REALISMO

Surge na segunda metade do século XIX, em 1850 na França, com Madame

Bovary. Com a função de não ser romântico.

CONTEXTO HISTÓRICO:

• A 2ª Revolução Industrial: formação da sociedade atual, onde o vapor

vai se transformar em energia, o ferro em aço, surge o telégrafo
(telefone);
• Grande desigualdade social: surgimento da Industria automobilística,
de novos trabalhadores;
• Denúncia Social: análise da sociedade (relações sociais);
• Retrato no trabalho: principalmente da arte, mas nas obras literárias
os personagens eram muito descritivos, narrador (geralmente: 3ª
pessoa, oniciente) e o leitor sempre sabia de tudo e em detalhes. Aqui
aparece muito a desigualdade social;
• Postura da burguesia: desmascara os privilégios, os abusos feitos por
eles e a classe operária que trabalha insanamente para sustentar
esse período;
• Valorização da Ciência: onde surgem figuras como o Charles Darwin,
Karl Marx, Conte (no positivismo) e o Taine (no determinismo, onde diz
que os indivíduos são determinados pelo meio que ele está envolvido,
pela raça, e pelo momento histórico).
 REALISMO EM PORTUGAL

Surge na QUESTÃO COIMBRÃ, com Ântonio Castilho (que na época

escreve um artigo criticando a sociedade leitora de Lisboa, com
performance meio romantista) e Antério de Quintal (que vai criticar o
Ântonio, dizendo que ele é antigo, e tal). Dai surge grupos que organizam
reuniões, com os escritores que vai discutir essa nova expressão literária.

EÇA DE QUEIROZ NO REALISMO

Principal nome desse movimento em Portugal, escreve romances como “A

Cidade e a Serra” e “O Primo Basílio”. Ele é tão famoso por retratar a
hipocrisia da sociedade, com temas extremamente polêmicos para época,
como: os defeitos da burguesia e a infidelidade feminina.

REALISMO NO BRASIL

O Realismo no Brasil começa oficialmente em 1881, com a publicação de

duas obras bastante diferentes entre si: Memórias póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis, e O mulato, de Aluísio Azevedo. Em comum,
esses romances apresentam a característica de romper, cada um a seu
modo, com a literatura romântica que se produzia até então.

A década de 1880, que começou com novidades literárias, foi também

marcada por grandes mudanças sociopolíticas no Brasil: a abolição da
escravatura, em 1888, e a Proclamação da República, em 1889, são
indícios de que o país começava, mesmo que lentamente, a modificar uma
estrutura de poder que durava séculos.

MACHADO DE ASSIS NO REALISMO

Foi e é um dos maiores escritores brasileiros. Escreveu até romances
humanos, mas sua memória é importante porque ele inicia o realismo no
Brasil com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, onde os
personagens são muito densos, tem uma profunda análise psicológica, que
através dessas analises ele fazia as críticas da sociedade.

DOM CASMURRO: o livro mais importante de Machado de Assis.

Essa obra é bastante representativa na vida de Machado de Assis, aqui

os personagens tem profundas análises psicológicas e por isso você os
conhece bem.

A obra conta a história de Bento Santiago, que chamaremos de Bentinho,

o narrador da sua própria história (conta sua biografia). Quando ele
narra sua vida, ele já tem 60 anos, sendo um idoso bem solitário, teimoso
e recluso, por isso ser apelido é Dom Casmurro.

Bentinho é filho de Dona Glória, que após perder o outro filho faz a
promessa de que se esse filho vivesse, ela o mandaria para um Seminário
(para ele virar Padre).

Então já Bentinho cresce sabendo disso, mas quando jovem conhece sua
vizinha muito sedutora, Capitu, ele a descreve “como se ela tivesse olhos
de cigana obliqua e dissimulada” e ele se apaixona perdidamente por
Capitu.

Quando no Seminário ele conhece Escobar, que se tornará seu melhor

amigo. Ele arruma um jeito de convencer a Dona Glória a “libertar”
Bentinho da promessa, porque assim ele poderia se casar com Capitu
(futuramente eles vão ter um filho, o Ezequiel) e Escobar com Sancha
(melhor amiga de Capitu. Futuramente eles terão uma filha, que se
chamará Capitu também).

Escobar gostava muito de se aventurar, ele nadava em lugares perigosos

e em longas distâncias, e numa dessas ele acaba morrendo. No velório de
Escobar ele começa a observar que Capitu sofria muito pela morte do
amigo, então desconfiado observa os traços e comportamentos de
Ezequiel e compara com Escobar. Muito enciumado chega à conclusão de
que ele era filho de Escobar, que Capitu o traiu, a mandando com filho
para Europa.

No final da história, que ele mesmo narra, ele descobre que Capitu e
Ezequiel morreram. Então ele se torna um homem muito isolado e
amargurado.

E ai, Capitu traiu ou não traiu Bentinho? Nunca saberemos, pois a

história é narrada pelo personagem (que conta sua versão, mas pode
haver argumentos de Capitu).