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10/05/2020 A Física da Música - Instrumentos

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Instrumentos musicais e suas características físicas

Introdução

Cada tipo de instrumento tem uma espécie de "assinatura", um conjunto de características sonoras associado que, embora possa parecer s
Produção do som
descrição matemática extremamente precisa. Anteriormente comentamos que o som pode ser representado pela soma de diversas onda
chamamos de componentes de Fourier. O que diferencia um instrumento de outro são as amplitudes e a duração de cada um dos harmô
Descrevendo cientificamente
um som som resultante; a esse conjunto de características chamamos timbre.

Freqüências naturais, A altura de um som está ligada à intensidade com que ele é emitido, ou seja, ao volume sonoro deste som. Em termos físicos, a altura está
harmônicos e sobretons da onda sonora gerada pela vibração de um determinado instrumento ou material. Quanto maior a amplitude da onda, maior é a quantidade
carrega, consequentemente, maior é o seu volume.
Criando uma nota musical

Entretanto, a altura pode ser também tratada como a "afinação" de um som. Ela é um atributo do sistema auditivo humano a partir do q
Propriedades físicas do som
podem ser classificados em uma ordem que vai do mais baixo ao mais alto, como numa escala de notas musicais. A relação entre a altur
ligada à freqüência de vibração do objeto que gerou esse som.
Como percebemos a mistura de
sons
As ondas sonoras complexas geradas por um instrumento musical sempre poderá ser representada por uma série de Fourier, compostas das
A análise dos sons musicais e da série de harmônicos ou sobretons, cada um com a sua amplitude e fase. A expressão matemática de uma onda complexa poderia ter a s

Intervalos e raiz harmônica

As escalas musicais
P = sen w t + 1/2 sen 2w t + 1/3 sen 3w t + 1/4 sen 4w t + 1/5 sen 5w t.
Instrumentos musicais e suas
características físicas

Conclusão

Bibliografia A Figura 4 mostra as componentes individuais e o resultado das somas de todas (P) e da soma de somente os harmônicos ímpares.

a)

c) d)

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e) f)

g)

Figura 4 – De cima para baixo, as componentes harmônicas da onda representada na página anterior. Em a), b), c), d) e e) temos
individuais, em f) temos todas colocadas na mesma figura e em g) temos a soma das 5 componentes.

A estrutura de uma onda sonora produzida por um instrumento pode ser extremamente complexa. Qual seria o tipo de onda produzido pelas

P = cos w t + 0,7 cos 2w t + 0,5 cos 3w t (5.1)

P = senw t - 0,5sen3w t + 0,33sen5w t – 0,25sen7w t (5.2)

Figura 5 - Soma dos harmônicos em fase (preto) e em fase invertida (vermelho), de acordo com as equações acima

A fase de uma componente desempenha um papel importantíssimo na determinação da forma da onda resultante. Por exemplo, nas expres
na Figura 5) notamos que a fase do terceiro harmônico da segunda expressão está invertida de 180 graus em relação à primeira. Observe c
notável.

Em geral, exceto por mudança de fases muito grandes, como foi o caso acima, ou sons muito intensos, a fase não é muito importante n
forma da onda.

O espectro sonoro é uma forma de mostrar a estrutura de uma onda complexa. Ele é capaz de mostrar quais são as freqüências principais q
determinado som. Então, ao invés de um gráfico onde temos a amplitude em função do tempo, como nas Figuras 4 e 5, teremos um gráfi
freqüência. Um exemplo desse gráfico espectral pode ser visto na Figura 6.

O que diferencia um instrumento do outro é exatamente a distribuição de freqüências e das formas de ondas que vimos nas figuras anterior
laboratório que instrumentos de corda são, em geral, bem mais ricos em termos de harmônicos e possuem a forma de onda mais complex
são, tipicamente, os de percussão e alguns dos metais (a flauta é o melhor exemplo dos metais, por praticamente não apresentar termos har
superior a 2, quando ela toca uma nota de freqüência igual a 1568 Hz).

Vamos encerrar esta seção comentando as freqüências fundamentais de ressonância de diversos instrumentos. Elas são características de c
dependem, como veremos abaixo, das peculiaridades de cada um. Sistemas acionados por cordas vibrantes possuem uma freqüência
depende da tensão, massa e comprimento da corda.

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Figura 6a – Espectro sonoro da primeira equação dos senos (5.1)

Figura 6b – Espectro sonoro da segunda equação dos senos (5.2)

Membranas vibrantes e discos metálicos, típicos de instrumentos de percussão, possuem um padrão de freqüência fundamental que é típi
com a outra, dependendo também da tensão e densidade da membrana. Já tubos sonoros dependem exclusivamente do comprimento da co
no tubo. A Tabela 3 mostra essa relações para diversos ressonadores, inclusive tubos de órgãos metálicos, e a nomenclatura de cada
referentes aos módulos de Young e razão de Poisson podem ser encontrados em qualquer livro texto clássico de Mecânica e oscilações. O
uma questão de concordância, dados no sistema de unidades CGS.

Tabela 3 – Relação entre elementos vibradores e suas freqüências de ressonância

(Adaptado da referência 3)

Elemento vibrador Frequência Componentes


Cordas f = 1/(2l) (T/r )1/2 l = comprimento da corda
T = tensão
r = densidade linear

Barra vibrante presa em um das


f = 0,5596/l2 (QK2/r )1/2 l = comprimento da barra
pontas (vibração transversal)

Q = módulo de Young

K=

r = densidade linear
Membranas esticadas f = 0,382/R * (T/r )1/2 R = raio da membrana
T = tensão

r = densidade linear
Pratos circulares presos nas
f = 0,467t/R2(Q/r (1-s 2)1/2 t = espessura da placa
bordas
R = raio da placa

r = densidade linear
s = razão de Poisson

Q= módulo de Young
Pratos circulares presos no
f = 0,193t/R2(Q/r (1-s 2)1/2 t = espessura da placa
centro
R = raio da placa

r = densidade linear

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s = razão de Poisson

Q= módulo de Young
Barras vibrantes (vibração
f = 1/(2l) (Q/r )1/2 l = comprimento da corda
longitudinal)
Q = módulo de Young

r = densidade linear
Órgãos e tubos f = c/2xl (aberto) l = comprimento do tubo
f = c/4xl (fechado em um dos
c = velocidade do som
lados)

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Fone: 55-12-3945-7197

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Última atualização: Julho de 2009

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