos cloacais do município;
XIII - Contratar fiscal para a secretaria de obras;
XIV - Contratar técnicos na área da arquitetura e engenharia para atuação junto as

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secretarias de saúde, educação e obras;
XV - Implementar aplicativos de tecnologia da informação para gestão da cidade,
criando indicadores e norteadores para as mais diversas demandas e incentivando a
participação e cultura cidadã.

Subseção II - Dos Equipamentos Urbanos

Art. 49 - Os equipamentos urbanos são estruturas de fundamental importância ao


desenvolvimento das atividades da Administração Pública, devendo ter qualidade e bom uso,
operacionalizado pelo cumprimento das seguintes estratégias:
I - Manutenção Preventiva e Corretiva: A realização de manutenções corretivas dos
equipamentos públicos já existentes como solução para os atuais problemas e a realização
de manutenções preventivas para evitar futuros danos;
II - Ampliação de Estrutura: A construção de novos equipamentos urbanos como
suporte para o atual atendimento, garantindo o acesso aos mais diversos serviços públicos
ao alcance de todo o cidadão.

Art. 50 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na manutenção e melhorias nos cemitérios e capelas mortuárias;
II - Exigir a manutenção do terminal rodoviário intermunicipal;
III - Viabilizar nova Casa Abrigo de menores;
IV - Viabilizar novas instalações para a Biblioteca Municipal com centro cultural;
V - Instituir e aplicar um plano de manutenção continuada nas edificações públicas;
VI - Investir na adequação de espaços para as secretarias da administração pública.

Subseção III - Da Defesa Civil

Art. 51 - A prevenção e suporte aos flagelos naturais e sociais é de competência da


Defesa Civil, que tem seu desenvolvimento estruturado pelo cumprimento das seguintes
estratégias:
I - Flagelos Sociais e Auxilio a vítimas: O constante atendimento a vítimas de
catástrofes naturais com qualidade, ofertando infraestrutura adequada para solução de
problemas e conflitos;
II - Redução de Flagelos: Redução de flagelos sociais decorrentes de catástrofes e
outros infortúnios através da realização de obras e ações pontuais.

Art. 52 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Investir na capacitação continuada;
II - Atuar na prevenção de catástrofes públicas através da orientação dos cidadãos e
mapeamento das áreas de risco;
III - Aprimorar o atendimento a remoção de cidadãos que requerem atenção especial.

Subseção IV - Da Segurança Pública

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Art. 53 - A garantia da manutenção da ordem e da segurança pública será alcançada


através do desenvolvimento das seguintes estratégias:
I - Cidade Vigiada: Coibir o desenvolvimento de atividades criminosas através de rede
de monitoramento nos principais pontos de movimento e de periculosidade da cidade;
II - Patrulhamento: O reforço no patrulhamento urbano e rural como ferramenta de
coibir a atividade criminosa nos bairros e na zona rural, aproximando a polícia do cidadão;
III - Atendimento a vítimas: O atendimento as vítimas da violência é ferramenta
importante para atuação em segurança estratégica;
IV - Rotas de Segurança: A análise das rotas de fuga da cidade e adoção de ações
capazes de coibir planos de assalto, garantindo maior segurança aos cidadãos;
V - Plano Diretor de Segurança: O desenvolvimento de um Plano Diretor de Segurança
Pública capaz de direcionar ações e garantir segurança a todos os cidadãos;
VI - Reestruturação da Guarda Municipal de Trânsito: A Guarda Municipal de Trânsito
terá, através de estudos e modificação das respectivas Leis, a ampliação de suas
atribuições, reestruturando suas atividades e passando a desenvolver atividades de "Guarda
Municipal", auxiliando a Brigada Militar e a Polícia Civil na segurança do Município, através
da utilização de armamento (precedida de treinamentos e exames psicológicos dos
servidores) e de aumento de efetivo;
VII - Patrulha Maria da Penha: Realização de visitas periódicas às residências de
mulheres em situação de violência doméstica e familiar, para verificar o cumprimento das
medidas protetivas de urgência e reprimir eventuais atos de violência;
VIII - Polícia Comunitária: ações de policiamento ostensivo (Polícia Militar) e
investigativo (Polícia Civil) e contando com a parceria da comunidade na busca de soluções
criativas para a solucionar seus problemas;
IX - Balada Segura: Realizar, de forma contínua, as ações de fiscalização e de
educação, em especial o combate à alcoolemia no trânsito, em locais e horários de maior
incidência de acidentabilidade;
X - PROERD: O desenvolvimento de atividades educacionais em sala de aula pelo
policial militar devidamente capacitado.

Art. 54 - A operacionalização e funcionamento das estratégias que trata esta subseção


se dará através do cumprimento das seguintes diretrizes:
I - Atuar na Implementação de câmeras de vigilância;
II - Contribuir na manutenção da Brigada Militar e Polícia Civil;
III - Instituir um Plano de Segurança Pública;
IV - Aprimorar o atendimento a mulheres vítimas de violência;
V - Ampliar a atuação da Guarda Municipal de Trânsito, reestruturando-a e tornando-a
Guarda Municipal e lhe garantindo, através da utilização de armas de fogo e treinamento
adequado, os meios para auxiliar no reforço da segurança do município;
VI - Firmar convênios com o Estado;
VII - Fornecimento de bolsa auxílio aos policiais efetivos, lotados e residentes neste
município.

CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

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Art. 55 - A realização das estratégias de que trata esta Lei, bem como suas Leis Com-
plementares, terá aporte dos instrumentos contidos neste Capítulo.

Seção I - Dos instrumentos de Planejamento Nacional e Regional

Art. 56 - São reconhecidos os planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do


território e de desenvolvimento econômico e social, bem como o planejamento da região me-
tropolitana, a conurbação do Vale do Sinos e as interações das microrregiões.

§ 1º - Quando da edição de leis, alterações ou revogações de que trata o caput deste


artigo, deverão ser promovidas as revisões ou alterações nesta Lei e em suas
Complementares, quando necessárias.

§ 2° - As alterações nesta Lei e suas complementares que sejam determinadas por le-
gislação federal ou estadual e não demandem de opinião popular poderão exceptuar o rito
de tramitação estabelecido nas Disposições Finais.

Seção II - Dos instrumentos de Planejamento de Governo

Art. 57 - O planejamento da gestão administrativa do governo fará uso dos


instrumentos contidos nesta Seção.

Subseção I - Do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias

Art. 58 - O Plano Plurianual (PPA) definirá a aplicação e captação dos recursos orça-
mentários da administração, planejados para um período de quatro anos.

Art. 59 - O conteúdo mínimo do Plano Plurianual (PPA) será elaborado em sintonia


com as diretrizes dispostas nesta Lei, podendo conter ações e investimentos adicionais.

Art. 60 - A Lei de Diretrizes Orçamentárias (Orçamento Anual) será elaborada em


observância ao Plano Plurianual e deverá estar em sintonia com esta Lei.

Art. 60-A - Ampliação e aplicação de diretrizes de política tributária visando aumento


de receita própria a serem descritas na LDO de cada ano.

Subseção II - Do orçamento Participativo

Art. 61 - É garantida a participação social na aplicação de recursos através do Orça-


mento Participativo.

Parágrafo Único - A regulamentação do Orçamento Participativo se dará através da


edição de lei específica, em concordância com as diretrizes estabelecidas pelas leis federais
e estaduais incidentes.

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Subseção III - Dos Planos, Programas e Projetos Setoriais

Art. 62 - Serão adotados, complementarmente as estratégias constantes nesta Lei,


planos, programas e projetos, a medida da disponibilidade orçamentária, de iniciativa popular
ou pública, objetivando melhoria da qualidade de vida, garantindo o mais amplo direto à
cidade, regulamentados por Lei específica.

Parágrafo Único - A determinação da necessidade e de ordem de prioridade das


ações estabelecidas no caput deste artigo ocorrerá mediante consulta popular simples,
acompanhada da justificativa técnica, devendo para tanto regulamentar a ação em lei
específica.

Subseção IV - Dos planos de Desenvolvimento Econômico e Social

Art. 63 - Serão adotados, complementarmente e em harmonia com as estratégias


constantes nesta Lei, Planos de Desenvolvimento Econômico e Social, determinados por Lei
específica, objetivando o desenvolvimento de áreas ou regiões específicas.

Parágrafo Único - Os Planos de Desenvolvimento Econômico e Social de que trata


este artigo serão elaborados com a participação popular e deverão ser aprovados pelo
segmento ou população diretamente afetada.

Art. 63-A - Manter e ampliar o Programa de Educação Fiscal nas escolas e junto à
comunidade, com o fim de evitar a evasão de receitas e contribuir para o surgimento de
cidadãos mais conscientes de deveres tributários e fiscais.

Art. 63-B - Instituir e cobrar todos os tributos de competência do município com o fim
de fazer frente às despesas previstas e necessárias em cada seção do plano diretor.

Seção III - Dos Institutos de Planejamento Político e Territorial

Art. 64 - Serão adotados, complementarmente às Diretrizes e Estratégias Espaciais e


Ambientais, os instrumentos contidos nesta Seção.

Subseção I - Dos Instrumentos do Planejamento Espacial

Art. 65 - O Parcelamento do solo urbano e rural será regulamentado por Lei específica
e complementar ao Plano Diretor, baseado nas estratégias e diretrizes estabelecidas na
Subseção IV da Seção II do Capítulo I desta Lei, devendo ser regulamentado em prazo
inferior a seis meses após a promulgação desta.

Art. 66 - O Uso e Ocupação do Solo urbano será regulamentado por Lei específica e
complementar ao Plano Diretor, baseado nas estratégias e diretrizes estabelecidas na

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Subseção III da Seção II do Capítulo I desta Lei, devendo ser regulamentado em prazo
inferior a seis meses após a promulgação desta.
Art. 67 - O Uso e Ocupação do Solo rural será regulamentado por Lei específica e
complementar ao Plano Diretor, baseado nas estratégias e diretrizes estabelecidas na
Subseção III da Seção III do Capítulo I desta lei, devendo ser regulamentado em prazo
inferior a seis meses após a promulgação desta.

Art. 68 - As edificações públicas e particulares situadas na zona urbana e rural


obedecerão ao estabelecido pelo Código de Edificações, que será regulamentado através de
Lei específica e complementar ao Plano Diretor, baseado nas estratégias e diretrizes
estabelecidas na Subseção VI da Seção II do Capítulo I desta Lei, devendo ser
regulamentado em prazo inferior a seis meses após a promulgação desta.

Subseção II - Dos Instrumentos Ambientais

Art. 69 - É instituído o Plano Diretor Ambiental, baseado nas estratégias e diretrizes


estabelecidas na subseção I da Seção II do Capítulo I desta Lei, devendo ser regulamentado
através de Lei específica e complementar, em prazo inferior a dezoito meses após a
promulgação desta.

§ 1º - O conteúdo mínimo do Plano Diretor Ambiental, além do estabelecido pelo caput


deste artigo, deverá conter:
a) Mapeamento das Áreas de Preservação Permanente, Áreas de Risco, Áreas
Ambientalmente Sensíveis, Áreas Degradas, Áreas Preservadas, Áreas em Alto Grau de
Conservação, Áreas de Interesse Ambiental, Paisagístico, Histórico, Público e áreas sujeitas
a recuperação;
b) Patrimônio Paisagístico;
c) Zoneamento Ambiental, em conformidade com a realidade local e em observância as
Leis Federais e Estaduais relacionadas;
d) Determinação de usos incentivados, permitidos e proibidos;
e) Áreas Produtivas;
f) Plano de Recuperação;
g) Unidades de Conservação.

§ 2° - As determinações constantes na Lei alvo do caput deste artigo promoverão


alterações nas demais leis complementares, quando incidente.

Subseção III - Dos Instrumentos Administrativos

Art. 70 - É instituída a Limitação Administrativa como instrumento de indução da


correta função social da terra, regulamentado em conjunto com a Lei específica de uso e
ocupação do solo.

§ 1º - Lei que trate do uso e ocupação do solo deverá determinar as condições, zonas
de aplicação e período de vigência do instituto alvo deste artigo.

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§ 2° - Classifica-se a Limitação Administrativa:


a) Positiva: Quando o proprietário é obrigado a fazer algo em sua propriedade;
b) Negativa: Quando o proprietário é obrigado a não fazer algo em sua propriedade;
c) Permissiva: Quando o proprietário é obrigado a permitir que se faça algo em sua
propriedade.

§ 3º - Será averbada a margem da matrícula do imóvel afetado a instituição da Limita-


ção Administrativa e suas condições.

Art. 71 - É instituída a Servidão Administrativa como instrumento de indução a realiza-


ção de obras essenciais aos melhoramentos urbanos que atendam ao interesse público.

§ 1° - A instituição de que trata este artigo deverá ser precedida de Decreto de Utilidade
Pública, indicando a real necessidade da intervenção.

§ 2° - A Servidão Administrativa será instituída mediante celebração de contrato, nos


casos de mutuo acordo, ou por decisão judicial, quando em caso de desacordo entre Poder
Público e proprietário.

§ 3° - Nos casos de comprovado dano ocasionado pelas intervenções promovidas no


imóvel, poderá incidir indenização ao proprietário.

§ 4º - Será averbada a margem da matrícula do imóvel afetado a instituição da


Servidão Administrativa e suas características.

Art. 72 - É instituída a Desapropriação como instrumento de indução administrativa


com objetivo de melhor adequação a correta função social da terra.

Parágrafo Único - A instituição de que trata este artigo deverá ser precedida de
Decreto de Utilidade Pública, indicando a real necessidade de propriedade do imóvel, e
prévia indenização.

Art. 73 - É instituído o Tombamento como instrumento de conservação do patrimônio


histórico, cultural, ambiental, paisagístico e urbanístico, além das outras medidas protetivas
prévias, que será regulamentado em conjunto com as respectivas Leis específicas.

§ 1° - Precede ao Tombamento estudo prévio e inscrição do bem, costume, paisagem


ou espécie em inventário prévio.

§ 2º - A responsabilidade pela conservação do bem, paisagem ou espécie independe


da condição de inscrição em inventário ou efetivação de Tombamento, sendo suportada pelo
proprietário ou a quem responsável for, devidamente cientificado.

§ 3º - A condição de inscrito em inventário ou Tombado não fará jus a indenização.

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Subseção IV - Dos Instrumentos da Política Fundiária

Art. 74 - É instituída a Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) como instrumento de


viabilização da Regularização Fundiária e da urbanização com finalidade de produção de
habitações de interesse social.

§ 1° - É requisito preliminar para habilitação de área ou região, para instituição de Zona


Especial de Interesse Social (ZEIS), a aprovação pelo Conselho Setorial de Uso e Ocupação
do Solo, de Estudo de Viabilidade Urbanística, devidamente acompanhado de justificativa
técnica.

§ 2º - Lei específica que institua Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) deverá
conter, ao menos:
a) O objetivo da proposta;
b) O público-alvo da proposta;
c) A delimitação da área;
d) Os índices urbanísticos;
e) As permissões e vedações de uso;
f) O regime urbanístico de áreas públicas e privadas.

§ 3º - As edificações incidentes na Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) devem


atender integralmente ao Código de Edificações e ao Código Civil.

Art. 75 - É reconhecida a Concessão de Direito Real de Uso como instrumento de pro-


moção da Regularização Fundiária.

Art. 76 - É reconhecido o direito, a título gratuito, a Concessão de Uso Especial para


Fins de Moradia, individual ou coletiva, para todos aqueles que, anterior a 30 de julho de
2001, utilizaram bem público em zona urbana, como moradia própria ou familiar há, pelo me-
nos, cinco anos.

Parágrafo Único - O direito que trata o caput deste artigo somente poderá ser exercido
por aquele que comprovar as seguintes condições cumulativamente:
a) Posse mínima de cinco anos;
b) Não ser proprietário, possuidor ou cessionário de outro imóvel urbano ou rural;
c) Não ter utilizado o imóvel para fim diverso que residência própria;
d) Lote urbano com área inferior a 250,00m² quando se tratar de Concessão Especial
para Fins de Moradia individual;
e) Lote urbano com área superior a 250,00m² quando se tratar de Concessão Especial
para Fins de Moradia coletiva, quando for impossível a formação de lotes individuais.

Art. 77 - É reconhecido o Usucapião Especial de Imóvel Urbano, regulamentado pela


Lei 10.2578/2001, como instrumento de indução da Regularização Fundiária.

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Art. 78 - Precede a Regularização Fundiária a Demarcação Urbanística para fins de
Regularização Fundiária, assumindo ao regulamentado pela Lei 13.465/2017 e suas
complementares ou substituta, devendo ser instituída por lei específica que conterá, ao
menos:
a) Estudo técnico que contemple os aspectos urbanísticos, econômicos, ambientais e
sociais;
b) Levantamento Planialtimétrico da área;
c) Levantamento Cadastral da área.

Art. 79 - É instituída a Regularização Fundiária como principal instrumento de garantia


ao direito a moradia, assumindo ao regulamentado pela Lei 13.465/2017 e suas complemen-
tares ou substituta.

Parágrafo Único - Lei específica e complementar regulamentará, em prazo não superi-


or a um ano da promulgação desta Lei, o Plano Diretor de Regularização Fundiária.

Art. 80 - Fica instituída a Assistência Técnica e Jurídica gratuita para comunidades e


grupos sociais menos favorecidos, nos termos da Lei 11.888/2008.

Art. 81 - Fica instituída a Legitimação Fundiária como instrumento de indução da


regularização fundiária, em áreas públicas ou particulares, através da aquisição do direito
real de propriedade, desde que atendidas as seguintes condições:
a) Tratar-se de área de terras cuja ocupação esteja consolidada até a data de 22 de
dezembro de 2016;
b) Tratar-se de ocupação de difícil ou impossível reversão, considerando o tempo de
ocupação, a natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a presença de
equipamentos públicos;
c) Tratar-se de ocupação classificada como Reurb-S ou Reurb-E, conforme artigo 13
da Lei 13.465/2017.

Parágrafo Único - O instrumento instituído pelo caput deste artigo será regulamentado
por lei específica.

Art. 82 - Fica instituída a Legitimação de Posse como instrumento de indução da


regularização fundiária, em áreas exclusivamente particulares, através do reconhecimento da
posse sobre propriedade ocupada por loteamento irregular, desde que satisfeitos os
requisitos de usucapião estabelecidos na legislação vigente, desde que não esteja em
processo de regularização pelo proprietário.

§ 1º - O instrumento instituído pelo caput deste artigo será regulamentado por lei espe-
cífica.

§ 2° - O título de Legitimação de Posse que trata este artigo poderá ser cancelado a
qualquer momento pelo Poder Executivo caso constatado que as condições estipuladas em
lei deixaram de ser satisfeitas, não incidindo indenização àquele que irregularmente se

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beneficiou do instrumento.

Subseção V - Dos Instrumentos de Desenvolvimento Urbanísticos

Art. 83 - Complementarmente ao Planejamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do


Solo, serão adotados os instrumentos de indução ao desenvolvimento urbano constantes
nesta subseção.

Art. 84 - O solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado incidente em


regiões de desenvolvimento e ocupação incentivados, previamente demarcados, serão alvo
da aplicação do instrumento de Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório, nos
termos da Lei 10.257/2001.

§ 1° - Lei específica e complementar ao Plano Diretor vinculada ao uso e ocupação do


solo, demarcará as regiões as quais será aplicado o instrumento que trata o caput deste
artigo.

§ 2° - As notificações aos proprietários dos imóveis que trata a Lei 10.257/2001 serão
expedidas em até 60 dias contados da promulgação da respectiva Lei Complementar.

§ 3° - Impende averbação da incidência do instrumento instituído no caput deste artigo


a margem da matrícula do Ofício de Registro de Imóveis do imóvel afetado.

§ 4º - Será promovida a baixa da averbação que trata o parágrafo anterior aos imóveis
que através da aprovação de projeto e início efetivo das obras ou desenvolvimento de
atividades comprovarem utilidade e cumprimento de função conforme determina o Plano
Diretor e suas Leis complementares.

Art. 85 - É instituído a Progressão de IPTU em imóveis alvo do instrumento de Parcela-


mento, Uso e Ocupação Compulsório e que em prazo não inferior a ano e dia permanecerem
com a condição de não edificação, subutilização ou não utilização, nos termos da Lei
10.257/2001.

§ 1° - A progressão de que trata o caput deste artigo obedecera a seguinte proporção:


a) 1º Ano - 3%;
b) 2º Ano - 6%;
c) 3° Ano - 9%;
d) 4º Ano - 12%;
e) 5º Ano - 15%.

§ 2º - A progressão de que trata o caput deste artigo sessará caso os imóveis, que atra-
vés da aprovação de projeto e início efetivo das obras ou desenvolvimento de atividades,
comprovarem utilidade e cumprimento de função conforme determina o Plano Diretor e suas
Leis Complementares.

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§ 3° - Passado o prazo de cinco anos após o início da progressão que trata o caput
deste artigo e não havendo comprovação de início de obras ou desenvolvimento de
atividades, será mantida a alíquota máxima da progressão, nos termos do § 1° deste artigo.

§ 4º - É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas a tributação


progressiva que trata este artigo.

Art. 86 - Passado o prazo de cinco anos após o início da progressão que trata o artigo
85 desta Lei e não havendo comprovação de início de obras ou desenvolvimento de
atividades, poderá o Município proceder à desapropriação do imóvel com pagamento em
títulos da dívida pública, nos termos da Lei 10.257/2001.

Art. 87 - Lei específica e complementar ao Plano Diretor demarcará os imóveis os


quais o Município exercerá direito de Preempção, nos termos da Lei 10.257/2001.

Art. 88 - É instituído o instrumento da Outorga Onerosa, aplicável ao direito de


construir ou ao uso, como instrumento de indução ao desenvolvimento de regiões
previamente demarcadas por Lei específica e complementar ao Plano Diretor.

§ 1º - A aplicação do instrumento que trata este artigo pode se dar através de venda di-
reta ou através de leilão público.

§ 2° - O recursos captados através da aplicação do instrumento que trata este artigo


serão destinados ao Fundo de Urbanismo para aplicação conforme dispõe a Lei
10.257/2001.

§ 3° - A consolidação da aquisição do direito a construção através do uso do


instrumento alvo deste artigo se dará através da averbação da condição a margem da
matrícula do imóvel afetado.

Art. 89 - É instituído o instrumento da Transferência do Direito de Construir como


instrumento de indução a preservação do patrimônio histórico, cultural, ambiental e
paisagístico.

§ 1º - Lei específica e complementar ao Plano Diretor demarcará os imóveis passiveis


de venda de índices urbanísticos.

§ 2° - Lei específica e complementar ao Plano Diretor demarcará as regiões passíveis


de compra de índices urbanísticos.

§ 3° - A condição de compra e venda de índice urbanístico será consolidada através da


respectiva averbação das condições pactuadas à margem da matrícula dos imóveis
afetados, condicionada a apresentação da respectiva guia quitada de Imposto de
Transferência de Bens Imóveis (ITBI).

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Art. 90 - Lei específica e complementar ao Plano Diretor regulamentará o instrumento
das Operações Urbanas Consorciadas, nos termos da Lei 10.257/2001.
§ 1º - A realização de Operação Urbana consorciada impende da participação social no
processo.

§ 2° - O instrumento alvo deste artigo poderá contemplar modalidades interfederativas.

Art. 91 - É reconhecido o Direito de Superfície nos termos da Lei 10.406/1988 e da Lei


10.527/2001.

Seção IV - Dos Institutos Financeiros e Tributários

Art. 92 - É reconhecido o instituto da Contribuição de melhoria, nos termos da


legislação tributária vigente, como instrumento de indução ao desenvolvimento urbano.

Parágrafo Único - A arrecadação de que trata o caput deste artigo será destinada a
obras de melhoramentos urbanos, devendo ser recolhida ao Fundo de Urbanismo.

Art. 93 - É reconhecido o instituto do Imposto Predial e Territorial - IPTU, nos termos da


legislação tributária vigente.

Art. 94 - São instituídos os Incentivos e Benefícios Fiscais e Financeiros como instru-


mentos de indução ao desenvolvimento econômico e social, regulamentados através de lei
específica e complementar ao Plano Diretor.

Seção V - Dos Estudos Prévios

Art. 95 - É reconhecido o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto


de Meio Ambiente (RIMA), regulamentados através de Lei específica, como instrumentos de
verificação prévia, assumindo seus resultados e diretrizes como oficiais, considerados em
todo e qualquer processo de licenciamento.

Art. 96 - É instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) como instrumento de


verificação dos impactos urbanísticos, sociais e ambientais ao entorno do empreendimento
ou uso, assumindo seus resultados e diretrizes como oficiais, considerados em todo e
qualquer processo de licenciamento.

Parágrafo Único - O Estudo que trata este artigo será regulamentado através de lei
específica e complementar ao Plano Diretor, em prazo não superior a 90 dias.

Art. 97 - É instituído o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) como instrumento de


verificação da viabilidade de implantação do empreendimento ou uso, assumindo seus
resultados e diretrizes como oficiais, considerados em todo e qualquer processo de
licenciamento.

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Parágrafo Único - O Estudo que trata este artigo será regulamentado através de lei
específica e complementar ao Plano Diretor, em prazo não superior a 90 dias.
DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I - Da Participação Popular

Art. 98 - A gestão, fiscalização e controle da aplicação do Plano Diretor será operacio-


nalizada garantindo a participação social a través dos conselhos e comissões instituídos
nesta Seção.

Subseção I - Do Conselho da Cidade

Art. 99 - É instituído o Conselho Municipal da Cidade.

Art. 100 - O Conselho Municipal da Cidade será paritário, obedecendo a seguinte pro-
porção:
a) Membros do Poder Executivo - 4 pessoas;
b) Membros de Movimentos Populares - 3 pessoas;
c) Membros de Entidades Empresariais - 1 Pessoa;
d) Membros de Entidades de Trabalhadores - 1 Pessoa;
e) Membros de Entidades Profissionais e Acadêmicas - 1 Pessoa;
f) Membros de Organizações Não Governamentais - 1 Pessoa.

Art. 101 - São atribuições do Conselho Municipal da Cidade:


a) Deliberar a respeito da gestão do Plano Diretor;
b) Analisar e aprovar a aplicação de recursos através do Plano Plurianual e da Lei de
Di- retrizes Orçamentárias;
c) Deliberar a respeito da aprovação da legislação complementar ao Plano Diretor;
d) Realizar a Conferência Municipal da Cidade e a Conferência Municipal do Plano
Diretor;
e) Revisar o Plano Diretor;
f) Acompanhar a aplicação do Plano Diretor através da Comissão de Fiscalização
e Controle;
g) Encaminhar denúncia dos atos contrários ao Plano Diretor a Procuradoria-Geral do
Município.

Parágrafo Único - O Conselho da Cidade não se manifestará quanto a assuntos de


consulta e deliberação de competência dos Conselhos Setoriais.

Art. 102 - Os membros do Conselho da Cidade serão eleitos na Conferência Municipal


da Cidade, exceto aqueles pertencentes ao Poder Executivo que serão indicados pela Admi-
nistração.

Art. 103 - O Conselho da Cidade será regulamentado em prazo não superior a 30 dias.

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Parágrafo Único - Os membros do Conselho da Cidade serão indicados
provisoriamente pela Administração, durando seu cargo até a realização da Conferência da
Cidade.

Subseção II - Dos Conselhos Setoriais

Art. 104 - São instituídos os conselhos setoriais, auxiliares ao Conselho da Cidade,


com autonomia para consulta e deliberação a respeito dos assuntos relacionados a sua área.

§ 1º - São reconhecidos os Conselhos:


a) Conselho Municipal de Assistência Social;
b) Conselho Municipal de Habitação;
c) Conselho Municipal de Saúde;
d) Conselho Municipal de Educação;
e) Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Sapiranga;
f) Conselho Municipal de Trânsito;
g) Conselho Municipal de Segurança Pública;
h) Conselho Municipal de Meio Ambiente;
i ) Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural;
j) Conselho Municipal de Cultural;
k) Conselho Municipal de Turismo;
m) Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

§ 2° - Lei específica e complementar ao Plano Diretor instituirá os conselhos:


a) Conselho Municipal de Uso e Ocupação do solo e Edificações;
b) Conselho Municipal de Parcelamento de Solo e Regularização Fundiária;
c) Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico.

Subseção III - Da Fiscalização e Controle

Art. 105 - É instituída a Comissão de Fiscalização e Controle como auxiliar ao


Conselho da Cidade, composta da seguinte forma:
a) Um membro do Pode Executivo;
b) Um membro de entidade comercial da cidade;
c) Um membro de entidade social da cidade.

Art. 106 - São atribuições da Comissão de Fiscalização e Controle:


a) Fiscalizar e controlar a implementação e aplicação do Plano Diretor;
b) Fiscalizar e controlar atuação dos Conselhos Setoriais;
c) Encaminhar ao Conselho da Cidade os casos de transgressão ao Plano Diretor;
d) Recomendar ações necessárias ao ajuste de implementação e aplicação do Plano
Diretor;
e) Fiscalizar e controlar a elaboração, aprovação e implementação de legislação
complementar ao Plano Diretor.

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Seção II - Das Sanções


Art. 107 - É considerada infração toda ação contrária ao estabelecido nesta Lei e na
legislação a esta correlata, compreendidas como:
I - implantar obra, parcelamento do solo ou edificações sem prévia aprovação e ou
licenciamento do Poder Executivo Municipal;
II - implantar obra, parcelamento do solo ou edificações em desacordo com o projeto
aprovado e as diretrizes fornecidas pelo Poder Executivo Municipal;
III - instalar atividades e realizar serviços sem licenciamento do Poder Executivo
Municipal;
IV - instalar atividades consideradas poluidoras em relação ao nível de ruído,
incômodo produzido, emissão e lançamento de poluentes e desenvolvimento de atividades
em desacordo com o zoneamento.

Art. 108 - Serão aplicadas as seguintes sanções aos infratores do estabelecido por
esta Lei, observado o disposto no artigo antecedente:
I - advertência: aplicada pela inobservância ao disposto nesta Lei e suas leis
correlatas, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas
neste artigo;
II - multa simples: será aplicada sempre que o agente constatar que o infrator, por
negligência ou dolo:
a) advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no
prazo assinalado por órgão municipal competente;
b) opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do Município.
III - multa diária: será aplicada sempre que a ato da infração se prolongar no tempo;
IV - embargo de obra: aplicada quando da constatação da execução de obra não
licenciada;
V - demolição de obra: obrigação de remover obra não licenciada após transcorrido
prazo para regularização ou em casos de invasão ou impossibilidade de regularização;
VI - suspensão parcial ou total de atividades: interdição de atividade não licenciada até
seu perfeito licenciamento.

§ 1º - Caso o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, serão


aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

§ 2º - As sanções indicadas nos incisos IV a VI do caput serão aplicadas quando a


obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou
regulamentares.

§ 3º - Compete aos Fiscais de Obras e Posturas, no ato da constatação, lavrar auto de


infração, efetuar a emissão da respectiva multa e instaurar processo administrativo
relacionado ao caput deste artigo.

§ 4º - Mediante constatação de infração ou omissão a presente Lei, poderá qualquer


cidadão efetuar representação junto à autoridade municipal, que exercerá seu poder de

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polícia nos termos do § 1º deste artigo.

Art. 109 - Mediante processo administrativo próprio, assegurando o direito de ampla


defesa e o contraditório, serão apuradas as infrações e omissões, observadas as
disposições desta Lei, observados os seguintes prazos:
a) 15 (quinze) dias para apresentação de defesa ou impugnação contra o auto de
infração, contados da data da ciência da autuação;
b) 30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da
data do efetivo recebimento da defesa;
c) 15 (quinze) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da
data de recebimento da notificação de resultado final de julgamento do processo
administrativo.

Art. 110 - Serão aplicadas as seguintes sanções restritivas de direito ao proprietário e


responsável técnico, reincidente em infrações estabelecidas por esta Lei, mediante
instauração de processo administrativo próprio:
I - suspensão de registro, licença ou autorização;
II - cancelamento de registro, licença ou autorização;
III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;
IV - proibição de contratar com a Administração Pública Municipal, pelo período de até
três anos.

Parágrafo Único - O enquadramento que trata o caput deste artigo será procedido
pela autoridade competente, que a fará de acordo com o número de reincidência, a
gravidade do fato, o prejuízo ou risco causado a segurança e saúde da sociedade e do meio
ambiente, bem como da motivação e gravidade do ato praticado.

Art. 111 - Sem prejuízo das demais sanções impostas, os valores arrecadados em
pagamento de multas por infração serão revertidos ao Fundo Municipal de Urbanismo,
obedecendo a seguinte proporção:
I - Execução de obra até 100,00m² sem o devido licenciamento ou em desacordo com
o projeto aprovado - R$5.000,00;
II - Execução de obra de 100,01m² a 500,00m² sem o devido licenciamento ou em
desacordo com o projeto aprovado - R$50,00/m²;
III - Execução de parcelamento de solo sem o devido licenciamento ou em desacordo
com o projeto urbanístico aprovado - R$1,00/m²;
IV - Executar ou instalar atividade sem o devido licenciamento, bem como desenvolver
atividades incompatíveis com o zoneamento o qual o imóvel está localizado, ou ainda que
nocivas a saúde, meio ambiente ou que gerem desconforto ou incômodo - R$5.000,00.

Art. 112 - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos municipais


responsáveis pelo controle e fiscalização desta Lei ficam autorizados a celebrar, por uma
única vez, com força de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas

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físicas ou jurídicas responsáveis por infrações aos preceitos desta Lei.

§ 1º - O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á,


exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam
promover as necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências
impostas pelas autoridades municipais competentes, sendo obrigatório que o respectivo
instrumento disponha sobre:
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos
representantes legais, quando houver;
II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das
obrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três
anos, com possibilidade de prorrogação por igual período;
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o
cronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com metas
trimestrais a serem atingidas;
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e
os casos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas;
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do
investimento previsto;
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.

§ 2º - Da data da protocolização do requerimento pertinente pelo infrator e enquanto


perdurar a vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em
relação aos fatos que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções
administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado.

§ 3º - A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a


execução de eventuais multas aplicadas antes da protocolização do requerimento.

§ 4º - Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando


descumpridas quaisquer de suas cláusulas, ressalva do o caso fortuito ou de força maior.

§ 5º - O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da


protocolização do requerimento.

§ 6º - O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as infor-


mações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferi-
mento.

Art. 113 - Incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei 10.257/2001, o


servidor ou administrador que comprovadamente subverter, transgredir ou deixar de cumprir
ao estabelecido por esta Lei.

Art. 114 - Serão passíveis de compensação, sem prejuízo das demais sanções impos-
tas por legislação específica e por esta Lei, os atos desconformes ao licenciamento ou

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legislação urbanística que incorrerem em prejuízo ou dano ao meio ambiente, ao urbanismo
ou a sociedade.
Parágrafo Único - A compensação de que trata o caput deste artigo será prestada na
mesma proporção do dano causado, devendo ocorrer na mesma área ou região de
ocorrência do fato gerador.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Seção I - Da Implementação

Subseção I - Das Revogações

Art. 115 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Lei Municipal


nº4805/2011 e suas alterações.

Art. 116 - Revogam-se as disposições relativas aos Conselhos não reconhecidos por
esta Lei.

Subseção II - Do Período de Transição

Art. 117 - Assumem-se, a opção do proprietário de imóvel ou atividade, os índices e


definições urbanísticas constantes na Lei Municipal nº 4805/2011 pelo período de um ano,
aplicável aos casos de regularização de edificação ou uso.

Art. 118 - Serão assumidos, até a aprovação de Lei Complementar de Uso e Ocupação
de Solo e Edificações, os índices e definições urbanísticas constantes na Lei Municipal
nº4805/2011 e as definições de edificações constantes na Lei Municipal nº 4938/2012.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Seção I - Alterações e Revisões

Art. 119 - As alterações da presente Lei somente poderão ocorrer através da


comprovada participação popular no processo.

Parágrafo Único - O processo de alteração será composto das seguintes etapas:


1) Justificativa Técnica;
2) Apreciação e parecer favorável do Conselho Setorial ao qual pertence o tema;
3) Apreciação e parecer favorável do Conselho da Cidade;
4) Audiência Pública de apresentação e aprovação da alteração proposta;
5) Apreciação e aprovação da alteração pela Câmara de Vereadores;
6) Sanção do Prefeito Municipal.

Art. 120 - A revisão da presente Lei ocorrerá em prazo não superior a 10 anos,
devendo contar com a comprovada participação popular no processo.

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Parágrafo Único - O processo de revisão será composto das seguintes etapas:


1) Elaboração de diagnóstico da cidade;
2) Realização de Audiências Públicas nas mais diversas regiões da cidade para
acolhi- mento de dados e demandas;
3) Realização de Audiência Pública para apresentação do diagnóstico e demandas
da cidade;
4) Elaboração de proposições de planejamento e atendimento das demandas;
5) Aprovação das proposições, por área, pelos conselhos setoriais;
6) Apresentação, discussão e aprovação das proposições em Conferência Municipal;
7) Aprovação das proposições pelo Conselho da Cidade;
8) Aprovação da proposta de revisão pela Câmara de Vereadores;
9) Sanção do Prefeito Municipal.

Art. 121 - As empresas detentoras de atividades anteriormente licenciadas e com


alvará ativo na promulgação desta Lei exercerão o direito de permanecer com as atividades
já licenciadas no endereço que se encontram.

Seção II - Vigência

Art. 122 - Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Lei Municipal


nº4805, de 30 de agosto de 2011, e suas alterações posteriores.

Art. 123 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Prefeita Municipal de Sapiranga, 18 de abril de 2019.

CORINHA BEATRIS ORNES MOLLING


Prefeita Municipal
Registre-se e Publique-se:

CARINA PATRICIA NATH CORRÊA

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