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MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO

E TRANSPORTE
AULA 9 – MECANISMOS DE TRANSLAÇÃO

PROF.: KAIO DUTRA


Mecanismos de Translação
◦ Estes mecanismos são responsáveis pela
locomoção do equipamento em trabalho, e
podem ser classificados em mecanismos de
translação para mover carrinhos e guindastes
sobre trilhos de rolamento e mecanismos
para guindastes sem trilhos, com pneus de
borracha ou esteiras.

Prof.: Kaio Dutra


Mecanismos de Translação
Sobre Trilhos
◦ Nestes mecanismos, o equipamento está
instalação e locomove-se ao longo de trilhos.
◦ Independentemente do projeto, qualquer
mecanismo de translação de um carrinho reúne
os seguintes elementos:
◦ Acionamento (motor ou polia de manobra num
acionamento a mão);
◦ Transmissão entre arvores, motora e movida, das
rodas do carrinho;
◦ Rodas de translação sobre os trilhos de rolamento;
◦ Estrutura do carrinho, acomodando os mecanismos
de translação e de elevação.

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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Resistência ao Movimento
◦ Se designarmos como W a resistência ao movimento numa direção
horizontal a qual deve ser vencida pelo carrinho carregado (a resistência
atuando na circunferência das rodas de translação), então o momento de
resistência em relação ao eixo da roda pode ser dado por:
𝑑 𝑊 𝜇𝑑+2𝑘
◦ 𝑊𝑅 = 𝑄 + 𝐺0 𝜇 + 𝑄 + 𝐺0 𝑘 ∴ =
2 𝑄+𝐺0 𝐷
◦ Onde:
◦ Q – Peso da carga;
◦ G0 – Peso do carrinho;
◦ d – diâmetro do mancal da roda;
◦ D e R – Diâmetro e raio da roda;
◦ 𝜇 – coeficiente de atrito dos mancais;
◦ k – coeficiente de atrito de rolamento.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Resistência ao Movimento
◦É conveniente designar o temo W/(Q+G0) de R, onde este representa
o coeficiente de resistência ao movimento ou fator de tração,
normalmente dado em Kg/toneladas, ou seja, Kg de resistência ao
movimento por tonelada de peso do conjunto. No caso geral, o fator
de tração R é a relação das forças nocivas de resistência pelo peso
da carga movida:
𝑊 𝜇𝑑+2𝑘
◦R = =
𝑄+𝐺0 𝐷

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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Resistência ao Movimento
◦ O coeficiente de atrito 𝜇 nos, mancais das
rodas, tem os seguintes valores médios: 0,1
para mancais de deslizamento; 0,01 para
mancais de rolamento de esfera e de rolos.
O coeficiente k pode ser admitido como
0,05cm. Então aplicando 𝜇=0,1 e k=0,05, o
favor de tração em Kgf por tonelada movida
é:
𝜇𝑑+2𝑘 0,1∙𝑑+2∙0,05 1000
◦R =
𝐷
= 𝐷
◦ Para vários valores de D e d é possível
formar o gráfico ao lado.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Resistência ao Movimento
◦ Os valores dos fatores de tração levam em conta somente as forças de
atrito nos mancais e a resistência ao rolamento.
◦ Todavia, o movimento do carrinho está associado, ainda, com outra
resistência adicional, devido ao atrito entre os flanges das rodas e os
trilhos. Ele depende, em alto grau, do estado dos trilhos de rolamento e
pode ser, aproximadamente, levado em conta por um coeficiente B.
Portanto, a formula final para determinar a resistência será:
◦ W = 𝐵 ∙ 𝑅 ∙ (𝑄 + 𝐺0)
◦ Os seguintes valores de B podem ser recomendados: 1,25 – 1,4, se as
rodas correm sobre mancais de rolamento e 2,5-5,2, para mancais de
deslizamento.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Resistência ao Movimento
◦Um outra forma de determinar o fator de resistência R, é usando
tabelas, como a mostrada abaixo:

◦Nesta tabela o R é adimensional e não é necessário a utilização do


fator B.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Acionamento à Motor Elétrico
◦O cálculo da potência do motor elétrico
pode ser feito com a seguinte equação:
𝑊𝑣
◦ 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =
𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
◦Onde:
◦ v – velocidade de translado do equipamento;
◦ 𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 – Rendimento total (considerando-se o
motor e o redutor 𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙= 𝜂𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 ∙ 𝜂𝑟𝑒𝑑 )

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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Acionamento à Motor Elétrico
◦A potência do redutor pode ser
determinada por:
◦ 𝑃𝑟𝑒𝑑 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝜂𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
◦A relação de transmissão do redutor é
dado por:
𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑤𝑠𝑟𝑒𝑑
◦𝑖= =
𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑤𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
◦ Onde a rotação da saída (wsred) pode ser calculada
por:
𝑣
◦ 𝑤𝑠𝑟𝑒𝑑 =
𝜋𝐷

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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Sistema de Translação
◦O sistema de translação pode ser movido
por um ou mais motores.
◦O esquema da figura o mostra um
sistema movido por apenas um motor. As
rodas diretamente ligadas ao
acionamento são denominadas rodas
motrizes e as não ligadas são
denominadas rodas movidas. Nestes
casos são necessários logos eixos que
ligam o redutor as rodas motrizes.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Sistema de Translação
◦ O esquema da figura mostra uma ponte
rolante com acionamento por dois
motores, neste caso cada motor está
ligado diretamente a uma roda motriz
responsável pelo translado da estrutura
completa. Neste caso a força de
resistência ao movimento está dividida
para os dois motores.
◦ É possível observar que o sistema de
translado do carrinho ( mecanismo e
elevação) é composto por apenas um
motor ligado diretamente a duas rodas
motrizes.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Trilhos de Rolamento
◦Os trilhos são os guias por onde vão
transladas as rodas motrizes e
movidas. Existem perfis especiais para
trilhos, mas alguns perfis estruturas
tipo I, H e T podem ser usados para
esta finalidade.
◦A figura ao lado mostra um
mecanismo transladando em vigas I.

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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos
Rodas de Translação
◦ Rodas que se deslocam nas abas
inferiores inclinadas das vigas I são
sempre montadas aos pares; para uma
posição vertical, elas são feitas com uma
face cônica de rolamento para ajustar-se
ao ângulo de inclinação das abas (14%).
◦ Rodas dentadas de translação são, em
geral, montadas livremente sobre eixos
presos às placas laterais de um carrinho
e rodam sobre buchas de bronze ou
mancais de rolamento.

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Mecanismos de Translação Sem Trilhos
Mecanismos de Esteiras
◦Mecanismos de esteiras são
usados em guindastes móveis e
em vários carregadores. As
esteiras possuem maior área de
contato com o solo, dando mais
estabilidade ao guindastes que
pode operar nos mais diversos
tipos de terreno, alguns destes
guindastes dispensam o uso de
estabilizadores (patolas).
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Mecanismos de Translação Sem Trilhos
Mecanismos de Esteiras
◦A esteira é formada por uma
corrente montada nas sapatas, a
corrente, que é articulada em
seus pinos, é guiada por roletes e
uma roda guia e movida pela roda
motriz no equipamento.
◦Quando a corrente se move, seus
rolos inferiores rodam sobre ele,
que funciona como um trilho
contínuo de translação.
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Mecanismos de Translação Sem Trilhos
Mecanismos de Rodas de Borracha
◦ Os equipamento de elevação
montados em pneus possuem a
grande vantagem de locomoção
em grandes distância e a
elevadas velocidades, o que não
é possível com esteiras. No
entanto, os equipamento com
rodas não possuem grande
estabilidade, não adaptando-se a
qualquer tipo de terreno e
necessitando quase que sempre
do uso de estabilizadores.
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Mecanismos de Translação Sem Trilhos
Mecanismos de Rodas de Borracha
◦ O uso de pneus sem câmara e com baixas
pressões é constante. A resistência que
aparece durante o movimento do guindaste
com rodas de borracha pode ser
determinado pela seguinte fórmula:
◦ 𝑊 = 𝐺(R ∙ cos 𝛼 ± sin 𝛼)
◦ Onde:
◦ G – peso do guindaste;
◦ 𝛼 – gradiente do terreno; o sinal positivo é para
subida e o negativo para descida.
◦ O valor de R pode ser obtido por tabela, como ao
lado.
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Exemplo 1
◦ Determine a potência do motor de translado do
carrinho e da estrutura completa para a ponte
rolante mostrada na figura ao lado. Sua
capacidade de carga é de 15t, o carrinho pesa 1,2t
e a estrutura pesa 2,6t. Adote uma velocidade de
translado do carrinho de 30m/min e uma
velocidade de translado da ponte de 60m/min.
Determine o fator de redução do redutor para um
motor selecionado com uma rotação de 1730rpm.
◦ Adote rodas movidas iguais a motoras com
diâmetro externo de 300mm e interno de 60mm.

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