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Aula 00

Questões Comentadas de Direito Tributário - FGV (ISS/Recife)

Professor: Alexandre JK

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Questões Comentadas de Dir. Tributário p/ ISS-RECIFE – 2014
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AULA 00

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 01

2. Informações sobre o curso 04

2.1 Como as questões serão resolvidas? 05

0
2.2 Método de ensino 05

2.3 Exemplo de Método de ensino 06

2.4 Questões apenas da FGV? 08

2.5 O que você vai nos oferecer em termos de 08


Doutrina e Jurisprudência?

2.6 Como devo utilizar o curso? 08

3. Questões da Aula – Sem comentários 09

4. GABARITO 30

4. Questões da Aula Comentadas 31

APRESENTAÇÃO

Olá pessoal!

Estamos iniciando o nosso curso de Provas Comentadas de Direito


Tributário para o ISS-RECIFE de 2014, com foco em questões FGV.

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São 13 vagas já autorizadas! A banca também já foi definida, será a


FGV. Segundo fontes, a remuneração inicial chega na casa dos R$
19.000,00! É muito mais do que 95% dos fiscos do PAÍS! Fora que você vai
morar em Recife, rsss! Tá bom ou o que? Portanto, é uma grande
oportunidade! Não podemos perder tempo, o edital deve sair a qualquer
momento!

É impossível encarar um concurso desse porte sem treinar muito.


Mas, infelizmente, só isso também não é suficiente! Você precisa saber
como estudar, o que estudar e de que forma fazê-lo.

Mas isso vocês podem deixar comigo! Vamos resolver as mais


recentes e relevantes questões de Direito Tributário de uma forma objetiva
e lógica, para que não se perca tempo nem esforço do candidato.

Chega de ficar decorando alguns artigos do CTN e da CF. Chega de


ficar se matando com técnicas que não funcionam. Vou passar para vocês
a lógica de muitas coisas, do porquê elas existirem, serem da forma que
são. Dessa maneira, não irão precisar ficar decorando a lei seca, salvando
um tempo precioso na sua preparação.

Antes de mostrarmos os detalhes do curso, gostaria de falar um


pouco sobre mim.

Sou professor de cursinhos preparatórios em São Paulo (Uniequipe e


Qualidade) nas matérias de Direito Tributário e Legislação Tributária,
também ministrando cursos pela internet.

Atualmente exerço o cargo de Agente Fiscal de Rendas do Estado de


São Paulo (ICMS-SP). Sou Fiscal Externo na Delegacia Regional Tributária
da Capital – DRTC3. Meu dia a dia consiste em realizar auditorias em
grandes empresas, apurar denúncias, participar de operações realizadas
pela fazenda, entre outros expedientes. Com isso, diariamente estou
lidando com o Direito Tributário e a Legislação Tributária.

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Mas não cheguei neste cargo da noite para o dia!! Rsss, vou contar
um pouco da minha trajetória.

Sou formado em Administração de Empresas com Pós em Direito


Tributário. Na faculdade nunca imaginei que um dia seria funcionário
público. Fui contratado por uma grande empesa de consultoria chamada
Accenture, antigo braço da Arthur Andersen, para trabalhar na área de
Análise de Cadeia de Valor. Lembro de chegar segunda feira cedo ao
trabalho e me deparar com uma tonelada de trabalho para realizar até
sexta feira no MÁXIMO! Para realizar essa tarefa, quase não conseguia
dormir e quando o entregava no prazo definido, me designavam outro
objetivo para a próxima segunda feira. Ou seja, E O FIM DE SEMANA???
Pois é, foi ai que percebi que deveria trilhar um caminho diferente. Logo
concluí que meu foco seriam concursos públicos da área fiscal.

Me formei em 2006, e logo fui prestar meu primeiro certame,


Administrador da Advocacia Geral da União, em qual, para minha surpresa,
fui aprovado. Fiquei um tempo sem estudar, só me dedicando a minha Pós
Graduação. Foi quando veio o ICMS-SP 2009. Me dediquei muito a esse
concurso, mas infelizmente fiquei fora da lista de aprovados por apenas 3
pontos!!! Não desisti e coloquei como meta o próximo ICMS-SP. Ele saiu
em 2013 e fui aprovado com quase 80% de acertos. No meio do caminho
fui aprovado em outros concursos, como Analista da Receita Federal e
Analista de Planejamento, Orçamento e Fianças do Estado de SP (APOF).

Como vocês podem ver, a preparação para concurso exige foco e


disciplina.

Não se enganem, cometi um milhão de erros até chegar onde


cheguei. A boa notícia é que aprendi com eles e agora vou poder passar
esse conhecimento para vocês!

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INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO

2. Cronograma das aulas

Nossas aulas ocorrerão segundo o cronograma abaixo:

AULA CONTEÚDO DATA

Conceito e Classificação de Tributos.


Tributo: Definição e Espécies – Impostos,
Taxas, Contribuição de Melhoria,
AULA 00 Empréstimos Compulsórios, Contribuições 09/05/2014

Especiais.

Sistema Tributário Nacional. Princípios

Gerais. Limitações ao poder de tributar.

AULA 01 Competência tributária. Capacidade 16/05/2014


tributária.

Legislação tributária: vigência, aplicação,


interpretação e integração. Métodos de
AULA 02 23/05/2014
interpretação (sistemática, teleológica e
outras)

Obrigação tributária: principal e acessória.


Fato gerador. Incidência e não
AULA 03 30/05/2014
incidência. Domicílio Tributário.

Sujeito ativo. Sujeito passivo: e


responsável. Responsabilidade
responsabilidade de terceiros
AULA 04 responsabilidade por infrações. 06/06/2014

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Crédito tributário: lançamento –efeitos


e modalidades.
AULA 05 13/06/2014

Suspensão da exigibilidade do crédito

AULA 06 tributário. Extinção do crédito 20/06/2014

Exclusão do crédito tributário.

Administração tributária –
fiscalização, regulamentação, competência,
AULA 07 27/06/2014
limites, procedimentos. Dívida ativa –
certidão negativa.

Impostos da União, dos Estados, do DF


e dos Municípios. Repartição das receitas
AULA 08 04/07/2014
tributárias.

AULA 09 SIMULADO FINAL 11/07/2014

2.1 Como as questões serão resolvidas?


Pessoal, tenho um método diferente de resolução de questões.
Normalmente o professor vai comentando, em cada questão, afirmativa por
afirmativa. De vez em quando eu faço isso, mas muitas vezes irei começar
os comentários antes mesmo das alternativas. Mas por que isso? Porque
acredito que existem questões que necessitam de comentários prévios, até
com dicas de leitura dinâmica e macetes interessantes. Portanto, não se
assustem, não é falta de organização! Rsss.

2.2 Método de ensino


Quando formulei esse curso pensei em mim como concurseiro.
Lembro como era dura a tarefa de estudar e alguns materiais não me
ajudavam do jeito que queria. Assim sendo, criei um material que gostaria
de ter tido na minha preparação. Por isso, você vai ter acesso as questões
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mais importantes para sua área e também as mais recentes. Fora isso,
tenho um método de ensino através da LÓGICA e OBJETIVIDADE ao invés
da prolixidade. Não vou ficar esgotando teoria e torrando sua paciência,
vou te passar o necessário para ser aprovado com uma nota acima de 90%
nessa matéria e salvar seu tempo, de modo que possa focar em outras
matérias e ganhar mais alguns pontos.
Portanto, muito cuidado, esse NÃO é um curso de teoria, é um curso
para você afiar o seu machado, fornecendo ferramentas para obter um
elevado desempenho.

2.3 Exemplo de método de ensino

Vamos tomar como exemplo o Art. 149 do CTN.

“Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela


autoridade administrativa nos seguintes casos:

I - quando a lei assim o determine;

II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito,


no prazo e na forma da legislação tributária;

III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado


declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e
na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado
pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;

IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a


qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de
declaração obrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da


pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o
artigo seguinte;

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VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de


terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade
pecuniária;

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em


benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado
por ocasião do lançamento anterior;

IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu


fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela
mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada


enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.”

Eu sei que esse artigo é um pesadelo para muitos alunos, que ficam
lendo e relendo até tentar memorizar algo. Mas isso NÃO é necessário!! O
que é preciso é que você leve a LÓGICA para a prova. Mas professor, qual
seria ela então?

Caro aluno, esse artigo trata de uma modalidade de lançamento,


mais especificamente a de Ofício. Perceba que são muitos incisos,
relativamente grandes, e muito parecidos, o que praticamente inviabiliza a
decoreba. Mas observe que praticamente todo inciso tem uma pisada de
bola de alguém, seja por parte do contribuinte/responsável ou por parte da
autoridade fiscal. Ou seja, esse tipo de modalidade deve ser utilizado
quando alguém age de uma maneira que não deveria. É SÓ ISSO! Com
isso, você já consegue matar as questões de prova. Assim sendo, basta ler
uma vez o CTN, absorver a lógica e ir para o abraço!!!

RESUMINDO A LÓGICA A SER LEVADA PARA A PROVA:

- Quando deve ocorrer lançamento de ofício? Quando a lei


determinar, ou quando alguém pisou na bola, seja por parte do
contribuinte/responsável, seja por parte do fisco!

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Mais fácil assim, não é mesmo?

2.4 Questões apenas da FGV?

Em nosso curso priorizarei as questões dessa banca, pois ela é a nossa


organizadora. Mas, quando interessante, irei trazer algumas questões de
outras bancas. Lembro-me de quando era aluno e não entendia o porquê
disso, então acho legal explicar. Quando pego as questões de uma banca,
percebo que elas acabam por se repetir muito e, quando não se repetem,
são questões muito antigas, com um nível de cobrança muito baixo. Assim
sendo, nesses casos, prefiro trazer uma diferente forma de cobrança, o que
irá obrigá-lo a pensar e vai acabar por enriquecer seu conhecimento na
matéria. Logicamente, só irei trazer para o curso as questões mais recentes
e relevantes para o Direito Tributário.

2.5 O que você vai nos oferecer em termos de Doutrina e


Jurisprudência?
Fique tranquilo! Tudo o que for importante para sua prova estará aqui.
Decisões do STJ, STF, comentários de doutrinadores, etc. Muitas vezes até
reproduzo o voto de alguns juízes para enriquecer a aula. Agora vem a
melhor parte. Ensinarei como você vai resolver algumas questões sem
precisar conhecer a jurisprudência e a doutrina! Que beleza ein!! Rssss.

2.6 Como devo utilizar o curso?

Iremos resolver NO MÍNIMO 25 questões por aula. Primeiramente, coloco


as questões sem comentários e gabaritos. Inicialmente, você deve tentar
resolvê-las sem nenhum tipo de ajuda, cola ou reza brava!! Depois, vá,
questão por questão, lendo meus comentários. Muitas vezes irei repetir
minhas explicações em questões do mesmo assunto. Se você sentir que já
sabe bem a matéria nesse ponto, pule. Sempre coloco a parte do código

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para sua consulta e aprofundamento da questão. Lembrava como era chato


ter que ir buscar, no código ou na Constituição, a literalidade. Sempre que
houver dúvidas, por favor, me contate pelo fórum de perguntas do
Estratégia, por email, ou até pelo Facebook.

EMAIL: alexandrejens@hotmail.com

FACEBOOK: https://www.facebook.com/alexandre.jenskotolak

MEU GRUPO DE ESTUDOS:

https://www.facebook.com/groups/457328964398344/

É isso pessoal!! Agora é pra valer!! Chega de papo. Vamos para as


questões! Desejo bons estudos e muito sucesso para vocês!!!!!!!

QUESTÕES DA AULA – SEM COMENTÁRIOS

Q.01 - (ESAF - Procurador do Ministério Público do TCE/GO - 2007)

Em relação aos tributos e suas espécies, assinale a opção correta.

a) O fato gerador de um tributo não pode decorrer de circunstância ilícita.

b) Para determinação da natureza jurídica do tributo, é essencial a


destinação legal do produto da arrecadação.

c) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o tributo in labore nas


contribuições de melhoria quando a obra pública for realizada pelo próprio
sujeito passivo tributário.

d) O tributo denominado taxa, quando cobrado em razão de serviço público


específico e divisível, pode receber a denominação de tarifa pública.

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e) O tributo tem função extrafiscal quando seu objetivo principal é a


interferência no domínio econômico, não se limitando apenas à simples
arrecadação de recursos financeiros.

Q.02 - (ESAF - ATI (SEFAZ CE)/2007)

De acordo com o art. 30 do Código Tributário Nacional, tributo é


toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

Diante desta definição, assinale a opção incorreta.

a) Diferentemente das penalidades, que se aplicam pela ocorrência de atos


ilícitos, os tributos dependem da prática de atividade lícita.

b) A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação tributária


ao contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo lançamento.

c) Havendo a ocorrência do fato gerador, aquele que o praticou será


obrigado a pagar o tributo, independentemente de sua vontade.

d) A criação ou instituição de um tributo tem de ser veiculada por meio de


lei, expressão que deve ser interpretada restritivamente, sem admitir-se a
espécie Medida Provisória como hábil a tal propósito.

e) A expressão prestação pecuniária exprime a obrigação de que o tributo


tem de ser pago em unidades de moeda em curso, não se admitindo, como
regra, seu pagamento em bens (in natura) ou em trabalho (in labore).

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Q.03 - (FCC - Procurador – Prefeitura de Santos/2002)

Considere:

I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou


ao desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de
acordo com determinada linha política de ação, a exemplo de uma
tributação maior sobre bens supérfluos e menor para bens necessários.

II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem


sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias
finalidades - pessoas diversas da União, Estados e Municípios.

Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como

a) contribuições e extrafiscais.

b) parafiscais e especiais.

c) extrafiscais e parafiscais.

d) especiais e extraordinários.

e) fiscais e empréstimos compulsórios.

Q.04 - (ESAF - APO/MPOG/Planejamento e Orçamento/2010)

É sabido que, de acordo com o art. 3o do Código Tributário Nacional,


tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:

a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,


mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo,
para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão
administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
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b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para


custear suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária
implica exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade
administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo.

c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade


administrativa tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte
do contribuinte, havendo, no entanto, alguma margem de
discricionariedade nesta atividade.

d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o


produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.

e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes
do art. 3o do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.

Q.05 - (FCC – Auditor do ISS – 2012)

Um contribuinte deixou de emitir o documento fiscal referente a


uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de
competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada
penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação
acessória

Essa penalidade pecuniária:

a) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.

b) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza


compulsória.

c) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada,


conforme estabelece o Código Tributário Nacional.

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d) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode
ser definida como tributo.

e) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado


pelo descumprimento de uma obrigação acessória.

Tributo não pode constituir sanção por ato ilícito. Alternativa incorreta.

Q.06 - (FGV - JE - TJ AM- 2013)

A Constituição da República prevê, em seu art. 145, que “A União,


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos: I impostos; II taxas, em razão do exercício
do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição; III – contribuição de melhoria,
decorrente de obras públicas”. Isso significa que

a) estas são as únicas espécies tributárias admitidas pela Constituição.

b) estas são as únicas espécies tributárias admitidas pelo Supremo Tribunal


Federal.

c) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela
União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras
previstas na própria Constituição da República.

d) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela
União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras
previstas na Constituição dos Estados ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

e) os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais não têm


natureza tributária.

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Q.07 - (ESAF/2004/CGU/AFC)

De acordo com a teoria da tributação, aponte a única opção


incorreta.

a) Os impostos específicos são aqueles cujo valor do imposto é fixo em


termos monetários.

b) Os impostos ad-valorem são aqueles em que se tem uma alíquota de


imposto e o valor arrecadado depende da base sobre a qual incide.

c) Os impostos específicos são pró-cíclicos.

d) O sistema tributário deve poder conter o processo de crescimento


desajustado, atuando, muitas vezes, de forma contracíclica.

e) Um sistema tributário é progressivo quando a participação dos impostos


na renda dos agentes diminui conforme a renda aumenta.

Q.08 - (FCC - 2012 / PGM-João Pessoa / Procurador)

Um tributo que tenha por características ser não vinculado a uma


atividade estatal, admita, por expressa e excepcional previsão
constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e
não admita previsão de restituição ao final de determinado período
classifica-se como

a) taxa.

b) contribuição de intervenção no domínio econômico.

c) imposto.

d) empréstimo compulsório.

e) contribuição social.

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Q.09 - (FGV - JE - TJ AM - 2013)

Assinale a alternativa que melhor sintetiza as distinções entre as


espécies tributárias indicadas.

a) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo


distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo.

b) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo


distintas as bases de cálculo, mas não os fatos geradores.

c) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo


distintas as bases de cálculo dos dois tributos, mas não os fatos geradores.

d) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo


distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo.

e) O imposto pressupõe um ato do contribuinte e a taxa pressupõe um ato


do Poder Público, sendo distintos os fatos geradores e as bases de cálculo
dos dois tributos.

Q.10 - (FCC – 2014 / ICMS-RJ / Auditor Fiscal)

Com a aproximação das datas em que serão realizados os Jogos


Olímpicos e os Jogos da Copa do Mundo, na cidade do Rio de
Janeiro, o governo fluminense tomou a decisão de incrementar a
fiscalização dos estabelecimentos hoteleiros e congêneres do
Estado, a fim de lhes imprimir uma qualidade de nível internacional,
mesmo quando se tratar de pequenos estabelecimentos. Para
realizar esse intento, seriam necessários aportes de recursos
novos, com o fito de custear essas atividades estatais. Em razão
disso, um deputado estadual propôs que se alterassem os valores
das taxas de segurança cobradas pelo Estado. O referido deputado,
depois de constatar que o valor das diárias de um hotel, ou de um
estabelecimento congênere, não mantinha relação direta com o

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porte desse hotel, nem com a quantidade de quartos/apartamentos


que ele possui, nem com o capital social dessa empresa hoteleira,
considerou possível e viável promover uma alteração drástica no
correspondente item da tabela de valores das taxas estaduais.
Desse modo, com a finalidade de adequar a cobrança da taxa à
capacidade contributiva do contribuinte, o referido deputado
decidiu apresentar projeto de lei para alterar a maneira como essa
taxa seria cobrada. De acordo com seu projeto, o valor anual dessa
taxa, em relação aos hotéis e congêneres, passaria a ser calculado
mediante a aplicação da alíquota de 0,1% sobre o capital social da
empresa hoteleira ou da empresa congênere. No tocante
especificamente aos motéis, visando, ainda, alcançar o objetivo de
adequar a cobrança da taxa à capacidade contributiva do
contribuinte, essa taxa passaria a ser calculada mediante a
aplicação de uma alíquota de 10% sobre a mesma base de cálculo
utilizada para cálculo do ISSQN devido ao município de localização
do estabelecimento contribuinte. Com base nas informações
apresentadas e no que dispõe o CTN a esse respeito, considere:

I. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos hotéis


e congêneres, pois as taxas não podem ser calculadas em função do capital
das empresas.

II. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos hotéis e


congêneres, pois os tributos devem ser graduados com base na capacidade
econômica do contribuinte (capacidade contributiva).

III. A capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) é


relevante para a graduação do valor dos tributos a serem cobrados do
sujeito passivo.

IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos


motéis, pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos,
nem idênticas às que correspondam à base de cálculo de impostos.

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V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos motéis,


pois, quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria de impostos, os
impostos deverão deixar de ser cobrados, para que as taxas possam sê-lo.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) IV e V.

b) I e II.

c) II e III.

d) III e V.

e) I e IV.

Q.11 - (FGV - AFRE RJ/SEFAZ RJ/2011)

Quanto às taxas, é correto afirmar que

a) é possível que elas sejam calculadas em função do capital das empresas.

b) somente podem ser cobradas para fazer face à utilização efetiva de


serviço público prestado ao contribuinte.

c) a cobrança de taxas se subordina à prestação de serviço público


específico e indivisível posto à disposição do contribuinte.

d) a taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto,
mas nada impede que tenha a mesma base de cálculo.

e) são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização


orçamentária em relação à lei que as instituiu.

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Q.12 - (ESAF - AFRF/2009)

Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto:

a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do


Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam

b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode


consistir no exercício regular do poder de polícia.

c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode


consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste,
de serviço público específico, divisível ou não

d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos,


e não com as taxas

e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular


quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder

Q.13 - (FGV – Auditor Fiscal – MA - 2014)

Com referência às taxas, assinale a alternativa em que as duas


assertivas estão corretas e a segunda enfatiza e justifica o
conteúdo da primeira.

a) As taxas são espécie tributária que decorrem do exercício do poder de


polícia ou de prestação de serviço público. // Para haver cobrança de taxa
é indispensável que o serviço público seja efetivamente prestado ao
contribuinte.

b) No caso de serviço público indivisível e inespecífico, não pode haver


cobrança de taxa. // O serviço público que permite a cobrança da taxa
vincula-se a uma relação anterior de natureza contratual.
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c) O exercício do poder de polícia justifica a cobrança da taxa. // A


obrigação de pagar esta exação, contudo, depende da efetiva fiscalização
exercida pelo Estado.

d) A competência dos entes federativos para instituir taxas é comum. // A


fixação das taxas, em cada caso, vai depender da aferição constitucional
das competências administrativas.

e) O serviço público específico e divisível autoriza a incidência da taxa. //


A possibilidade de incidência de taxa sobre serviço público específico e
divisível baseia-se na regra da proporcionalidade.
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Q.14 - (ESAF – ACE - 2012)

Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II


da Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale
a opção correta.

I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do


poder de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis,
facultando apenas a estas a prestação potencial do serviço público.

II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e


passíveis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de
outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população
em geral (uti universi) e de forma indivisível.

III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,


diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as
instituiu.

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IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público,


não pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre
o custo real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o
Estado pode exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os
elementos pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.

a) Apenas I, II e IV estão corretos.

b) Apenas I, III e IV estão corretos.

c) Apenas II e IV estão corretos.

d) Apenas III e IV estão corretos.

e) Todos os itens estão corretos.

Q.15 - (FGV - ACI - SEFAZ RJ - 2011)

Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado por empresa privada,


concessionária, para os usuários de determinada rodovia que passa
pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto,
estabelecer via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a
hipótese acima, assinale a alternativa correta.

a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta


obrigatoriamente a característica da compulsoriedade.

b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é


compatível com o princípio da indelegabilidade da competência tributária.

c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo


ser cobrado pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da
irrenunciabilidade.

d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a


cobrança de pedágio.

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e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens,


por meio de pedágio, por imposição constitucional.

Q.16 - (FCC – 2014 / ICMS-RJ / Auditor Fiscal)

O Estado do Rio de Janeiro decidiu realizar obras públicas para


conter as enchentes que assolavam um determinado município
hipotético de seu território. Essas obras consistiam em elevar as
margens do rio que banhava esse município e incluíam, em
decorrência disso, a abertura de vias públicas largas e modernas,
recuperação da região degradada e, inclusive, a realização de obras
de paisagismo. As obras públicas a serem realizadas foram orçadas
em R$ 250.000,00, valor esse a ser integralmente financiado por
contribuição de melhoria. Estudos efetuados demonstraram que a
zona a ser beneficiada pelas obras abrangeria cinco imóveis da
região, sendo que a valorização média esperada desses imóveis
seria de 20%. Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da
contribuição de melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis
localizados na região beneficiada, contribuição de melhoria
equivalente a 20% do valor do imóvel, resultando na seguinte
situação:

Considerando as informações acima, é correto afirmar:

a) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois


as obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como,
por exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área.

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b) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis


que se valorizaram em decorrência da obra em questão, tendo como único
valor máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à
valorização que cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas.

c) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão


tenham tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de
todos eles, linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na
aplicação do percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização
da obra.

d) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na


legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de
melhoria relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente,
lançada e cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator
individual de valorização.

e) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125.000,00) é


equivalente a 46,29% da soma total das valorizações individuais de cada
imóvel (R$ 270.000,00), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29%,
sobre o valor do imóvel antes da sua valorização, para fins de cálculo do
valor da contribuição de melhoria por ele devida.

Q.17 - (FGV - ACI - SEFAZ RJ - 2011)

Qual é o fato gerador que permite a cobrança da contribuição de


melhoria?

a) Realização de obra pública que gere melhoras nas condições de vida da


população.

b) Prestação de serviço público que atraia investimentos econômicos na


região.

c) Disponibilização do serviço público de caráter voluptuário.

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d) Efetivo exercício do poder de polícia.

e) Valorização de imóvel decorrente de obra pública.

Q.18 - (ESAF Analista Jurídico – CE/2006)

Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da


competência da União, é incorreto afirmar se que

a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias


decorrentes de calamidade pública.

b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter


urgente.

c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei


complementar.

d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será


integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua
instituição.

e) poderão, ou não, sujeitar se ao princípio constitucional da anterioridade

(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).

Q.19 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2010)

Com relação aos empréstimos compulsórios, assinale a afirmativa


incorreta.

a) Os empréstimos compulsórios deverão ser instituídos por meio de lei


complementar.

b) A instituição do empréstimo compulsório se justifica quando, para


atender a calamidade pública, são necessárias despesas extraordinárias.

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c) A iminência de guerra externa é fundamento suficiente para a instituição


de empréstimo compulsório.

d) Todos os entes da Federação têm competência para a instituição do


empréstimo compulsório, desde que haja urgência de investimento público.

e) O empréstimo compulsório poderá ser instituído sob o fundamento de


relevante interesse nacional.

Q.20 - (FCC/2009/ICMS-SP/Agente Fiscal de Rendas)

Os Empréstimos Compulsórios

a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias


decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência,
não sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da
anterioridade.

b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter


urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse
caso, a observância ao princípio da anterioridade.

c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.

d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as


causas de sua criação.

e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua


instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

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Q.21 - (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal/AFRF – 2005)

Sobre as contribuições sociais gerais (art. 149 da Constituição


Federal), é errôneo afirmar se, haver previsão de que

a) poderão ter alíquotas ad valorem ou específicas.

b) incidirão, também sobre a importação de produtos estrangeiros ou


serviços.

c) incidirão, em todos os casos, uma única vez.

d) poderão ter por base, entre outras, o faturamento e a receita bruta.

e) não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.

Q.22 - (ESAF – ACE - 2012)

Sobre as contribuições, pode-se afirmar que:

a) no caso da contribuição de intervenção no domínio econômico, é


considerada inconstitucional a lei orçamentária no que implique desvio dos
recursos das contribuições para outras finalidades que não as que deram
ensejo à sua instituição e cobrança.

b) alterar a finalidade da exigência de uma contribuição para a seguridade


social significa alterar a própria exigência, o que a faz deixar de ter
fundamento constitucional, não podendo subsistir.

c) é vedado que impostos e contribuições possuam idêntica base de cálculo.

d) nas contribuições especiais, haverá sempre a identidade entre o sujeito


ativo e a pessoa jurídica destinatária dos recursos e que terá a obrigação
de lhes dar a finalidade que fundamente a sua instituição.

e) a referibilidade é um traço que caracteriza as contribuições, assim como


os demais tributos.

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Q.23 - (FGV - ARE - SEAD AP - 2010)

Com relação ao financiamento da Seguridade Social, assinale a


alternativa correta.

a) Conforme os ditames constitucionais a seguridade social será financiada,


dentre outras fontes, pelas contribuições sociais incidentes sobre a receita
de concursos de prognósticos.

b) As contribuições previdenciárias somente poderão ser exigidas após


decorridos 90 (noventa) dias da data da regulamentação da lei que as
houver instituído ou modificado.

c) Com a edição da Emenda Constitucional nº. 42/03, a Constituição passou


a prestigiar a possibilidade de instituição da sistemática da não-
cumulatividade para algumas contribuições previdenciárias, mediante
definição em lei e de acordo com a intensidade de mão de obra empregada
em cada setor de atividade.

d) A seguridade social será financiada, dentre outras fontes, pelas


contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, desde que mediante vínculo empregatício.

e) De acordo com a redação do texto constitucional são isentas de


contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de
assistência social, desde que atendidos os requisitos definidos em
regulamento.

Q.24 - (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal/AFRF – 2005)

• Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de


iluminação pública, cobrando a na fatura de consumo de energia elétrica?

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• Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores,


para o custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da
União?

• As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de


interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
sua atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas
decorrentes de exportação?

a) Não, sim, não.

b) Sim, não, sim.

c) Sim, não, não.

d) Não, não, sim.

e) Sim, sim, não.

Q.25 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2010)

Em relação às normas constitucionais relativas às contribuições


previdenciárias, examine as afirmativas a seguir.

I. A seguridade social será financiada, dentre outras, por contribuições a


cargo do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma
da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, desde que com vínculo empregatício.

II. As contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela


equiparada poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em
razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do
porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

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III. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as


contribuições incidentes sobre a receita ou faturamento serão não-
cumulativas.

Assinale:

a) se todas as afirmativas estiverem corretas.

b) se somente afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Q.26 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2009)

Em relação às espécies tributárias, assinale a afirmativa incorreta.

a) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios


instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
atuação nas respectivas áreas.

b) Os impostos são tributos não vinculados a quaisquer atividades estatais


relacionadas ao contribuinte, sendo vedada a vinculação de suas receitas a
órgãos, fundos ou despesas, salvo exceções constitucionalmente previstas.

c) A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras


públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.

d) As taxas, cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela


utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, não poderão ter base
de cálculo própria de impostos.

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e) A União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos


extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, na
iminência ou no caso de guerra externa, os quais serão suprimidos,
gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Q.27 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2011)

A respeito das espécies de tributos, é correto afirmar que

a) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir,


exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de
melhoria.

b) de acordo com o Código Tributário Nacional, considera-se imposto o


tributo vinculado a qualquer atividade estatal específica.

c) a taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal específica e


tem, como possível fato gerador, o exercício regular do poder de polícia.

d) a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio


econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, é de
competência exclusiva da União.

e) a contribuição de melhoria é o tributo cobrado em função da realização


de obras e prestação de serviços.

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AULA 00: GABARITO

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
E D C C D C E C E E E C D E B
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27
D E C D A C A A C D A D

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QUESTÕES DA AULA COMENTADAS

Q.01 - (ESAF - Procurador do Ministério Público do TCE/GO - 2007)

Em relação aos tributos e suas espécies, assinale a opção correta.

a) O fato gerador de um tributo não pode decorrer de circunstância


ilícita.

Essa alternativa é simples, mas os alunos acabam por confundir alguns


conceitos. O Art. 3º do CTN determina que tributo não pode constituir
sanção por ato ilícito. O que não pode ser ilícito é o fato gerador. Então não
pode existir uma situação que diga: É fato gerador do ICMS a venda de
CRACK no Congresso Nacional!! Rsss. Agora, se a pessoa se utilizou de
meios ilícitos e acabou, por causa disso, por praticar um fato gerador lícito,
irá pagar tributo. O exemplo clássico é do traficante de drogas, que apesar
de cometer ato ilícito (venda de drogas) pratica fato gerador lícito (auferir
renda) e será contribuinte do Imposto de Renda. Portanto, o fato gerador
pode decorrer de uma circunstância ilícita. Só não pode, ele mesmo, ser a
circunstância ilícita. Alternativa incorreta. Veja uma decisão do STF (HC
77530, Min. SEPÚLVEDA PERTENCE):

“Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: "non olet".


Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas,
com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e
subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime
de sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair
pela conexão, o tráfico de entorpecentes: irrelevância da origem ilícita,
mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A
exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso - antes
de ser corolário do princípio da moralidade - constitui violação do princípio
de isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética.”

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b) Para determinação da natureza jurídica do tributo, é essencial a


destinação legal do produto da arrecadação.

Regra geral isso está correto. Por que regra geral, professor? Porque essa
é a previsão do CTN e no código apenas estão previstas três espécies
tributárias: 1) Impostos, 2) Taxas e 3) Contribuições de Melhoria. Já a CF
prevê mais dois tipos de tributos: 1) Empréstimos Compulsórios e 2)
Contribuições Especiais. Nesse último caso são necessários outros
elementos para se identificar a natureza do tributo, sendo a destinação
legal do produto da arrecadação uma delas. Se a questão vier seca deste
jeito, marque a previsão do CTN. Se falar expressamente em CF, marque
que ela está certa. Alternativa incorreta por prever a visão do CTN.

“CTN-Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada


pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para
qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”

“CTN-Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de


melhoria.”

c) Excepcionalmente é admitido no direito brasileiro o tributo in


labore nas contribuições de melhoria quando a obra pública for
realizada pelo próprio sujeito passivo tributário.

Infelizmente isso não é possível no direito brasileiro pessoal. Bem que


poderia ser verdade né? Eu vou dar aula lá para alguém e me livro do IR,
rssss. Mas não existe essa previsão no direito tributário, só é possível o
pagamento em moeda ou em valor que possa ser expresso em moeda, de
acordo com Art. 3º do CTN. Alternativa incorreta.

“CTN-Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção

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de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada.”

d) O tributo denominado taxa, quando cobrado em razão de serviço


público específico e divisível, pode receber a denominação de tarifa
pública.

Apesar da definição de tarifa pública, quase tudo se assemelha ao direito


privado. Aqui não se aplicam as limitações ao poder de tributar, é cobrado
por delegação, o serviço deve ser efetivo, tem base contratual, é receita
originária, etc. Já as taxas são praticamente ao contrário, se aplicando as
limitações ao poder de tributar, é cobrada pelo Estado, o serviço pode ser
efetivo ou potencial, tem base legal, é receita derivada, etc. Como vocês
podem ver, as definições são bem diferentes. Alternativa incorreta por
afirmar que os dois conceitos são iguais. Veja uma decisão do STF nesse
sentido:

“Súmula nº 545 - Preços de serviços públicos e taxas não se


confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e
tem sua cobrança condicionada a prévia autorização orçamentária, em
relação a lei que as instituiu.”

e) O tributo tem função extrafiscal quando seu objetivo principal é


a interferência no domínio econômico, não se limitando apenas à
simples arrecadação de recursos financeiros.

Essa é a definição de tributo extrafiscal. Percebam que o objetivo deste


tributo não é arrecadatório: “a interferência no domínio econômico”. É o
que acontece com as CIDE´s por exemplo, que tem por objetivo intervir
em determinado setor econômico com a finalidade de estabilizar alguma
situação. Alternativa correta.

GABARITO: E

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Q.02 - (ESAF - ATI (SEFAZ CE)/2007)

De acordo com o art. 30 do Código Tributário Nacional, tributo é toda


prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Diante desta definição, assinale a opção incorreta.

a) Diferentemente das penalidades, que se aplicam pela ocorrência


de atos ilícitos, os tributos dependem da prática de atividade lícita.

Cuidado! Como comentado na questão anterior, o fato gerador tem de ser


lícito, mas nada impede que o contribuinte tenha feito algo ilícito para
alcançar esse objetivo. Alternativa correta.

b) A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação


tributária ao contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo
lançamento.

Vamos ver em aulas futuras o ciclo do tributo. Não fique muito preocupado
com isso agora. Só adiantando: após a pratica do fato gerador, nasce a
obrigação tributária, que é formalizada pelo crédito tributário através do
lançamento. Alternativa correta.

c) Havendo a ocorrência do fato gerador, aquele que o praticou será


obrigado a pagar o tributo, independentemente de sua vontade.

Veja a definição de tributo do CTN:

“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.”

Fica claro que, por ser compulsório, ninguém poderá escolher se quer pagar
tributo ou não. Mesmo porque, se pudesse escolher, quem iria pagar? Rsss.
Alternativa correta.

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d) A criação ou instituição de um tributo tem de ser veiculada por


meio de lei, expressão que deve ser interpretada restritivamente,
sem admitir-se a espécie Medida Provisória como hábil a tal
propósito.

Como visto na alternativa anterior, o Art. 3º do CTN prevê que os tributos


devam ser instituídos em lei. Ocorre que as Medidas Provisórias possuem
FORÇA de lei. Assim sendo são hábeis para a instituição de tributos. É bom
lembrar que as Medidas Provisórias só podem tratar de tributos que forem
instituídos por LEI ORDINÁRIA, ou seja, IGF, Impostos residuais,
Empréstimos Compulsórios e Contribuições Residuais estão fora, por
necessitarem de Lei Complementar. Alternativa Incorreta.

e) A expressão prestação pecuniária exprime a obrigação de que o


tributo tem de ser pago em unidades de moeda em curso, não se
admitindo, como regra, seu pagamento em bens (in natura) ou em
trabalho (in labore).

Como já comentado em questão anterior, o tributo só pode ser pago em


moeda ou em valor que nela seja expressa. Não é possível o pagamento
de tributo por prestação de serviços, por exemplo. Alternativa correta.

GABARITO: D

Q.03 - (FCC - Procurador – Prefeitura de Santos/2002)

Considere:

I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à


restrição ou ao desenvolvimento de determinadas atividades ou
setores específicos, de acordo com determinada linha política de
ação, a exemplo de uma tributação maior sobre bens supérfluos e
menor para bens necessários.

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Essa é a definição de tributo extrafiscal. Percebam que o objetivo deste


tributo não é arrecadatório: “visando à restrição ou ao desenvolvimento de
determinadas atividades ou setores específicos”. É o que acontece com as
CIDE´s por exemplo, que tem por objetivo intervir em determinado setor
econômico com a finalidade de estabilizar alguma situação.

II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de


serem sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefício
de suas próprias finalidades - pessoas diversas da União, Estados e
Municípios.

Essa é a definição de tributo parafiscal. Percebam que aqui, o sujeito


atribuído por competência pela CF, é diferente do sujeito destinatário dos
recursos. Como exemplo, podemos pegar o antigo INSS (autarquia
federal), que era responsável pela arrecadação de contribuições
previdenciárias e ficava com os recursos obtidos.

Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como

a) contribuições e extrafiscais.

b) parafiscais e especiais.

c) extrafiscais e parafiscais.

d) especiais e extraordinários.

e) fiscais e empréstimos compulsórios.

GABARITO: C

Q.04 - (ESAF - APO/MPOG/Planejamento e Orçamento/2010)

É sabido que, de acordo com o art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo


é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:

a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são


tributos, mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao
lado do tributo, para que se submetam ao mesmo regime de
constituição, discussão administrativa, inscrição em dívida ativa e
execução dos tributos.

A definição de tributo diz que esse não poderá constituir sanção de ato
ilícito. Portanto, nenhum FATO GERADOR poderá ser um ato ilícito. Não
pode existir a cobrança de tributo com o seguinte fato gerador: Venda de
Drogas, mas a venda de drogas poderá acarretar em outros fatos geradores
lícitos, como auferir renda. As multas são sanções e por essa característica
NÃO podem ser tributos. Agora, muito cuidado, o CTN faz a seguinte
previsão:

“CTN-Art. 113. § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua


inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária.”

Atenção com essa definição, porque é daí que surgem as maiores dúvidas
dos alunos. Obrigação tributária NÃO é tributo. Ela é uma relação jurídica
estabelecida entre duas pessoas, no caso, um Sujeito Ativo e um Sujeito
Passivo. Portanto, ela pode conter uma multa e um tributo, coisas distintas.
Alternativa correta.

b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz


para custear suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização
tributária implica exercício do poder de polícia, e somente mediante
atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo.

Somente o poder público pode ter a competência para tributar. A tributação


faz parte da vida do Estado, aplicando seus recursos em suas finalidades
essenciais e regulando a economia. O CTN também prevê que somente a
autoridade administrativa poderá realizar o lançamento, inviabilizando
qualquer possibilidade de um particular tributar:
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“CTN-Art. 142. Compete privativamente à autoridade


administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim
entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”

Alternativa correta.

c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade


administrativa tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação
por parte do contribuinte, havendo, no entanto, alguma margem de
discricionariedade nesta atividade.

Quando vocês forem fiscais, vão se deparar com algumas situações


realmente complicadas. Irão ver algumas pequenas empresas familiares
que estão cometendo uma série de ilícitos tributários e, muitas vezes, nem
sabem que os estão cometendo. Apesar disso, vocês não terão margem de
escolha, terão de aplicar o Auto de Infração por força do Art. 3º do CTN,
que diz que a atividade administrativa é plenamente vinculada. Assim
sendo, não há margem de discricionariedade. Alternativa incorreta.

d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias


com o produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo,
apesar de fatos ilícitos, são passíveis de tributação.

Como já explicado em questões anteriores, a renda advinda do jogo do


bicho é totalmente lícita, por se enquadrar em fato gerador lícito (auferir
renda-IR), não importando ter advindo de uma atividade ilícita. Não
confunda o meio ilícito (jogo do bicho), com o fim lícito (auferir renda).
Alternativa correta.

e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo,


mas sim toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos
requisitos constantes do art. 3o do CTN, como por exemplo o
caráter obrigatório.
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Para ser tributo, não basta ser prestação pecuniária, tem de seguir todos
os seis elementos do Art. 3º do CTN:

“CTN-Art. 3º Tributo é toda (1) prestação pecuniária (2)


compulsória, (3) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir,
que (4) não constitua sanção de ato ilícito, (5) instituída em lei e (6)
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

Vamos relembrar o que significa cada coisa de forma objetiva: (1)


prestação pecuniária: tem algum valor econômico atrelado a ela, (2)
compulsória: não há escolha, praticou o fato gerador, será sujeito passivo
de tributo, (3) em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: o
pagamento se dará na forma que a lei determinar, em regra, dinheiro.
Pagamento em serviços e bens móveis não são permitidos, (4) não
constitua sanção de ato ilícito: tributo não é punição, muito menos previsão
para justificar um delito, (5) instituída em lei: para que um tributo seja
cobrado, necessita estar instituído em lei ou algum instrumento com força
similar (medidas provisórias) e (6) cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada: não há discricionariedade para a
autoridade administrativa na sua cobrança. Se há a prática do fato gerador,
o tributo deverá ser lançado.

Alternativa correta.

GABARITO: C

Q.05 - (FCC – Auditor do ISS – 2012)

Um contribuinte deixou de emitir o documento fiscal referente a uma


prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de competência municipal,
e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo
descumprimento dessa obrigação acessória

Essa penalidade pecuniária:

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a) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.

Tributo não pode constituir sanção por ato ilícito. Alternativa incorreta.

b) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem


natureza compulsória.

Tributo não pode constituir sanção por ato ilícito. Alternativa incorreta.

c) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada,


conforme estabelece o Código Tributário Nacional.

Tributo não pode constituir sanção por ato ilícito. Alternativa incorreta.

d) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não


pode ser definida como tributo.

Perfeito. O fato de o contribuinte ter deixado de emitir um documento fiscal,


irá ensejar a cobrança de uma multa, que estará presente na obrigação
principal. Lembrando que obrigação principal também não é tributo.
Portanto, como comentado anteriormente, a multa não pode ser
considerada tributo, pois este não pode ser exação por sanção de ato ilícito.

e) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano


causado pelo descumprimento de uma obrigação acessória.

Tributo não pode constituir sanção por ato ilícito. Alternativa incorreta.

GABARITO: D

Q.06 - (FGV - JE - TJ AM- 2013)

A Constituição da República prevê, em seu art. 145, que “A União, os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos: I impostos; II taxas, em razão do exercício do poder de polícia
ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III –
contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”. Isso significa que

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Comentários:

Essa é uma questão boa para revisarmos um assunto que sempre é cobrado
pela FGV. Quando o CTN foi criado em 1966, só existiam 3 espécies
tributárias: Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. Com o advento
da CF88 foram criadas mais duas espécies tributárias, as contribuições
especiais e os empréstimos compulsórios. Essa última visão é referendada
pelo STF e pela Doutrina. Assim sendo, em uma questão desse tipo, você
tem de perceber a qual instrumento legal ela está se referindo, se ao CTN
ou à CF, pois a resposta será diferente.
==0==

Vamos para as alternativas.

a) estas são as únicas espécies tributárias admitidas pela


Constituição.

A CF admite mais duas espécies tributárias além das 3 previstas nesse


artigo. As contribuições especiais e os empréstimos compulsórios.
Alternativa incorreta.

b) estas são as únicas espécies tributárias admitidas pelo Supremo


Tribunal Federal.

A STF admite mais duas espécies tributárias além das 3 previstas nesse
artigo. As contribuições especiais e os empréstimos compulsórios.
Alternativa incorreta.

c) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto


pela União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de
outras previstas na própria Constituição da República.

Exatamente. No artigo citado pelo nosso exercício, todos os entes


federativos poderão instituir os tributos previstos. Fora esses casos, ainda
existirão mais duas espécies tributárias, essas de competência da União.
Alternativa correta.

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d) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto


pela União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de
outras previstas na Constituição dos Estados ou nas Leis Orgânicas
dos Municípios.

Quem prevê competência tributária é a CF e não a Constituição dos Estados


ou as Leis Orgânicas dos Municípios. Alternativa incorreta.

e) os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais não têm


natureza tributária.

Tanto a CF, quanto o STF, quanto a Doutrina, admitem que os empréstimos


compulsórios e as contribuições sociais possuem natureza tributária.
Alternativa correta.

GABARITO: C

Q.07 - (ESAF/2004/CGU/AFC)

De acordo com a teoria da tributação, aponte a única opção incorreta.

a) Os impostos específicos são aqueles cujo valor do imposto é fixo


em termos monetários.

Impostos específicos são aqueles que são cobrados independentemente do


valor da base de cálculo. Normalmente são cobrados por unidade ou por
medida específica. Como por exemplo R$ 5 reais por garrafa de vinho. Veja
que a garrafa pode custar de R$ 1 a R$ 1000 e isso não terá a menor
relevância. Alternativa correta.

b) Os impostos ad-valorem são aqueles em que se tem uma alíquota


de imposto e o valor arrecadado depende da base sobre a qual
incide.

Ad-valorem significa sobre um valor. Esse valor é a chamada base de


cálculo de um tributo. Sobre ela é aplicado um percentual, a chamada
alíquota, resultando no valor do tributo a pagar. Exempo: Venda de R$
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1000 de mercadorias sujeitas ao ICMS X 18% (alíquota) = R$ 180 (tributo


a pagar). Alternativa correta.

c) Os impostos específicos são pró-cíclicos.

Imposto pró-cícliclo é aquele que estimula a economia, aumentando o


consumo em um ambiente onde exista inflação. Já o anti-cíclico é aquele
que desestimula a economia, diminuindo o consumo em um ambiente onde
exista inflação. A explicação para isso é simples. Em um ambiente
inflacionário o preço do produto irá subir, mas o imposto não, por ser fixo.
Alternativa correta.

d) O sistema tributário deve poder conter o processo de


crescimento desajustado, atuando, muitas vezes, de forma
contracíclica.

Os tributos também podem ser classificados em: 1) Fiscais – possuem o


objetivo de arrecadar, 2) Extrafiscais – possuem o objetivo de interferir na
economia, estimulando ou desestimulando atitudes e 3) Parafiscais – o
sujeito ativo não é a mesma pessoa que irá receber o produto da
arrecadação. Quando um tributo for usado de forma anti-cíclico
(contracíclico) ele estará sendo usado de forma extrafiscal. Alternativa
correta.

e) Um sistema tributário é progressivo quando a participação dos


impostos na renda dos agentes diminui conforme a renda aumenta.

Desta alternativa vem mais uma classificação dos tributos. Progressivos e


Regressivos. Os primeiros são aqueles que tributam mais à medida que a
renda do sujeito passivo aumenta. Temos como exemplo clássico a
cobrança do Imposto de Renda. Já os últimos são aqueles que tributam
menos à medida que a renda do sujeito passivo aumenta. Exemplo clássico
é do ICMS. Vamos dar um exemplo para ficar claro. João ganha R$ 1000 e
vai comprar um remédio que tem R$ 100 de ICMS embutido no preço dele.
Assim sendo João gasta 10% da sua renda em ICMS na compra deste
produto. Já Ricardo, ganha R$ 10.000 por mês e compra o mesmo remédio.
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Ele gasta apenas 1% da sua renda em ICMS na compra deste produto. É


pessoal, o ICMS é bastante cruel! A alternativa está incorreta, pois no
sistema tributário progressivo a participação dos impostos na renda dos
agentes aumenta conforme a renda aumenta e não diminui.

GABARITO: E

Q.08 - (FCC - 2012 / PGM-João Pessoa / Procurador)

Um tributo que tenha por características ser não vinculado a uma atividade
estatal, admita, por expressa e excepcional previsão constitucional,
destinação específica do produto da arrecadação e não admita previsão de
restituição ao final de determinado período classifica-se como

Comentários:

A questão trata de algumas definições de tributos. A primeira é de tributo


vinculado e não vinculado. O primeiro conceito se refere àquelas exações
que ocorrem devido a uma atividade estatal. Como exemplo, temos a
contribuição de melhoria, tributo que é exigido por decorrência de uma obra
pública. Já o último conceito, se refere àquelas exações que ocorrem não
por uma atividade do Estado e sim por parte de uma manifestação do
contribuinte. Por exemplo, se você possui a propriedade de um veículo
automotor, você está manifestando sua riqueza e portanto pagará IPVA.
Perceba que o Estado não fez nada. Você que decidiu comprar um carro.
Cuidado para não confundir tributo vinculado e não vinculado com tributo
de RECEITA vinculada e de RECEITA NÃO vinculada. O primeiro conceito se
refere às exações que tenham um destino pré-definido para sua
arrecadação. O último se refere aos tributos que NÃO têm aplicação pré-
definida de sua arrecadação. Os impostos, em regra, são todos de receita
NÃO vinculada, com as únicas exceções previstas no próprio corpo
Constitucional:

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“CF-Art. 167.São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou


despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts.
198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como
o disposto no § 4º deste artigo;”

Vamos para as alternativas.

a) taxa.

A taxa é um tributo vinculado de receita não vinculada. Incorreta.

b) contribuição de intervenção no domínio econômico.

A CIDE é um tributo não vinculado de receita vinculada. Incorreta.

c) imposto.

Os Impostos são um tributo não vinculado de receita não vinculada.


Correta.

d) empréstimo compulsório.

O empréstimo compulsório é um tributo não vinculado de receita vinculada.


Incorreta.

e) contribuição social.

A contribuição social é um tributo não vinculado de receita vinculada.


Incorreta.

GABARITO: C

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Q.09 - (FGV - JE - TJ AM - 2013)

Assinale a alternativa que melhor sintetiza as distinções entre as espécies


tributárias indicadas.

a) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a


taxa, sendo distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não
as bases de cálculo.

O imposto é um tributo não vinculado, ou seja, não depende de uma


atuação estatal. As suas bases de cálculo não poderão ser as mesmas.
Alternativa incorreta.

b) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa,


sendo distintas as bases de cálculo, mas não os fatos geradores.

O imposto é um tributo não vinculado, ou seja, não depende de uma


atuação estatal. Já a taxa é tributo vinculado. O fato gerador da taxa não
é igual ao de imposto. Alternativa incorreta.

c) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a


taxa, sendo distintas as bases de cálculo dos dois tributos, mas não
os fatos geradores.

O imposto é um tributo não vinculado, ou seja, não depende de uma


atuação estatal. O fato gerador da taxa não é igual ao de imposto.
Alternativa incorreta.

d) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa,


sendo distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as
bases de cálculo.

A taxa é tributo vinculado, dependente de atuação do Estado. As suas bases


de cálculo não poderão ser as mesmas. Alternativa incorreta.

e) O imposto pressupõe um ato do contribuinte e a taxa pressupõe


um ato do Poder Público, sendo distintos os fatos geradores e as
bases de cálculo dos dois tributos.

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Perfeito. O imposto é um ato do contribuinte na medida em que representa


uma exteriorização de sua riqueza. Por exemplo, ao comprar um carro,
você demonstra capacidade econômica e pratica o fato gerador do IPVA. É
uma atitude sua e não do Estado. Já a taxa será um ato do poder público,
pois decorre ou do poder de polícia ou de um serviço público. Seus fatos
geradores e bases de cálculo serão diferentes. Alternativa correta.

GABARITO: E

Q.10 - (FCC – 2014 / ICMS-RJ / Auditor Fiscal)

Com a aproximação das datas em que serão realizados os Jogos Olímpicos


e os Jogos da Copa do Mundo, na cidade do Rio de Janeiro, o governo
fluminense tomou a decisão de incrementar a fiscalização dos
estabelecimentos hoteleiros e congêneres do Estado, a fim de lhes imprimir
uma qualidade de nível internacional, mesmo quando se tratar de pequenos
estabelecimentos. Para realizar esse intento, seriam necessários aportes de
recursos novos, com o fito de custear essas atividades estatais. Em razão
disso, um deputado estadual propôs que se alterassem os valores das taxas
de segurança cobradas pelo Estado. O referido deputado, depois de
constatar que o valor das diárias de um hotel, ou de um estabelecimento
congênere, não mantinha relação direta com o porte desse hotel, nem com
a quantidade de quartos/apartamentos que ele possui, nem com o capital
social dessa empresa hoteleira, considerou possível e viável promover uma
alteração drástica no correspondente item da tabela de valores das taxas
estaduais. Desse modo, com a finalidade de adequar a cobrança da taxa à
capacidade contributiva do contribuinte, o referido deputado decidiu
apresentar projeto de lei para alterar a maneira como essa taxa seria
cobrada. De acordo com seu projeto, o valor anual dessa taxa, em relação
aos hotéis e congêneres, passaria a ser calculado mediante a aplicação da
alíquota de 0,1% sobre o capital social da empresa hoteleira ou da empresa
congênere. No tocante especificamente aos motéis, visando, ainda,

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alcançar o objetivo de adequar a cobrança da taxa à capacidade


contributiva do contribuinte, essa taxa passaria a ser calculada mediante a
aplicação de uma alíquota de 10% sobre a mesma base de cálculo utilizada
para cálculo do ISSQN devido ao município de localização do
estabelecimento contribuinte. Com base nas informações apresentadas e
no que dispõe o CTN a esse respeito, considere:

Comentários:

O enunciado tratava das taxas e do princípio da capacidade contributiva. A


taxa é uma espécie de tributo prevista no CTN. Ela possui dois fatos
geradores, um de prestação de serviço público e outro de poder de polícia.
Já o mencionado princípio é aquele onde os impostos devem ser cobrados
de acordo com a capacidade de pagamento do contribuinte. Ou seja, quem
é rico paga mais e quem é pobre paga menos.

Essa questão somente exigia que o candidato lembrasse de duas vedações


presentes no CTN em relação às taxas e um princípio Constitucional
aplicado aos impostos.

1) As taxas não podem ter base de cálculo idênticas a dos impostos

2) As taxas não podem ser calculadas em função do capital social das


empresas

3) O princípio da capacidade contributiva se aplica aos impostos


(Cuidado para não viajar em questões jurisprudenciais e doutrinárias, a
questão não exigiu nada mais do que a letra da lei)

Pronto, com apenas essas informações você resolveria a questão.

Vamos às afirmativas.

I. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação


aos hotéis e congêneres, pois as taxas não podem ser calculadas
em função do capital das empresas.

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A afirmativa é correta ao afirmar que o projeto de lei não deve prosperar


devido a segunda vedação citada no começo de nossa explicação (vedação
ao cálculo em função do capital social das empresas)

“CTN-Art. 77. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de


cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas.”

II. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos


hotéis e congêneres, pois os tributos devem ser graduados com
base na capacidade econômica do contribuinte (capacidade
contributiva).

A afirmativa peca ao dizer que o projeto de lei deve prosperar. Comete um


segundo erro ao afirmar que os tributos devem ser graduados pelo princípio
da capacidade contributiva. Já vimos acima, que esse princípio aplica-se
apenas aos IMPOSTOS, que é uma espécie de tributo. Ou seja, não se aplica
ao gênero.

“CF88-Art. 145. §1o Sempre que possível, os impostos terão


caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.”

III. A capacidade econômica do contribuinte (capacidade


contributiva) é relevante para a graduação do valor dos tributos a
serem cobrados do sujeito passivo.

A afirmativa está errada pelo mesmo motivo da segunda parte da


afirmativa anterior. A capacidade contributiva aplica-se apenas aos
impostos.

“CF88-Art. 145. §1o Sempre que possível, os impostos terão


caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do

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contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para


conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.”

IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação


aos motéis, pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de
impostos, nem idênticas às que correspondam à base de cálculo de
impostos.

A afirmativa é correta ao afirmar que o projeto de lei não deve prosperar


devido a primeira vedação citada no começo de nossa explicação (vedação
à base de cálculo das taxas ser a mesma dos impostos)

“CTN-Art. 77. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de


cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.”

V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos


motéis, pois, quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria
de impostos, os impostos deverão deixar de ser cobrados, para que
as taxas possam sê-lo.

A afirmativa está errada ao afirmar que o projeto de lei merece prosperar.


Adicionalmente faz uma afirmação absurda, sem respaldo legal algum, ao
afirmar que quando as taxas tiverem base de cálculo de impostos, esses
últimos deixarão de ser cobrados. Isso não existe e essa possibilidade de
base de cálculo idêntica aos impostos é vedada.

“CTN-Art. 77. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo
ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas.”

Está correto o que se afirma APENAS em

a) IV e V.

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b) I e II.

c) II e III.

d) III e V.

e) I e IV.

GABARITO: E

Q.11 - (FGV - AFRE RJ/SEFAZ RJ/2011)

Quanto às taxas, é correto afirmar que

a) é possível que elas sejam calculadas em função do capital das


empresas.

Essa é uma vedação prevista no CTN e não pode ocorrer. Alternativa


incorreta.

b) somente podem ser cobradas para fazer face à utilização efetiva


de serviço público prestado ao contribuinte.

O serviço público pode ser prestado efetivamente ou de forma potencial.


Alternativa incorreta.

c) a cobrança de taxas se subordina à prestação de serviço público


específico e indivisível posto à disposição do contribuinte.

O serviço público tem de ser específico e DIVISÍVEL. Alternativa incorreta.

d) a taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a


imposto, mas nada impede que tenha a mesma base de cálculo.

A taxa não pode ter a mesma base de cálculo de imposto. Isso é uma
vedação prevista no CTN. Alternativa incorreta.

e) são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia


autorização orçamentária em relação à lei que as instituiu.

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A taxa é uma espécie tributária e, como tal, deve ser cumprida


compulsoriamente. A segunda parte, pelo ordenamento jurídico atual, está
errada. Ela previa o princípio da anualidade (não mais vigente), que dizia
que um tributo para ser exigido deveria estar previsto na LOA. Entretanto,
o examinador retirou a frase de uma súmula do STF e considerou a
afirmativa correta, o que é um absurdo. Veja:

“STF Súmula nº 545 - Preços de serviços públicos e taxas não se


confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e
tem sua cobrança condicionada a prévia autorização orçamentária,
em relação a lei que as instituiu.”

Alternativa dada como correta, mas fica a ressalva.

GABARITO: E

Q.12 - (ESAF - AFRF/2009)

Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto:

a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um


fato do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra
a taxa das pessoas que dela se aproveitam

A taxa é um tributo vinculado a uma atividade estatal. Portanto, não é um


fato do contribuinte, é um fato do Estado. Alternativa correta.

b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa,


pode consistir no exercício regular do poder de polícia.

A taxa tem dois fatos geradores. Um é o poder de polícia e o outro é o


serviço público. Alternativa correta.

c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa,


pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à
disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não

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A alternativa está quase perfeita. Quando o fato gerador for prestação de


serviço público, esse poderá ser potencial (independentemente de ser
utilizado pelo sujeito passivo será cobrado) OU efetivo (somente se for
utilizado pelo sujeito passivo será cobrado). Além desses dois atributos,
também tem de ser específico (o usuário enxergando o serviço) E divisível
(o Estado enxergando o usuário). A alternativa está errada por dizer que
ele pode ser divisível OU não. Tem de ser. Incorreta.

d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os


impostos, e não com as taxas

Os impostos são tributos de RECEITA não vinculada. Assim sendo, são a


principal fonte de financiamento de atividades estatais. A taxa é um tributo
contraprestacional, pois sua cobrança tem o objetivo de devolver aos cofres
públicos o gasto com o serviço prestado. Apesar disso, tome cuidado, a
taxa é um tributo de RECEITA não vinculada, mas o objetivo não é
arrecadar para financiar as atividades estatais gerais. Alternativa correta.

e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se


regular quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites
da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se
de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder

Essa é a literalidade do CTN, que define o poder de polícia. Só gostaria de


chamar atenção para o DISCRICIONÁRIA ao fim da frase. Se você não tem
bem esse conceito em sua mente, ao ler essa palavrinha na prova vai achar
que deveria estar escrito VINCULADA. É só lembrar dos atributos do poder
de polícia do Direito Administrativo: DIA – Discricionariedade,
Imperatividade e Autoexecutoriedade. Fique atento! Alternativa correta.

GABARITO: C

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Q.13 - (FGV – Auditor Fiscal – MA - 2014)

Com referência às taxas, assinale a alternativa em que as duas assertivas


estão corretas e a segunda enfatiza e justifica o conteúdo da primeira.

a) As taxas são espécie tributária que decorrem do exercício do


poder de polícia ou de prestação de serviço público. // Para haver
cobrança de taxa é indispensável que o serviço público seja
efetivamente prestado ao contribuinte.

O serviço público poder ser prestado de forma potencial ao contribuinte.


Alternativa incorreta.

b) No caso de serviço público indivisível e inespecífico, não pode


haver cobrança de taxa. // O serviço público que permite a
cobrança da taxa vincula-se a uma relação anterior de natureza
contratual.

A taxa é uma espécie tributária e, como tal, não pode ser contratual e sim
compulsória. Alternativa incorreta.

c) O exercício do poder de polícia justifica a cobrança da taxa. // A


obrigação de pagar esta exação, contudo, depende da efetiva
fiscalização exercida pelo Estado.

Não é necessária a efetiva fiscalização do Estado, basta que esse poder


esteja efetivamente constituído. Hoje com a tecnologia avançada, o fisco
pode realizar seu trabalho à distância, não sendo necessário a presença no
local do contribuinte. Alternativa incorreta.

d) A competência dos entes federativos para instituir taxas é


comum. // A fixação das taxas, em cada caso, vai depender da
aferição constitucional das competências administrativas.

A taxa, apesar de ser um tributo de competência comum, restringe-se a


cada interesse no âmbito de cada ente federativo. Assim sendo, ao se

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instituir esse tributo, cada ente federativo deverá fazê-lo tendo em vista a
repartição de competências realizada pela CF. Alternativa correta.

e) O serviço público específico e divisível autoriza a incidência da


taxa. // A possibilidade de incidência de taxa sobre serviço público
específico e divisível baseia-se na regra da proporcionalidade.

A taxa é um tributo contraprestacional. Assim sendo, sua cobrança baseia-


se no serviço prestado. Alternativa incorreta.

GABARITO: D

Q.14 - (ESAF – ACE - 2012)

Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II da


Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção
correta.

I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do


exercício do poder de polícia daquelas de utilização de serviços
específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a prestação
potencial do serviço público.

A taxa é uma espécie de tributo de competência comum prevista no CTN.


Ela possui dois fatos geradores, um de prestação de serviço público e outro
de poder de polícia. A de serviço público deve ser específica e divisível e
pode ser efetiva ou potencial. Já a de polícia é obrigatoriamente efetiva.
Alternativa correta. Veja o texto da CF:

“CF-Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão instituir os seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela


utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;”

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II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e


divisíveis, e passíveis de tributação por meio de taxa, os serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades
sejam completamente dissociadas de outros serviços públicos de
limpeza realizados em benefício da população em geral (uti
universi) e de forma indivisível.

Para saber se qualquer serviço pode ser cobrado mediante taxa, basta que
você sempre faça duas perguntas. 1) É específico? e 2) É divisível? Se as
duas repostas forem positivas, o tributo poderá ser cobrado. Eu sei que as
definições do CTN são bizarras em relação a esses dois requisitos.
Específico é o cidadão conseguindo enxergar o serviço sendo prestado, ou
seja, no caso da questão, é você vendo o lixo ser coletado. Divisível é o
Estado enxergando você, ou seja, é a possibilidade de mensuração
individualizada de quanto cada um usufrui do serviço de coleta de lixo. Mais
fácil assim, não é mesmo? A alternativa está correta, pois o serviço em
questão é específico e divisível. Vamos relembrar da suave definição do
CTN:

“CTN-Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77


consideram-se:

I - específicos, quando possam ser destacados em unidades


autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;”

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por


parte de cada um dos seus usuários.”

E ai? Dá até arrepio de ler essas definições. Mais fácil com o macete!! Rsss.
Perceba que, novamente, você não precisava saber da decisão do STF se
soubesse bem Tributário. Veja a decisão da corte (RE 613287 AgR / RS):

“As taxas cobradas em razão dos serviços públicos de coleta,


remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de

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imóveis, desde que dissociadas da cobrança de outros serviços públicos de


limpeza são constitucionais”

III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque


estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua
cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em
relação à lei que as instituiu.

Apesar da definição de preço público, quase tudo se assemelha ao direito


privado. Aqui não se aplicam as limitações ao poder de tributar, é cobrado
por delegação, o serviço deve ser efetivo, tem base contratual, é receita
originária, etc. Já as taxas são praticamente ao contrário, se aplicando as
limitações ao poder de tributar, é cobrada pelo Estado, o serviço pode ser
efetivo ou potencial, tem base legal, é receita derivada, etc. Como vocês
podem ver, as definições são bem diferentes e é justamente isso que a
alternativa afirma. Correta. O examinador, para variar, retirou o texto do
STF:

“Súmula nº 545 - Preços de serviços públicos e taxas não se


confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e
tem sua cobrança condicionada a prévia autorização orçamentária, em
relação a lei que as instituiu.”

IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder


Público, não pode superar a relação de razoável equivalência que
deve existir entre o custo real da atuação estatal referida ao
contribuinte e o valor que o Estado pode exigir de cada contribuinte,
considerados, para esse efeito, os elementos pertinentes às
alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.

A taxa tem uma característica contraprestacional, ou seja, o Estado é


remunerado ou pelo Poder de Polícia ou pelo Serviço Público. Como o
Estado não tem fins lucrativos, deve-se cobrar um valor que deva retribuir
o custo dessa prestação. É justamente o que afirma a questão. Correta.

a) Apenas I, II e IV estão corretos.


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b) Apenas I, III e IV estão corretos.

c) Apenas II e IV estão corretos.

d) Apenas III e IV estão corretos.

e) Todos os itens estão corretos.

GABARITO: E

Q.15 - (FGV - ACI - SEFAZ RJ - 2011)

Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado por empresa privada,


concessionária, para os usuários de determinada rodovia que passa pelo
território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer via
alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale
a alternativa correta.

Comentários:

Essa questão é muito polêmica, e no meu modo de entender, não deveria


ser cobrada em concurso público. O STF e a Doutrina, uma hora entendem
que o pedágio é taxa e em outro momento entendem que é tarifa, não há
consenso. A questão representa uma das visões da Doutrina e do STF, que
diz que quando não houver uma via alternativa, pelo fato da
obrigatoriedade, o pedágio será taxa.

Vamos para as alternativas.

a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta


obrigatoriamente a característica da compulsoriedade.

Se possui a característica da compulsoriedade, não pode ser tarifa, já que


essa tem natureza contratual e não tributária. Alternativa incorreta.

b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é


compatível com o princípio da indelegabilidade da competência
tributária.

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Veremos em aulas futuras que a competência tributária é indelegável e o


fato de uma pessoa jurídica de direito privado ARRECADAR tributo, não
configurará delegação da mesma. É justamente o caso da questão.
Alternativa correta.

“CTN-Art. 7º § 3º Não constitui delegação de competência o


cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de
arrecadar tributos.”

c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não


podendo ser cobrado pela empresa concessionária, conforme aduz
o princípio da irrenunciabilidade.

Mesmo se considerarmos o pedágio como taxa, nada impede que uma


concessionária a ARRECADE, como visto na questão anterior. Alternativa
incorreta.

d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária


para a cobrança de pedágio.

O oferecimento de via alternativa gratuita NÃO é condição necessária para


a cobrança de pedágio. Entretanto, alguns autores entendem que é uma
condição necessária para se determinar se é taxa ou tarifa. Alternativa
incorreta.

e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas


ou bens, por meio de pedágio, por imposição constitucional.

A própria CF excepciona o pedágio deste princípio tributário. Veja:

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio


de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”

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Alternativa incorreta.

GABARITO: B

Q.16 - (FCC – 2014 / ICMS-RJ / Auditor Fiscal)

O Estado do Rio de Janeiro decidiu realizar obras públicas para conter as


enchentes que assolavam um determinado município hipotético de seu
território. Essas obras consistiam em elevar as margens do rio que banhava
esse município e incluíam, em decorrência disso, a abertura de vias públicas
largas e modernas, recuperação da região degradada e, inclusive, a
realização de obras de paisagismo. As obras públicas a serem realizadas
foram orçadas em R$ 250.000,00, valor esse a ser integralmente financiado
por contribuição de melhoria. Estudos efetuados demonstraram que a zona
a ser beneficiada pelas obras abrangeria cinco imóveis da região, sendo
que a valorização média esperada desses imóveis seria de 20%. Com base
nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de melhoria,
cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região beneficiada,
contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel, resultando
na seguinte situação:

Considerando as informações acima, é correto afirmar:

Comentários:

A questão tratava da espécie tributária Contribuição de Melhoria. Ela possui


um fato gerador que exige dois acontecimentos. Uma obra pública e uma
valorização imobiliária decorrente dela.

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No caso de cobrança de contribuição de melhoria, devemos estar atentos a


DOIS limites:

1) O valor cobrado não pode exceder o custo total da obra. No caso R$


250.000. Esse é o limite TOTAL.

2) O valor cobrado separadamente de cada imóvel não pode exceder o


montante da sua valorização. Por exemplo, No caso do imóvel II, não pode
se cobrar mais do que R$ 20.000. Esse é o limite INDIVIDUAL.

“CTN-Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado.”

Assim sendo vamos ver quanto poderíamos cobrar de cada imóvel.

Imóvel:

I- Não poderíamos cobrar nada, pois ele não obteve valorização alguma.

II- Poderíamos cobrar R$ 20.000 mil, pois foi o quanto se valorizou.

III- Poderíamos cobrar R$ 45.000 mil, pois foi o quanto se valorizou.

IV- Poderíamos cobrar R$ 80.000 mil, pois foi o quanto se valorizou.

V- Poderíamos cobrar R$ 125.000 mil, pois foi o quanto se valorizou.

Vamos agora ver se as cobranças foram realizadas de forma correta:

I- Foi cobrado R$ 20.000 mil a mais do que era possível.

II- Foi cobrado R$ 20.000 mil a mais do que era possível.

III- Foi cobrado R$ 15.000 mil a mais do que era possível.

IV- Foi cobrado o valor correto.

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V- Foi cobrado o valor correto, mas ainda poder-se-ia cobrar R$ 25.000


adicionais deste contribuinte. Perceba que não há nada de errado em cobrar
menos do que o valor valorizado.

Analisando as alternativas:

a) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria,


pois as obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à
região, como, por exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento
da área.

A letra A deve ser descartada, pois o imóvel I não deve pagar contribuição
de melhoria, pois não obteve valorização imobiliária.

b) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os


imóveis que se valorizaram em decorrência da obra em questão,
tendo como único valor máximo limite, para essa cobrança, o
montante equivalente à valorização que cada imóvel sofreu em
decorrência das obras realizadas.

A letra B deve ser descartada, pois a afirmativa diz que só existe um único
limite que deve ser levado em conta, e sabemos que existem dois, o total
e o individual.

c) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em


questão tenham tido uma valorização média de 20%, o Estado
poderá cobrar, de todos eles, linearmente, contribuição de melhoria
calculada com base na aplicação do percentual de 18% sobre o
valor do imóvel antes da realização da obra.

A letra C deve ser descartada, pois ela diz que o estado poderá cobrar
contribuição de melhoria de todos aplicando o percentual de 18% sobre o
valor dos imóveis antes da realização da obra. Se tomarmos por exemplo
o imóvel II e aplicarmos esse percentual, chegaríamos a uma cobrança de
$ 36.000 (200.000 X 0,18%), o que não é possível, já que o máximo a ser
cobrado dele é R$ 20.000, o valor da valorização pelo limite individual.

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d) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com


base na legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a
contribuição de melhoria relativa a esse imóvel poderia ser
determinada e, posteriormente, lançada e cobrada, mediante o
rateio do custo total da obra por esse fator individual de
valorização.

O gabarito é a afirmativa D, pois ela vai ao encontro do CTN ao afirmar que


tem de ser respeitado os dois limites, o individual e o total. Adicionalmente,
o fator de 7,4% estaria dentro dos dois limites passíveis de cobrança deste
tributo.

e) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125.000,00) é


equivalente a 46,29% da soma total das valorizações individuais de
cada imóvel (R$ 270.000,00), o Estado poderá aplicar esse índice
de 46,29%, sobre o valor do imóvel antes da sua valorização, para
fins de cálculo do valor da contribuição de melhoria por ele devida.

A alternativa E deve ser descartada, pois ela afirma que o Estado poderia
aplicar o índice de 46,29% sobre o valor do imóvel V antes da valorização
para cálculo da Contribuição de Melhoria. Se isso fosse verdade, o imóvel
passaria a valer R$ 731.450. Esse valor extrapola o valor real da
valorização que foi de R$ 625.000.

GABARITO: D

Q.17 - (FGV - ACI - SEFAZ RJ - 2011)

Qual é o fato gerador que permite a cobrança da contribuição de melhoria?

a) Realização de obra pública que gere melhoras nas condições de


vida da população.

Gerar melhorias nas condições de vida da população não é condição


necessária no fato gerador deste tributo. Alternativa incorreta.

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b) Prestação de serviço público que atraia investimentos


econômicos na região.

Não há nenhuma relação com o fato gerador do tributo da questão.


Alternativa incorreta.

c) Disponibilização do serviço público de caráter voluptuário.

Não há nenhuma relação com o fato gerador do tributo da questão.


Alternativa incorreta.

d) Efetivo exercício do poder de polícia.

A situação apresentada é um dos fatos geradores da taxa. Alternativa


incorreta.

e) Valorização de imóvel decorrente de obra pública.

Esse é o fato gerador da contribuição de melhoria. Perceba como ele é


DUPLAMENTE condicionado. Alternativa correta.

GABARITO: E

Q.18 - (ESAF Analista Jurídico – CE/2006)

Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da


União, é incorreto afirmar se que

Comentários:

Os empréstimos compulsórios são tributos previstos na CF de competência


exclusiva da União. Esse tributo possui uma característica bem
diferenciada, já que será devolvido em um determinado período. Veja essa
previsão no CTN:

“CTN-Art. 15, Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o


prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que
for aplicável, o disposto nesta Lei.”

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Vejam suas circunstâncias autorizadoras:

“CF-Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir


empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de


calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de


relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de


empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição.”

Portanto, possui duas circunstâncias autorizadoras. Mas professor, essas


situações não são os fatos geradores? Não são, caro aluno. Os fatos
geradores serão previstos após a instituição desse tributo. Muito cuidado
para não confundir o inciso I do Empréstimo Compulsório com o inciso do
Imposto Extraordinário, veja:

“CF-Art. 154. A União poderá instituir:

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos


extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária,
os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua
criação.”

Perceba que este último tributo tem como circunstância autorizadora a


iminência ou a guerra externa. Esse também não é seu fato gerador! Já os
Empréstimos Compulsórios possuem como circunstância as despesas
extraordinárias de dois fatores, sendo um deles a guerra externa ou sua
iminência. CUIDADO!

Última coisa que gostaria de chamar a atenção. O Empréstimo Compulsório


estava previsto no CTN, mas não era considerado tributo. Só o foi pela
CF88. Além disso, no CTN está prevista uma hipótese de instituição no

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inciso III do Art. 15, que NÃO foi recepcionada pela nossa Constituição
vigente, ou seja, não é mais válido, veja:

“CTN-Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais,


pode instituir empréstimos compulsórios:

I - guerra externa, ou sua iminência;

II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender


com os recursos orçamentários disponíveis;

III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder


aquisitivo.”

Feito esse breve resumo, vamos para as alternativas.

a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias


decorrentes de calamidade pública.

Esse é uma das hipóteses de ocorrência dos Empréstimos Compulsórios.


Alternativa correta. (CF-Art. 148, I)

b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de


caráter urgente.

Esse é uma das hipóteses de ocorrência dos Empréstimos Compulsórios.


Alternativa correta. (CF-Art. 148, II)

c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei


complementar.

Em todas as situações os Empréstimos Compulsórios necessitarão de Lei


Complementar. Alternativa Incorreta. (CF-Art. 148)

d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será


integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua
instituição.

O Empréstimo Compulsório é um tributo de RECEITA vinculada, ou seja,


tudo que for arrecadado com ele, já terá destinação certa. Ou irão para as

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despesas extraordinárias ou para algum investimento público. Alternativa


correta. (CF-Art. 148, Parágrafo Único)

e) poderão, ou não, sujeitar se ao princípio constitucional da


anterioridade (conforme a hipótese que tenha motivado a sua
instituição).

A anterioridade será assunto de aulas futuras. Não se preocupe com isso


agora. Mas para você não ficar sem resposta, a anterioridade prevê que um
tributo, que seja instituído ou majorado em um exercício financeiro, só
possa ser exigido no exercício seguinte dessas alterações. No caso dos
Empréstimos Compulsórios, as despesas extraordinárias não precisarão
respeitá-la, apenas os investimos públicos. Alternativa correta.

GABARITO: C

Q.19 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2010)

Com relação aos empréstimos compulsórios, assinale a afirmativa


incorreta.

a) Os empréstimos compulsórios deverão ser instituídos por meio


de lei complementar.

Esse é um dos tributos de exceção instituído por lei complementar.


Alternativa correta.

b) A instituição do empréstimo compulsório se justifica quando,


para atender a calamidade pública, são necessárias despesas
extraordinárias.

Essa é uma das circunstâncias que autorizam o tributo. Veja que o


examinador falou em JUSTIFICATIVA e não em FATO GERADOR. Alternativa
correta.

c) A iminência de guerra externa é fundamento suficiente para a


instituição de empréstimo compulsório.
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Essa é uma das circunstâncias que autorizam o tributo. Veja que o


examinador falou em FUNDAMENTO e não em FATO GERADOR. Alternativa
correta.

d) Todos os entes da Federação têm competência para a instituição


do empréstimo compulsório, desde que haja urgência de
investimento público.

Esse tributo é de competência exclusiva da União. Alternativa incorreta.

e) O empréstimo compulsório poderá ser instituído sob o


fundamento de relevante interesse nacional.

Essa é uma das circunstâncias que autorizam o tributo. Veja que o


examinador falou em FUNDAMENTO e não em FATO GERADOR. Alternativa
correta.

GABARITO: D

Q.20 - (FCC/2009/ICMS-SP/Agente Fiscal de Rendas)

Os Empréstimos Compulsórios

a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias


decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência, não sendo necessária, nesses casos, a observância ao
princípio da anterioridade.

Como comentado em questão anterior, essa é uma das hipóteses de


instituição dos Empréstimos Compulsórios. Em relação ao princípio da
anterioridade, vamos vê-lo em aula futura, mas saiba que nessa hipótese
ele não precisa ser respeitado devido à urgência da situação. Alternativa
correta.

b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de


caráter urgente e de relevante interesse nacional, não sendo
necessária, nesse caso, a observância ao princípio da anterioridade.
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Como comentado em questão anterior, essa é uma das hipóteses de


instituição dos Empréstimos Compulsórios. Em relação ao princípio da
anterioridade, vamos vê-lo em aula futura, mas saiba que nessa hipótese
ele PRECISA ser respeitado, pois o legislador entendeu que a situação não
era tão urgente. Alternativa incorreta.

c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, observando-se a competência material de
cada um desses entes políticos.

Os Empréstimos Compulsórios são de competência exclusiva da União


Federal. Alternativa incorreta.

d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas


as causas de sua criação.

É muito comum nesse assunto, o examinador tentar confundir o candidato


com o Imposto Extraordinário, pois ele tem uma circunstância autorizadora
muito próxima do Empréstimo Compulsório. Essa cobrança suprimida é só
no caso do Imposto Extraordinário, já que o Compulsório será devolvido,
veja:

“CF-Art. 154. A União poderá instituir:

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos


extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária,
os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua
criação.”

Alternativa incorreta por tratar dos Impostos Extraordinários.

e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para


sua instituição, a aplicação dos recursos provenientes do
Empréstimo Compulsório desvinculada da despesa que
fundamentou sua instituição.

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O Empréstimo Compulsório é um tributo de RECEITA vinculada, ou seja,


tudo que for arrecadado com ele, já terá destinação certa. Ou irão para as
despesas extraordinárias ou para algum investimento público. Alternativa
incorreta. (CF-Art. 148, Parágrafo Único)

GABARITO: A

Q.21 - (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal/AFRF – 2005)

Sobre as contribuições sociais gerais (art. 149 da Constituição Federal), é


errôneo afirmar se, haver previsão de que

Comentários:

As contribuições sociais gerais, ou contribuições especiais, é o nome dado


pela CF, para o GÊNERO desta espécie tributaria. Vamos reproduzir o artigo
da CF, que praticamente trata de tudo desta questão (se atentem para os
meus comentários em vermelho):

“CF-Art.149. Compete exclusivamente à União instituir (1)


contribuições sociais, de (2) intervenção no domínio econômico e (3)
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto
nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, §
6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. (A
competência do tributo é exclusiva da União. O artigo prevê as
contribuições que podem ser instituídas, numeradas de 1 a 3 por
mim.)

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão


contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não
será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos
da União. (Vejam que eu disse que as contribuições são de

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competência da União, e isso é verdade. Entretanto a CF prevê uma


exceção em relação aos Estados, DF e Municípios. Fique atento!)

§ 2º As (1) contribuições sociais e de (2) intervenção no


domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Percebam que
a contribuição de número 3 (de interesse das categorias
profissionais ou econômicas), ficou de fora deste parágrafo)

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros


ou serviços;

III - poderão ter alíquotas:

a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o


valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;

b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.

§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação


poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão


uma única vez.”

Feito esse breve resumo, vamos para as alternativas.

a) poderão ter alíquotas ad valorem ou específicas.

Ad-valorem significa sobre um valor. Esse valor é a chamada base de


cálculo de um tributo. Sobre ela é aplicado um percentual, a chamada
alíquota, resultando no valor do tributo a pagar. Exempo: Venda de R$
1000 de mercadorias sujeitas ao ICMS X 18% (alíquota) = R$ 180 (tributo
a pagar). Alíquotas específicas são aquelas em que se é cobrado
independentemente do valor da base de cálculo. Normalmente são exigidos
por unidade ou por medida específica. Como por exemplo R$ 5 reais por
garrafa de vinho. Veja que a garrafa pode custar de R$ 1 a R$ 1000 e isso
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não terá a menor relevância. Alternativa correta, pois é possível ter


qualquer uma das duas alíquotas.

b) incidirão, também sobre a importação de produtos estrangeiros


ou serviços.

O Brasil é um país muito protecionista, muitas vezes, de forma exagerada.


Assim sendo, quase sempre tenta impedir a entrada de produtos
estrangeiros através da exigência do Imposto de Importação. No caso da
alternativa, essa hipótese está prevista literalmente na Constituição.
Alternativa correta. (CF-Art.149, § 2º, II)

c) incidirão, em todos os casos, uma única vez.

Não são todos os casos em que as contribuições incidirão uma única vez,
podendo ser exigido sobre uma cadeia de fatos. Apenas a lei determinará
quais serão as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.
Alternativa incorreta. (CF-Art.149, § 4º)

d) poderão ter por base, entre outras, o faturamento e a receita


bruta.

Essa é uma das hipóteses de incidência previstas na CF. Alternativa correta.


(CF-Art.149, § 2º, III, a)

e) não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.

Em decorrência da letra B, ou seja, de o Brasil ser muito protecionista, tem


de ser estimulada, de todas as formas, a indústria nacional. E, se sempre
tenta-se impedir a entrada de produtos estrangeiros através da tributação,
também tenta-se estimular a saída de produtos nacionais através da
isenção da tributação. A ideia é tornar o país competitivo, não exportando
imposto. A alternativa está correta e representa a literalidade da CF. (CF-
Art.149, § 2º, I)

GABARITO: C

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Q.22 - (ESAF – ACE - 2012)

Sobre as contribuições, pode-se afirmar que:

a) no caso da contribuição de intervenção no domínio econômico, é


considerada inconstitucional a lei orçamentária no que implique
desvio dos recursos das contribuições para outras finalidades que
não as que deram ensejo à sua instituição e cobrança.

As CIDE´s são contribuições de competência exclusiva da União, com o


objetivo de intervir em determinado mercado. Possuem caráter extrafiscal.
São tributos de receita vinculada, ou seja, tudo o que for arrecadado com
a exação terá destinação certa e pré-definida pela própria lei instituidora
da contribuição. Assim sendo, a alternativa está correta por afirmar que
seria inconstitucional a lei orçamentária que implique desvio dos recursos
das contribuições para outras finalidades que não as que deram ensejo à
sua instituição e cobrança. É o nosso gabarito.

b) alterar a finalidade da exigência de uma contribuição para a


seguridade social significa alterar a própria exigência, o que a faz
deixar de ter fundamento constitucional, não podendo subsistir.

Vamos traduzir para o português. O que a questão indaga é se o fato


gerador de uma contribuição social pode ser estranho ao destino da sua
arrecadação. Como por exemplo a CSLL, que incide sobre o lucro das
empresas. O fato de incidir sobre o lucro, algo teoricamente desvinculado
de uma exação social, torna o próprio tributo inválido? É claro que não.
Resumindo: o que importa para as contribuições é a finalidade da
arrecadação (para onde vai o dinheiro) e não o fato gerador. Alternativa
incorreta.

c) é vedado que impostos e contribuições possuam idêntica base de


cálculo.

O que é vedado é que as taxas não tenham base de cálculo idêntica a dos
impostos. Alternativa incorreta.

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“CF-Art. 145 § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo


própria de impostos.”

d) nas contribuições especiais, haverá sempre a identidade entre o


sujeito ativo e a pessoa jurídica destinatária dos recursos e que terá
a obrigação de lhes dar a finalidade que fundamente a sua
instituição.

Nem sempre teremos nas contribuições especiais a identidade entre o


sujeito ativo e a pessoa jurídica destinatária dos recursos. Essa é a
definição do fenômeno da parafiscalidade. Como exemplo, podemos pegar
o antigo INSS (autarquia federal), que era responsável pela arrecadação
de contribuições previdenciárias e ficava com os recursos obtidos. Temos
também o caso dos chamados serviços sociais anônimos (SESI, SESC,
SENAI, etc.) que são pessoas jurídicas de direito privado e que possuem
destino de arrecadação vinculada pela CF:

“CF-Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais


contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários,
destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical.”

Alternativa incorreta.

e) a referibilidade é um traço que caracteriza as contribuições,


assim como os demais tributos.

A referibilidade é sinônimo de tributo vinculado, que é a exação que


depende de uma contraprestação por parte do Estado. Já no caso de
tributos não vinculados, ou seja, sem referibilidade, o Estado não
desenvolve nenhuma atividade para que haja a cobrança de tributo. A
questão está errada por dois motivos. Primeiramente ela afirma que as
contribuições são tributos vinculados, quando na verdade não os são. Por
último, a alternativa afirma que todos os demais tributos são vinculados, o
que também é errado, pois os impostos são não vinculados. Cuidado para
não confundir tributo vinculado e não vinculado com tributo de RECEITA
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vinculada e de RECEITA NÃO vinculada. Esses últimos se referem ao destino


da arrecadação, que quando tiverem aplicação pré-definida, serão
denominados de receita vinculada e quando não tiverem, serão de receita
não vinculada. Alternativa incorreta.

GABARITO: A

Q.23 - (FGV - ARE - SEAD AP - 2010)

Com relação ao financiamento da Seguridade Social, assinale a alternativa


correta.

a) Conforme os ditames constitucionais a seguridade social será


financiada, dentre outras fontes, pelas contribuições sociais
incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

Essa é uma das quatro hipóteses de financiamento da seguridade social


previstas na CF. Vamos aproveitar para relembrá-las:

“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade,


de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada


na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou


creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo
sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

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II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência


social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas
pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem


a lei a ele equiparar.”

Alternativa correta.

b) As contribuições previdenciárias somente poderão ser exigidas


após decorridos 90 (noventa) dias da data da regulamentação da
lei que as houver instituído ou modificado.

O prazo a ser observado é verdadeiro, como veremos na próxima aula.


Entretanto seu marco inicial é da publicação da lei que as houver instituído
ou modificado e não da regulamentação. Alternativa incorreta.

c) Com a edição da Emenda Constitucional nº. 42/03, a Constituição


passou a prestigiar a possibilidade de instituição da sistemática da
não-cumulatividade para algumas contribuições previdenciárias,
mediante definição em lei e de acordo com a intensidade de mão de
obra empregada em cada setor de atividade.

A CF não prevê que a definição das contribuições previdenciárias não


cumulativas deva se basear de acordo com a intensidade de mão de obra
empregada. Alternativa incorreta.

“Art. 195 § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para


os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput,
serão não-cumulativas.”

d) A seguridade social será financiada, dentre outras fontes, pelas


contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a
ela equiparada, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à

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pessoa física que lhe preste serviço, desde que mediante vínculo
empregatício.

Essa possibilidade de financiamento realmente existe, entretanto, não


exige vínculo empregatício. Alternativa incorreta.

e) De acordo com a redação do texto constitucional são isentas de


contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de
assistência social, desde que atendidos os requisitos definidos em
regulamento.

Esse é o caso de uma imunidade tributária regulada por LEI e não


regulamento. Alternativa incorreta.

GABARITO: A

Q.24 - (ESAF – Auditor Fiscal da Receita Federal/AFRF – 2005)

• Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do


serviço de iluminação pública, cobrando a na fatura de consumo de
energia elétrica?

Durante muito tempo os Municípios cobraram taxa sobre o serviço de


iluminação pública. A questão subiu ao STF e nossa corte decidiu
corretamente que esse serviço não poderia ser remunerado mediante taxa,
por não ser divisível (o estado não consegue saber quanto cada um usufrui
do serviço). Para não ficarem sem essa cobrança, foi criada a COSIP,
chamada de contribuição “sui generis” pelo STF. Veja a previsão da CF:

“CF-Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir


contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)

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Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se


refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 39, de 2002)”

Veja agora a súmula do STF:

“STF Súmula nº 670 - O serviço de iluminação pública não pode


ser remunerado mediante taxa.”

Assim sendo, a resposta para a alternativa é SIM.

• Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus


servidores, para o custeio, em benefício destes, de regime
previdenciário, com alíquota inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União?

A regra é que a competência para a instituição de contribuição


previdenciária é da União. A CF prevê uma exceção para os Estados e
Municípios cobrarem essas exações de seus funcionários, desde que a
alíquota não seja inferior a cobrada de seus servidores pela União. A
resposta para a alternativa é NÃO, por falar em alíquota inferior. (CF-Art.
149 § 1º)

• As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e


de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, poderão incidir
sobre as receitas decorrentes de exportação?

Quando se depararem com uma questão, perguntando se um determinado


tributo incide sobre a exportação, regra geral, respondam que NÃO. A ideia
é tornar o Brasil competitivo no mercado internacional e não “exportar
tributo”. Agora, muito cuidado, o Imposto de Exportação existe e está
vigente. Ele serve mais para desestimular a saída de alguns produtos do
país. A resposta para a alternativa é NÃO. (CF-Art. 149 § 2º)

a) Não, sim, não.

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b) Sim, não, sim.

c) Sim, não, não.

d) Não, não, sim.

e) Sim, sim, não.

GABARITO: C

Q.25 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2010)

Em relação às normas constitucionais relativas às contribuições


previdenciárias, examine as afirmativas a seguir.

I. A seguridade social será financiada, dentre outras, por


contribuições a cargo do empregador, da empresa e da entidade a
ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários
e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, desde que com vínculo
empregatício.

Essa possibilidade de financiamento realmente existe, entretanto, não


exige vínculo empregatício. Alternativa incorreta.

II. As contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela


equiparada poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas,
em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de
obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de
trabalho.

Essa é uma previsão da CF que reforça o princípio da isonomia, na medida


em que permite uma diferenciação para situações que não estão em um
mesmo patamar. Alternativa correta.

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III. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais


as contribuições incidentes sobre a receita ou faturamento serão
não-cumulativas.

Realmente essa possibilidade existe no corpo constitucional e deverá ser


definida mediante LEI. Alternativa correta.

Assinale:

a) se todas as afirmativas estiverem corretas.

b) se somente afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

GABARITO: D

Q.26 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2009)

Em relação às espécies tributárias, assinale a afirmativa incorreta.

a) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de atuação nas respectivas áreas.

As contribuições, em regra, são de competência exclusiva da União.


Alternativa incorreta.

b) Os impostos são tributos não vinculados a quaisquer atividades


estatais relacionadas ao contribuinte, sendo vedada a vinculação
de suas receitas a órgãos, fundos ou despesas, salvo exceções
constitucionalmente previstas.

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Os impostos são tributos não vinculados a quaisquer atividades estatais


relacionadas ao ESTADO. Alternativa correta.

c) A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo


de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.

O fato gerador desse tributo é duplamente condicionado, devendo ser


observados dois limites, um total e outro individual. Alternativa correta.

d) As taxas, cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou


pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição, não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Existem dois fatos geradores das taxas. Um deles, o poder de polícia, só


poderá ser efetivo. Já o serviço público também poderá ser potencial.
Apenas esse último deverá ser específico e divisível. Alternativa correta.

e) A União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos


extraordinários, compreendidos ou não em sua competência
tributária, na iminência ou no caso de guerra externa, os quais
serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua
criação.

O IEG é de competência exclusiva da União e deverá ser instituído mediante


lei ordinária devido a sua urgência. Alternativa correta.

GABARITO: A

Q.27 - (FGV - AFRE - SEFAZ RJ - 2011)

A respeito das espécies de tributos, é correto afirmar que

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a) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão


instituir, exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e
contribuições de melhoria.

A União também poderá instituir as contribuições especiais e os


empréstimos compulsórios. Alternativa incorreta.

b) de acordo com o Código Tributário Nacional, considera-se


imposto o tributo vinculado a qualquer atividade estatal específica.

O imposto é um tributo NÃO vinculado a qualquer atividade estatal


específica. Alternativa incorreta.

c) a taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal


específica e tem, como possível fato gerador, o exercício regular do
poder de polícia.

A taxa é um tributo vinculado a uma atuação estatal específica, por ter


natureza constraprestacional. Alternativa incorreta.

d) a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio


econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, é de competência exclusiva da União.

As contribuições, em regra, são de competência exclusiva da União.


Alternativa correta.

e) a contribuição de melhoria é o tributo cobrado em função da


realização de obras e prestação de serviços.

A prestação de serviços não pode configurar fato gerador da contribuição


de melhoria. Alternativa incorreta.

GABARITO: D

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É isso pessoal. Essa foi nossa primeira aula. Cobrimos todo o


assunto desta parte da matéria. Fiquem tranquilos, pois se
souberem bem o que está aqui, irão bem na prova. Sempre digo,
conheça bem o Direito Tributário antes de sair correndo decorando
jurisprudência e Doutrina.

Até a próxima aula!

Estou à disposição para tirar as dúvidas. Bons estudos!

EMAIL: alexandrejens@hotmail.com

FACEBOOK: https://www.facebook.com/alexandre.jenskotolak

MEU GRUPO DE ESTUDOS:

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