Mecanismos de Translação ◦ Estes mecanismos são responsáveis pela locomoção do equipamento em trabalho, e podem ser classificados em mecanismos de translação para mover carrinhos e guindastes sobre trilhos de rolamento e mecanismos para guindastes sem trilhos, com pneus de borracha ou esteiras.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos ◦ Nestes mecanismos, o equipamento está instalação e locomove-se ao longo de trilhos. ◦ Independentemente do projeto, qualquer mecanismo de translação de um carrinho reúne os seguintes elementos: ◦ Acionamento (motor ou polia de manobra num acionamento a mão); ◦ Transmissão entre arvores, motora e movida, das rodas do carrinho; ◦ Rodas de translação sobre os trilhos de rolamento; ◦ Estrutura do carrinho, acomodando os mecanismos de translação e de elevação.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Resistência ao Movimento ◦ Se designarmos como W a resistência ao movimento numa direção horizontal a qual deve ser vencida pelo carrinho carregado (a resistência atuando na circunferência das rodas de translação), então o momento de resistência em relação ao eixo da roda pode ser dado por: 𝑑 𝑊 𝜇𝑑+2𝑘 ◦ 𝑊𝑅 = 𝑄 + 𝐺0 𝜇 + 𝑄 + 𝐺0 𝑘 ∴ = 2 𝑄+𝐺0 𝐷 ◦ Onde: ◦ Q – Peso da carga; ◦ G0 – Peso do carrinho; ◦ d – diâmetro do mancal da roda; ◦ D e R – Diâmetro e raio da roda; ◦ 𝜇 – coeficiente de atrito dos mancais; ◦ k – coeficiente de atrito de rolamento. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Resistência ao Movimento ◦É conveniente designar o temo W/(Q+G0) de R, onde este representa o coeficiente de resistência ao movimento ou fator de tração, normalmente dado em Kg/toneladas, ou seja, Kg de resistência ao movimento por tonelada de peso do conjunto. No caso geral, o fator de tração R é a relação das forças nocivas de resistência pelo peso da carga movida: 𝑊 𝜇𝑑+2𝑘 ◦R = = 𝑄+𝐺0 𝐷
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Resistência ao Movimento ◦ O coeficiente de atrito 𝜇 nos, mancais das rodas, tem os seguintes valores médios: 0,1 para mancais de deslizamento; 0,01 para mancais de rolamento de esfera e de rolos. O coeficiente k pode ser admitido como 0,05cm. Então aplicando 𝜇=0,1 e k=0,05, o favor de tração em Kgf por tonelada movida é: 𝜇𝑑+2𝑘 0,1∙𝑑+2∙0,05 1000 ◦R = 𝐷 = 𝐷 ◦ Para vários valores de D e d é possível formar o gráfico ao lado. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Resistência ao Movimento ◦ Os valores dos fatores de tração levam em conta somente as forças de atrito nos mancais e a resistência ao rolamento. ◦ Todavia, o movimento do carrinho está associado, ainda, com outra resistência adicional, devido ao atrito entre os flanges das rodas e os trilhos. Ele depende, em alto grau, do estado dos trilhos de rolamento e pode ser, aproximadamente, levado em conta por um coeficiente B. Portanto, a formula final para determinar a resistência será: ◦ W = 𝐵 ∙ 𝑅 ∙ (𝑄 + 𝐺0) ◦ Os seguintes valores de B podem ser recomendados: 1,25 – 1,4, se as rodas correm sobre mancais de rolamento e 2,5-5,2, para mancais de deslizamento. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Resistência ao Movimento ◦Um outra forma de determinar o fator de resistência R, é usando tabelas, como a mostrada abaixo:
◦Nesta tabela o R é adimensional e não é necessário a utilização do
fator B. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Acionamento à Motor Elétrico ◦O cálculo da potência do motor elétrico pode ser feito com a seguinte equação: 𝑊𝑣 ◦ 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ◦Onde: ◦ v – velocidade de translado do equipamento; ◦ 𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 – Rendimento total (considerando-se o motor e o redutor 𝜂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙= 𝜂𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 ∙ 𝜂𝑟𝑒𝑑 )
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Acionamento à Motor Elétrico ◦A potência do redutor pode ser determinada por: ◦ 𝑃𝑟𝑒𝑑 = 𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝜂𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 ◦A relação de transmissão do redutor é dado por: 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑤𝑠𝑟𝑒𝑑 ◦𝑖= = 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑤𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 ◦ Onde a rotação da saída (wsred) pode ser calculada por: 𝑣 ◦ 𝑤𝑠𝑟𝑒𝑑 = 𝜋𝐷
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Sistema de Translação ◦O sistema de translação pode ser movido por um ou mais motores. ◦O esquema da figura o mostra um sistema movido por apenas um motor. As rodas diretamente ligadas ao acionamento são denominadas rodas motrizes e as não ligadas são denominadas rodas movidas. Nestes casos são necessários logos eixos que ligam o redutor as rodas motrizes. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Sistema de Translação ◦ O esquema da figura mostra uma ponte rolante com acionamento por dois motores, neste caso cada motor está ligado diretamente a uma roda motriz responsável pelo translado da estrutura completa. Neste caso a força de resistência ao movimento está dividida para os dois motores. ◦ É possível observar que o sistema de translado do carrinho ( mecanismo e elevação) é composto por apenas um motor ligado diretamente a duas rodas motrizes. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Trilhos de Rolamento ◦Os trilhos são os guias por onde vão transladas as rodas motrizes e movidas. Existem perfis especiais para trilhos, mas alguns perfis estruturas tipo I, H e T podem ser usados para esta finalidade. ◦A figura ao lado mostra um mecanismo transladando em vigas I.
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Mecanismos de Translação Sobre Trilhos Rodas de Translação ◦ Rodas que se deslocam nas abas inferiores inclinadas das vigas I são sempre montadas aos pares; para uma posição vertical, elas são feitas com uma face cônica de rolamento para ajustar-se ao ângulo de inclinação das abas (14%). ◦ Rodas dentadas de translação são, em geral, montadas livremente sobre eixos presos às placas laterais de um carrinho e rodam sobre buchas de bronze ou mancais de rolamento.
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Mecanismos de Translação Sem Trilhos Mecanismos de Esteiras ◦Mecanismos de esteiras são usados em guindastes móveis e em vários carregadores. As esteiras possuem maior área de contato com o solo, dando mais estabilidade ao guindastes que pode operar nos mais diversos tipos de terreno, alguns destes guindastes dispensam o uso de estabilizadores (patolas). Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sem Trilhos Mecanismos de Esteiras ◦A esteira é formada por uma corrente montada nas sapatas, a corrente, que é articulada em seus pinos, é guiada por roletes e uma roda guia e movida pela roda motriz no equipamento. ◦Quando a corrente se move, seus rolos inferiores rodam sobre ele, que funciona como um trilho contínuo de translação. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sem Trilhos Mecanismos de Rodas de Borracha ◦ Os equipamento de elevação montados em pneus possuem a grande vantagem de locomoção em grandes distância e a elevadas velocidades, o que não é possível com esteiras. No entanto, os equipamento com rodas não possuem grande estabilidade, não adaptando-se a qualquer tipo de terreno e necessitando quase que sempre do uso de estabilizadores. Prof.: Kaio Dutra Mecanismos de Translação Sem Trilhos Mecanismos de Rodas de Borracha ◦ O uso de pneus sem câmara e com baixas pressões é constante. A resistência que aparece durante o movimento do guindaste com rodas de borracha pode ser determinado pela seguinte fórmula: ◦ 𝑊 = 𝐺(R ∙ cos 𝛼 ± sin 𝛼) ◦ Onde: ◦ G – peso do guindaste; ◦ 𝛼 – gradiente do terreno; o sinal positivo é para subida e o negativo para descida. ◦ O valor de R pode ser obtido por tabela, como ao lado. Prof.: Kaio Dutra Exemplo 1 ◦ Determine a potência do motor de translado do carrinho e da estrutura completa para a ponte rolante mostrada na figura ao lado. Sua capacidade de carga é de 15t, o carrinho pesa 1,2t e a estrutura pesa 2,6t. Adote uma velocidade de translado do carrinho de 30m/min e uma velocidade de translado da ponte de 60m/min. Determine o fator de redução do redutor para um motor selecionado com uma rotação de 1730rpm. ◦ Adote rodas movidas iguais a motoras com diâmetro externo de 300mm e interno de 60mm.