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Resumo: O presente artigo tem por finalidade levar o educador/a repensar as suas
práticas educacionais utilizando jogos e brincadeiras para que o ensino e
aprendizagem sejam significativos ao/a educando/a. A metodologia utilizada foi a
pesquisa bibliográfica, na qual haja uma argumentação eficiente respaldado por
teorias especializadas. A ludicidade na educação infantil tem se tornado cada vez
mais um dos instrumentos que fomentam um ensino aprendizado de qualidade para
o/a educando/a, promovendo o desenvolvimento de várias habilidades fundamentais
durante o processo de crescimento do/a mesmo/a. Considera-se então, que o trabalho
com o lúdico, é necessário ao desenvolvimento integral do/a educando/a.
INTRODUÇÃO
Diante de vários temas foi feito a escolha deste, pois é de grande relevância na
vida do/a educando/a e educador/a. Observar como uma criança em idade escolar
aprende expressivamente utilizando jogos e brincadeiras e perceber que ao assimilar
tal atividade de forma divertido e agradável, são ao mesmo tempo desafios ainda
presentes na prática educacional.
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Acadêmica do 8º Período de Pedagogia na FAP (Faculdade de Pimenta Bueno – RO). e-mail:
eliriabdeoliveira@hotmail.com
2 Mestre em Educação e Linguagem, especialista em Metodologia de Ensino e Educação Brasileira; e
2.CONTEXTO HISTÓRICO
Diante de relatos existentes Kishimoto (2003), relata que na Grécia antiga e em Roma
já havia o uso de atividades lúdicas como jogos educativos para que as crianças tivessem
maior desempenho diante das atividades sugeridas a elas. E no século XIX o ensino de
línguas é enfatizado pelo desenvolvimento comercial e pela ampliação dos meios de
comunicação e aparecem, assim, os jogos para o ensino de línguas vivas de forma lúdica.
Desta maneira Kishimoto (2002), fala da importância do jogo e da brincadeira
na educação, na antiguidade já se destacava, os filósofos como Platão e Aristóteles,
e posteriormente Quintiliano, Montaigne e Rousseau, que já defendiam essa pratica
de ensino, em sua época, pois o papel do jogo e da brincadeira na educação é de
extrema relevância. Destacou-se também como grande defensor das atividades
lúdicas São Tomás de Aquino, que, no século XIII, defendia o brincar como necessário
para o desenvolvimento humano. No entanto a autora ressalva que Fröebel (1913),
que fora o precursor da escola infantil, ou seja, por ser o criador do jardim da infância,
com ele o lúdico passou a fazer parte do currículo de educação infantil. E a partir da
década de cinquenta do século XX, começou a surgir vários estudos sobre o jogo e
brincadeira como ferramenta auxiliadora da aprendizagem.
Kishimoto (2002) ressalta ainda que os jogos foram transferidos de geração em
geração por meio de sua pratica, permanecendo na memória infantil. E que através
da tradição e da universalidade dos jogos são observados que os povos, antigos da
Grécia e do Oriente, já brincaram de amarelinha, empinar pipas e jogar pedrinhas.
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Pois bem os jogos tradicionais infantis são tipo livre, espontâneo, no qual a criança
brinca pelo prazer de brincar.
Kishimoto (2002) fala sobre as percepções froebelianas na educação, do
homem e da sociedade, pois estão intimamente vinculadas ao brincar.
Dessa maneira, a autora mostra que, enquanto o/a educando/a está fazendo
uma atividade lúdica a tal brincando estará aprendendo várias coisas durante a
execução dela. Com essa ferramenta a favor do educador ele pode levar seu/sua
educanda/o a vivenciar várias experiências diferentes e obter resultados excelentes
utilizando a ludicidade.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. No
dicionário escolar da Academia Brasileira de Letras (2001), traz o significado de
Lúdico como: “[...] que se refere a jogos, brinquedos e divertimentos: o aspecto lúdico
da aprendizagem. ”
Durante o desenvolvimento da palavra "lúdico" no aspecto educacional, não
parou apenas nas suas origens. O lúdico passou a ser reconhecido como algo
essencial para o auxílio do desenvolvimento e comportamento humano. Deste modo
a definição deixou de ser uma simples brincadeira ou jogo. Pois os resultados do uso
da ludicidade excedem os alcances do brincar instintivo.
Brincadeira, de acordo com o dicionário Aurélio Júnior (2011); “divertimento,
sobretudo entre crianças”. E o jogo “brinquedo, folguedo, divertimento”, ou seja,
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brincar é algo muito presente nas nossas vidas, e para a criança a brincadeira e os
jogos faz parte de sua realidade de vida.
A importância do lúdico para, Vygotsky:
É na atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento
do mundo adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de
uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar
(…). Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com
algumas ações o significado de alguns objetos”. (VYGOTSKY, 1991,
p.122).
Santos (2002, p.41) afirma que, “[...] a ludicidade é uma necessidade do ser
humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. ” Muitos/as
educadores/as ainda não dão a real importância do “brincar”, pois isso facilita no
desenvolvimento pessoal, social e cultural do aluno. O/a educador/a precisa
compreender que para o/a educando/a, o lúdico é um facilitado no processo de
aprendizagem.
Wajskop (2009, p. 32) afirma que "Do ponto de vista do desenvolvimento do/a
educando/a, a brincadeira traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas." Portanto
Wajskop vê o uso do lúdico como algo de extrema relevância no aprendizado do aluno.
Pois quando o/a educador/a faz uso de maneira adequada pode levar o/a educando/a
a se apropriar do conteúdo com mais prazer e de forma que faça sentido para a ela.
É mostrar várias formas ou ferramentas para que eles possam escolher seus
caminhos. Até que os mesmos escolham um caminho compatível com seus valores,
sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.
Nessa perspectiva, segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p. 30):
isso auxiliara na boa formação infantil nos aspectos emocional, intelectivo social e
físico.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso, Novas Maneiras de Ensinar - Novas formas de Aprender. Rio
de Janeiro: Artmed, 2002.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/96. Brasília: DF,
1996.
CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que
brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedos, desafios e descobertas. Petrópolis, RJ:
ed. Vozes, 2005.
DORNELLES. Leni Vieira. Na escola infantil todo mundo Brinca se você Brinca. In
Carmen Craidy, Gládis E. Kaercher. Educação Infantil, Pra que te quero? Org. –
Porto Alegre: ed. Artmed 2001.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes,
Petrópolis, 2002.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes
Editora Ltda., 1998.
______. Psicologia Pedagógica/ L. S. V Vygotski : tradução do russo e introdução
de Paulo Bezerra. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.