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Plano de Aula

Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia


Professor: Allan de Sousa Soares
Disciplina: Álgebra Vetorial e Geometria Analı́tica
Conteúdo Pragmático: Vetores
Tema da Aula: Vetores no Plano Cartesiano - Parte 2
Duração: 100 min
Objetivos:
- Entender a noção de vetores paralelos usando coordenadas;
- Reconhecer vetores paralelos;
- Apresentar o conceito de módulo de um vetor.
Metodologia:
- Aula expositiva participada.
Recursos Didáticos Utilizados:
- Apostila;
- Pincel e quadro branco;
- Datashow;
- Softwares gráficos.
Avaliação:
- Observação;
- Resolução de exercı́cios.
Referência Principal:
[1] WINTERLE. Vetores e Geometria Analı́tica. Ed. Pearson Makron Books.
Bibliografia:
[2] REIS & SILVA . Geometria Analı́tica. Ed. Livros Técnicos e Cientı́ficos-LTC.
[3] STEINBRUCH & WINTERLE. Geometria Analı́tica. Ed. Pearson Makron Books.

1
Capı́tulo 4

Vetores no Plano Cartesiano - Parte 2

4.1 Conceitos no Plano Cartesi- Observação 1. Caso o denominador seja nulo em 4.1,
pode-se considerar somente a parcela cujo denomina-
ano
dor é não nulo para se obter a constante de proporcio-
• Ponto Médio de Um Segmento no Plano Cartesiano nalidade α.
O ponto médio de um segmento AB, isto é, o ponto → →
Exemplo 2. Mostre que os vetores u = (1, −2) e v =
M sobre a reta AB que é equidistante de A e B. Não
(−2, 4) são paralelos.
é difı́cil ver que
Resposta:
→ →
AM =M B⇔ M − A = B − M ⇔ 2M = A + B De fato,
x1 −2 y1 4
Donde segue que M = 12 (A + B) = x1 +x2 y1 +y2
, 2

, em = = −2 e = = −2.
2 x2 1 y2 −2
que A(x1 , y1 ) e B(x2 , y2 ). x1 y1
Portanto, obtemos x2 = y2 donde segue que os vetores
→ →
Exemplo 1. Determine o ponto médio do segmento u e v são paralelos.
de extremos A(−2, 3) e B(6, 2).
• Módulo de Um Vetor no Plano Cartesiano
Resposta:
O módulo (tamanho ou intensidade) de um vetor
Facilmente, temos →
v = (x, y) é dado pelo teorema de Pitágoras conforme
   
−2 + 6 3 + 2 5 indica a Figura 4.1:
M= , = 2, .
2 2 2
• Paralelismo de Vetores no Plano Cartesiano
→ →
Sabemos que u = (x1 , y1 ) e v = (x2 , y2 ) são parale-
→ →
los se existe α ∈ R tal que u = α v . Repassando esta
→ →
relação para as coordenadas de u e v , temos:

→ →
u = α v ⇔ (x1 , y1 ) = α(x2 , y2 ) ⇔

⇔ (x1 , y1 ) − α(x2 , y2 ) = (0, 0).

Mas isto nos conduz às seguintes relações:


Figura 4.1: Módulo de um Vetor no Plano Cartesiano
x1 y1
α= eα= .
x2 y2 → p
|v|= x2 + y 2 .
Por transitividade, temos

→ → x1 y1 Exemplo 3. Determine o módulo do vetor de origem


u // v ⇔ = = α. (4.1)
x2 y2 A(1, 2) e extremidade B(2, 5).
Resposta:

2

Primeiro devemos obter o correspondente v do vetor Exemplo 6. Determinar, no eixo Oy, um ponto P que

AB na origem. Temos que seja equidistante aos pontos A(1, 2) e B(3, 5).
→ Resposta:
v = B − A = (2, 5) − (1, 2) = (1, 3)
Sabemos que o ponto P é da forma P (0, y). Devemos
→ →
Por fim, ter que |AP |=|BP |, isto é:
→ → p √
|AB|=|v|= 12 + 32 = 10. → →
|AP |=|BP |⇔ |P − A| = |P − B| ⇔
O Exemplo 3 nos dá uma pista sobre como se cal-
cular a distância entre dois pontos A(x1 , y1 ) B(x2 , y2 ). Usando uma forma de cálculos mais compacta, temos:
Não é difı́cil ver que a distância d(A,B) (ou simples-
⇔ |(0, y) − (1, 2)| = |(0, y) − (3, 5)|
mente d) entre os pontos A e B é dada por:
p ⇔ |(−1, y − 2)| = |(−3, y − 5)| ⇔
d(A,B) = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 .
p p
⇔ (−1)2 + (y − 2)2 = (−3)2 + (y − 5)2 ⇔
Temos que

d(A,B) =|AB| . ⇔ 1 + (y − 2)2 = 9 + (y − 5)2 ⇔

Exemplo 4. Determine o valor de a de modo que |v|= ⇔ 1 + y 2 − 4y + 4 = 9 + y 2 − 10y + 25 ⇔
→ →
5 em que v =AB com A(2, 3) e B(5, a). 29
⇔ 6y = 29 ⇔ y =
6
Reposta:
29

Logo, o ponto procurado é P 0, 6 .
Temos que
→ →
p Exemplo 7. Dado v = (−2, 1), achar um vetor para-
|v|= 5 ⇒ (5 − 2)2 + (a − 3)2 = 5 ⇒ →
lelo a v que tenha:
→ →
⇒ 9 + (a − 3)2 = 52 ⇒ (a − 3)2 = 16 ⇒ a) sentido contrário a v e o dobro do módulo de v .

⇒ a − 3 = ±4 ⇒ a = 7 ou a = −1. b) mesmo sentido de v e módulo 21 .
Respostas:
• Vetor Unitário
→ a) Este é simplesmente o vetor
Um importante vetor associado a um vetor v é o
→ 1 → →
vetor unitário u = → v . Considerando que estamos −2 v = −2(−2, 1) = (4, −2).
|v|

no plano cartesiano, isto é, que v = (x, y), temos:
!
→ 1 x y b) Este é simplesmente o vetor
u= p (x, y) = p ,p .
x2 + y 2 x2 + y 2 x2 + y 2  
1 1 → 1 1 → −1 1
Exemplo 5. Dados os pontos A(1, 1), B(−1, 3) e C(0, 4), u = 2 → v = 2 p(−2)2 + 12 (−2, 1) = √ , √ .
|v| 5 2 5
determinar:
→ → →
| AB +2 BC −3 BA |.

Resposta:
→ → → →
Fazendo v =AB +2 BC −3 BA, temos:
→ → → →
v =AB +2 BC −3 BA= B−A+2(C −B)−3(B−A) =

= B − A + 2C − 2B − 3B + 3A = 2A − 4B + 2C =

= 2(1, 1) − 4(−1, 3) + 2(0, 4) = (6, −2).

Por fim,
→ p √ √
|v|= 62 + 22 = 40 = 2 10.

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