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Introdução
Para alguns o projeto de reconstrução do Terceiro Templo não passa de uma grande
utopia. Na opinião destes, existe em Israel um "bando" de religiosos fanáticos que
querem à todo o custo colocar novamente o Templo sobre o Monte de Sião, local onde
atualmente está construída a Mesquita da Cúpula Dourada! E é justamente em função
da Mesquita estar ali que este grupo de pessoas julga "impossível" a reconstrução do
Terceiro Templo (pelo menos naquele lugar específico!).
Já para outros, há uma realidade profética por trás desta reconstrução, pois acreditam
que o Templo reconstruído será o lugar onde o homem da iniquidade (Anticristo) irá
sentar-se reivindicando a deidade para si. E este fato não será plenamente possível de
cumprimento, salvo quando o Templo for reconstruído! Vejamos o que nos diz Paulo:
"Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa
reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos
perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como
se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque
não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado,
o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou
se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava
convosco?"
(2 Tessalonicenses 2:1-5) [grifo nosso].
O Templo
A destruição do Templo em Jerusalém no ano 70 d. C. tem um
grande significado, pois afetou o judaísmo e o cristianismo de
formas até hoje não compreendidas. Para os judeus
tradicionais a destruição do Templo trouxe, obviamente mais
conseqüências. O que não é tão óbvio é o papel que o Templo
desempenhou na mente e nas vidas dos judeus messiânicos.
Muitos "cristãos" não consideram ser os primeiros judeus
messiânicos judeus de fato, mas a Bíblia nos mostra
claramente que isso não é verdade. At 21.18-20 - E no dia
seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os
anciãos vieram ali... Bem vês, irmão, quantos milhares de
judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei...
Temos quatro homens que fizeram voto; toma estes contigo, e santifica-te com eles, e
faze por eles os gastos (sacrifícios do templo) para que rapem a cabeça, e todos
ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que
também tu mesmo andas guardando a lei. Então Paulo, tomando consigo aqueles
homens, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem
já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a
oferta (sacrifício). As oferendas do Templo eram sacrificiais por natureza. O voto
mencionado aqui é o voto do nazireu, e é reconhecido pelas cabeças raspadas. O
motivo para fazerem o voto do nazireado era para servir no Templo junto com os
Kohanim (sacerdotes) e os levitas. Seus deveres incluíam trabalhar na área do altar
onde os sacrifícios eram oferecidos. Se o Templo não tivesse um grande significado
para os judeus messiânicos, então porque eles fizeram o voto do nazireado?
O Deus de Abraão era unicamente identificado por sua ausência de aparência exterior.
Isto reflete sua natureza como sendo um Deus que iria finalmente tabernacular no
homem e não viver numa construção física feita com esforço humano. Desde o
princípio, seu mais notável atributo é o de influenciar mudanças na natureza humana,
como nos é mostrado nos "Dez mandamentos". Eles vão contra a natureza da
humanidade, requerendo-nos que nos esforcemos para mudar nosso caminhar e que
reatemos nossos laços uns com os outros.
Moisés recebeu ordens para construir um tabernáculo que seria simplesmente uma
manifestação de uma habitação que era, na realidade, uma cópia daquilo que estava
nos céus. Era portátil e continha duas câmaras internas, uma das quais chamada de
"santo dos santos". Dentro desse lugar santíssimo foi colocada a Arca da aliança. Na
arca haviam dois querubins cobrindo o "local de misericórdia". Quando Deus falou a
Moisés ou ao Koen Gadol (sumo sacerdote), foi do espaço vazio entre os querubins,
sobre o local de misericórdia.
Foram dadas instruções a Moisés para escrever a Torah (Lei) do Senhor e que deveria
ser transmitida através das gerações. A razão para fazer-se isso é que Moisés ouvira
do Senhor termos inconfundíveis, falado "face à face" com o Senhor.
Neste ínterim, o povo precisaria lembrar-se diariamente que o Senhor era o único e
verdadeiro Deus e que Ele estava com eles. O tabernáculo serviria para isso. O povo
olharia para o tabernáculo e veria com seus olhos algo que representava o Reino de
Deus. Isto era estranho para aqueles que observavam de longe, mas o povo de Israel
sabia o significado daquele lugar.
O tabernáculo, e mais tarde o Templo, tornaram-se o foco central de suas vidas. Todos
estavam continuamente cientes da presença do Senhor e do sumo sacerdote, que era
seu representante autorizado. Não que não houvessem outros que carregassem o
manto profético entre o povo. Às vezes, Deus escolhe indivíduos para neles
tabernacular, que falem as palavras de Deus ao povo. Isaías, Jeremias, Elias e Eliseu
estavam entre os mais notáveis destes profetas.
Finalmente, o rei Davi quis construir uma casa real para o Senhor, mas por causa de
seus pecados o Senhor lhe disse que não lhe seria permitido construir o Templo.
Salomão, seu filho, foi aquele escolhido por Deus para construir sua morada.
As finalidades do Templo
Havia outras funções que o Templo desempenhava na vida judaica, tais como
casamento, feriados e outros eventos comunitários, mas os listados acima são os de
maior significância.
Nenhum destes sacrifícios ou eventos cessaram depois que cremos em Yeshua. Agora
que podemos ver quão importante foi o Templo em nossas vidas diárias, como
poderemos nós cumprir os requisitos da Torah sem o Templo?
Como foi mostrado no início deste documento, questões sobre como viver uma vida
judaica sem o Templo, foram e ainda são importantes para os judeus messiânicos
tanto como para os judeus tradicionais. Os judeus do primeiro século não entenderam
que o Senhor queria tabernacular neles como fora dito pelos profetas na antigüidade.
Na época deste documento, nós estamos nos preparando para observar a festa de
Chanukah 5758, ou o Festival da rededicação. Meus pensamentos giram em torno de
um novo dia quando o Templo será reconstruído. Se a dedicação do segundo Templo
foi tão importante, quanto nos alegraremos quando o próximo Templo for construído?
Continua na próxima edição
Que o Eterno nos dê condições de compreendermos a Sua Palavra!
Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!