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Autonomismo

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Autonomismo é um conjunto de teorias afins ao movimento socialista e a vários movimentos sociais e


políticos de esquerda existentes principalmente na Europa. Caracterizam-se pela oposição à burocracia
dominante nos Estados contemporâneos, sejam capitalistas ou marxistas.

Os autonomistas, de modo geral, propõem a descentralização do poder, a autogestão e a colaboração em


rede entre todos os que se dispõem a estabelecer novos modelos sociais, de modo a que a sociedade no
futuro possa superar os modelos historicamente mais autoritários.

Índice
História
No Brasil
Referências
Ver também
Ligações externas

História
Como sistema teórico identificável, o autonomismo surgiu na Itália, nos anos 1960, a partir do operaísmo.[1]
Mais tarde, após o refluxo dos movimentos de extrema-esquerda italianos, as tendências pós-marxistas e
anarquistas tornaram-se importantes, sob influência do situacionismo e com o surgimento de importantes
teóricos incluindo Antonio Negri, um dos fundadores do Potere Operaio, Mario Tronti, Paolo Virno e
outros.

A influência do movimento chegou à Alemanha, aos Países Baixos, além da Itália, França e, com menor
intensidade, os países anglófonos, além de inspirar o movimento internacional okupa. Os autonomistas
inserem-se em um espectro ideológico relativamente amplo - desde reformistas, a pós-estruturalistas e
anarquistas.

Há exemplos de pensadores autonomistas que estão ligados a transformações significativas em algumas


áreas sociais, como foi o caso do psiquiatra italiano Franco Basaglia, que liderou a luta antimanicomial e a
reforma psiquiátrica em seu país e no mundo, propondo amplas discussões teóricas em sua obra A
Instituição Negada (1968). Em relação à história política contemporânea, outros expoentes teóricos
relativamente recentes são os franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, sendo este último o autor da
Revolução Molecular, em que prevê mudanças sociais gradativas e "em rede", das quais a própria revolução
de costumes e de comunicações, ligada ao surgimento da Internet, são exemplos.

No Brasil
No Brasil, o movimento com mais clara inspiração autonomista é o deflagrado em junho de 2013,
constituído majoritariamente por jovens e que tomou conta das ruas por mudanças políticas a partir de
coletivos de características autonomistas (de organização horizontal, não hierarquizada) tais como o
Movimento Passe Livre (MPL). Os autonomistas (cujas origens teóricas historicamente remontam a
Proudhon (filósofo político e econômico francês e teórico de esquerda), que, assim como Bakunin,
influenciou as teorias políticas anarquistas - as quais diferem do marxismo pela ênfase no antiautoritarismo.

Referências
1. L'autonomie italienne (http://sebastien.schifres.free.fr/italie.htm)

Ver também
Anarco-comunismo
Pierre-Joseph Proudhon

Ligações externas
KATSIAFICAS, George N. The Subversion of Politics: European Autonomous Social
Movements and the Decolonization of Everyday Life (http://www.eroseffect.com/books/subvers
ion_download.htm)
El Autonomismo y las luchas sociales (http://old.kaosenlared.net/noticia/autonomismo-luchas-
sociales) (em castelhano). Por Albert García.
Autonomism (https://www.academia.edu/1088847/Autonomism), por Christian Garland.
International Encyclopedia of Revolution and Protest, ed. Immanuel Ness, Blackwell
Publishing, 2009, pp. 322–325

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