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Resumo

A passagem acima revela, de maneira clara, como Marx destacou a importância da ação política e

expressou sua empolgação com a tendência que se apresentava com “os esforços da Associação

Internacional”. De fato, a Internacional foi um marco histórico para a luta dos trabalhadores,

representando a tentativa mais próxima que existiu no sentido de tornar global a luta política dos

trabalhadores, articulando os diversos Partidos Comunistas, proletários, enfim, revolucionários.

Em suma, Marx não tinha dúvida de que a luta sindical era limitada. Mas, ao mesmo tempo, reconhecia

que havia algo de positivo a ser capturado desse movimento: a associação entre trabalhadores. A

generalização desta associação poderia contribuir para a “unidade” da classe trabalhadora, desde que

tomasse um novo direcionamento – priorizando a luta radical, isto é, a luta que afetasse as raízes do

sistema. Para tanto, era (e ainda é) preciso expandir a estratégia de organização coletiva a níveis globais,

vislumbrando objetivos mais ousados, pois só se pode fazer frente a uma força global como o capital por

meio de outra.

Assim, a luta via sindicatos consiste em algo que a classe trabalhadora não pode prescindir, porquanto,

em determinadas circunstâncias, há ganhos parciais com considerável impacto na sua vida e,

consequentemente, na sua saúde. Marx (1964, p. 142, grifos no original) comenta que

Essa atividade dos sindicatos não é tão somente justificável, senão ainda necessária. Não é possível desaconselhá-la, enquanto

persista existindo o atual modo de produção. Pelo contrário, essa atividade deve vir a ser generalizada através da fundação e

centralização de sindicatos em todos os países. […] Se os sindicatos já são indispensáveis para guerra de guerrilha

travada entre capital e trabalho, são eles tanto mais importantes enquanto força organizada para a eliminação do

próprio sistema de trabalho assalariado.

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