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Caso concreto 1

Conforme estatuto da Corte Internacional de Justiça, em seu artigo 38, diz:

“A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias


que lhe forem submetidas, aplicará:

a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras


expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;

c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;

d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas
mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das
regras de direito. ”

Sendo assim, a afirmação está correta. As principais fontes de Direito Internacional são
as Convenções, que também podem ser denominadas de tratados, acordos ou pactos e são
elaborados com a presença de todos os Estados, seguido depois pelos costumes
internacionais e pelos princípios gerais dos direitos.

Doutrina

GUSMÃO, Paulo Dourado. Introdução ao estudo do direito. 34ªed. Rio de Janeiro:


Forense, 2004, 104.

“Fontes formais são os meios ou as formas (lei, costume, decreto etc.) pelos quais a
matéria (econômica, moral, técnica etc.), que não jurídica, mas que necessita de disciplina
jurídica transforma-se em jurídica”

Jurisprudência

Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: AgR


RE 0296402-35.2015.8.19.0001 RJ - RIO DE JANEIRO 0296402-35.2015.8.19.0001.

“A aplicação da teoria aos casos não envolve maior complexidade. Em relação à


situação do ARE 766.618/SP, que discute a incidência de regras de prescrição, já há,
inclusive, precedente da Corte. No RE 297.901/RN (Rel. Min. Ellen Gracie), o Tribunal
não apenas confirma a orientação geral exposta acima, como indica a solução específica
a ser aplicada ao feito ora examinado. Confira-se a ementa do julgado:
“PRAZO PRESCRICIONAL. CONVENÇÃO DE VARSÓVIA E CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. 1. O art. 5º, § 2º, da Constituição Federal se refere a
tratados internacionais relativos a direitos e garantias fundamentais, matéria não objeto
da Convenção de Varsóvia, que trata da limitação da responsabilidade civil do
transportador aéreo internacional (RE 214.349, rel. Min. Moreira Alves, DJ 11.6.99). 2.
Embora válida a norma do Código de Defesa do Consumidor quanto aos consumidores
em geral, no caso específico de contrato de transporte internacional aéreo, com base no
art. 178 da Constituição Federal de 1988, prevalece a Convenção de Varsóvia, que
determina prazo prescricional de dois anos. 3. Recurso provido. ”

Caso concreto 5

De acordo com o artigo XIII do Tratado de Itaipu:


“A energia produzida pelo aproveitamento hidrelétrica a que se refere ao Artigo I será
dividida em partes iguais entre os dois países, sendo reconhecido a cada um deles direito
de aquisição, na forma estabelecida no Artigo XIV, da energia que não seja utilizada pelo
outro país para seu próprio consumo”.
O Tratado de Itaipu não fala sobre território, mas sim sobre a propriedade da usina.
Portanto, o tratado prevê uma divisão igualitária da energia e o direito de aquisição por
parte da energia não utilizada. Sendo assim, não há o que se falar em proporcionalidade,
pois, o Brasil adquiriu o excedente não utilizado pelo Paraguai.

Doutrina:
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. São
Paulo: Max Limonad, 1997, p. 80.
“O poder de celebrar tratados como é concebido e como de fato se opera ao atribuir o
poder de celebrar ao presidente, mas apenas mediante o referendo do legislativo busca
limitar e descentralizar o poder de celebrar tratados, prevenindo o abuso desse poder. ”

Jurisprudência:
STF - AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.523 PARANÁ
“Nesse contexto, considerando que o Tratado Internacional de Itaipu apenas permite a
contratação mediante empresa interposta, não existindo qualquer proibição para o
reconhecimento de vínculo entre o trabalhador e a Itaipu, encontrando-se em plena
vigência as normas da CLT, e tendo sido constatados os requisitos essenciais à
caracterização da relação de emprego (pessoalidade, habitualidade e subordinação direta
do reclamante à Itaipu), não há como deixar de reconhecer o vínculo empregatício
formado entre o obreiro e a reclamada. Inexistentes, assim, as violações indicadas.
Ressalte-se que a norma inscrita no artigo 37, II, da Constituição da República, bem como
o entendimento constante do Enunciado n.º 331, II, do TST não tem nenhuma aplicação
na hipótese em exame, uma vez que a empresa não integra a Administração Pública. ”

Caso concreto 7

A afirmação está incorreta. O Greenpeace mesmo contribuindo para as negociações do


tratado, não pode firmar e nem ratificar nenhum contrato por não ser pessoa jurídica de
Direito Internacional Público, que são entes que possuem a capacidade jurídica de
figurar em relações jurídicas internacionais, de celebrar tratados, firmar acordos,
convenções, ou seja, de ser titular de direitos e deveres no plano do direito internacional
público, portanto, o Greenpeace é apenas uma organização não governamental e sem
fins lucrativos.

Doutrina:

PORTELA, Paulo Henrique. Sujeitos de Direito Internacional Público:


Introdução. Direito Internacional Público e Privado. , Pág 142, 2° ed. Salvador:
JUSPODVM, 2010.

“Entretanto, cabe destacar que nenhuma das novas pessoas internacionais detém todas as
prerrogativas dos Estados e organismos internacionais, como a capacidade de celebrar
tratados”.

Jurisprudência:

Supremo Tribunal Federal STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM


AGRAVO: ARE 0019355-68.2004.4.03.6100 SP - SÃO PAULO 0019355-
68.2004.4.03.6100

“Tribunal Regional Federal da 3ª Região, para dar provimento à apelação cível da parte
ora recorrida, apoiou-se em dispositivos de ordem meramente legal: DIREITO
PROCESSUAL CIVIL. POLICIAL MILITAR ESTADUAL. SERVIÇOS PRESTADOS
NO EXTERIOR. MISSÃO DE PAZ. ONU. REMUNERAÇÃO. LEI Nº 5.809/72. NÃO
INCIDÊNCIA. 1. As disposições da Lei 5.809/72, na redação anterior ao advento da Lei
10.937/04, não se aplicam aos militares estaduais que integraram missão de paz das
Organizações das Nações Unidas, pessoa jurídica de direito internacional público,
porquanto estavam a serviço desta última e não da União. (Precedente do STJ) 2. A
personalidade jurídica de direito internacional da ONU não se confunde com a de
seus membros. 3. Os autores, policiais militares estaduais que em 2002/2003
participaram da Missão de Paz no Timor-Leste, não têm direito às verbas de caráter
indenizatório então previstas na Lei nº 5.809/72, tendo sido mantida a remuneração a
cargo do Estado-membro, além de outras despesas a cargo da própria ONU.

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