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Jornal O Municipal, ano 8 – Duque de Caxias, 30 de agosto de 1958. N°222.

.Em homenagem a ‘Tião’, figura ilustre no cenário esportivo caxiense, morto em


acidente.
OBS: Tião era natural de Minas Gerais – observar o processo de imigração por
uma perspectiva das ações esportivas.

Jornal O Municipal, ano 8 – Duque de Caxias, 11 de setembro de 1958. N° 224.


Coluna: Bastidores Esportivos: As rendas.

O atual campeonato está batendo o recorde de prejuízo. Com exceção de uma


única rodada, as outras todas vêm dando prejuízo aos clubes disputantes. Ultimamente
as arrecadações têm dado para pagar apenas os serviços do porteiro do estádio. As
outras despesas são pagas com uma e até duas semanas de atraso, já que não são todos
os clubes que depositam na Liga, o numerário referente as despesas que ocorrem em
todas as rodadas.
O pequeno público que comparece ao Estádio, que por sinal está caindo aos
pedaços, ao poucos vai dispersando, uma vez que os espetáculos apresentados são
fracos e, além disso, em todas as rodadas há um clube ou outro que se apresenta em
campo com 10, 9 e até 7 jogadores. Essa é uma das razões que provocam o não
comparecimento de grande número de torcedores, porque se houver bom espetáculo,
haverá, por certo, bom público.
Mas os clubes ao que parece pouco se interessam pelo assunto. No mês de
agosto, o Presidente do Tricolor F. C. convocou uma assembléia geral, com a finalidade
de discutir o problema e essa assembléia não foi realizada por falta de comparecimento
de alguns clubes. Ao que tudo indica, os clubes estão em boa situação financeira e, em
caso contrário, quando o campeonato chegar ao seu final os mesmos ficarão depenados.

Jornal O Municipal, ano 8 – Duque de Caxias, 18 de outubro de 1958. N° 228.


Coluna: ‘Bastidores Esportivos’ de Waldyr Siqueira Lobo.

Positivamente o esporte oficial em Duque de Caxias está mesmo à beira da


morte. Já possuímos tantas deficiências que surgem já não apavoram os homens do
esporte desta ‘Cidade Progresso’.
Já temos um estádio inacabado, já assistimos a verdadeiras peladas em disputa
do campeonato e agora acontece mais uma para aumentar o nosso ‘cartaz’ em matéria
de organização. Domingo passado, o quadro de aspirantes do Rio Nilo entrou em campo
e ficou à espera do quadro do Gramacho. Sorte idêntica teve o Diamante Negro, pois o
Nacional lá não compareceu. Numa disputa de partidas oficiais não se concebe que isso
aconteça. Um atraso de condução ou outro imprevisto qualquer pode acarretar a
chegada de um clube à campo com algum atraso. Porém, não comparecer, essa não. Isso
é uma falta de senso de responsabilidade e de consideração ao adversário, público etc.
Depois dizem que o público não prestigia o esporte. Mas de que jeito? Com essas
atividades não é possível esperar colaboração de um público que quando vai ao estádio,
está sujeito até a perigo de vida, pois a arquibancada do estádio é um convite à
SAMDU.
Vamos aguardar as providências que por certo o Presidente da entidade irá tomar
e fazer votos que essas providências não tardam. Já é tempo de admitirmos em nosso
esporte gente de maior idade, com senso de responsabilidade.

Jornal O Municipal, ano 8 – Duque de Caxias, 25 de outubro de 1958. N° 229.


“Essa não seu Nelson Mauro!” Porque o filho à vereador perdeu, o Saracuruna F.
C. perdeu o campo, por vingança do candidato da UDN.

‘Seu’ Nelson Mauro tem um filho de nome Carlos Alberto Mauro, morador no
bairro da Tijuca, no Distrito Federal. Pois, muito bem. Cismaram que o rapaz deveria
ser candidato à vereador por Saracuruna à Câmara Caxiense. Então o pai cedeu um
terreno seu para que o Saracuruna fizesse o seu campo. Acontece, porém, que o moço
não foi eleito. Então o homem enfureceu. Tomou no peito o campo do Saracuruna
arrancou as balizas, mastro e mandou que o povo local fosse ‘votar nos candidatos
analfabetos do lugar e pedissem a eles um campo para jogar’.
É sempre assim. Os homens que tem dinheiro ainda pensam que podem comprar
a opinião pública e com isso os seus votos. O povo soube responder.
Fomos informados por membros da Diretoria do Saracuruna que o Sr. Nelson
Mauro, quando Presidente do Clube, realizou um bingo que deu muita renda. Só que a
importância de seis mil cruzeiros ainda não foi entregue aos cofres do clube, apesar de
ter o próprio Nelson Mauro confirmado que o dinheiro está com ele, só bem até hoje, o
clube não viu o dinheiro.
Jornal O Municipal, ano 8 – Duque de Caxias, 25 de outubro de 1958. N° 229.
Coluna: Bastidores Esportivos: Expulsões.

Mais uma vez se registram expulsões nas rodadas do atual campeonato. E, desta
vez, foram expulsões em massa. Desta feita, cinco jogadores, foram expulsos numa só
partida e o arbitro se não corre ‘entrava bem’. É preciso encarar o caso com mais
seriedade. O futebol caxiense já está atingindo a idade adulta e é preciso que os homens
que praticam tal futebol também atinjam tal idade. O Campeonato é muito grande, para
que os clubes sofram baixas em massa. Será que esses jogadores não sabem jogar
disciplinarmente, ou será que precisam voltar às peladas para aprenderem tudo de novo.
Caxias já é uma cidade civilizada? Ou será que não é? Amanhã teremos nova rodada.
Na certa mais algumas expulsões serão registradas.

Jornal O Municipal, ano 8 – Duque de Caxias, 15 de novembro de 1958. N°232.


“Aniversário do Esporte Clube Ferroviário”

No dia 15 de novembro o E. C. Ferroviário verá transcorrer o seu 9° aniversário


de fundação.
(...)
O Esporte Clube Ferroviário foi idealizado pelo grande desportista ferroviário
Oracidio M. Romariz, fundado por uma plêiade de ferroviários da Leopoldina, não
conheceu ainda o sabor de uma subvenção, a exemplo do seu co-irmão A. A.
Leopoldina. Dirigido por homens honestos, verdadeiros abnegados do esporte, o grande
clube esmeraldino, vai desafiando aqueles (...).
O Municipal, 17/05/1958. ‘O Rolo Compressor comemora o seu
5° aniversário’;
O Municipal, 08/04/1961. ‘Bastidores Esportivos’ – críticas ao
estádio;
O Municipal, 22/04/1961. ‘Bastidores Esportivos’ – criticas à
administração Narciso Marques;
O Municipal, 29/04/1961. ‘Resenha do Bairro dos Cavaleiros’
(presença de autoridades);
O Municipal, 20/05/1961. ‘O Campeonato de 60 (...)’ (duras
críticas à LDDC);
O Municipal, 08/07/1961. Sobre a participação do Duque de
Caxias no 1° Campeonato Brasileiro de Amadores;
O Municipal, 29/08/1961. Coluna: Bastidores Esportivos (sobre
a relação entre o E. C. Belém e atividades sócias);
O Municipal, 30/09/1961. Coluna: Bastidores Esportivos (sobre
a violência no esporte – criação da JDD);
O Municipal, 14/10/1961. Coluna: Bastidores Esportivos (início
de série de reportagens sobre as mazelas do Esporte Caxiense);
O Municipal, 02/12/1961. Coluna: (...) na ronda (metáfora
futebolística dos problemas caxienses);
O Municipal, 04/02/1961. ‘Comentário Semanal’ (homenagem
ao Presidente do Santa Lúcia);
O Municipal, 24/03/1962. ‘Nelson Cintra ajuda o Esporte’;
O Municipal, 31/03/1962. Coluna: ‘Bastidores Esportivos’ (sobre
a violência no esporte);
O Municipal, 11/08/1962. Matéria sobre time dos taxistas;

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