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NOME DO ADVOGADO OU ESCRITÓRIO Rua xxxxxxxxxxxx, nº.

xx/xx,
OAB/UF XX.XXX Bairro xxxxxxx,
Cep xxxxxxxx,
Cidade xxxxxxx
Estado.

Email: advogado@hotmail.com

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DR. (A) JUIZ(A) DE DIREITO DO __JUIZADO ESPECIAL CÍVEL/VARA


CÍVEL DA COMARCA DE ____________/ESTADO

FULANO DA SILVA, estado civil (ou existência de união estável), profissão,


CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, endereço eletrônico: XXXXXXXXXXXXX, domiciliado e
residente na Rua xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx, vem,
perante Vossa Excelência, por seus procuradores signatários, instrumento de mandato em
anexo, ajuizar a presente AÇÃO DE COBRANÇA CUMULADA COM DANOS MORAIS contra
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX S/A, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ sob nº XX.XXX.XXX/0001-00, endereço eletrônico xxxx@mail.com.br, com
sede na Avenida XXXXXXX, XXXX, na cidade de XXXXXXXXXXX/XX, onde deverá ser citada,
forte no art. 5°, X, da Constituição Federal, e no art. 6 e 37 do Código de Defesa do
Consumidor, ante os fatos e fundamentos expostos a seguir.

1. Dos Fatos

O requerente adquiriu passagens áereas da empresa requerida,


referente aos trechos XXXXXXXXXXXXXXXXX/XXXXXXXXXXXXXXXXX e
XXXXXXXXXXXXXXXXX/XXXXXXXXXXXXXXXXX, conforme demonstra o cartão de embarque
(Doc. 1).

O primeiro trecho teve início no dia 05 de dezembro de 2013, com


partida de XXXXXXXXXXXXXXXXX sendo que o embarque e desembarque ocorreram de
forma normal e com pequenos atrasos.

A passagem de volta estava marcada para o dia 12 de dezembro de


2013, às 15:00 horas, tendo em vista que o autor possuía compromissos profissionais
inadiáveis no dia subsequente.

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Em virtude disto, o demandante chegou ao Aeroporto


XXXXXXXXXXXXXXXXXX por volta das 13:00 horas do dia 12 de dezmebro de 2013,
oportunidade em que verificou que o check in estava com problema e os voos da
companhia XXXXXXXX estavam com atrasos.

O requerente se dirigiu ao balcão da requerida e questionou qual seria a


média de atraso para o seu vôo, sendo que lhe foi garantido que o retardamento não
passaria de 1 (uma) hora.

Frise-se que as outras comapanhias áereas estavam decolando e


pousando normalmente, sendo que o problema na empresa XXXXXXXX era em virtude da
alteração de um sistema interno.

Pois bem. O fato é que durante todo o tempo a informação era de que a
demora seria de apenas 1 (uma) hora.

Ocorre que o sistema da demandada voltou a funcionar somente às


20:00, sendo que já havia grande acúmulo de passageiros esperando para embarcar para
todos os destinos.

O primeiro vôo que decolou para XXXXXXXXXXXXXXXXX ocorreu apenas


às 22:00, sendo que o autor NÃO CONSEGUIU EMBARCAR, devido a mutidão de
passageiros de vôos anteriores que ainda não haviam embarcado.

Ademais, a promessa do próximo vôo para XXXXXXXXXXXXXXXXX era


para às 04:00 do dia 13 de dezmebro de 2013, sendo que mesmo assim não havia a
garantia de que o requerente embarcaria, pelo acúmulo de passageiros.

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Por conta disto, o autor teve de adquirir nova passagem - de outra


Companhia áerea - conforme comprova o Cartão de Embarque em anexo (Doc. 3).

Destaca-se que além do caos que o autor enfrentou, a CIA XXXXXXXX em


nenhum momento disponibilizou suporte para alimentação, transporte ou eventual
necessidade de hospedagem.

Logo, não restando outra saída ao consumidor/autor, diante do


flagrante abuso da requerida, vem a juízo para postular a devolução do valor gasto com a
nova passagem; a devolução da quantia referente ao trecho
XXXXXXXXXXXXXXXXX/XXXXXXXXXXXXXXXXX; além da condenação referente aos Danos
Morais, em virtude dos dissabores e aborrecimentos causados ao autor.

2. DAS PRELIMINARES

2.1. Da Assistência Judiciária Gratuita

Inicialmente, destaca o requerente que não possui condições de arcar


com custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio,
conforme demonstra o documento 2 (em anexo), razão pela qual faz jus ao benefício da
gratuidade da justiça, nos termos dos artigos 98 a 102 do NCPC, o que requer desde já.

2.2. Da Inversão do Ônus da Prova

A questão do ônus da prova é de relevante importância, visto que a sua


inobservância pode vir a acarretar prejuízos aos que dela se sujeitam.

Levando-se a efeito o disposto no artigo 373 do Código de Processo


Civil, provas são os elementos através dos quais as partes tentam convencer o Magistrado
da veracidade de suas alegações, seja o autor quanto ao fato constitutivo de seu direito,

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seja o réu quanto ao fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.


Lembrando que estas deverão ser indicadas na primeira oportunidade de se falar aos
autos, ou seja, petição inicial e contestação.

Tecidas tais considerações, reportemo-nos ao novo Código de Processo


Civil, artigo 373, §1º que determina:

“Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa


relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe
foi atribuído.”

O art. 6º do CDC, por sua vez, refere que são direitos básicos do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo regras ordinárias de experiências”.

Da exegese do artigo vislumbra-se que para a inversão do ônus da prova


se faz necessária a verossimilhança da alegação, conforme o entendimento do Juiz, ou a
hipossuficiência do autor.

Portanto, são 02 (duas) as situações presentes no artigo em tela,


necessárias para a concessão da inversão do ônus da prova, quais sejam: a verossimilhança
e (ou) a hipossuficiência.

A relevância da inversão do ônus da prova está em fazer com que a


pessoa de boa-fé torne-se mais consciente de seus direitos e o fornecedor mais
responsável e garantidor dos bens que põe no comércio, assim como as compras que de
fato são efetivadas em seu estabelecimento comercial.

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No caso em tela, tanto a (i) verossimilhança quanto a (ii) hipossuficiência


estão presentes. (i) A primeira se fundamenta no fato de o requerente comprovar de forma
inequívoca que houve o atraso de mais de X (XXXX) horas no retorno de
XXXXXXXXXXXXXXXXX, no dia XX de dezembro de 201X, bem como pela necessidade de
adquirir nova passagem áerea em outra Companhia.

(ii) A segunda é flagrante, na medida em que ao adquirir passagem


áerea e firmar o consequente contrato de transporte, fica totalmente a mercê da
demandada, a qual optou por trocar o sistema durante o dia, em horário de grande fluxo
de passageiros embarcando e desembarcando.

Enfim, todos os requisitos legais estão preenchidos, sendo que a


inversão do ônus da prova deve ser deferida. Nesse sentido é o entendimento do Tribunal
de Justiça do Estado de XXXXXXXXXXXXXX, conforme veremos:

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. AÇÃO


DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. VETADO
EMBARQUE. NECESSIDADE DE AQUISIÇÃO DE NOVA PASSAGEM
AÉREA. ATRASO NA CHEGADA AO DESTINO. DANOS MATERIAS E
MORAIS CONFIGURADOS NO CASO CONCRETO. QUANTUM
MANTIDO. A parte ré pede provimento ao recurso para que seja
reformada a sentença que a condenou ao pagamento de
indenização por danos morais e materiais. Relação de consumo que
opera a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso
VIII, do CDC. Logo, cabia à parte ré demonstrar que foi informado
ao autor o motivo da negativa de despachar suas malas, bem como
oferecidas alternativas, como o pagamento pelo excesso de
bagagem, consoante o art. 333, inciso II, do CPC, o que não se
verifica nos autos. Sendo assim, deve ser mantida a condenação da
recorrente ao pagamento de R$1.671,04 a titulo de danos
materiais, porque o autor se viu obrigado a adquirir nova passagem
aérea, em empresa diversa, ante a inércia da ré em apresentar
soluções para o problema em questão. Com relação à condenação
por danos morais, estes restam configurados em concreto, pois o
autor, que sofre de moléstia grave na coluna (fls.19/37), teve que
permanecer por aproximadamente 6 horas aguardando novo voo
no aeroporto, além de chegar ao seu destino com atraso de cerca
de 8 horas. Quantum arbitrado em R$ 3.000,00 (três mil reais), que
não merece redução, porque adequado aos parâmetros utilizados
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pela presente Turma Recursal no julgamento... de casos análogos.


SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71005677570, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais
TJRS, Relator: Fabiana Zilles, Julgado em 26/01/2016). (grifou-se)

Portanto, haja vista a existência da verossimilhança das alegações do


requerente e da existência da hipossuficiência do mesmo, este faz jus a inversão do ônus
da prova a seu favor, o que desde já requer.

3. DO MÉRITO

3.1 Do Direito – Da Responsabilidade Civil da Requerida

Com relação ao mérito, a pretensão da demandante encontra guarida


na Constituição Federal de 1988, no Código Civil de 2002 e, principalmente, no Código de
Defesa do Consumidor.

O art. 931 do Código Civil estabelece que “ressalvados outros casos


previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem
independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação”.

O art. 12 do Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, em


raciocínio análogo dispõe que “o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
estrangeiro, e o importador, respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto,
fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização ou riscos”

Da simples leitura dos supramencionados artigos, conclui-se que a


responsabilidade das empresas prestadoras de serviços quando causadores de danos é
puramente objetiva, isto é, ocorre independentemente de culpa desta.
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A responsabilidade civil objetiva tem como fundamento o risco e


consiste na obrigação de indenizar o dano produzido por atividade exercida no interesse do
agente e sob seu controle, sem que haja qualquer indagação sobre o comportamento do
lesante, fixando-se no elemento objetivo, isto é, na relação de causalidade entre o dano e a
conduta de seu causador1.

Os referidos artigos servem apenas para elucidar a espécie de


responsabilidade da empresa ré, tendo em vista que através dos documentos juntados aos
autos resta evidente que esta decaiu em culpa ao lesar o autor em decorrência do atraso
de MAIS de 4 horas referente ao vôo do trecho XXXXXXXXXXXXXXX/XXXXXXXXXXXXXXXXX,
além de não ter prestado nenhuma assistência ao requerente.

Todavia, tendo o Código de Defesa do Consumidor adotado o sistema


de responsabilidade objetiva, é salutar a existência de uma teoria unitária, fundada
essencialmente no que o consumidor mais deseja: qualidade e responsabilidade.

Adentrando especificamente na seara dos transportes áereos, destaca-


se a normatização expressa determinada pela Lei 7.565/96, onde fica claro que as
empresas deteém direitos e deveres quanto aos passageiros.

Nesse sentido, destaca-se o art. 230 e seguintes da aludida Lei:

Art. 230. Em caso de atraso da partida por mais de 4 (quatro) horas,


o transportador providenciará o embarque do passageiro, em vôo
que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino, se houver,
ou restituirá, de imediato, se o passageiro o preferir, o valor do
bilhete de passagem.

Art. 231. Quando o transporte sofrer interrupção ou atraso em


aeroporto de escala por período superior a 4 (quatro) horas,
qualquer que seja o motivo, o passageiro poderá optar pelo
1 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, pág. 49.
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endosso do bilhete de passagem ou pela imediata devolução do


preço.

Parágrafo único. Todas as despesas decorrentes da interrupção ou


atraso da viagem, inclusive transporte de qualquer espécie,
alimentação e hospedagem, correrão por conta do transportador
contratual, sem prejuízo da responsabilidade civil.

Inclusive, é o que decidem os Tribunais Estaduais:

RECURSO INOMINADO. TRANSPORTE AÉREO. VOO DOMÉSTICO.


ATRASO SIGNIFICATIVO E MUDANÇA DE CONEXÕES. CHEGADA AO
DESTINO 20H APÓS O HORÁRIO CONTRATADO. ASSISTÊNCIA
PRESTADA DE FORMA DEFICITÁRIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA
INOCORRENTE. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM
FIXADO DE FORMA ADEQUADA À SITUAÇÃO DOS AUTOS.
SENTENÇA MANTIDA. ART. 46 DA LEI 9.099/95. 1 - Contrato de
transporte aéreo estabelecido entre as partes, através do qual se
comprometia a ré a transportar os autores de Fortaleza a Porto
Alegre, no dia 31/07/2014, partindo às 13h32min, chegando ao
destino às 00h15min do dia 01/08/2014, realizando duas conexões
em Salvador e Rio de Janeiro. 2 - Incontroverso o não cumprimento
do contratado, uma vez que os autores foram obrigados a partir de
Salvador às 22h40min, onde se encontravam desde as 16h, com
destino a São Paulo, tendo de pernoitar na referida cidade, partindo
para Florianópolis às 16h19min do dia 01/08, embarcando para
Porto Alegre às 18h, aonde chegaram às 19h, conforme cartões de
embarque anexados aos autos. 3 - Ilegitimidade passiva de pronto
afastada, pois inequívoca a contratação dos autores com a ré,
conforme farta documentação constante nos autos. 4 - Tese
defensiva de necessidade de adequação da malha aérea que se
afigura insuficiente a ensejar o afastamento da responsabilidade
pelos danos causados. 5 - Danos morais devidamente configurados,
inclusive porque comprovado nos autos que os autores, casal idoso,
chegaram a São Paulo por volta de 1h da... madrugada, mas
somente foram acomodados em hotel por volta de 5h. Ainda que
prestada a assistência prevista pela Resolução da ANAC, o foi de
forma deficitária. 6 - Quantum fixado em R$3.000,00 a cada um dos
autores que não se afigura exorbitante a ensejar a redução
pretendida. 7 - Sentença mantida por seus próprios fundamentos, a
teor do disposto no art. 46 da Lei 9.099/95. RECURSO DESPROVIDO.
(Recurso Cível Nº 71005885413, Segunda Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Nara Cristina Neumann Cano Saraiva,
Julgado em 27/01/2016).

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RECURSO INOMINADO ? AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALOR C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ? PASSAGEM AÉREA IDA E
VOLTA ? CANCELAMENTO DO VOO ? FALHA NA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS ? RESPONSABILIDADE OBJETIVA ? REGRA DO ART. 14 DO
CDC ? DANO MORAL E MATERIAL CONFIGURADO ? QUANTUM
MANTIDO ? SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. Recurso conhecido e desprovido. , esta Turma
Recursal resolve, por unanimidade de votos, conhecer e negar
provimento ao recurso interposto, nos exatos termos deste vot
(TJPR - 1ª Turma Recursal - 0035935-34.2014.8.16.0182/0 - Curitiba
- Rel.: Aldemar Sternadt - - J. 02.02.2016

Referente aos requisitos elencados pelo art. 230 da Lei 7.565/96, tem-se
por incontroverso nos autos que o atraso perdurou por mais de 4 (quatro) horas, bem
como que o requerente não conseguiu embarcar no primeiro vôo disponibilizado para
XXXXXXXXXXXXXXXXX.

Frise-se à exaustão que a requerida não só não colocou outros vôos a


disposição dos clientes, conforme determinado ao art. 230, como também os deixou
completamente abandonados, sem qualquer suporte para alimentação, transporte e
hospedagem.

Por todo o exposto, respeitosamente requer seja a presente demanda


julgada totalmente procedente, tendo em vista os Danos causados ao Consumidor.

4. Dos Pedidos

4.1. Dos Danos Materiais e da Lesão ao Consumidor

Conforme demonstrado em momento anterior, diversos prejuízos foram


gerados na esfera do autor, tando de ordem material quanto imaterial.

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A Lei 7.656/96, além de demonstrar as causas que geram lesões ao


consumidor, também delimita a responsabilidade dos transportadores, perante aqueles,
bem como a extensão deste encargo:
Art. 256. O transportador responde pelo dano decorrente:

I - de morte ou lesão de passageiro, causada por acidente ocorrido


durante a execução do contrato de transporte aéreo, a bordo de
aeronave ou no curso das operações de embarque e desembarque;

II - de atraso do transporte aéreo contratado.

§ 1° O transportador não será responsável:

a) no caso do item I, se a morte ou lesão resultar, exclusivamente, do


estado de saúde do passageiro, ou se o acidente decorrer de sua
culpa exclusiva;
b) no caso do item II, se ocorrer motivo de força maior ou
comprovada determinação da autoridade aeronáutica, que será
responsabilizada.

§ 2° A responsabilidade do transportador estende-se:

a) a seus tripulantes, diretores e empregados que viajarem na


aeronave acidentada, sem prejuízo de eventual indenização por
acidente de trabalho;

b) aos passageiros gratuitos, que viajarem por cortesia.

Frise-se que a única hipótese de exclusão da responsabilidade da


demandada seria em virtude de força maior ou por determinação da autoridade
aeronáutica, hipótese que não se encaixam ao caso em comento.

Isso porque o caos foi gerado devido a problemas no sistema interno da


requerida, o quel estava sendo alterado no meio do dia, em horário de grande fluxo de
passageiros.

Destarte, em havendo a necessidade de embarcar imediatamente para


XXXXXXXXXXXXXXXXX, o requerente teve de adquirir outra passagem em nova CIA, tendo

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de desembolsar o montante de R$ X.XXX,XX (XXXXXX mil e XXXXXXXXXX reais), conforme


comprova o bilhete em anexo (Doc. 3).

Ademais, o autor adquiriu da demandada o trecho


XXXXXXXXXXXXXXXXX/XXXXXXXXXXXXXXXXX e não o utilizou, por ineficiência desta,
devendo ser igualmente ressarcido o montante de R$ XXX,XX (XXXXXXXXXXXXXXX reais).

Por todo o exposto, respeitosamente requer seja a presente ação


julgada totalmente procedente, condenando a requerida à devolução da quantia de R$
XXX,XX (XXXXXXXXXXXXXXX reais).

4.2. Do Flagrante Dano Moral

No que concerne aos Danos Morais, mister salientar que serão


indenizáveis as invectivas que efetivamente atingem e aviltam a intimidade, a vida privada,
a honra, a dignidade e a imagem da pessoa.

No caso sub judice, estamos diante de flagrante abalo moral por duas
situações claras. (i) Primeiro pelo fato de o autor ter esperado por quase XX horas no
Aeroporto de XXXXXXXXXXXXXXXXX, sendo que após este longo interregno teve a notícia
de que não poderia embarcar no primeiro vôo com detino a cidade de
XXXXXXXXXXXXXXXXX.

(ii) Segundo porque além de todo o desgaste, o autor não teve


nenhum suporte por parte da requerida, seja de caráter alimentar, de transportes ou
hospedagem, chegando ao ponto de ter que adquirir nova passagem de outra CIA.

Com relação a configuração do Dano Moral nas relações de consumo,


existe uma vasta legislação que regula essa matéria, inclusive de ordem constitucional,

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justamente para restringir a atuação das empresas quando se deparam em contratos com
consumidores hipossuficientes.

A Constituição Federal dispõe em seu art. 5º, inciso X que “são


invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

O Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, expressa que são


direitos básicos do consumidor “a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos e o acesso aos órgãos judiciários e
administrativos,com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais (...)”.

Por conseguinte, por ter havido um profundo desgaste por parte do


consumidor, além de não ter sido seu problema resolvido até o presente momento, mister
que exista uma condenação com o intuito de inibir a requerida a agir desta maneira com
outros clientes.

Em assim sendo, postula a condenação da ré no que se refere aos Danos


Morais causados ao autor.

4.3. Do Quantum Debeatur

O Dano Moral é aquela ação ou omissão que afeta a paz interior de cada
um. Atinge o sentimento de cada pessoa, a paciência, o bem-estar, a honra, enfim, tudo
aquilo que não tem valor econômico, mas que lhe cause angústia, transtorno, que tira sua
tranqüilidade.

Por isto, lesados os direitos de personalidade do consumidor e sendo


responsabilizados objetivamente os causadores, é corolário lógico a indenização pelo dano
moral.
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A indenização por dano moral, portanto, tem caráter satisfativo-


punitivo. Satisfativo quando a verba condenatória satisfaz a vítima de forma plena, isto é, o
quantum é adequado e efetivo; punitivo quando a condenação seja suficiente a dissuadir o
ofensor de novas ações ilícitas2.

Fazendo um balanceamento dessas duas características, devemos


chegar a um quantum, que no presente caso deverá seguir a concepção subjetiva, isto é,
deve haver uma aferição in concreto, a qual visa avaliar, concretamente, a satisfação na
busca dos prejuízos reais alegados pela vítima.

Para ter uma base do valor que deve ser imputado a ré, necessário
tomar como parâmetro a jurisprudência adotada pelo Superior Tribunal de Justiça e pelos
Tribunais Regionais:
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 656.877 - TO (2015/0016183-4)
RELATOR : MINISTRO MOURA RIBEIRO AGRAVANTE : VRG LINHAS
AÉREAS S/A ADVOGADOS : MÁRCIO VINÍCIUS COSTA PEREIRA JÉSUS
FERNANDES DA FONSECA E OUTRO (S) AGRAVADO : INDIRA MATOS
FREITAS DE MAGALHAES AGRAVADO : FREDERICO CORDEIRO DE
MAGALHAES ADVOGADOS : SÉRGIO RODRIGO DO VALE EVALEDA
LINHARES NUNES DO VALE E OUTRO (S) CIVIL. AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. CONTRATO DE TRANSPORTE. CANCELAMENTO DE VOO.
DANO MATERIAL E MORAL CONFIGURADOS. SÚMULA Nº 7 DO STJ.
AGRAVO NÃO PROVIDO DECISÃO Trata-se de agravo em recurso
especial interposto por VRG LINHAS AÉREAS S/A contra decisao do
Tribunal de Justiça de Tocantins, que não admitiu seu apelo nobre
manejado com base no art. 105, III, alínea a, da Constituição Federal,
sob o fundamento de incidência da Súmula 7, desta Corte. Em suas
razões, a companhia aérea alega que o valor fixado a título de danos
morais é exorbitante, e merece ser reformado. Insiste que o acórdão
de origem violou artigos infraconstitucionais (arts. 186, 403, 884,
886, 927, 944, 946, todos do CC/02; e arts. 535 do CPC; e arts. 4º e 5º
da LICC). É o relatório. Decido. Improcede a arguição de ofensa ao
art. 535 do CPC, quando o Tribunal de se pronuncia de forma
motivada e suficiente sobre os pontos relevantes e necessários ao
deslinde da controvérsia. O Tribunal de origem ao analisar o acervo
fático-probatório dos autos concluiu que o quantum indenizatório

2 CARNEIRO, Odete. Da responsabilidade civil por vício do produto e serviço, pág. 37.
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encontra-se em harmonia com jurisprudência atual e está


proporcional e razoável. Veja-se: No que diz respeito ao valor da
indenização a ser fixado em casos tais, diante da inexistência de
parâmetros estabelecidos em lei para a quantificação do dano
moral, a jurisprudência vem se posicionando no sentido de que o
valor da indenização deve ser suficiente a compensar o ofendido
pelo prejuízo experimentado sem gerar enriquecimento indevido,
desestimulando, por outro lado, a reiteração da conduta pelo
ofensor, o que exige do magistrado a observância dos princípios da
proporcionalidade e razoabilidade. Atento às especificidades do
caso em comento, bem como aos parâmetros que vêm sendo
adotados pelos Tribunais pátrios, tenho que a sentença não merece
reparos quanto ao valor estipulado para indenização pelos danos
morais, fixada em R$ 10.000,00, (dez mil reais) de forma individual,
tendo em vista o atraso injustificado e os prejuízos decorrentes de
tal conduta praticada pela companhia aérea. (e-STJ, fl. 179)
(...)
Nestas condições, NEGO PROVIMENTO ao agravo. Publique-se.
Intimem-se. Brasília (DF), 26 de fevereiro de 2015. MINISTRO MOURA
RIBEIRO Relator)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ATRASO DE VOO


INTERNACIONAL. PERDA DE CONEXÃO POR DOIS DIAS
CONSECUTIVOS. ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO
(MANUTENÇÃO DA AERONAVE) E DE FORÇA MAIOR
(CONDIÇÕES CLIMÁTICAS). SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. DANO
MORAL R$ 15.000,00. RECURSO DA DEMANDADA. VALOR
ARBITRADO EM CONSONÂNCIA COM O CASO CONCRETO E
PRECEDENTES DESTA CORTE. DECISÃO MANTIDA. 1. Narra a
exordial que o autor adquiriu passagens aéreas de ida e volta
para a cidade de CHIGADO (EUA), cujos voos seriam operados
pela ré/apelada. O trecho de ida ocorreu conforme pactuado.
Já o trecho de volta sairia de CHICAGO (EUA), em 17/09/2011,
às 17h15, com previsão de chegada a HOUSTON (EUA) em
19h51 e embarque rumo ao RIO DE JANEIRO (BRASIL) às 21h05,
com chegada programada para o dia 18/09/2011, às 09h20.
Aduz que, entretanto, ao realizar o check-in junto ao balcão da
empresa ré, o autor foi informado de que o voo CHICAGO-
HOUSTON estava atrasado e, consequentemente, ele não
conseguiria chegar a tempo para embarcar na conexão
HOUSTON-RIO DE JANEIRO. Acrescenta que após tentar sem
sucesso uma solução junto à ré questionou-a quanto à
disponibilização de acomodações, alimentação e transporte,
uma vez que a casa de seus familiares ficava a mais de 100
quilômetros do aeroporto de CHICAGO, o que lhe foi negado.

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Alega que, diante da negativa, teve de retornar à casa de


parentes com seus próprios meios, e que, no dia seguinte
(18/09/2011), novamente realizou check in, sendo informado,
após, que o voo CHICAGO-HOUSTON estava novamente
atrasado. Em virtude da nova perda da conexão HOUSTON-RIO
DE JANEIRO, lhe foi informado que a passagem seria remarcada
para o dia seguinte (19/09/2011), no mesmo horário. Salientou,
por derradeiro, que, na terceira vez que se dirigiu ao aeroporto,
pleiteou a realocação para um voo de outra companhia, o que
foi feito. Em virtude desses fatos, postulou o autor a
condenação da ré ao pagamento de indenização por danos
materiais, no valor de R$ 416,00 (quatrocentos e dezesseis
reais), relativamente ao custo da tradução juramentada dos e-
mails trocados com a ré, bem como de indenização por danos
morais na quantia de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). 2.
Em resposta, a empresa apelante sustentou que o primeiro
atraso do voo ocorreu em decorrência da necessidade de
manutenção na aeronave, com o intuito de garantir a
segurança; e que o segundo atraso se deu por força de
determinação do Sistema Nacional de Aviação, tendo em vista
que não havia condições climáticas para pouso no aeroporto de
HOUSTON. Esclareceu que disponibilizou total assistência ao
autor, tendo oferecido hospedagem em hotel conveniado, mas
por livre escolha o autor decidiu retornar para a casa de seus
parentes. Ressaltou que a realocação do autor em voos de
outras companhias aéreas só foi feita na terceira oportunidade
em que o autor se apresentou no aeroporto de CHICAGO,
porque nas outras anteriores os voos de outras empresas
estavam lotados. Rechaçou o pleito indenizatório por dano
moral, alegando culpa exclusiva de terceiro e força maior. 3. A
sentença acolheu o pleito autoral, condenando a empresa
apelante ao pagamento de R$ 15.000,00 por dano moral. 4.
Nas razões de apelo, a ré reprisa as excludentes de
responsabilidade (culpa exclusiva de terceiro e força maior),
pugnando pela improcedência do pedido ou, ao menos, a
minoração do quantum indenizatório. 5. NÃO MERECE
PROSPERAR O APELO. 6. Os dois únicos documentos acostados
pela ré a fim de corroborar a defesa não esclarecem a causa
dos atrasos. E embora o juízo a quo tenha dado oportunidade à
ré/apelante para acostar novos documentos, a demandada
pugnou, ao revés, pelo julgamento antecipado da lide. 7. Não
há qualquer prova de que os controladores de tráfego aéreo
tenham determinado a suspensão dos voos. Neste passo, os
fatos narrados pelo Autor/apelado restaram incontroversos. 8.
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Restou caracterizada a existência de danos extrapatrimoniais,


sendo que os mesmos decorrem in re ipsa, sobretudo se for
levado em conta que o autor, piloto de aviação civil, comprovou
estar escalado para trabalhar nos dias 19 e 20 de
setembro/2011, quando estaria de volta ao país, não fosse a
falha na prestação do serviço da apelante. 9. Ao apelado
sequer foi ofertada acomodação e alimentação em um hotel,
ou mesmo custeado o transporte de volta a casa de seus
familiares, para onde teve de retornar por duas vezes. 10.
Quantificação da verba compensatória dos danos imateriais,
arbitrada em R$ 15.000,00 (quinze mil reais), que não merece
ser retificada, eis que atendeu aos Princípios da Razoabilidade
e da Proporcionalidade, bem como observou as
peculiaridades do caso concreto e a finalidade pedagógica
dessa modalidade de condenação. 11. NEGATIVA DE
PROVIMENTO AO RECURSO. (TJ-RJ - APL:
00042501220128190209 RJ 0004250-12.2012.8.19.0209,
Relator: DES. JUAREZ FERNANDES FOLHES, Data de Julgamento:
26/02/2015, VIGÉSIMA SEXTA CAMARA CIVEL/ CONSUMIDOR,
Data de Publicação: 02/03/2015 00:00)

Em assim sendo, por todos os prejuízos que foram demonstrados e


provados pelo demandante, postula a fixação dos Danos Morais no montante de R$
10.000,00 (dez mil reais) reais, com juros e correção desde o evento danoso, evitando
assim que a empresa pratique novamente fatos análogos e satisfaça os dissabores
experimentados pelo demandante.

5. Dos pedidos

Diante do exposto, respeitosamente requer a Vossa Excelência o que


segue:

a) Seja designada/dispensada audiência de conciliação ou mediação na


forma do previsto no artigo 33 do NCPC;

b) A citação do Réu, nos termos do art. 246, inciso I do CPC/2015, para


oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;

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c) Ao final, seja julgada totalmente procedente a presente ação, para:

c.1) condenar a ré a título de Danos Materiais no montante de R$


X.XXX,XX ( XXXXXXX mil e XXXXXXX reais);

c.2) condenar a ré a título de Danos Morais nos termos acima


requeridos.

d) A condenação da requerida ao pagamento de honorários


sucumbenciais no patamar de 20% sobre o valor da condenação, bem como custas
judiciais;

e) O deferimento do pedido de Assistência Judiciária Gratuita;

Por fim REQUER seja oportunizada a produção de provas por todos os


meios direito admitidos, em especial prova documental.

Em tempo, requer sejam cadastrados no registro deste processo os


procuradores xxxxxxxxxxxxxxx, OAB/XX XX.XXX, expedindo-se todas intimações em nome
destes, sob pena de nulidade.

Dá-se a causa o valor de R$ XX.XXX,00.


Nestes termos, pede deferimento.

Cidade, Data.

p.p. Advogado
OAB/UF XX.XXX

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