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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de Graduação em Fisioterapia

Ana Clara Coelho


Cleonice Helena de Moura
Franciele Alves Caldeira
Natiele Carvalho dos Santos

PREVENÇÃO DE LESÕES ESPORTIVAS NA INFÂNCIA

Belo Horizonte
2016
Ana Clara Coelho

Cleonice Helena de Moura


Franciele Alves Caldeira
Natiele Carvalho dos Santos

PREVENÇÃO DE LESÕES ESPORTIVAS NA INFÂNCIA

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação


em Fisioterapia da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, como requisito
parcial para obtenção de nota na Disciplina
Fisiologia do Exercício.

Orientador (a): Prof. (a) Márcia Braz Rossetti

Belo Horizonte
2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
1.1 Objetivos.........................................................................................................1

2. CUIDADOS COM A PRÁTICA ESPORTIVA NA INFÂNCIA................................2

3. LESÕES DESPORTIVAS......................................................................................5

4. RELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A PRÁTICA DE


ATIVIDADES FÍSICAS NA INFÂNCIA.........................................................................6

5. METODOLOGIA.....................................................................................................7

6. RESULTADOS.......................................................................................................7

7. DISCUSSÃO..........................................................................................................8

8. CONCLUSÃO.........................................................................................................9

REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO

A participação de crianças e adolescentes na prática de atividade


física, bem como no meio esportivo, tem se tornado cada vez mais frequente,
principalmente nas últimas décadas. Várias influências positivas se relacionam a
prática dos esportes regularmente, entre elas sensação de bem estar, aumento da
massa magra, perda de gordura corporal, melhoras na eficiência cardiorrespiratória
e de resistência, redução de ansiedade e depressão, redução nos fatores de risco
de doenças, além de melhorar habilidades motoras e hábitos cotidianos, bem como
adquirir destreza em relação a técnicas de determinada modalidade e, influenciar no
âmbito social e psicológico. No entanto, Benetti et al. (2005) destacam que as
dinâmicas de treinamento devem ser compatíveis ao crescimento e desenvolvimento
do praticante no caso de crianças e adolescentes.
Nesse contexto, o treinamento físico, quando aplicado de maneira
correta, ou seja, respeitando o tipo de atividade, frequência, intensidade e duração
adequada, altera condições morfológicas, funcionais, psicológicas e pedagógicas,
indispensáveis para a especialização no desporto, colaborando na melhora da
coordenação para realização de gestos esportivos e, consequentemente reduzindo
as sobrecargas articulares e os riscos de instalação de lesões.
No entanto, apesar das vantagens descritas, as exposições
constantes a gestos motores repetitivos e sobrecargas representam riscos à
integridade das estruturas corporais de seus praticantes. Em crianças, agravos
relacionados ao aparelho locomotor podem, dependendo de sua natureza,
comprometer gestos motores futuros e, neste sentido, merecem atenção. Adirim e
Barouh (2006) descrevem que crianças quando praticam alguma modalidade
atlética, são expostas às lesões e sua imaturidade musculoesquelética representa
um fator de risco a ser considerado.

1.1 Objetivos

Assim, o objetivo desse estudo foi identificar a ocorrência de lesões


desportivas em crianças e adolescentes, caracterizar as lesões verificando as
associações entre as lesões desportivas e características de treinamento, bem como
identificar formas de prevenir essas lesões desde a infância.
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2. CUIDADOS COM A PRÁTICA ESPORTIVA NA INFÂNCIA

A prática de atividade física é primordial para uma boa qualidade de


vida, sendo a atividade esportiva uma das práticas que mais trazem benefícios para
o organismo. Tais benefícios são bem conhecidos e documentados, e a participação
de crianças e adolescentes em esportes é cada vez mais popular e difundida, sendo
que a maioria desses envolve contatos físicos e ações dinâmicas como correr, saltar
e/ou atividades de giro, entretanto, este envolvimento desportivo crescente suscita
preocupações sobre o risco de instalação de lesão desportiva, uma vez que nessa
fase, diversas partes do organismo da criança estão em formação e
desenvolvimento.
Algumas particularidades próprias dessa fase relacionadas aos
aspectos físicos e fisiológicos do crescimento e desenvolvimento exigem atenção e
abordagem diferenciada por parte dos pais e treinadores.

Há uma diferença significativa no percentual de tipagem das fibras


musculares esqueléticas, com os indivíduos pré-púberes apresentando
um maior percentual de fibras oxidativas (tipo I) em relação a fibras
glicolíticas (tipo II). Este fator implica principalmente em:
a) Aspectos
 Menor capacidade anaeróbica em relação aos adultos, com pior
metabólicos
desempenho em atividades de alta intensidade.
 Melhor adaptação para exercícios em ritmo estável e para
utilização de gordura como substrato energético quando
comparado a adultos.
b) Aspectos Atletas mais jovens tipicamente apresentam uma resposta ventilatória
ventilatórios e exacerbada e com menor eficiência em relação aos adultos, com um
cardiovasculares baixo volume corrente e frequência respiratória aumentada para uma
mesma intensidade relativa de esforço.
A ventilação atingida no pico do esforço também aumenta
progressivamente na medida em que o crescimento ocorre. Os
principais fatores que estão relacionados a essas mudanças são o
aumento da complacência do tecido pulmonar, aumento da estatura,
aumento da massa magra e melhora dos mecanismos neurais de
regulação.
Por apresentar um menor volume cardíaco e sanguíneo, níveis mais
baixos de catecolaminas circulantes, menor responsividade dos
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receptores adrenérgicos e uma menor força de contração das células


musculares do coração, as crianças apresentam um menor volume de
ejeção sistólico e débito cardíaco durante o exercício.
Como mecanismo compensatório a estes fatores, a frequência cardíaca
apresenta tipicamente uma resposta exacerbada para uma mesma
intensidade relativa de esforço nessa população.
Entretanto, os atletas jovens possuem uma recuperação pós-exercício
mais rápida. O tamanho menor do corpo e consequentemente, da
distância e tempo para circulação sanguínea, confere vantagens na
cinética de oxigênio e de lactato nestes indivíduos. Esta melhor
recuperação pode conferir tolerância natural a maiores volumes de
treino ou estímulos repetitivos, o que pode aumentar significativamente
o risco de lesões por sobrecarga e exigir um controle rigoroso da carga
de treinamento.
A nutrição na infância e na adolescência é de suma importância, já que
se trata de uma fase de rápido crescimento e geralmente, de alto gasto
energético devido aos níveis de atividade frequente. É particularmente
durante a adolescência que boa parte dos hábitos alimentares que
perpetuarão na fase adulta são formados. Uma alimentação saudável e
que forneça energia e nutrientes suficientes é fundamental não somente
para o desempenho esportivo, mas também para que o crescimento e
desenvolvimento ocorram adequadamente.
As necessidades de ingestão protéica nesta fase, por exemplo, são
c) Necessidades
maiores do que nas fases posteriores da vida e, apesar de ainda
nutricionais
controverso, atualmente já é aceito que a ingestão protéica pode ser de
até 2,0 g/kg por dia.
A deficiência de micronutrientes como as vitaminas (principalmente do
complexo B), cálcio e ferro devem ter especial atenção nessa
população, pois são de importante papel no desempenho esportivo e no
crescimento e desenvolvimento. No entanto, o uso indiscriminado de
suplementos vitamínicos ou minerais devem ser desencorajados, se não
houver quadro clínico sugestivo de deficiência ou restrições dietéticas
que o deixe vulnerável à deficiência.
Atletas jovens possuem mecanismos de termorregulação menos
eficientes, pois ganham calor proveniente do ambiente mais facilmente,
devido a sua área de superfície corporal proporcionalmente maior,
d) Termorregulação enquanto que a capacidade de suar e dissipar o calor por evaporação é
reduzida. Além disso, a aclimatação ao calor demanda um maior tempo
nestes indivíduos, o que merece atenção. A hidratação adequada é
fundamental para ajudar a prevenir as complicações do estresse
térmico.
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O crescimento normal da criança acontece de maneira não-linear e


influencia diretamente nas proporções do corpo. Ao nascer, a criança
apresenta a cabeça e o tronco proporcionalmente maiores e à medida
e) Não-linearidade que se desenvolve, as extremidades começam a apresentar um
do crescimento crescimento maior, até se chegar a um equilíbrio nas proporções do
corpo. Essas diferenças do tamanho dos membros e proporcionalidade
do corpo conferem à criança características biomecânicas diferentes das
dos adultos, e em alguns casos, isso pode representar um risco de lesão
aumentado para determinadas sobrecargas.
Crianças com mesma idade cronológica podem encontrar-se em estágio

f) Variações de maturação biológica completamente diferentes, o que além de


associadas ao influenciar na diferença de desempenho, pode expor o jovem atleta
grau de
maturação menos maduro a um risco aumentado de lesões, principalmente nos
esportes de contato, já que em geral, a idade cronológica é a utilizada
para organizar as categorias de disputa.

Quadro 1 – Particularidades da criança e adolescente esportista

A maioria das lesões ocorrem em condições de competição, em


função dos movimentos repetitivos utilizados na técnica desportiva e, em particular
dos aspectos próprios de cada esporte, principalmente aqueles ditos de contato,
como por exemplo o futebol. Nesta situação é exigido da criança movimentos
complexos como habilidade em controlar a bola, proteção contra adversários, drible,
força e flexibilidade. É preciso certificar-se de que o jovem possui estas
características antes de submetê-lo a situação de risco representada pela
competição.
Estudos concluem que mais da metade das lesões em esportes
coletivos ocorrem por erros de técnica nos movimentos básicos da modalidade.
Portanto, é importante ressaltar que o treino técnico das modalidades é fundamental
e deve ser executado de maneira a condicionar o jovem a realizar os movimentos
adequadamente para usá-los em condições de competição.
A prevenção começa exatamente com o planejamento adequado
das atividades físicas, assim como ficar atento para o esporte escolhido. É
imprescindível que o jovem seja orientado por um profissional qualificado e que seja
orientado quanto à utilização do equipamento esportivo de forma correta.
Vale ressaltar a importância de dosar a intensidade dos treinos e
atentar para a sobrecarga que longos períodos de treino sem pausa podem
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acarretar para este jovem. Outro ponto importante sugerido pelos estudiosos é que
sejam feitas adaptações no número de participantes nas modalidades esportivas. A
diminuição do número de participantes nos jogos tende a diminuir o contato entre os
participantes protegendo-os contra lesões. Com a evolução do treinamento e
aquisição das habilidades técnicas necessárias, o número de participantes passa a
ser o normal da modalidade.
Cabe também ao profissional de educação física perceber as
habilidades motoras de cada jovem e tentar reuni-los em grupos homogêneos no
momento das competições, impedindo que jovens com aptidões motoras muito
diferentes participem do mesmo evento competitivo com jovens mais maduros do
ponto de vista do desenvolvimento motor.
Os exercícios de condicionamento, antes dos jogos e durante a
prática esportiva, fortalecem os músculos contribuindo para minimizar os riscos de
lesões, bem como os exercícios de alongamento, antes e depois dos jogos ou
durante a prática esportiva, podem aumentar a flexibilidade, mas ambos devem ser
realizados sob supervisão de um profissional da área.
Atualmente, os profissionais envolvidos com a medicina esportiva -
sejam eles pediatras, ortopedistas ou fisioterapeutas - se valem de enorme arsenal
técnico para investigação, orientação e tratamento. A intenção principal é evitar que
esse atleta necessite de tratamento cirúrgico, pois além de ser invasivo, o afastaria
por um bom tempo de sua atividade.
A fisioterapia esportiva vem se destacando já há algum tempo, haja
vista, que traça um programa de tratamento voltado para a individualidade de cada
atleta, respeitando assim, as peculiaridades anatômicas e músculo - esqueléticas
(que difere do atleta adulto), reeducando seu gesto esportivo quando necessário e
planejando seu retorno gradativo aos treinos, sem que haja sobrecargas iniciais.

3. LESÕES DESPORTIVAS

Em conceito amplo, a lesão desportiva pode ser definida como


qualquer queixa física ocorrida durante treinamento e/ou competição, sendo
necessária atenção médica e que resultam na restrição da participação do atleta por
no mínimo um dia após a lesão. De maneira mais específica, lesão desportiva é
definida como qualquer dor ou afecção musculoesquelética resultante de
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treinamentos e/ou competições desportivas e que foi suficiente para causar


alterações no treinamento normal, seja na forma, duração, intensidade ou
frequência.
O atleta jovem é mais susceptível a sofrer uma lesão pela
vulnerabilidade das epífises de crescimento do osso imaturo e da cartilagem
articular, diferente das lesões ligamentares vistas no adulto.
O principal risco da atividade física ou desportiva inadequada são as
lesões músculo-esqueléticas como entorses, contusões, fraturas, osteocondroses,
tendinite, escoliose, osteocondrite, espondilose e espondilolistese. As cartilagens de
crescimento se fecham em épocas diversas, estando, portanto, mais vulneráveis a
lesões de acordo com a etapa do desenvolvimento.
As osteocondroses afetam o esqueleto em crescimento e a
cartilagem articular, a apofisite de tração é a mais frequente delas, causada pela
combinação do crescimento e do excesso de carga na cartilagem de crescimento
devido à tração da unidade músculo-tendão. O pico de fraturas em pediatria coincide
com o estirão puberal, talvez decorrente do aumento da remodelação do osso
cortical nessa fase do crescimento. Por isso, as atividades de carga, embora
possam evitar fraturas na vida adulta, em crianças pré-púberes estão mais
associadas ao risco de fratura. Estas lesões, de acordo com Arena e Carazzato
(2007), diferenciam-se em tipo e localização dependendo das características de
cada modalidade desportiva.

4. RELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) E A PRÁTICA DE


ATIVIDADES FÍSICAS NA INFÂNCIA

O excesso de peso constitui um grave problema de saúde pública,


devido principalmente às elevadas taxas de prevalência em crianças, podendo gerar
doenças crônicas não transmissíveis durante a infância. Segundo a Organização
Mundial da Saúde WHO (2008), a obesidade é considerada uma pandemia mundial
o qual é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nos tecidos.
Avaliar a relação entre atividade física e gordura corporal em
crianças com idade entre 6 e 9 anos é fundamental, pois é nesta fase que se
estabelecem padrões alimentares e de exercícios físicos principalmente no ambiente
escolar. Neste contexto, a Educação Física Escolar e as práticas esportivas têm
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função importantíssima no combate à obesidade, de forma a incentivar os alunos a


saírem do sedentarismo, motivar a prática de atividade física e conscientizar o
mesmo sobre a importância de ser ativo. Entretanto, constitui-se de extrema
importância direcionar programas de Educação Física escolar como estratégias para
minimizar a obesidade infantil, através da orientação não só na prática de atividades
físicas, mas também com relação a hábitos alimentares adequados.

5. METODOLOGIA

Este estudo é uma Revisão de Literatura embasado teoricamente


por 5 artigos referenciados no trabalho e fomentado por uma visita técnica realizada
a Creche Bom Pastor, onde realizou-se com as crianças atividades lúdicas afim de
estimular aspectos fisiológicos e de educação em saúde, bem como mensurou-se
peso e altura afim de quantificar o Índice de Massa Corporal das crianças.

6. RESULTADOS

Mediante os dados coletados durante a visita técnica, obtivemos os


seguintes resultados referentes ao Índice de Massa Corporal.

Idade Peso Altura


Nome IMC Resultado
(anos) (Kg) (m)
Ana Júlia 6 anos 17 1,08 14,57 Normal
Ana Luíza 5 anos 24 1,20 16,67 Normal
Bernardo 4 anos 22 1,16 16,35 Normal
Bruno 5 anos 28 1,29 16,83 Normal
Camile 5 anos 20 1,14 15,39 Normal
David Rafael 4 anos 20 1,12 15,94 Normal
Emanuelle 5 anos 30 1,18 21,55 Sobrepeso
Guilherme 5 anos 17 1,16 12,63 Baixo peso
Kevin 4 anos 15 1,06 13,35 Baixo peso
Lucas 6 anos 15 1,12 11,96 Baixo peso
Ludmila 4 anos 15 1,03 14,14 Normal
Luíz 4 anos 18 1,09 15,15 Normal
Macaully 6 anos 21 1,22 14,11 Baixo peso
Monique 5 anos 13 1,08 11,15 Baixo peso
Nicole 5 anos 18 1,12 14,35 Normal
Pedro 5 anos 18 1,17 13,15 Baixo peso
Rebeca Rodrigues 5 anos 11 1,08 9,43 Baixo peso
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Rebeca Vitória 6 anos 24 1,23 15,86 Normal


Sander 5 anos 20 1,18 14,36 Baixo peso
Vítor 5 anos 16 1,10 13,22 Baixo peso
Yasmin Vitória 6 anos 21 1,20 14,58 Normal

Tabela 1 – Índice de Massa Corporal

7. DISCUSSÃO

Observou-se que comparando a idade, peso, altura o índice de


massa corporal das crianças durante a visita técnica que 11 estão com IMC normal,
9 abaixo do peso e 1 com sobrepeso, a atividade física é fundamental, porem é
importante salientar que a alimentação tem que ser adequada para minimizar a
obesidade e também regular os níveis de desnutrição contendo melhorar a
qualidade de vida futura.
É preciso que a sociedade, busque ter hábitos de vida melhores,
para que as crianças possam absorver vendo o exemplo em seu dia a dia. Para uma
vida saudável, é necessário aliar o exercício físico a uma dieta balanceada,
contendo proteínas, carboidratos, vitaminas e lipídeos nas quantidades adequadas.
A prática alimentar é fundamental para crianças e adolescentes, pois
além de estarem em fase de desenvolvimento, elas tem um alto gasto energético
devido às atividades frequentemente realizadas. A alimentação desempenha um
papel importante na atividade física, pois prepara o organismo para o esforço,
fornecendo os nutrientes necessários de acordo com o tipo de exercício e o objetivo
que se pretende alcançar. Vale ressaltar também que a hidratação é um fator de
grande importância para a prática física.
É possível observar também, que as práticas alimentares e a relação
de baixo peso e/ou sobrepeso estão intimamente ligadas ao desempenho nas
práticas esportivas, uma vez que as crianças que se encontram nesse patamar
estão mais propensas a terem lesões durante as atividades relacionadas ao esporte
e, como já foi discutido, uma alimentação correta é fundamental para se
desempenhar uma atividade física de maneira saudável.

8. CONCLUSÃO

Portanto, conclui-se que a prática de atividades físicas em quaisquer


circunstâncias proporciona vários benefícios para saúde, previne doenças e
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proporciona melhoras no âmbito psicológico e social, no entanto o que se refere a


crianças e prática de esportes implica cuidados e monitoramento sendo necessário
respeitar os aspectos fisiológicos do crescimento para evitar lesões. Uma
alimentação adequada e atividades físicas promovem uma boa qualidade de vida
em quaisquer praticantes, além disso, vem acompanhada de benefícios que se
manifestam sob todos os aspectos do organismo do ponto de vista músculo-
esquelética como auxiliar na melhora da força, do tônus muscular e da flexibilidade,
fortalecer os ossos e as articulações, e no caso das crianças auxilia no
desenvolvimento das habilidades psicomotoras, regula as substâncias relacionadas
ao sistema nervoso, melhora o estresse e previne a depressão.
Dessa forma, o incentivo às práticas esportivas e as atividades
físicas é importante, principalmente na infância, já que uma criança ativa se torna
um adulto ativo, no entanto, vale ressaltar que como em qualquer idade essas
práticas devem ser acompanhadas, para que manter uma vida ativa com atividades
físicas e esportivas se torne não somente saudável, mas também prazeroso.
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REFERÊNCIAS

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DIAS, Jaqueline. A frequência de lesões esportivas em crianças e adolescentes.


Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/47270/a-
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VANDERLEI, Franciele Marques. Lesões em crianças e adolescentes praticantes


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VANDERLEI, Franciele Marques; VANDERLEI, Luiz Carlos Marques; NETTO


JUNIOR, Jayme and PASTRE, Carlos Marcelo. Características das lesões
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