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Ragnar Lodbrok

Religião nórdica

Ragnar Lodbrok ou Ragnar Calças Peludas (em dinamarquês: Regnar Lodbrog; em sueco:
Ragnar Lodbrok; em nórdico antigo: Ragnarr Loðbrók; LITERALMENTE Ragnar Calças Felpudas)
foi um rei lendário da Dinamarca e da Suécia, que teria reinado durante os séculos VIII e IX. [1]

Segundo a Saga de Ragnar Lodbrok, as "calças felpudas" (lodbrok) de Ragnar Lodbrok eram
umas calças de pele de lobo, fervidas em breu, confecionadas para ele enfrentar e matar a
serpente monstruosa e muito venenosa que guardava a princesa Tora Borgarhjort. [5]

Ragnar Lodbrok é apresentado pelo cronista dinamarquês Saxão Gramático, no século XIII,
como sendo jarl do rei Horik 1. da Dinamarca, embora tendo origem na dinastia sueca dos
Inglingos. Tanto Saxão quanto a saga islandesa Saga de Ragnar Lodbrok descrevem Ragnar
como filho do igualmente lendário Sigurdo, o Anel, um rei da Suécia que teria conquistado a
Dinamarca. Todavia, os cronistas não concordam com o local de residência principal de Ragnar,
se a Suécia ou a Dinamarca.[1][4]

Segundo a lenda, Ragnar foi casado três vezes: com a skjaldmö Lagertha, com a bela Tora
Borgarhjort, e com Aslauga. Diz-se ter sido parente do rei dinamarquês Godofredo e filho do
rei sueco Sigurdo, o Anel. Tornou-se rei e distinguiu-se por muitas invasões e conquistas. Há
duas histórias diferentes sobre sua morte. Uma delas é que ele foi capturado por seu inimigo,
o rei Ela da Nortúmbria, e morto ao ser jogado em um poço cheio de cobras. Seus filhos o
vingaram invadindo a Inglaterra com o Grande Exército Pagão.[6] A outra foi que Ragnar
morreu de uma combinação de cólera e ferimentos que sofreu ao tentar invadir Paris.[7]

Para o historiador sueco Dick Harrison, a personagem lendária Ragnar Lodbrok é uma
combinação de duas tradições e de dois nomes, uma criação erudita.[8]

Como uma figura lendária, cuja vida não aparece em fontes escritas contemporâneas, a
historicidade de Ragnar não é muito clara. Em seu comentário ao livro de Saxão Gramático,
denominado Feitos dos Danos, a antiquária inglesa Hilda Ellis Davidson observa que a
cobertura da lenda de Ragnar no volume IX do Feitos, aparenta ser uma tentativa de
consolidar muitos dos eventos e histórias confusas e contraditórias conhecidas do cronista
para o reinado de um rei, Ragnar. É por isso que muitos atos atribuídos a Ragnar no Feitos
podem ser associados, através de outras fontes, a várias figuras, algumas das quais mais
historicamente documentadas. Entre os candidatos para o "Ragnar histórico" incluem-se:

Até agora, as tentativas de vincular firmemente o lendário Ragnar com um ou vários desses
homens falharam devido às dificuldade em conciliar os vários eventos e respetivas cronologias.
No entanto, a tradição de um herói viquingue chamado Ragnar (ou similar) que causou
estragos em meados do século IX na Europa e que gerou muitos filhos famosos é
notavelmente persistente, e alguns dos seus aspetos são cobertos por fontes relativamente
fiáveis, como a Crônica Anglo-Saxônica. De acordo com Davidson, em 1979, "alguns estudiosos
nos últimos anos têm vindo a aceitar pelo menos parte da história de Ragnar como baseada
em fatos históricos".[9]

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