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XAPANA

Dono das doenças em geral. As pessoas dedicadas a este orixá


mostram-se sofredoras, são capazes de abster-se de suas
necessidades e interesses para consagrarem o bem-estar dos
outros.

Dia da semana: quarta -feira

Cor: lilás, roxo, vermelho com preto.

Número de axés: 07, 14, 77, etc...


Comida: milho, feijão preto e amendoim torrados
Guias: 07 pretas e 07 vermelhas
Parte do corpo que Xapanã rege: pele
Ferramentas: cruz foice, corrente, vassoura e búzio.
Ave: galo preto prateado e casal de galinhas d'angola
Pombo: preto
Quatro - pé: carneiro preto ou cabrito escuro
Peixe: pintado.
Lugar de oferenda: mata, cemitério, e lugar de espinho.
Fruta: uva preta, amendoim e café
Bicho de estimação: cachorro e mosca
Função: dono da doença
Flor: lírio roxo
Sobrenome de Orixás: Jubiteiú, Bidansú, Taió, Tonhô, , Omilaió,
Biguensú, Ledjú, Obaluaê, Kostangue, Onobo, Sapatá, Barum,
Omolú, Biotá, Sobô, Jobitaío, Buruku, Fomilaío, Balua e Orocô
Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá
com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou
com Obá 
Características: dono da doença
Apelido: mosqueiro
Doce: rapadura de amendoim
Ervas: guanxuma, arruda e gervão.
Santo que o representa: São Lázaro e Senhor dos Passos
Saudação: Abáo
Dia do ano: 17 de dezembro

Também conhecido como Omulu ou Obaluaê, Xapanã é o termo


mais utilizado no Batuque.É uma das mais importantes
divindades cultuadas nos cultos Afros, pois está ligado á saúde.
Orixá que gera o bom funcionamento do organismo, Deus das
pestes e das moléstias. Possui o rosto coberto pelo filá (espécie
de máscara feito com palha da costa) para evitar que se olhe
diretamente no rosto a marca deixada pelas chagas. Xapanã é o
orixá feiticeiro e faz parte de seus objetos mágicos o pilão com o
qual esmaga seus feitiços e a vassoura com que varre os males.
Considerado velho, impertinente, ranzinza e vingativo, Xapanã é
muito respeitado pelo povo Batuqueiro.
Este orixá tem duas formas de representação: Xapanã velho e o
jovem, o Xapanã Sapatá. O primeiro tem forte passagem junto
aos mortos sendo ele extremamente importante nos rituais
fúnebres. As pessoas dedicadas a este orixá mostram-se
introspectivos, reservados, observadores, modestos, simples e
misteriosos, são capazes de abster-se de suas necessidades e
interesses para consagrarem o bem-estar dos outros. São
também apaixonados e estão sempre vivendo um grande amor,
normalmente frustrado. Amantes constantes e excelentes
parceiros.

Características Positivas: pensativo, prestativo, sinceros,


honestos, desinibidos, sóbrios, equilibrados, decididos e
falantes.

Características Negativas: Rabugentos, ranzinzas, são do tipo


nervosos e ansiosos, vingativos, jamais esquecem uma ofensa.
Lendas
"Obaluaê era originário de Empé (Tapá) e havia levado seus
guerreiros em expedição aos quatro cantos da terra. Uma ferida
feita por suas flechas tornava as pessoas cegas, surdas ou
mancas. Obaluaê-Xapanã chegou assim ao território mahi no
norte do Daomé, batendo e dizimando seus inimigos, e pôs-se a
massacrar e a destruir tudo o que encontrava a sua frente. Os
mahis, porém, tendo consultado um babalaô, aprenderam como
acalmar Xapanã com oferendas de pipocas. Assim, tranqüilizado
pelas atenções recebidas, Xapanã mandou-os construir um
palácio onde ele passaria a morar, não mais voltando ao país
Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Apesar dessa
escolha, Xapanã continua a ser saudado como Kábíyèsí Olútápà
Lempé (" Rei de Nupê em país Empê).
Conta uma lenda que um caçador dedicado ao culto de Obaluaê
encontrou na selva um grande antílope e preparou-se para abate-
lo. Naquele momento o bicho empinou suas patas dianteiras e,
instantaneamente, o dia escureceu, impedindo o tiro do caçador.
Quando a luz voltou, o jovem se viu diante de um feiticeiro
(Aroni), que lhe entregou um patuá poderoso - que deveria ser
colocado diante de sua casa - e um apito, com o qual ele poderia
chamá-lo em caso de necessidade. Sete dias se passaram
quando a terra do Molusi (Omulu) foi assolada por uma peste de
varíola. Lembrando-se do Aroni, o caçador soou o apito e lhe
apareceu o mago, que era o próprio Xapanã, que debelou a
varíola e fez do seu Molusi o rei daquela terra, onde foi erigido um
grande templo dedicado a Xapanã

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