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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................3

2. MODELO DE INICIAL - INSCRIÇÃO INDEVIDA SPC -


COMÉRCIO - DANOS MORAIS....................................................5

3. MODELO DE INICIAL - INTERNET - BUSCADOR - DANOS A


IMAGEM - DANOS MORAIS........................................................22

4. E AGORA?.............................................................................60
3

1. INTRODUÇÃO

Olá,

É com muita satisfação que disponibilizamos para você esse e-


book com modelos de petição com teses relacionadas ao Direito do
Consumidor. Esses modelos são parte integrante de um material mais
extenso, elaborado cuidadosamente por nossa equipe, para colaborar com
você em sua atividade diária, sempre com o objetivo de aumentar o
faturamento de seu escritório através de teses com alta demanda no mercado.

Esse material exclusivo que você está recebendo é fruto, não


apenas da prática diária em nosso escritório na defesa de pessoas físicas e
jurídicas, mas também de estudos e análises específicas no ramo do Direito
do Consumidor e do próprio mercado jurídico, no sentido de identificar as
principais demandas existentes atualmente na área do consumidor.

Esse e-book contempla três modelos de petições iniciais com


jurisprudência atualizada, TODAS DE ACORDO COM O NOVO CPC. Todos
modelos são produzidos por advogados especialistas na matéria, que
possibilitam a você utilizá-los imediatamente.

Através desses modelos, você pode conhecer e comprovar a


qualidade do material desenvolvido pela Veredictum Petições e encontrar em
4

nosso trabalho o suporte necessário para trabalhar com ações em defesa dos
direitos do consumidor.

Nosso material é ideal para advogados que ainda não tem


experiência na matéria, bem como para aquele que já atua ou atuou nesse
ramo e quer aprimorar sua atuação na área de direito do consumidor com
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que não a de perder horas e horas produzindo petições.

Contudo, nosso propósito não é apenas o de disponibilizar


modelos de petições editáveis para você utilizar quando surgir um cliente
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Um Forte Abraço e Sucesso.
5

Max Borges - Advogado e Coordenador Técnico


Veredictum Petições

2. MODELO DE INICIAL - INSCRIÇÃO INDEVIDA SPC - COMÉRCIO -


DANOS MORAIS

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DR. (A) JUIZ(A) DE DIREITO DO __JUIZADO


ESPECIAL CÍVEL/VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________/ESTADO

PEDIDO LIMINAR

FULANO DA SILVA, estado civil (ou existência de união estável),


profissão, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, endereço
eletrônico: XXXXXXXXXXXXX, domiciliado e residente na Rua
xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx,
vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu
procurador signatário, instrumento de mandato em anexo,
propor a presente,

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO
DE TUTELA
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Em face de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX S/A,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
XX.XXX.XXX/0001-00, endereço eletrônico xxxx@mail.com.br,
com sede na Avenida XXXXXXX, XXXX, na cidade de
XXXXXXXXXXX/XX, que deverá ser citada na pessoa de seu
representante legai, pelos motivos de fato e de direito, que passa
expor:

I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, destaca o requerente que não possui condições de


arcar com custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento
próprio, conforme demonstra o documento 2 (em anexo), razão pela qual faz jus ao
benefício da gratuidade da justiça, nos termos dos artigos 98 a 102 do NCPC, o que
requer desde já.

II. DOS FATOS

O requerente vem sendo compelido pela empresa requerida a


efetuar o pagamento de valores desde o ano de 20XX, sob a alegação de que está
estaria em débito no montante de R$ XX,XX (XXXXXXXXXX reais e XXXXXXX
centavos).
Objetivando ser mais específico, imperioso destacar que o autor,
ao tentar efetuar compras, restou surpreendido com a notícia de que estaria com
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débito pendente junto à empresa demandada. Tal fato lhe causou estranheza de
imediato, tendo em vista que jamais comprou qualquer mercadoria nessa empresa.
Para sanar este equívoco o demandante tentando solucionar o
problema entrou em contato com o SPC, que buscou contato com a empresa
demandada, a qual informou que os registros estariam corretos.
Ressalta-se que na época da suposta compra o autor estava
residindo em outra cidade, sendo que laborava durante o dia (CTPS em anexo) e
estudava durante a noite (comprovante do curso em anexo).
Por conseguinte, resta evidente que o requerente não realizou a
suposta compra, assim como sequer esteve na cidade do estabelecimento da
requerida na data da citada negociação. A inclusão realizada pela demandada foi
equivocada, sendo que veio a causar diversos constrangimentos ao autor.
Além do abalo por ter sido negada a compra de produtos em
duas oportunidades e por ter que procurar esclarecer o que de fato estava
acontecendo, o requerente também restou prejudicado na medida em que teve a
necessidade de realizar um empréstimo com a empresa XXXXXXXXXXX, sendo que
lhe foi fornecido um valor ínfimo justamente por estar inscrita no SPC.
O que deve ficar claro é que a inscrição promovida pela loja
XXXXXXXXXXXXX gerou uma série de prejuízos ao demandante, inclusive a
dificuldade para realizar empréstimos, além de fazer com o baixo valor do
empréstimo fizesse com que este não conseguisse honrar seus compromissos.
Enfim, o que merece destaque é que o autor NÃO estava em
XXXXXXX no dia XX.XX.20XX e NÃO realizou nenhuma compra no estabelecimento
da empresa requerida.
8

Por esta razão que o requerente vem a juízo pleitear a retirada da


inscrição referente a XXXXXXXXXXXXXXXXX, assim como a condenação da mesma a
título de Danos Morais, tendo em vista que a inscrição no rol dos inadimplentes
gerou uma série de prejuízos para o autor.

2. DAS PRELIMINARES
2.1. Da Retirada do Nome do Requerente do Rol dos Cadastros dos Devedores com
relação a Empresa Demandada e da Inversão do Ônus da Prova

Noutro sentir, vem o requerente respeitosamente pleitear seja


deferida a tutela de urgência nos termos dos artigos 300 a 302 do Novo Código de
Processo Civil, no sentido de determinar a retirada do seu nome do rol de
inadimplentes com relação a NOME DA EMPRESA, assim como a inversão do ônus
da prova, tendo em vista a verossimilhança de suas alegações e a sua flagrante
hipossuficiência.
A verossimilhança é mais que um indício de prova, tem uma
aparência de verdade. Por outro lado, a hipossuficiência é a diminuição de
capacidade da pessoa, diante da situação de vantagem econômica da empresa
fornecedora.
No caso em tela resta evidente que no mínimo houve um
equívoco por parte da demandada ao inscrever o nome do autor do cadastro de
inadimplentes. E tal assertiva mostra-se verdadeira na medida em que resta claro
que na época da suposta compra a parte autora estava laborando em
XXXXXXXXXXXXX, assim como estudando no período noturno.
9

Por conseguinte, respeitosamente requer seja o nome da parte


autora retirado do cadastro de inadimplentes, SOMENTE no que concerne a
empresa ora demanda, sob pena de fixação de multa diária.
A questão do ônus da prova, por sua vez, também é de relevante
importância, visto que a sua inobservância pode vir a acarretar prejuízos aos que
dela se sujeitam.
Levando-se a efeito o disposto no artigo 373 do Código de
Processo Civil, provas são os elementos através dos quais as partes tentam
convencer o Magistrado da veracidade de suas alegações, seja o autor quanto ao
fato constitutivo de seu direito, seja o réu quanto ao fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do direito do autor. Lembrando que estas deverão ser indicadas na
primeira oportunidade de se falar aos autos, ou seja, petição inicial e contestação.
Tecidas tais considerações, reportemo-nos ao novo Código de
Processo Civil, artigo 373, §1º que determina:
“Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades
da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário,
poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em
que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir
do ônus que lhe foi atribuído.”

O art. 6º do CDC, por sua vez, refere que são direitos básicos do
consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo regras ordinárias de
experiências”.
10

Da exegese do artigo vislumbra-se que para a inversão do ônus da


prova se faz necessária a verossimilhança da alegação, conforme o entendimento do
Juiz, ou a hipossuficiência do autor.
Portanto, são 02 (duas) as situações, presentes no artigo em tela,
para a concessão da inversão do ônus da prova, quais sejam: a verossimilhança e
(ou) a hipossuficiência.
A relevância da inversão do ônus da prova está em fazer com que
a pessoa de boa-fé torne-se mais consciente de seus direitos e o fornecedor mais
responsável e garantidor dos bens que põe no comércio, assim como as compras
que de fato são efetivadas em seu estabelecimento comercial.
Nesse sentido é o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado
de XXXXXXXX, conforme veremos:

APELAÇÃO - DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE


DÉBITO - INCLUSÃO ILÍCITA EM CADASTRO DE
INADIMPLENTES - AUSÊNCIA DE RELAÇÃO
CONTRATUAL - DANO MORAL - RESPONSABILIDADE
CIVIL - FIXAÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO - ADOÇÃO
DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE - NECESSIDADE. Nas ações
declaratórias de inexistência de débito c/c de
indenização por danos morais, em virtude de inclusão
indevida em cadastro de inadimplentes, ainda que por
equiparação legal, a matéria diz respeito a relação de
consumo, tornando-se cabível a inversão do ônus da
prova. Não é razoável exigir que o consumidor
comprove que não tenha contratado nem utilizado o
serviço, por se tratar de prova sobre fatos negativos.
Sobre os danos morais, é indiscutível o abalo sofrido
pelo consumidor, com o registro indevido nos órgãos de
proteção ao crédito, pois a sua imagem resta maculada
11

com a pecha de mau pagador, caracterizado-se o dano


moral "in re ipsa", que presumidamente afeta a
dignidade da pessoa humana, tanto em sua honra
subjetiva, como perante a sociedade. A fixação do valor
da indenização deverá levar em conta os princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, de modo a evitar o
enriquecimento sem causa da vítima e servir de punição
para o autor do ilícito civil. (TJ-MG - AC:
10097130005701001 MG, Relator: José Augusto
Lourenço dos Santos, Data de Julgamento: 03/02/2016,
Câmaras Cíveis / 12ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 15/02/2016)

Portanto, haja vista a existência da verossimilhança das alegações


da requerente e da existência da hipossuficiência da mesma, esta faz jus a inversão
do ônus da prova a seu favor, assim como a retirada do seu nome do cadastro de
inadimplentes, SOMENTE no que concerne a NOME DA EMPRESA, o que desde já
requer.

3. DO MÉRITO
3.1 Do Direito

Com relação ao mérito, a pretensão da demandante encontra


guarida na Constituição Federal de 1988, no Código Civil de 2002 e, principalmente,
no Código de Defesa do Consumidor.
O art. 931 do Código Civil estabelece que “ressalvados outros
casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem
independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em
circulação”.
12

O art. 12 do Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, em


raciocínio análogo dispõe que “o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
estrangeiro, e o importador, respondem, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação
ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização ou riscos”.
Da simples leitura dos supramencionados artigos, conclui-se que
a responsabilidade das empresas prestadoras de serviço quando causadores de
danos é puramente objetiva, isto é, ocorre independentemente de culpa desta.
A responsabilidade civil objetiva tem como fundamento o risco e
consiste na obrigação de indenizar o dano produzido por atividade exercida no
interesse do agente e sob seu controle, sem que haja qualquer indagação sobre o
comportamento do lesante, fixando-se no elemento objetivo, isto é, na relação de
causalidade entre o dano e a conduta de seu causador1.
Os referidos artigos servem apenas para elucidar a espécie de
responsabilidade da empresa ré, tendo em vista que através dos documentos
juntados aos autos resta evidente que esta decaiu em culpa ao lesar o autor em
decorrência de um equívoco quanto a suposta compra que NUNCA ocorreu.
Todavia, tendo o Código de Defesa do Consumidor adotado o
sistema de responsabilidade objetiva, é salutar a existência de uma teoria unitária,
fundada essencialmente no que o consumidor mais deseja: qualidade e
responsabilidade.
A jurisprudência é uníssona nos casos análogos:

1
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, pág. 49.
13

DECISÃO: ACORDAM os magistrados integrantes da


Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado
do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer e
negar provimento ao recurso, nos termos do voto do
Relator. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS JULGADA
PROCEDENTE. IRRESIGNAÇÃO DA COMPANHIA
TELEFÔNICA RÉ. NÃO ACOLHIMENTO.DEVER DE
INDENIZAR CARACTERIZADO. NEGATIVAÇÃO DA PARTE
AUTORA POR DÍVIDA DE LINHA TELEFÔNICA QUE NEGA
TER CONTRATADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
PRESTADORA DO SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES
(CDC, ART. 14, CAPUT). EFETIVA SOLICITAÇÃO DA LINHA
TELEFÔNICA CUJA PROVA LHE INCUMBIA.INSCRIÇÃO
INDEVIDA. ATO ILÍCITO CONFIGURADO. DANO MORAL
IN RE IPSA.PRECEDENTES. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
VALOR FIXADO MANTIDO. JUROS MORATÓRIOS.
INCIDÊNCIA A PARTIR DA DATA DO EVENTO
DANOSO.APLICABILIDADE DA SÚMULA 54 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 1. Por responder
objetivamente pelos danos causados por defeitos
relativos à prestação dos seus serviços, incumbe à
companhia telefônica comprovar quaisquer causas
excludentes da sua responsabilidade (CDC, art. 14, §
3º), tais como a efetiva contratação da linha telefônica
que originou a dívida inscrita; 3. A negativação por
dívida inexistente configura ato ilícito que, por sua
notoriedade, acarreta severos prejuízos ao bom nome
do consumidor, cuja prova se revela desnecessária por
se tratar de dano moral in re ipsa; 4.Fixada a
indenização por danos morais em valor aquém ao que
reiteradamente tem-se entendido como adequado em
casos semelhantes por esta Colenda Câmara Julgadora,
incabível a sua redução; 5. O Superior Tribunal de
Justiça já pacificou o entendimento no sentido de que,
nos casos de indenização por danos morais, os juros de
14

mora devem incidir desde a data do evento danoso, no


caso, da inscrição indevida (STJ, Súmula 54).SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 2
PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇAAPELAÇÃO
CÍVEL Nº 1.421.228-7 (TJPR - 8ª C.Cível - AC - 1421228-7
- São José dos Pinhais - Rel.: Francisco Eduardo
Gonzaga de Oliveira - Unânime - - J. 10.12.2015)
(TJ-PR - APL: 14212287 PR 1421228-7 (Acórdão),
Relator: Francisco Eduardo Gonzaga de Oliveira, Data
de Julgamento: 10/12/2015, 8ª Câmara Cível, Data de
Publicação: DJ: 1739 15/02/2016)

Por todo o exposto, é medida que se impõe o imediato


cancelamento do registro no cadastro de inadimplentes, devendo a cobrança
indevida referente a NOME DA PARTE AUTORA ser imediatamente cancelada com
a devida indenização por danos morais.

3.2. Do Flagrante Dano Moral

Quanto aos Danos Morais, mister salientar que serão indenizáveis


as invectivas que efetivamente atingem e aviltam a intimidade, a vida privada, a
honra, a dignidade e a imagem da pessoa.
No caso sub judice, além do abalo por ter sido negada a compra
de produtos em duas lojas e por ter que procurar esclarecer o que de fato estava
acontecendo, o requerente também restou prejudicado na medida em que teve a
necessidade de realizar um empréstimo com a empresa XXXXXXXXXX, sendo que lhe
foi fornecido um valor ínfimo justamente por estar inscrito no SPC.
O que deve ficar claro é que a inscrição promovida pela loja
XXXXXXX gerou uma série de prejuízos a demandante, inclusive a dificuldade para
15

realizar empréstimos, além de fazer com o baixo valor do empréstimo fizesse com
que este não conseguisse honrar seus compromissos.

Com relação a configuração do Dano Moral nas relações de


consumo, existe uma vasta legislação que regula essa matéria, inclusive de ordem
constitucional, justamente para restringir a atuação das empresas quando se
deparam com consumidores hipossuficientes.
A Constituição Federal dispõe em seu art. 5º, inciso X que “são
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação”.
O Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, expressa que
são direitos básicos do consumidor “a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos e o acesso aos órgãos
judiciários e administrativos,com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais (...)”.
O art. 6º, VI do CDC autorizou a reparação efetiva de quaisquer
danos, não discriminando o dever de reparar dano patrimonial ou moral, como
ocorre no caso em tela, onde houve um erro grosseiro ao efetuar a cobrança de
valores que jamais foram devidos pela parte parte autora de inserção em órgão de
proteção ao crédito.
Ademais, no vertente caso esta configurado o dano chamado “in
re ipsa”. Este tipo de dano deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal
modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de
uma presunção natural que decorre das regras de experiência comum.
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Neste caso, a obrigação emana do fato da empresa ter lançado


em nome da requerente uma compra sem que o mesma jamais a tivesse efetuado.
Por conseguinte, provado o fato básico, isto é, o ponto de apoio, provado está o
dano, suporte fático do dever de reparar o dano.
Ainda, por ter havido um profundo desgaste por parte do
consumidor, além de não ter sido seu problema resolvido até o presente
momento, mister que exista uma condenação com o intuito de inibir a requerida a
agir desta maneira com outros clientes.
Nesse sentido entendem os Tribunais:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Telefonia. Relação de consumo.


Inversão do ônus da prova. Aplicação do artigo 6º, VIII, do
Código de Defesa do Consumidor. Utilização dos serviços
não demonstrada. Cobrança indevida. Inscrição irregular do
nome do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito.
Dano moral caracterizado. Sentença reformada para julgar
procedente o pedido. Correção monetária a partir da
fixação. Súmula 362 do Superior Tribunal de Justiça. Juros a
partir da citação. (TJ-SP, Apelação com Revisão nº 1005737-
02.2015.8.26.0564 - Relator: Sá Moreira de Oliveira, Data de
Julgamento: 15/02/2016, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA
CÍVEL)

PRELIMINAR INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL NÃO OCORRÊNCIA


petição inicial que não padece de irregularidades formais e
que apresenta todos os requisitos legais pedido que decorre
logicamente da descrição dos fatos preliminar rejeitada.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS JULGADA
PROCEDENTE dívida declarada inexistente, ante a formação
artificial do débito responsabilidade objetiva artigo 14 do
C.D.C. ausência de demonstração de quaisquer fatos
excludentes da responsabilidade formação artificial de
17

dívida, com a cobrança de encargos indevidos, porque


decorrentes de serviços bancários não prestados cadastro
no rol dos maus pagadores dano in re ipsa. VALOR DA
INDENIZAÇÃO fixação em valor (R$ 5.000,00) adequado às
circunstâncias do fato, proporcional ao dano e com
observância ao caráter educativo-punitivo que deve compor
a verba indenização que, dadas as circunstâncias dos autos,
foi fixada até moderadamente recurso desprovido. (TJ-SP,
Apelação : APL 00025946420108260348 SP 0002594-
64.2010.8.26.0348 - Relator: Castro Figliolia, Data de
Julgamento: 17/04/2015, 15ª Câmara de Direito Privado)

Em assim sendo, postula a condenação da ré no que se refere


aos Danos Morais causados ao autor.

3.3 .Do Quantum Debeatur

O Dano Moral é aquela ação ou omissão que afeta a paz interior


de cada um. Atinge o sentimento de cada pessoa, a paciência, o bem-estar, a honra,
enfim, tudo aquilo que não tem valor econômico, mas que lhe cause angústia,
transtorno, que tira sua tranqüilidade.
Por isto, lesados os direitos de personalidade do consumidor e
sendo responsabilizados objetivamente os causadores, é corolário lógico a
indenização pelo dano moral.
A indenização por dano moral, portanto, tem caráter satisfativo-
punitivo. Satisfativo quando a verba condenatória satisfaz a vítima de forma plena,
isto é, o quantum é adequado e efetivo; punitivo quando a condenação seja
suficiente a dissuadir o ofensor de novas ações ilícitas2.
2
CARNEIRO, Odete. Da responsabilidade civil por vício do produto e serviço, pág. 37.
18

Fazendo um balanceamento dessas duas características, devemos


chegar a um quantum, que no presente caso deverá seguir a concepção subjetiva,
isto é, deve haver uma aferição in concreto, a qual visa avaliar, concretamente, a
satisfação na busca dos prejuízos reais alegados pela vítima.
Para ter uma base do valor que deve ser imputado a ré,
necessário tomar como parâmetro a jurisprudência adotada pela Justiça em todo o
país, em casos idênticos ao que ora se discute:

APELAÇÕES CÍVEIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS. INSCRIÇÃO EM CADASTROS
RESTRITIVOS DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE PROVA DA ORIGEM
DA DÍVIDA. Caracterizada a irregularidade da inscrição em
cadastro restritivo de crédito por dívida não contraída pela
parte autora, procede a pretensão indenizatória. Hipótese
de dano moral presumido. Quantum indenizatório majorado
para R$ 8.000,00 (oito mil reais), conforme parâmetros
adotados pela Câmara. Negado seguimento ao apelo da ré e
apelo da autora provido em parte, de plano. (Recurso Cível
Nº 71005173810, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas
Recursais, Relator: Léo Romi Pilau Júnior, Julgado em
27/02/2015). (TJ-RS – Apelação Cível: 70067252585 RS ,
Relator: Eugênio Facchini Neto, Data de Julgamento:
08/02/2016, Nona Câmara Cível)

Em assim sendo, por todos os prejuízos que foram demonstrados


e provados pelo demandante, postula a fixação dos Danos Morais no montante de
R$ XX.000,00 (XXXXXX mil reais) reais, evitando assim que a empresa pratique
novamente fatos análogos e satisfaça os dissabores experimentados pelo
demandante.
19

4. Dos Pedidos

Diante do exposto, respeitosamente requer a Vossa Excelência o


que segue:
Liminarmente:
1. a retirada do seu nome do cadastro de inadimplentes, no que
concerne a NOME DA EMPRESA.

No Mérito:
a) Seja designada/dispensada audiência de conciliação ou
mediação na forma do previsto no artigo 33 do NCPC;

b) A citação da requerida, na pessoa de seu representante


legal, nos termos do art. 246, inciso I do CPC/2015, para oferecer
resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e
confissão;
c) Seja determinada a inversão do ônus da prova;
d) Seja determinada a produção de todos os meios de provas
em direito admitidos, em especial o envio de OFÍCIO ao SPC para
que informe a situação do autor desde o ano de 20XX, com o
intuito de demonstrar que o autor restou inscrito de forma
equivocada no rol dos inadimplentes;
e) Ao final, seja julgada totalmente procedente a presente
ação, para condenar a ré a título de Danos Morais no montante
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a anulação de todos os débitos
20

relacionados ao referido lançamento, bem como seja confirmada


a liminar acima postulada;
f) Seja ainda, a ré condenada ao pagamento das custas e
honorários sucumbenciais.
g) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos
do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
h) A tramitação preferencial do feito, tendo em vista se tratar
o autor de pessoa idosa.
i) Em tempo, requer sejam cadastrados no registro deste
processo no sistema o procurador XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
OAB/ESTADO XXX.XXX, expedindo-se todas intimações em nome
deste, sob pena de nulidade.

Dá a causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).


Termos em que pede deferimento.

CIDADE, DATA

ADVOGADO
OAB

3. MODELO DE INICIAL - INTERNET - BUSCADOR - DANOS A


IMAGEM - DANOS MORAIS
21

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DR. (A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __VARA CÍVEL DA


COMARCA DE ____________/ESTADO

FULANO DA SILVA, estado civil (ou existência de união estável),


profissão, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, endereço
eletrônico: XXXXXXXXXXXXX, domiciliado e residente na Rua
xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx,
vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu
procurador signatário, instrumento de mandato em anexo,
propor a presente,

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Em face de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX S/A,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
XX.XXX.XXX/0001-00, endereço eletrônico XXXXXX@XXXX, com
sede na Avenida XXXXXXX, XXXX, na cidade de XXXXXXXXXXX/XX
e GOOGLE BRASIL INTERNET LTDA pessoa jurídica de direito
22

privado, regularmente inscrita no CNPJ sob o nº.


06.990.590/0001-23, endereço eletrônico XXXXXX@XXXX, com
sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, n° 3.900, 5°andar, Itaim,
São Paulo/SP, que deverão ser citadas nas pessoas de seus
representantes legais, pelos motivos de fato e de direito, que
passa expor:

I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, destaca o requerente que não possui condições de


arcar com custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento
próprio, conforme demonstra o documento 2 (em anexo), razão pela qual faz jus ao
benefício da gratuidade da justiça, nos termos dos artigos 98 a 102 do NCPC, o que
requer desde já.

II. DOS FATOS

O Requerente é pessoa idônea, respeitosa e nunca teve nenhum ato que


desabonasse a sua conduta e a sua moral e trabalha como
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. Ocorre que, no dia XX/XX/201X,
foi surpreendido com um relato realizado por uma cliente e, segundo ela, por não
possuir o número de telefone do Autor, foi ao site de busca Google e digitou o nome
XXXXXXXXXXXXXXXX para buscar tal informação como a grande maioria das pessoas
faz nos dias de hoje.
23

Após ler os resultados, a sua cliente foi surpreendida com a resposta do


buscador (Doc. 03), pois no primeiro resultado da busca encontrou uma
reportagem/postagem/informação da (NOME DA EMPRESA PROPRIETARIA DO SITE)
com a seguinte informação abaixo reproduzida:

Copiar e colar a imagem do buscador do google.

É imperioso ressaltar que essa cliente buscou o autor, com o objetivo de


realizar transações comerciais com o mesmo e se deparou com uma informação que
vinculava o requerido a graves acusações, totalmente sem qualquer fundamento e
fundo de verdade. Não há dúvida que o resultado encontrado foi assustador, tanto
para a cliente, quanto para o requerente que nenhuma relação guarda com a
notícia/informação disponível na internet.

Tão logo o autor terminou o atendimento da referida cliente, foi realizar a


mesma busca, quando confirmou que tal matéria estava na primeira posição do
Google com um comentário vinculando seu nome aos supostos delitos e, de
imediato, solicitou a exclusão do seu nome, o que não ocorreu!

Portanto, irresignado com o conteúdo do comentário e da alusão direta ao seu


nome com integrante da suposta atividade, bem como após tentativas frustradas de
retirada de forma amigável do referido comentário, não restou alternativa ao
requerente, senão se socorrer do judiciário, em razão dos gravíssimos danos morais
que vem sofrendo, já que está sendo exposto a situação vexatória perante sua
24

família, amigos, colegas e mercado profissional ao qual está vinculado – este último
principalmente -, pois tem ligação direta com a acusação que sofreu injustamente.

III - DOS DANOS MORAIS

O primeiro demandado é um veículo de uma das maiores empresas de


comunicação do (ESTADO) e que possui grande influência sobre toda a sociedade.
Ora, em sendo assim, possui forte poder na construção da opinião pública. Uma vez
que isso ocorre, quaisquer reportagens veiculadas por este veículo apresentam forte
impacto no cotidiano do leitor e, quando uma dessas é relacionada ao nome de
alguém, as pessoas que leem presumem verdadeiro o envolvimento da pessoa.

Foi o que ocorreu no presente caso, quando o requerente ao ser questionado


por uma cliente sobre a existência da matéria, foi surpreendido com a forma pela
qual a busca do Google compilou seu nome constante em um comentário na matéria
com palavras ofensivas à sua honra, com os seguintes dizeres:
“XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX” e “XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX”, fatos esses que
contrariam normas contidas na Constituição Federal de respeito à dignidade humana,
centro de nossa Carta Magna.

Diante disso, observando a ausência de filtro e de boa-fé na tentativa da


resolução do conflito, o requerente notificou formalmente a primeira requerida
solicitando a exclusão imediata do comentário ou até mesmo da matéria, não tendo
sido atendido. Essa clara omissão da primeira requerida, gerou uma sensação de
impotência e descaso.
25

Ressalta-se Excelência, que tal ocorrência, além de ser facilmente visível em


qualquer parte do mundo, pode ser acessada por qualquer pessoa, colocando o
requerente em situação extremamente vexatória perante seus familiares, amigos,
clientes, fornecedores e contratantes.

A Internet é um meio de comunicação aberto e, nessa qualidade, o responsável


pela publicação, primeiro demadado, que veiculou o conteúdo da ofensa, juntamente
com o site de busca Google responderão objetivamente e solidariamente pelos danos
causados ao ofendido.

Nesse caso, por se dedicar ao ramo jornalístico, exerce uma atividade de risco
por ofensas à honra, imagem e privacidade de qualquer pessoa.

Ademais, o requerente por diversas vezes solicitou a exclusão de forma


amigável, em vão. Ora, se o primeiro réu lucra com essa atividade, - como pode se
verificar na própria página da matéria referida os mais diversos anúncios – e o Google
também, devem assumir o risco dela advindos, inclusive os danos morais, conforme
determina a Teoria da Responsabilidade Objetiva, prevista no artigo 927 do Código
Civil.

“Art. 927 Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.”

Os danos morais são aqueles que acabam por abalar a honra, a boa-fé subjetiva
ou a dignidade das pessoas físicas ou jurídicas, o que no caso em discussão, é ainda
26

mais agravado em razão da tamanha publicidade do site. No caso vertente, ao


permitir a inserção de comentários ofensivos à pessoa do Requerente, a Requerida
feriu o princípio da boa-fé objetiva, não restando dúvidas quanto a ocorrência do
dano moral.

A prática de ato ilícito deve ser punida e desestimulada, considerando que toda
lesão a qualquer direito traz como consequência a obrigação de indenizar.

Saliente-se também que a fixação de indenização por danos morais tem o


condão de reparar a dor, o sofrimento ou exposição indevida sofrida pela vítima em
razão da situação constrangedora, além de servir para desestimular o ofensor a
praticar novamente a conduta que deu origem ao dano. Há de ser ressaltar que, a
Constituição Federal de 1988, em seu inciso X, do artigo 5º, resolve de forma
definitiva e hegemônica qualquer controvérsia sobre a possibilidade de indenização
por dano moral, vejamos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade,nos termos seguintes: (...)X
- São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação”.(grifamos)

Percebe-se no caso vertente, a prática da DIFAMAÇÃO, que consiste em


enxovalhar a boa reputação do ofendido, manchando tanto a imagem que este tem
de si mesmo, quanto a que dele tem a comunidade onde está inserido.
27

A prática desse crime dá ensejo a indenização, e o Código Civil impõe a


obrigação de reparar o dano (art. 953, CC) independentemente de culpa, quando a
divulgadora for pessoa jurídica, conforme determina o artigo 927 do Código Civil.

“Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá


na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.”

Ora, não restam dúvidas quanto à negligência das empresas Requeridas, uma
que permitiu a inclusão de comentário perpetuando a ofensa à honra e à imagem do
requerente e outra que possibilitou este acontecimento através do seu filtro de
busca.

O direito da personalidade é irrenunciável e intransmissível e visa à proteção


da honra, da imagem, do nome, da vida privada e do próprio corpo do indivíduo,
conforme expresso no Código Civil Brasileiro:
“Art. 11 Com  exceção  dos casos previstos em lei,
os direitos da  personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis,
não  podendo o seu exercício sofrer  limitação voluntária.” 
“Art. 12  Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a  direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem  prejuízo de
outras sanções  previstas  em  lei.” 

A jurisprudência corrobora com esse entendimento, vejamos:

DECISÃO: ACORDAM os Senhores Desembargadores integrantes


da Décima Câmara Cível do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARANÁ, por unanimidade de votos, em negar provimento à
apelação e ao recurso-adesivo, nos termos do voto relatado.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO-ADESIVO. AÇÃO DE
28

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.PRELIMINAR DE


CONTRARRAZÕES AFASTADA.INDICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DE
FATO E DE DIREITO. OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DA
DIALETICIDADE. MÉRITO. PUBLICAÇÃO DE NOTÍCIA DE QUE O
AUTOR FOI PRESO E ACUSADO PELA PRÁTICA DE DUPLO
HOMICÍDIO. INFORMAÇÃO EQUIVOCADA PROPAGADA SEM A
DEVIDA AVERIGUAÇÃO DOS FATOS. NOTÍCIA DISPONIBILIZADA
EM SITE NA INTERNET. REPERCUSSÃO NO AMBIENTE DE
TRABALHO DO REQUERENTE.OFENSA À HONRA E IMAGEM
CARACTERIZADA.DANOS MORAIS EVIDENCIADOS. PRETENSÃO DE
MAJORAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO NÃO ACOLHIDA.
MANUTENÇÃO EM R$ 6.000,00 (SEIS MIL REAIS). APELAÇÃO E
RECURSO-ADESIVO CONHECIDOS E DESPROVIDOS. (TJPR - 10ª
C.Cível - AC - 1200075-2 - Foz do Iguaçu - Rel.: Arquelau Araujo
Ribas - Unânime - - J. 12.11.2015 – publicação DJ: 1729
28/01/2016 )

RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR.


RESPONSABILIDADE CIVIL. INTERNET. PORTAL DE NOTÍCIAS.
RELAÇÃO DE CONSUMO. OFENSAS POSTADAS POR USUÁRIOS.
AUSÊNCIA DE CONTROLE POR PARTE DA EMPRESA JORNALÍSTICA.
DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA PERANTE A VÍTIMA. VALOR DA INDENIZAÇÃO. 1.
Controvérsia acerca da responsabilidade civil da empresa
detentora de um portal eletrônico por ofensas à honra praticadas
por seus usuários mediante mensagens e comentários a uma
noticia veiculada. 2. Irresponsabilidade dos provedores de
conteúdo, salvo se não providenciarem a exclusão do conteúdo
ofensivo, após notificação. Precedentes. 3. Hipótese em que o
provedor de conteúdo é empresa jornalística, profissional da área
de comunicação, ensejando a aplicação do Código de Defesa do
Consumidor. 4. Necessidade de controle efetivo, prévio ou
posterior, das postagens divulgadas pelos usuários junto à página
em que publicada a notícia. 5. A ausência de controle configura
defeito do serviço. 6. Responsabilidade solidária da empresa
gestora do portal eletrônica perante a vítima das ofensas. 7.
Manutenção do 'quantum' indenizatório a título de danos morais
29

por não se mostrar exagerado (Súmula 07/STJ). 8. RECURSO


ESPECIAL DESPROVIDO. (STJ, REsp 1352053 AL 2012/0231836-9,
Relator: Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Data de
Julgamento: 24/03/2015, T3 - TERCEIRA TURMA)

APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO. PUBLICAÇÃO OFENSIVA EM


REDE SOCIAL. DANOS MORAIS. RETRATAÇÃO. A liberdade de
expressão deve ser exercida com cautela e consciência,
respeitando-se os demais direitos constitucionalmente tutelados
da dignidade da pessoa humana, honra, vida privada e
intimidade. Enseja lesão a direito da personalidade a publicação
de foto de outrem, com mensagem acusatória de agressão,
mormente se os fatos não podem ser comprovados. A publicação
ofensiva e difamatória em rede social, na qual se identifica
publicamente a vitima, gera lesão a direito da personalidade e
impõe o dever de indenizar, sendo possível, também, determinar-
se a retratação. (TJ-MG, Apelação Cível : AC 10439140020991001
MG, Relator: Estevão Lucchesi, Data de Julgamento: 12/03/2015,
Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL)

RESPONSABILIDADE CIVIL. GOOGLE. BLOG. OFENSA. DANO


MORAL. As pessoas têm o dever de evitar a ocorrência de danos
ao direito alheio. Fato ocorrido em fevereiro de 2012. Ofensa
perpetrada mediante a postagem de comentário em Blog da
internet. O responsável direto pelo dano é o agente, que postou
conteúdo ofensivo na internet à pessoa da autora. O criador do
Blog e o Google podem ser responsabilizados, caso não retirem
a mensagem danosa após solicitação. No caso, houve solicitação
ao Google, que não excluiu a postagem na fase extrajudicial.
Somente com a determinação judicial existiu a retirada da
mensagem. A violação do direito da personalidade motiva a
reparação do dano moral. O dano moral deve ser estabelecido
com razoabilidade, de modo a servir de lenitivo ao sofrimento da
vítima. Valor reduzido. Apelação provida em parte. (Apelação
Cível Nº 70060888575, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Marcelo Cezar Muller, Julgado em 28/08/2014)
(TJ-RS - AC: 70060888575 RS , Relator: Marcelo Cezar Muller,
30

Data de Julgamento: 28/08/2014, Décima Câmara Cível, Data de


Publicação: Diário da Justiça do dia 23/09/2014)

APELAÇÃO CÍVEL - OBRIGAÇÃO DE FAZER - INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS - CONTEÚDO OFENSIVO À HONRA E IMAGEM -
GOOGLE - RESPONSABILIDADE - INFORMAÇÕES DENUNCIADAS
PELA VÍTIMA - CASO CONCRETO - DANO MORAL CONFIGURADO .
- Para o hospedeiro surge o dever de indenizar quando
devidamente notificado pelo usuário de eventual abuso sofrido
nenhuma medida é tomada para fazer cessar a ofensa. - Uma vez
procedida a cientificação sobre as informações através de
ferramenta colocada à disposição pela própria ré, qual seja,
"denunciar abuso no Orkut" e mantendo-se as inserções não há
como não evidenciar a negligência da parte. - No que se refere ao
quantum fixado a título de danos morais, entendo que o valor
arbitrado deve ser compatível com a reprovabilidade da conduta
e com a gravidade do dano ocasionado pelo apelante, atendendo
pois, às duas finalidades precípuas da reparação moral: a
reparação e a repressão. (TJ-MG - AC: 10701100071375001 MG ,
Relator: Alexandre Santiago, Data de Julgamento: 11/12/2013,
Câmaras Cíveis / 11ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
18/12/2013)

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - VEICULAÇÃO DEIMAGENS


INDESEJADAS DO AUTOR NA INTERNET - PÁGINA
DERELACIONAMENTO INVADIDA POR TERCEIRO - IDENTIDADE
NÃOREVELADA PELA PROVEDORA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA
-ENTENDIMENTO DO ART. 927, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CC/2002-
PEDIDO PROCEDENTE - MINORAÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO
- NÃO CABIMENTO - DECISÃO MANTIDA. – O apelado criou um
perfil no provedor da apelante, visando o bom relacionamento
com pessoas de comunidades religiosas e amigos de outras
localidades. Teve o seu sigilo quebrado e alterado o seu perfil
por terceira pessoa que inseriu fotos e filmes de conteúdo
indesejado, que veio a denegrir profundamente a sua imagem
de bom cidadão e de representante da Igreja naquela cidade. A
apelante, GoogleBrasil, não obstante possua meios para tal, não
31

identificou o ofensor, assumindo, em razão disso, a


responsabilidade de indenizar os danos morais reclamados na
inicial, sob a égide da teoria objetiva, prevista no art. 927,
parágrafo único, do Código Civil de 2002, até mesmo porque,
caberia a ela proceder maior controle para evitar tais práticas
abusivas, com o fim de proteger os usuários de boa-fé, como é o
caso do apelado. – O valor da indenização neste caso, deve ser
fixado em valor que atente as condições sociais e econômicas da
vítima e do ofensor, de tal sorte que não haja enriquecimento do
ofendido,mas que corresponda a indenização a um desestímulo a
novas agressões, nos exatos termos da sentença recorrida, cujo
valor da condenação deverá ser corrigido a partir do trânsito em
julgado da decisão e acrescido de juros de mora a partir
dacitação.” (APELAÇÃO CÍVEL N°1.0701.09.257770-2/001 -
COMARCADE UBERABA - APELANTE(S): GOOGLE BRASIL INTERNET
LTDA -APELADO(A)(S): ANTÔNIO ALEXANDRE MACHADO -
RELATOR: EXMO.SR. DES. BATISTA DE ABREU) (Grifo nosso)

Em consonância com a legislação pertinente ao caso e sob a égide das decisões


jurisprudenciais, fica claro que o abalo moral que ocorreu deve ser indenizado, não só
pelo fato do dano havido com o autor em questão, mas como tentativa de evitar que
práticas omissivas e até comissivas como estas se perpetuem.

IV –  DO  VALOR REFERENTE AO “QUANTUM”  INDENIZATÓRIO

Uma vez reconhecida a existência do dano moral, e o conseqüente direito à


indenização dele decorrente, faz-se necessário analisar o aspecto do quantum
pecuniário a ser considerado e fixado, não só para efeitos de reparação do prejuízo,
mas também sob o cunho de caráter punitivo ou sancionário, preventivo, repressor.

E essa indenização que se pretende em decorrência dos danos morais,  há de


ser arbitrada, mediante estimativa prudente, que possa em parte, compensar o
"dano moral" do Autor, no caso, a súbita surpresa que lhe gerou constrangimentos,
de ter seu nome relacionado injustamente àquela notícia.
32

Com relação à questão do valor da indenização por esses danos morais, o


Autor pede permissa venia para trazer à colação jurisprudência acerca da matéria:

(APELAÇÃO CÍVEL N°1.0091.08.011925-7/001 - COMARCA DE


BUENO BRANDÃO - 1ºAPELANTE(S): JOSÉ RAIMUNDO PRADO -
2ºAPELANTE(S): GOOGLE BRASIL INTERNET LTDA - APELADO(A)
(S): JOSÉRAIMUNDO PRADO, GOOGLE BRASIL INTERNET LTDA -
RELATOR: EXMO.SR. DES. ALVIMAR) É explícito Excelência, os
danos morais causados arequerente, por toda essa agressão
moral que vem sofrendo. Trata-se deum absoluto menosprezo
com a moral e honra da requerente.Logo, não pode o Poder
Judiciário, quedar-se inerte aoabuso pretendido pela requerida. O
Instituto do Dano Moral tem comoprincipal vetor o desestímulo a
este tipo de prática.Dessa forma, torna-se assim, necessário e
urgente sejareprimida essa nefasta prática da requerida,
condenando-a ao pagamentodos danos morais no importe de R$
21.800,00 (vinte e um mil e oitocentos reais).

E, ainda:

“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - PROVEDOR


DESERVIÇOS DE HOSPEDAGEM DE 'INTERNET' - MANUTENÇÃO
DEPERFIL FALSO COM CONTEÚDO OFENSIVO - DANO MORAL
CONFIGURADO - DEVER DE INDENIZAR - 'QUANTUM' - FIXAÇÃO. É
defeituoso o serviço prestado pelo réu quando ignora avisode
usuário a respeito de divulgação de informações abusivas,
mantendo-as disponíveis ao público em geral, pois nãoofereceu a
segurança que dele legitimamente se poderiaesperar. A
manutenção de página falsa no Orkut comimputação de
informações pejorativas e ofensivas à autora ésuficiente para
configuração do dano moral, impondo-se odever de indenizar. A
reparação por danos morais, ao mesmo tempo em que não deve
permitir o enriquecimento injustificado do lesado, não pode ser
fixada em valor insignificante, pois deve servir de reprimenda
para evitar a repetição da conduta abusiva.” (Grifo nosso)
33

Portanto, diante de tal jurisprudência que embora se assemelhe ao caso em


questão não transcreve uma cena de lesão tão grave quanto ao que estamos
abordando, ampara o Autor, na melhor forma de direito, e como ponderação, sua
pretensão a fim de que sejam as Requeridas condenadas a pagar, a título de
indenização por danos morais, a quantia de 100 (cem) salários-mínimos, o que,
nesta data, equivale a  R$ XX.XXX,XX (XXXXXXXXXXXXX mil e XXXXXXXXXXXX reais).

V - DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA

Não bastassem os argumentos expendidos acima, no caso em comento, estão


fortemente presentes os requisitos autorizadores da concessão da liminar
determinando a IMEDIATA exclusão do comentário, bem como da própria matéria
que carrega tal comentário e a desvinculação do nome do Autor aos fatos pelo site
de busca.

Sobre os requisitos o art. 300 do NCPC nos mostra:


Art. 300, CPC:  Art. 300.   A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Observando-se o disposto no artigo e trazendo este aos fatos, os requisitos


restam cumpridos.
E ainda, o Código Civil, em seu artigo 21, prevê tal possibilidade, dando
substância aos requisitos presentes ao art. 300 do novo CPC:
“Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a
requerimento do interessado, adotará as providências necessárias
para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.” (Grifo
nosso)
34

Ora Excelência, a tamanha agressão moral que vem sofrendo o Requerente


desde XX/XX/20XX, data em que o comentário foi inserido, agravado pela publicidade
que o site possui, e diante da recusa da requerida em excluir o comentário é a
presente para exterminar com essa situação extremamente vexatória a que o
requerente vem sendo submetido. Desse modo, confia-se que este Douto Juízo
conceda em caráter liminar ordem para a Requerida promover imediatamente a
EXCLUSÃO da matéria constante na edição virtual do (NOME DO SITE) e a
desvinculação no site de busca GOOGLE sob pena de multa diária.

VI –  DA  OBRIGAÇÃO DE  FAZER  - Aplicação de multa

Tendo em vista a evidente lesão ao autor e o fato das rés terem se furtado a
atender aos seus pedidos de exclusão do seu nome, tanto do buscador, quando do
site da primeira demandada. Faz-se necessário o pedido para que as rés excluam seu
nome tanto da busca, quanto do site, evitando mais dissabores e constrangimentos.

É sabido que a obrigação de fazer, nesse caso, é a prestação que as rés terão
que executar com o objetivo de excluir o nome do autor da busca e do site. Em sendo
assim, trata-se de obrigação personalíssima, devendo ser fixada uma quantia caso
não seja cumprida a obrigação.

Em sendo deferido o pedido do Autor, como assim espera, no que se refere às


providências e obtenção do resultado prático, que devem ser tomadas pelas
empresas rés,  no sentido de suspender das pesquisas a relação do nome do autor
com a matéria veiculada, requer-se seja assinalado prazo à mesma para
cumprimento da ordem judicial.
35

Ademais, na mesma decisão, ainda que provisória ou definitiva, requer o


Autor, seja fixado o valor de multa por atraso ao cumprimento da ordem, com base
no art. 500 c.c. art. 537, ambos do novo CPC.

VII – DOS  MEIOS  DE  PROVA E REQUERIMENTOS

O Requerente protesta pela produção de todas as provas admissíveis em juízo,


juntada de novos documentos, perícias de todo gênero (se necessário), bem como
pelo depoimento pessoal do representante legal da Ré, ou seu preposto designado,
sob pena de confissão, oitiva testemunhal, vistorias, laudos e perícias – se
necessidade houver, para todos os efeitos de direito.

VIII - DO PEDIDO

Diante do exposto, requer à Vossa Excelência:

1. O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e


seguintes do CPC/2015;

2. Seja concedida, liminarmente, a tutela de urgência no sentido de que as


Requeridas sejam compelidas a promover a exclusão da matéria, tanto do site
de busca GOOGLE, quanto do site da Primeira Demandada, bem como do
comentário ofensivo sob pena de multa diária em valor arbitrado por este
Douto Juízo;
36

3. Em sendo deferido o pedido constante no item “2”, seja expedido o


competente Ofício Judicial às empresas requeridas, assinalando-se prazo para
cumprimento da ordem, com a fixação de multa, com base no previsto no
CPC.

4. Seja designada/dispensada audiência de conciliação ou mediação na forma do


previsto no artigo 33 do NCPC; (em caso de requerer a dispensa, abrir tópico
específico justificando o motivo);

5. A citação do Réu, nos termos do art. 246, inciso I do CPC/2015, para oferecer
resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;

6. A PROCEDÊNCIA da ação, confirmando a liminar anteriormente concedida, bem


como a condenação da requerida ao pagamento em não menos de R$
XX.XXX,XX (XXXXXXXXXXXXX mil e XXXXXXX reais) a título de danos morais, de
cunho compensatório e punitivo, em face dos constrangimentos impostos ao
Requerente;

7. Incluir na esperada condenação das Rés, a incidência juros e correção


monetária na forma da lei em vigor, desde sua citação;

8. Condenar as empresas rés ao pagamento de custas, honorários advocatícios,


bem como todas as perícias que se fizerem necessárias.

9. Sejam todas as verbas da condenação apuradas em regular execução de


sentença, por perícia contábil, se necessidade houver;
37

10.A concessão do benefício previsto no artigo 6°, inciso VIII do CDC, no que tange
à inversão do ônus da prova, em favor do Requerente; Requer ainda, a
produção de prova por todos os meios em direito admitidas, especialmente
documental, bem como pelo depoimento pessoal do representante legal da Ré
e outras que se fizerem necessárias.

Dá–se à causa o valor de R$ XX.XXX,XX (xxxxxxxxxxxxxxxx mil e


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx reais)

Termos em que pede deferimento.

CIDADE, DATA

ADVOGADO
OAB

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